A Última Ordem Brasileira

Autor(a): Hanamikaze


Volume 1 – Arco 4

Capítulo 23: A Pérola Corrompida

Bem à frente de Tsukasa, Yui e Yami, estava a mulher que tocava a encantadora flauta. De pé, em frente a vidraça no topo do hotel, que dava visão para uma boa parte da cidade de Londres. A mulher tocava a sua flauta, sem receios. Trajada em um longo e belo vestido negro. Bordado com borboletas cinzas.

A sala em que estavam tinha as paredes brancas, e um chão com azulejo cinza, e detalhes pretos. Duas mesas de vidro ao centro da sala, com dois sofás cinzas ao lado das mesas, e uma poltrona na ponta lateral. Em cima das mesas, alguns pratos limpos e plantas em vasos no centro. Uma Tv bem grande presa a parede, e plantas podadas de maneira moderna nos cantos da sala.

A mulher continuou tocando a flauta serenamente, sem se importar com os intrusos invadindo seu domínio. Tsukasa assumiu uma posição defensiva, enquanto observava os movimentos da mulher. Ela não reagiu, e apenas continuou soprando os buracos da flauta, criando uma melodia memorável.

— Quem… é essa mulher…? — sussurrou Yui, sem tirar os olhos dela.

— A flauta… — respondeu Tsukasa. Sua atenção estava voltada completamente para a melodia, como uma leve hipnose. Seu corpo estava paralisado, mas não contra a sua vontade.

Yami, percebendo isso, tentou lhe dar um tapa no rosto para ele acordar de seu transe. Mas antes que a palma de sua mão se chocasse contra a face do garoto, ele desviou o rosto. Os dois se encararam por segundos, e então Tsukasa retomou o foco.

— Ela não parece ter nos notado — disse, voltando o olhar para a mulher. — Mas todo cuidado é pouco.

Yui concordou com a cabeça, e então agachou-se para tocar o chão com as duas mãos. Olhou para Tsukasa, e esperou ele lhe dar uma resposta. Ele logo lhe deu um olhar breve, e murmurou: — Vá, com cautela.

Yui acenou positivamente com a cabeça, e então concentrou sua alquimia no chão. A alquimia foi liberada naquele ponto, em forma de pequenas linhas curvadas que se estendiam à frente. Das linhas, nasceram vinhas orgânicas. Finas, e resistentes.

As vinhas foram se esgueirando pelas paredes e chão, lentamente se aproximando da mulher misteriosa, que continuava a tocar a mesma melodia usando sua flauta dourada. Ela já estava ciente das plantas que expandiam-se pela sala, com o objetivo de alcançá-la. Quando viu que já estavam próximas o suficiente, trocou a intensidade da melodia, deixando-a mais frenética por um breve momento.

Naquele meio-tempo, criaturas grandes e com corpo cheio saíram das paredes. Com expressão de agonia, berrando alto como almas atormentadas. As criaturas seguraram as vinhas que vinham das paredes e do chão, e rasgaram-nas com um puxão para trás. Vendo isso, os três garotos ficaram atentos, e não hesitaram em avançar. Yui se exaltou e foi a primeira a atacar. Seu corpo era flexível, e continha uma ótima mobilidade.

Com um belo salto, equilibrou-se entre as vinhas, e então movimentou-se para cima da poltrona. Usou esta como base, e então saltou novamente para uma parede, e dali, movimentou-se em direção a mulher. Todos os movimentos foram executados com perfeição, e alta velocidade.

Em resposta, a mulher desviou o olhar para Yui sem mover a cabeça. Aumentou a intensidade da melodia novamente, e um daqueles monstros gosmentos surgiu do chão, agarrando a garota pela perna. Sem pensar muito, fez com que vinhas se erguessem sobre o monstro, apertando seu corpo gosmento com firmeza. Ele logo se soltou das vinhas usando força bruta, e então girou o corpo segurando Yui, e estava prestes a atirá-la na parede.

