Volume 2 – Arco 1
Capítulo 54: À Bom Bordo
Charlotte se agarrou em Tsukasa quando ouviram os passos vindo pelo corredor metálico. Alguém estava verificando cela por cela, mas ao mesmo tempo, não dizia uma palavra sequer. Charlotte enfiou a cara dentro dos cabelos longos e ondulados de Tsukasa. Ele pareceu não se importar.
— Você tá com tanto medo assim?
Charlotte não respondeu, continuou agarrada a ele. Os passos se aproximavam cada vez mais… estava verificando a cela ao lado. Eles ouviram um ruído estranho, uma criatura resmungando de um jeito bastante incomum.
— Ele vai querer te atacar! — sussurrou Charlotte. — Você é o único que tem sangue fresco por aqui…
— Sangue fresco?
Os passos lentos começaram a vir mais uma vez. Tinha acabado de verificar a cela do lado, e agora, estava prestes a dar as caras para verificar Tsukasa… Charlotte ficou cada vez mais afobada. A criatura deu as caras, e era um humanoide corcunda muito alto. Sua cabeça se arrastava no teto conforme andava, tinha um longo pescoço, uma face semelhante a de um cavalo, porém, com pele humana. Abaixou a cabeça na altura da cela de Tsukasa e começou a farejar, seu pescoço entrando entre as grades como se fosse uma girafa.
Charlotte arrastou Tsukasa mais para o canto da cela ao mesmo tempo que se encolhia e se espremia nele.
— Shhh, fica quietinho…
Tsukasa não se assustou e nem se moveu. Apenas seguiu as instruções de Charlotte enquanto aquele monstro farejava. Tinha grandes narinas, e farejava o solo como um tamanduá.
A criatura avistou os dois enquanto farejava. Soltou um grito estridente, seu pescoço se esgueirou para tentar chegar até eles. Mas de repente, seu pescoço foi desconectado do corpo e caiu inerte no chão. O corpo corcunda do outro lado das grades tombou para trás e caiu também, decapitado.
— Fazia tempo que não víamos vampiros, hein, Hawk. E como é que cê foi parar aí?!
Era um jovem de cabelos com fios misturados. Algumas mechas eram brancas, outras azuis. Vestindo um moletom branco, segurando uma lâmina na mão. Na cintura, uma segunda lâmina idêntica estava embainhada. Tinha belos olhos azuis e brincos azuis nas orelhas.
— Quem é você?! — exclamou Charlotte, entrando na frente para proteger Tsukasa.
— Comprou um cachorro, foi, Hawk? — caçoou Ghost.
— Fica tranquila, Charlie. Não é seu inimigo.
Charlotte se acalmou um pouco e voltou a se esconder atrás de Tsukasa. Ela realmente era muito frágil, como uma criança pequena.
— Quem é ele?
— Eeeh, pra você é Ghost. Se bem que… você é bem mais fantasmática que eu.
— Ghost?! — Charlotte voou pela cela, animada. — Da Nakamori?
— Eeeeh! — Ghost sorriu, eufórico. — Ei, Hawk, se liga no brinco que eu peguei lá nas lojinhas da superfície.
Ele mostrou os brincos azuis na orelha.
— Que coisa brega.
— Qual é! Me disseram que são mágicos...
Tsukasa observou o corpo decapitado do vampiro por trás das grades. Se aproximou da entrada da cela e apenas abriu. Ghost ficou confuso com o fato de que a cela, na verdade, nunca esteve trancada. Um pequeno cartão brilhante estava guardado no bolso da calça daquele vampiro corcunda.
— Achamos.
— Que é isso aí? — perguntou Ghost, se abaixando para apreciar o brilho daquele cartãozinho.
— Cartão de acesso.
Tsukasa, Charlotte e Ghost se aproximaram para analisar o pequeno cartão de acesso. Um diagrama holográfico foi exibido por ele no ar, mostrando vários quadradinhos e opções para selecionar. Era como uma pasta de arquivos que poderia ser aberta em qualquer lugar.
