A Última Ordem Brasileira

Autor(a): Hanamikaze


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 12: A Vontade de Órion

 

Parte 1

Após todos se reencontrarem, finalmente decidiram continuar com a missão. Agora a Infinity-Z se juntou a Infinity-Y, e as duas equipes estavam dentro da Nebulosa de Órion. Estava tudo indo bem, até que de repente um raio cósmico liberado pela nebulosa atingiu a rocha em que estavam em cima. O asteroide se partiu ao meio, e as duas equipes foram separadas. Os pedaços da rocha continuavam a se partir, dividindo todos em cada direção.

— Hifumi! Não… — gritou San, estendendo sua mão para o resto de sua equipe.

— Concentre-se na missão! Temos que alcançar o centro, continuem! — berrou Hifumi do pedaço em que estava, que logo continuava a se afastar dos outros. Ele sacou a espada de suas costas e pulou, passando por cima do vácuo sem fim abaixo. Com um golpe, cravou sua espada em outro asteroide ao lado. Ele deslizou pelo asteroide, apoiando-se nele em seguida, e saltando para o da frente, caindo de pé em cima dele.

Arashi se movimentava como um raio, sua velocidade era grande o suficiente para que não caísse quando trocava de asteroide. Por estarem no espaço a força da gravidade era bem baixa, então Arashi se movimentava naturalmente pelo vácuo.

Kyoko abriu suas asas de luz, e saiu voando pelas nuvens cósmicas. Mas a quantidade de energia instável por ali acabava a atingindo, causando leves ferimentos. Os raios que a nebulosa constantemente liberava passavam bem perto de Kyoko, mas ela conseguia os prever.

San criou um chicote dourado de magia e laçou algumas pedras. Puxou-as, posicionado as pedras em frente a ele, e com várias chicotadas ele as partiu em vários pedaços, criando um caminho seguro de pequenos asteroides.

Mas enquanto todos avançavam, Sakura não sabia exatamente o que fazer para continuar. Ela tinha medo de cair, e não tinha nenhuma habilidade para alcançar as rochas que estavam a distância. E depois de respirar fundo, ela resolveu tentar. Acertou o primeiro pulo, e então suspirou de medo. Mas no próximo salto, a pedra se chocou quando ela pisou, fazendo-a cair lentamente para o vácuo da nebulosa. Arashi ouviu os gritos de agonia de Sakura, e olhou para trás. Sakura caia lentamente em direção ao limbo, e essa cena despertou um sentimento estranho em Arashi. Ele sentia que precisava salvá-la, um sentimento de desespero, o dever de salvar alguém importante. Então Arashi se jogou no vácuo com o objetivo de alcançá-la. Todos viram a cena, e San se jogou também, para ajudar seu amigo. Kyoko com suas asas de luz decidiu ir atrás também, e os outros observaram.

— Não parem agora! Eles conseguem resgatá-la, nós temos que continuar. Sem distrações, vamos! — alertou Hifumi, enquanto continuava deslizando pelas rochas.

Gyokku deu um leve resmungo, mas aceitou. Criou uma pequena fonte de vento na palma de sua mão, que girava sem parar. Em sua mão tinha um símbolo verde em espiral, representava o vento. Aparentemente seus punhos eram seus catalisadores, e seus olhos brilharam em um tom verde claro, mostrando que ele também era um Saikai comum, da mesma forma que Hifumi. Então estendeu a mão para frente, e liberou uma enorme corrente de vento usando a fonte que havia canalizado, jogando todos adiante para bem longe com a forte corrente de vento. A ventania fez com que os que ainda estavam avançando chegassem a uma plataforma bem grande perto do centro da nebulosa, era uma base de urânio. Provavelmente os cavaleiros da nebulosa ficavam ali, mas eles morreram.

— Onde estão os cavaleiros de Órion? Deviam estar fazendo a guarda aqui — perguntou Namida, enquanto coçava sua nuca.

— Hah! Estão matando serviço, bando de otário — exclamou Kisaragi, enquanto ria sozinho.