Pouco antes de soltar a garota, uma fenda de energia cósmica se abriu nas costas de Yui, segurando-a no ar. Era o poder de Yami, que estava com uma mão erguida na direção da garota. A extensão de sua mão estava coberta por uma pequena nuvem cintilante de energia cósmica, e obscura.

A fenda atrás de Yui logo a repeliu com toda força para a criatura, e a garota aproveitou essa chance para lhe encaixar um chute bem no rosto. O ataque teve tanta pressão, que a cabeça do bicho gosmento estourou, sujando toda a parede.

Yui caiu sobre o chão, ofegante pela tensão do momento. Logo atrás dela, um vulto veloz atravessou a sala em um instante. Era Tsukasa, materializando uma lâmina de gelo em mãos. Do vulto veloz, era visível apenas o olho vermelho brilhante de Tsukasa.

Logo, o vulto alcançou a mulher da flauta. Tsukasa brandiu a lâmina, e fez um movimento curvo para efetuar um corte bem no pescoço dela. Com uma reação rápida, a mulher colidiu sua flauta contra a lâmina de gelo, parando o ataque no meio da execução.

Tsukasa não desistiu, logo trocou de posição e tentou outro corte, mas a mulher repeliu novamente. Os dois entraram em um embate de velocidade, e seus movimentos iam ficando mais hábeis a cada colisão das armas. Tsukasa girava seu corpo, quase como uma dança. Seus movimentos eram indecifráveis ao olho humano, mas a mulher podia acompanhar seus passos sem muito esforço.

Conforme o embate acontecia, no meio de um dos movimentos, Tsukasa gerou outra lâmina de gelo. Os movimentos da mulher ficaram mais precisos, pois agora tinha que repelir dois cortes ao mesmo tempo. Enquanto tentava contra-atacar, recuava com lentos passos, para fazer Tsukasa perder a velocidade. Notando isso, o garoto deu um repentino salto por cima da mulher, e tentou efetuar um corte duplo no ar, enquanto passava sobre ela. No último segundo, a mulher pode prever, e repeliu os dois cortes com apenas um movimento de sua flauta.

Quando pousou ao chão, suas lâminas ainda estavam forçando-se contra a flauta da mulher misteriosa. Mesmo colocando pressão, a flauta não se partia. Naquele embate de resistência, ela lhe deu um breve sorriso. Tsukasa notou, e quando olhou para o lado, um dos monstros gosmentos estava prestes a lhe desferir um soco na face. Ele agachou, desviando, e efetuou um corte para cima, girando seu corpo verticalmente com as lâminas, cortando assim o corpo da criatura ao meio.

Ver os movimentos de Tsukasa fez a mulher baixar a guarda. O que deu uma brecha para Yami, que logo se posicionou por trás da inimiga. Ergueu sua mão, e apunhalou a mulher pelas costas. Sua mão adentrou o corpo dela, que logo começou a derreter em gosma negra.

Yami não perdeu tempo, e abriu uma fenda cósmica em volta da própria mão, sugando toda aquela gosma para dentro daquele poder estranho. Restando apenas um único ítem em sua mão; uma pérola negra, com pequenas rachaduras rosas que se expandiam pela superfície da pérola.

— O que é… isso…? — perguntou Yui, aproximando-se de Yami, encantada com aquele item.

— Arranquei de dentro daquela pessoa. Ela se desfez em gosmas… acho que não era verdadeira.

Tsukasa encarou a pérola com um olhar de interesse. — Não me parece hostil. Talvez se descobrirmos a utilidade disso, podemos chegar até aquela mulher de novo.

A pérola brilhava com uma aura rosada, e as rachaduras se mexiam lentamente, de um modo quase imperceptível. Yami concordou com o que Tsukasa disse, e então guardou a pérola consigo. Os três saíram daquele cômodo, e seguiram para a escadaria.