— E para quê vamos usar isso aí?
— Não me diga que… você já esqueceu qual era a missão.
Um som de água correndo se aproximou deles. Charlotte ficou ainda mais assustada, mas Ghost e Tsukasa já sabiam que não era nada para se preocupar. Do puro nada, uma gotícula de água caiu. Pouco depois, várias gotas estavam caindo no ar. De pouco em pouco, um portal de água foi se abrindo ao lado deles. Uma jovem saiu de dentro das águas, segurando seu chapéu branco contra os cabelos rosas, sua foice de rubi pingando enquanto passava pela passagem. Em seguida de Myaku, um segundo jovem apareceu também. Com cabelos loiros, um olho azul e o outro fechado por um tapa-olho preto. Com uma jaqueta preta, este, era Marine.
— Mais deles?! — Charlotte se assustava muito facilmente.
— São aliados também, Charlie — disse Tsukasa, sorrindo para a pequena fantasma.
Myaku chegou perto, analisando o cartão brilhante também. Tirou ele das mãos de Tsukasa, apreciando, animada. Parecia que tinha achado uma pepita de ouro.
— Vocês encontraram! Agora sim, podemos chegar no núcleo.
Ela apertou o pequeno cartão brilhante nas mãos, mexeu no diagrama de um lado para o outro vasculhando as opções holográficas.
— Então vocês só queriam chegar no núcleo?! — questionou Charlotte. — Mas ele… ele fica tão longe…
— Acredite em mim, colega — Myaku deu um sorriso confiante para a fantasma. — Não existe nenhum lugar nessa galáxia que Marine não possa te levar.
Marine concordou com a cabeça, calado. Charlotte ainda pareceu bem amedrontada, então não respondeu. Logo Myaku se deu conta de com quem estava falando.
— Espera, o que a Charlotte Miller tá fazendo aqui?! — ela olhou para Tsukasa, suspeitando. — Desde quando você está andando com essa maluca?
— Já estava aqui quando eu cheguei. Ela é irmã do Valaric, o locutor do coliseu.
— Irmã do locutor? — Ela sorriu com interesse para Charlotte. — Então, ela está bem mais próxima do Belo-Mestre do que nós.
— Belo-Mestre? — perguntou ela, flutuando por trás de Tsukasa.
— Você… não precisa grudar em mim assim.
Os cinco seguiram pelos corredores do Bastião, cada criatura confinada grunhia quando passavam por suas celas.
— E então, como chegamos lá embaixo? — perguntou Myaku, fazia malabarismos com sua foice enquanto andava.
— Tem um… “elevador” no final do corredor. Mas eu não sei como acessar… Acho que só os VIPs tem acesso. — Charlotte falava de um jeito bem tímido. Ficava solta apenas perto de Tsukasa, e não junta de muitas pessoas.
— E esse cartão que temos já não é dos VIPs? — perguntou Ghost.
— Não, não… um vampiro não teria cartão dos VIPs… Esse cartão só dá acesso às celas…
— Mas tem umas coisas bem interessantes aqui — disse Myaku, eufórica. — As informações de todos os confinados do Bastião, e em que rodada eles vão lutar… Inclusive, o próximo aparentemente é você, Tsukasa.
— Ah, é? — Tsukasa permaneceu indiferente ao ouvir a informação.
Finalmente, estavam chegando ao final do corredor. A porta de um elevador os aguardava à frente, com as paredes abertas do lado como se fosse uma sacada.
— É. Só não sei contra quem vai ser…
A última sequência de celas do corredor era na verdade uma ponte. Ghost correu até o corrimão da ponte para ver o que tinha lá embaixo. De início, viu apenas um abismo imenso, escuro, silencioso. Mas o silêncio foi quebrado por um rugido avassalador, que fez todos ficarem em alerta ao mesmo tempo. Charlotte, impressionantemente, já esperava por isso.