— Não… isso é estranho. Cavaleiros de Órion são fiéis à vontade de seu líder, não simplesmente sairiam daqui do nada. Ou melhor, por nada — explicou Thomas, enquanto ajustava seu óculos.

Gyokku chegou logo em seguida, terminando de escalar a base. Caminhou lentamente até todos enquanto analisava a situação, e notou uma anomalia.

— Ali, tem um cadáver na sala de controle — quando Gyokku disse, um cadáver apareceu de repente morto em cima da cadeira à frente dos painéis. O cadáver estava ocultado por algum tipo de magia.

— Alguém secretamente foi matando os guardas um por um. Por isso este corpo estava oculto — explicou Thomas, adentrando-se em seus pensamentos novamente.

“Será que foi o mágico de antes…? Na verdade, só pode ter sido ele. Ele era o único que estava aqui afinal.”

Após saírem da cabine de controle, Hifumi sentiu uma energia estranha aumentando logo à frente deles. Dali, um portal de água repentinamente apareceu. E de dentro do portal, um garoto com cabelos brancos, com algumas mechas em um azul mais escuro, olhos azuis, e roupas brancas com duas lâminas nas mãos. Ele estava mascando um chiclete, e parecia ser um adolescente.

— Espera… esse é… — sussurrou Hifumi, ao Gyokku.

— Sim, é ele… Ghost, o Fantasma Caçador — completou Gyokku, já se preparando para uma batalha.

— Mas o que a Nakamori está fazendo aqui? No caso o caçador deles…

— Se é o caçador… então acho que somos a caça — respondeu Namida.

Ghost deu um passo à frente, e todos já se alarmaram. Ele tossiu duas vezes, e olhou na direção deles.

— Eeeh… eai? — disse Ghost, enquanto fazia uma bolha com seu chiclete.

Enquanto isso, antes que Arashi alcançasse Sakura, ela foi engolida pelas nuvens cósmicas da nebulosa. Arashi entrou nas nuvens logo em seguida, enquanto San e Kyoko vinham logo em seguida. Quando Sakura caiu, ela estava em um lugar caótico e com uma neblina roxa muito densa. O vento que corria contra seu rosto era muito forte, o que tornava difícil de caminhar. Arashi estava no mesmo local, mas em um lugar diferente do que Sakura. Os dois começaram a andar naquela neblina. De alguma forma, eles sentiam a presença um do outro e tentavam se alcançar.

Já San e Kyoko estavam juntos. Mas em um labirinto de nuvens cósmicas. A concentração de energia daquelas nuvens faziam com que, caso tocassem nelas, tomassem um grande choque.

— Mas que lugar é esse? E cadê a Sakura e o Arashi? — perguntou San, tentando tocar nas nuvens cósmicas e tomando mais um choque no braço.

— Ah, eu já vi isso em livros. Quando se entra dentro das nuvens de uma nebulosa você basicamente vai estar dentro do “corpo” dela. E esse corpo é controlado pelo coração da nebulosa, que contém a sua vontade. No nosso caso, a vontade de Órion. Ele quer nos prender aqui, deve nos ver como invasores.

Na superfície, os outros ainda estavam frente a frente com Ghost. Ninguém se atreveu a se mexer, até que Ghost brandiu suas lâminas, fazendo movimentos giratórios com as bainhas entre os dedos, apenas para se mostrar. Os outros ficaram imóveis, apenas encarando. Namida deu uma fungada, ele estava meio gripado. Então Hifumi e Gyokko resolveram se mexer. Gyokku se moveu primeiro, saltando e apoiando-se na parede da base. Da parede ele saltou no ar. E lá de cima fez um sinal com as mãos abertas, liberando três correntes sônicas de ar na direção de Ghost. Ele permaneceu parado.

Hifumi sacou sua espada — que já estava em chamas — e deu um eficiente corte flamejante no ar, enquanto dizia:

Furor Felinorum!