De baixo, subindo as escadas para os andares dos quartos no hotel, estavam Kyoko e os outros. Kisaragi estava se recuperando do choque, e não estava mais sendo carregado por Sakura. Mas ainda assim, parecia parcialmente traumatizado com o que havia acabado de acontecer.

— Como é que você deixou isso acontecer, imbecíl? — questionou Sakura, com raiva. — Era para você estar junto com a gente. Mas de repente, o inteligente desaparece de vista. Você sumiu por dias, tem noção disto?

— Eu sei, para de encher o saco. Eu só fui dar uma volta, e quando eu voltei, não tinha ninguém nessa merda de prédio. Aproveitei para tentar arranjar umas tralhas ali embaixo, mas aquela coisa apareceu — explicou, desviando o olhar, constrangido com sua própria incompetência.

— Você é um inútil mesmo, viu — resmungou Sakura, levando a mão ao rosto.

O grupinho continuou andando até o quarto em que Arashi e os outros estavam. As coisas ali estavam bem entediantes, e Arashi imploraria para qualquer inimigo arrombar aquela porta, para que ele pudesse movimentar os músculos um pouco. Wei, depois que já tinha feito seu prato de comida, agora estava lavando a louça cuidadosamente. Os pratos deveriam estar impecáveis, com perfeição. Namida, já estava no quinto sono profundo. Deitado na cama, com o corpo completamente coberto com o lençol, apenas com exceção da cabeça.

Arashi começava a reclamar novamente sobre o fato de não terem o que fazer ali, e os outros estarem demorando uma década para retornar. Ele estava sentado na cama, e enquanto resmungava, deixou seu corpo cair sobre o lençol, caindo bem em cima da barriga de Namida, que acordou com um susto.

— Você não consegue ficar quieto não…? — murmurou Namida, esfregando o olho esquerdo enquanto seu cérebro acordava do sono.

Ah, para de ser cha-... — antes de terminar a sentença, uma pancada foi desferida do outro lado da porta do quarto. Os dois tomaram um susto, e ficaram em alerta. Arashi pulou da cama e tomou posição defensiva, e Namida ficou de pé sobre o colchão, preparando sua alquimia para o pior.

— Que barulho foi esse? Quebrou o que desta vez, Arashi?! — perguntou Wei, da cozinha.

— Cala a boca… são intrusos… — murmurou Arashi, em um timbre alto o suficiente para Wei poder ouvir.

O garoto logo ficou em alerta também, e retornou para a entrada do quarto. Os três encararam a porta por segundos, e a alta tensão ocupou todo o ambiente. Segundos depois, uma segunda batida foi desferida na porta, seguida de uma terceira, que escancarou a porta de uma vez só.

Do outro lado, estava mais uma daquelas criaturas gosmentas negras. Esta era mais magra, com um rosto tão derretido quanto o das outras. O monstro soltou um rugido agudo e ensurdecedor, mas não teve tempo de agir. Logo foi sugado para trás, e toda a gosma de seu corpo adentrou-se para dentro de uma pequena esfera. Era a pérola negra, nas mãos de Yami.

— Estamos praticamente exorcizando essas coisas, gostei da ideia — comentou Yui, gesticulando com uma mão, e com a outra na cintura.

— Como é que vocês… e que cristal é esse na sua mão, Yami?

Kyoko e seu grupinho também vinha chegando, e puderam presenciar aquela cena.

— Que merda foi essa, Yami?! — exclamou Sakura, se apressando para alcançá-los.

— É complicado…

Todos se reuniram dentro do quarto, e Yui começou a explicar tudo o que aconteceu no topo do hotel. A mulher que tocava a flauta, os monstros que ela podia conjurar. Aparentemente era ela quem estava causando tudo aquilo.

— Entendo… então, essa mulher toca uma flauta, e monstros grudentos aparecem? — raciocinou Sakura, comentando.