— Que merda é essa?! — gritou Myaku, em meio ao rugido vindo de baixo.
— É o titã final — respondeu Charlotte, se apressando para ver lá embaixo também. — Valaric disse que na última rodada do coliseu, algum azarado enfrentará a besta suprema de todas as eras.
— Besta suprema de todas as eras? Que exagero — resmungou Tsukasa. Estava com a cabeça nas nuvens, provavelmente, pensando em um belo copo de milkshake.
Ghost ficou encantado com o abismo que observava de cima da ponte, tanto que esqueceu de continuar seguindo em frente. Ele continuou encarando, fascinado com a queda… mas olhou por tanto tempo, que da escuridão, furiosos e sanguíneos olhos azuis o encararam de volta. Ghost sentiu medo genuíno, deu um pulo para trás e voltou à realidade.
No fim do corredor, chegando à porta do elevador, havia um pequeno sistema de escaneamento. Provavelmente era necessário um passe VIP. Myaku tentou usar o cartão que pegaram do vampiro naquela máquina, mas o cartão foi ejetado e nada aconteceu.
— Ainda não entendi o motivo de quererem o cartão. — Ghost se aproximou do elevador e tentou enfiar a espada no vão entre as portas. A espada tentou adentrar, forçou, uma resistência mágica cobriu o metal da porta. Ghost foi repelido por algum poderoso feitiço de barreira.
— Merda!
— Que moleza é essa, Ghost? Anda muito delicado esses dias! — Myaku se aproximou, segurando a foice banhada em veneno puro.
Não demorou mais de cinco segundos para que Myaku arrombasse tanto a porta quando a magia de barreira com sua foice. Não foi só a porta que foi arrombada, o elevador também caiu como uma bala lá para baixo. Era um sistema de segurança.
— Serviu de nada.
Sem dizer absolutamente nada, Tsukasa se jogou no buraco onde era para estar o elevador. Charlotte se apavorou e voou atrás dele bem rápido. Logo os outros três pararam de tagarelar e saltaram também. Ninguém precisava de elevador, afinal, quando se está lidando com o grupo mais perigoso da Via Láctea.
Atravessaram toda a arena flutuante do Bastião do Titã e despencaram em queda livre até um buraco que levava para o subsolo. O elevador ainda estava caindo também, porém, bem mais para baixo. Caíram pelo buraco, as paredes de metal passando por seus olhos enquanto a adrenalina os consumia. Charlotte, porém, sequer podia sentir a queda.
Foram-se alguns minutos de queda livre pois o perscurso era de fato extremamente longo até o subsolo do planeta de Cyberion, que era várias vezes maior que o planeta Terra.
Marine se apressou para criar um pequeno cubo de água próximo ao fim da queda. Todos caíram no pequeno cubo, perderam velocidade, afundaram até atravessarem a água e então caírem apenas alguns metros até o chão. Agora, estavam no subsolo de Cyberion, que na verdade se parecia com uma outra realidade.
Era um espaço imenso, com as estrelas visíveis ao infinito do espaço. Várias pequenas bases, mecanismos flutuantes, casas, naves voando de um lado para o outro. Abaixo, um abismo tão imenso quanto o espaço, e acima, canos pingando água na imensidão, que vinham de uma grande massa de metal que revestia a parte de cima do centro do planeta. Era como se o centro fosse um lugar aberto para o resto do espaço, amplo e inimaginavelmente vasto.
— Se vocês querem chegar no núcleo, terão que seguir ao norte… — disse Charlotte, analisando a imensidão do subsolo de Cyberion. — E vocês tem uma nave, por acaso?
— Nós não, mas… — Tsukasa olhou para Marine, sorrindo. — Ele tem.