— São falsos demônios — disse Kyoko. — Estão aparecendo em Londres a bastante tempo já… e eu nunca descobri a fonte deles. Mas com sorte, finalmente estou perto de acabar com essa questão.

— E sobre essa pérola… o que ela faz? — perguntou Wei, repousando sua cabeça na mão. Ele estava sentado no tapete, com um joelho levantado.

— Não sabemos ainda. Mas, podemos descobrir — disse Yami, com sua voz bem baixa como de costume.

Arashi se jogou na cama novamente, mas dessa vez ela estava vazia.

— E cadê o San? Ficou lá embaixo? — perguntou, e todos começaram a se entreolhar. Lentamente foram notando que realmente, San havia desaparecido completamente. Kyoko arregalou os olhos, e ficou tensa.

— Desde quando… ele sumiu?

— Sei lá, que eu me lembre, ele saiu com vocês para investigar. Sério que não notaram que ele desapareceu?! Que merda eim… — disse Arashi, levantando-se da cama novamente.

— Vamos procurá-lo então!

— Não — interviu Tsukasa. — Se sairmos procurando aleatoriamente pelo prédio agora… tem uma grande chance de mais pessoas desaparecerem. Esse lugar não está normal, acho que já tiveram tempo o suficiente para notar isso. Temos que analisar melhor a região… e então, talvez encontremos ele de novo.

Relutantes, todos concordaram. Thomas encarou Tsukasa por um momento, com desconfiança no olhar. Tsukasa devolveu o olhar, mas ele tinha uma expressão calma e suave. Após a troca de olhares, os dois se dividiram pelo quarto.

 

Passou-se um dia desde então, e eles se reagruparam no mesmo quarto de hotel. O objetivo agora era estudar a pérola que Yami havia coletado, e talvez, dar uma utilidade a ela. De início, vagaram pelo prédio enquanto Yami segurava a esfera. Se ela tinha a habilidade de sugar aquelas criaturas, talvez pudesse atrair outras coisas ou energias estrangeiras também.

Seguindo em um dos corredores no terceiro andar, o brilho da esfera ficou cada vez mais radiante. Notando isso, Yami parou de andar e observou a pérola de perto.

— Notou algo? — perguntou Namida.

— Tá mais brilhante… — respondeu, erguendo lentamente a esfera para o alto. O brilho se intensificou, e as paredes do corredor tomaram um brilho rosado também. Yui olhou mais de perto, encantada com aquela magia.

— Uau…! Tem algo nas paredes! — exclamou, apontando para o brilho. Yami se aproximou, e mirou a pérola em direção a parede. Logo, a gosma negra que compunha os monstros cobriu toda a parede, e uma espécie de portal se abriu ali.

— Que… — Arashi se aproximou. — Merda é essa…?

Tsukasa o segurou, impedindo-o de chegar mais perto. — Melhor não tocar nessa coisa… bom, parece que a pérola tem uma ótima afinidade com essa meleca.

— Vou anotar isso, só por garantia — Namida puxou uma pequena agenda, e anotou curiosidades sobre a pérola. “Possui alta conexão com as gosmas de origem desconhecida. Um brilho rosa se enaltece tanto na pérola, quanto no local com concentração do conteúdo misterioso. O brilho rosado mostra que talvez, se trate de algum tipo de magia. Mas não segue as propriedades da Alquimia, este é um tipo diferente de magia.”

Já dentro do quarto, colocaram a pérola em cima de um pequeno altar de espelhos criado por Namida. Kyoko foi gradualmente adicionando sua alquimia na pérola, mas com cuidado. Queriam testar quais reações aquele item teria em contato com alquimia estelar. Mas para a decepção de todos, não aconteceu absolutamente nada. A alquimia apenas se moveu em volta da pérola, como faria em qualquer outro objeto.

Namida pegou sua agendinha de novo, e anotou as observações. “Não teve reações em contato com a Alquimia pura… o que demonstra que talvez, essa coisa não foi criada a partir de alguma energia com relações a Alquimia. É algum material ou magia particularmente distinta.”