Marine sorriu de volta, ele sempre ficava ansioso quando chegava a hora de o usar. Segurou sua bússola em mãos, ela brilhava emanando o poder dos mares. Colocou a bússola no chão, e o ponteiro começou a girar para todas as direções, ignorando o lado norte. Enquanto girava, um leme de água se formou em frente a Marine, e ele começou a girá-lo. Mais um portal de água, desta vez, colossal se formou na vastidão. Conforme girava o leme, um som de madeira velha rangendo com a água ressoava em seus ouvidos como uma sinfonia marítima. Uma forma foi saindo do portal… Adornado pela água que logo escorreu pelas bases da madeira, um navio gigantesco foi conjurado. As velas negras erguidas para o alto, refletindo a bandeira de uma estrela partida na diagonal. Seis canhões nas partes internas, e mais seis no topo do navio. No alto, um mastro com uma pequena parte para observação. O navio foi construído com uma madeira velha e bem antiga, levantava uma aura sombria, como se fosse um navio fantasma. Mesmo navegando no puro nada do espaço, pequenas ondas de água ainda se formavam abaixo dos remos.
— O nome deste aí, é Caleuche — disse, orgulhoso do próprio navio.
— Eeeh, à bom bordo, então.
Uma pequena escada de águas apareceu, conectando aquela base até o navio. Todos subiram, e Charlotte flutuou até ele. Ghost guardou as lâminas e correu para observar da beira do navio, ansioso. Sempre ficava animado com essas viagens marítimas e espaciais ao mesmo tempo. Myaku desceu para dentro do navio para buscar coisas para comer. Tsukasa se sentou ao lado de Charlotte, na escada que subia até o leme, onde Marine pilotava o navio em direção ao norte, observando sua bússola do mar. Charlotte continuava agarrada ao Tsukasa.
— Você deveria se soltar um pouco mais. Sabe, ninguém aqui vai morder você. Na verdade isso nem é possível.
— Claro que é possível… — De repente, Charlotte ficou mais azulada que o comum. — Eu não consigo ficar completamente intangível… e nem completamente tangível…
— Mas a culpa disso não é sua. E também, isso não é uma desvantagem.
Myaku subiu novamente, trazendo algumas guloseimas consigo. Se sentou ao lado deles, deu um milkshake ao Tsukasa, um sanduíche para Charlotte, e jogou alguns docinhos para Ghost do outro lado.
— Não sei se você é capaz de comer, mas toma esse lanchinho.
Charlotte tremia sozinha, segurando o sanduíche nas mãos. O lanche começou a se distorcer com pequenos “glitches” na mão de Charlotte. E quando os bugs terminaram, ele se tornou transparente. Charlotte literalmente alterou o material do sanduíche de físico para astral, e então comeu.
— Você parecia estar com fome — disse Tsukasa, acariciando Charlotte. — Valaric deve te tratar como um animal… não podemos deixar você aqui.
— O Oliver…? Ele… ele não é um irmão ruim… mas eu devo ser uma péssima irmã…
Myaku cutucava o rosto de Charlotte com um dedo, curiosa. Esqueceu-se como contato físico a deixava desconfortável.
— Você era tão diferente quando estávamos com o Gavião.
— Não… não me lembra dessa época…
— Você ficava falando sozinha à noite, pedindo para que o Tsukasa morresse.
Quando Ghost ouviu isso, lançou um olhar desconfiado e sombrio para Charlotte, analisando aquela situação.
— De-desculpa… eu não…
— Está tudo bem, Myaku, Charlie — Tsukasa continuou tomando o milkshake, demonstrava paz. — Podemos falar sobre isso outra hora.
Após alguns minutos, Myaku começou a mandar mensagens no celular, ignorando tanto Charlotte quanto Tsukasa.
— Você parece entretida, Myaku — disse Tsukasa.
— Tô avisando pro San… que talvez eu não apareça para a próxima rodada do coliseu. Tomara que ninguém escolha o meu nome.
— San? Ele também está aqui?
Tsukasa já podia sentir a presença de Arashi nos arredores, por serem irmãos gêmeos. Mas não esperava que o resto da equipe também estivesse no coliseu de Cyberion.
— É, Hifumi e aquele Thomas também.