Já de noite, no mesmo dia, Arashi conseguiu convencer Yami a irem sozinhos até o topo do prédio, levando a pérola misteriosa junto deles. Subiam a escadaria, que no momento estava coberta pela escuridão noturna. Não se atreveram a ligar as luzes do prédio, e não haviam hóspedes ou funcionários para ligarem naturalmente.

— O que você quer fazer lá em cima, garoto Hayami? — perguntou Yami, ao Arashi.

— É um ponto bem alto, posso tentar fazer uma coisa interessante…

Os dois levaram um certo tempo, mas chegaram até o topo. Estavam na sala onde a mulher tocava sua flauta antes, e quando chegaram ali, Yami mostrou a pérola ao Arashi. — E então, qual seu plano?

Arashi criou uma corrente elétrica entre os dedos, e usou um pouco de alquimia para modificar as proporções daquela onda. Em poucos segundos, transformou aquela energia em uma corrente de onda eletromagnética. Em seguida, ocorreu uma transição de ondas, transformando-a em ondas de rádio.

Após fazer a transição, o garoto liberou as ondas de rádio na pérola. Elas rebateram, e “ecoaram” em um raio gigantesco. Era como uma antena. As ondas de rádio, carregando o poder da pérola e correram por toda Londres, pois aquele ponto em que estavam era alto o suficiente para ter este alcance. Os efeitos na cidade de Londres eram visíveis dali. Coisas mudando de cor, prédios se distorcendo por breves segundos, e luzes se acendendo e apagando.

— Arashi… você… — disse Yami, perplexa. Não conseguiu completar a frase.

— Sim… aparentemente, a pérola tem controle de toda a Londres.

No dia seguinte, depois que falaram para todos sobre a descoberta de Arashi, Namida anotou tudo em sua agenda. Já tinham uma boa noção de como funcionava a pérola, mas ao mesmo tempo, tinham a sensação de que não sabiam de quase nada. Thomas ainda dava um olhar desconfiado para Tsukasa, que parecia estar muito calmo naquela situação toda.

Naquele dia, decidiram dar mais uma explorada no hotel. Desta vez, vasculhar cada canto para descobrirem se encontrariam algo relevante. Passaram a manhã inteira fazendo esta tarefa, e nada de útil. Enquanto voltavam, Arashi notou uma única porta que não tinham verificado antes: A do porão.

Todos desceram as escadas para o porão, e adentraram-se naquele lugar. Estava cheio de tralhas e coisas irrelevantes, mas tinha uma coisa de se impressionar. San Hiroyuki estava ali, desacordado, preso ao chão pela gosma misteriosa.

— San! — gritou Kyoko, correndo para libertá-lo. Com apenas um puxão, ela conseguiu soltar o garoto dali, e todos retornaram com ele para o quarto o mais rápido que puderam. Colocaram ele na cama, e ele continuou desacordado.

— Bom… pelo menos achamos ele — comentou Wei, tentando tranquilizá-los.

Após todos conversarem sobre a situação, e acalmarem os nervos um pouco, Tsukasa decidiu sair do prédio para tomar um ar. Na ausência dele, Thomas tomou uma posição de liderança sobre todos, que voltaram os olhos para ele.

— Não acham que Tsukasa está agindo um tanto… estranho demais? Ele parece muito calmo, ele sempre sabe o que fazer. Como se estivesse nos guiando para algum destino… nem mesmo queria que procurassemos pelo San — explicou Thomas, com os dedos ajustando os óculos. — E se na verdade… ele esteja nos levando para a cova, junto da mulher da flauta? Afinal… apenas ele pode ouvir o tal som.

Notas:

Aviso: Todas as ilustrações utilizadas na novel foram geradas por IA. Perdoe-nos se algo lhe causar desconforto visual.

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