— Isso… — Tsukasa se lembrou das únicas palavras que ouviu do homem que o capturou antes de estar preso no calabouço do Bastião. — Não é nada bom…
Antes de ser capturado, Tsukasa estava em uma sala escura, cercado por quatro dos VIPs. Um homem grande e musculoso, com roupas de guerreiro gladiador de roma, cabelos grandes pretos e um machado em sua mesa. Ao lado, um belo centauro, com metade do corpo de cavalo e metade do corpo de um humano. Com belos cabelos dourados e olhos brancos. Estava aparentemente rezando. Ao lado de Tsukasa, estava Valaric, o VIP que havia o capturado. E mais adiante em meio a escuridão, algum homem misterioso falava com todos eles das sombras. Sua face ou corpo não eram visíveis, e sua voz era enigmática… um timbre que se estendia no ouvido como o próprio infinito.
— Com mais este, fechamos a lista de titãs do coliseu. Valaric, você será responsável por este que capturou. Então em hipótese alguma permita que este fuja.
— Ele não vai, Belo-Mestre.
— Que Deus te abençoe, Hawk da Nakamori… — abençoou o centauro.
— Esse sangue te destina a morrer tão cedo… — O homem na escuridão parecia tão próximo, mas ao mesmo tempo, tão distante. — Mas ainda assim, você permanece vivo. Seu poder está… a um nível acima do esperado.
— Que surpresa boa — respondeu Tsukasa, tranquilo.
— Mas ele ainda não é o rei. Mas ainda assim, é adequado para ser o receptáculo.
— Como não é bom o suficiente?! Ele já me derrotou uma vez — bradou Valaric.
— A partir de hoje, só me tragam o receptáculo de poder total, e não me desapontem de novo.
Tsukasa continuou pensando sobre aquelas palavras… “Só me tragam o receptáculo de poder total”.
— Hum? Por que isso não é bom? San é bem forte, vai sobreviver — ponderou Myaku.
— Nada… deixa pra lá.
De repente, Marine começou a virar o navio com um certo desespero.
— Ataque vindo a estibordo! — berrou, o navio desviou por um triz de um feixe de luz dourado. O belo centauro os seguia, cavalgando no vazio como um ser de magnitude mística. Não era um centauro comum, aquele, era o majestoso Pilar de Sagitário.
— Que Deus os proteja, Nakamori… — rezou, sentindo-se triste por ter que enfrentá-los.
— Era só o que nos faltava! Um cavalo que voa! — Myaku puxou sua foice, agressiva.
— Cavalos que voam não eram unicórnios? — perguntou Ghost, puxando uma luneta para observar o centauro.
O espectral continuou os seguindo pelo vazio do espaço, cavalgando sobre pequenos esporos de luz. Com as mãos juntas, rezando por eles a todo momento.
— Ele tá rezando? — questionou Myaku.
— Ele é Budista! — exclamou Ghost.
— Não importa a religião dele! Vai tentar nos impedir de chegar no núcleo de qualquer jeito! — alertou Marine.
Nos fundos da Bela-Casa, o grande guerreiro estava de frente ao canto sombrio, onde o mestre lhe dava as últimas ordens antes que deixasse o local para começar os seus serviços.
— O meu tempo acabou… mas o seu ainda não.
— Sim… — disse o guerreiro, ajoelhado.
— Seremos mais certeiros. San Hiroyuki… dominou Lity. Então não falhe, eu quero o garoto…
— Mas… o que eu ganho com isso?
— Não se preocupe, Takeshi. Absorveremos a Marca do Xamã… eu e você… — Um sorriso apareceu em meio a escuridão, largo e macabro. — Juntos. Então, nobre Takeshi… destrua todos com este machado Leviatã.
Takeshi ergueu o machado em mãos, que brilhava fortemente com o poder absoluto do gelo concentrado em seu encantamento.
Notas:
Aviso: Todas as ilustrações utilizadas na novel foram geradas por IA. Perdoe-nos se algo lhe causar desconforto visual.
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