Um tigre de fogo saiu de sua espada enquanto ele fazia o movimento para efetuar o corte. Com uma expressão furiosa e valente, o tigre avançou até o garoto Ghost. Outros pequenos tigres flamejantes surgiam do chão, seguindo o líder conforme avançava. Ghost continuava parado, e os tigres vinham ferozes. Quando chegaram perto, as correntes de vento que Gyokku desferiu chegaram junto dos tigres. Os dois ataques atingiram Ghost ao mesmo tempo, o vento fez com que o fogo se expandisse com mais vigor, criando uma vislumbrante explosão em chamas. Mas quando as chamas cessaram, Ghost não estava mais ali. Ele havia sumido.

Todos continuaram alerta, ele não podia apenas ter ido embora. Ainda estava por ali em algum lugar. Namida preparando-se para algum feitiço, ergueu as duas mãos e criou um pequeno espelho à sua frente. Estava com as mãos estendidas ao espelho, canalizando energia. Mas havia algo estranho. Ele podia ver uma pequena silhueta se aproximando de dentro do espelho, ficando mais visível gradualmente. Era Ghost, que estava prestes a sair de dentro do espelho de Namida, com as duas lâminas estocadas em sua cintura. Logo, ele saiu com metade do corpo para fora do espelho, segurou na gola da blusa que Namida estava usando, puxando-o de volta para o espelho. Ghost adentrou-se no espelho com o movimento para voltar, passou pelo reflexo, mas Namida apenas bateu a cabeça, quebrando o espelho em vários pedacinhos.

Os pedaços do espelho pairaram pelo espaço, e naquele momento, na visão de Ghost a realidade ficou ligeiramente mais lenta. Com os cacos pairando lentamente, seu corpo saía de dentro do vidro que refletia as nuvens instáveis da nebulosa acima, e logo adentrava-se no pequeno caco à frente, em câmera lenta. Enquanto metade do seu corpo sumia para dentro de um pequeno pedaço de vidro, a outra metade lentamente surgia de outro caco distante. Ele tinha um sorriso no rosto, e girava seu corpo com os braços levemente abertos conforme alternava entre os pequenos cacos. O vidro cintilava em um belo brilho, pairando pelo ar e rodopiando lentamente. O corpo de Ghost era refletido no centro de cada pequeno fragmento cintilante, e ele continuou alternando, enquanto dançava alegremente no ar.  Ele estava entrando dentro dos espelhos.

Para os que viam do chão, a cena era tão rápida, que aos seus olhos, apenas vultos passavam rapidamente de um caco para o outro. Eles observavam boquiabertos com a velocidade que Ghost podia transitar entre os reflexos.

— Agora entendi o porquê de o chamam de fantasma… — murmurou Gyokku ao Hifumi. No instante em que Gyokku completou a frase, os vultos entre os cacos desapareceram, e os pequenos fragmentos de vidro despencaram ao chão.

Naquele momento, o silêncio propagou-se no ambiente. Hifumi, um pouco tenso, brandiu sua espada, tomando posição defensiva. A longa espada era feita de um metal prateado, o que causava reflexos. No fio da espada era visível o reflexo tenso de Hifumi, respirando pesado. A pequena silhueta apareceu ao fundo da espada, e logo, O Fantasma saiu pela lâmina da espada de Hifumi, em uma velocidade desumana. Avançando diretamente em Thomas, que estava com a guarda baixa. Thomas, vendo Ghost se aproximar com as duas lâminas em mãos, desviou no último segundo antes da investida o atingir, e Ghost deixou uma de suas lâminas para trás quando passou. Sua lâmina rodopiava pelo ar sem cair, pois a gravidade do local era baixa.

Naquele momento, tudo ficou lento novamente. A espada girava continuamente no ar, e o som da lâmina partindo o próprio vento podia ser ouvido pelo Fantasma. Enquanto girava lentamente, o fio da lâmina cintilou uma última vez, e o corpo ligeiro de Ghost saiu com tudo. Agora em direção ao Hifumi.

Hifumi, que se mantinha atento, ergueu sua espada e contra-atacou a investida do garoto Fantasma. O fio das lâminas se chocou, e o som da colisão ecoou pelo local. Eles brevemente trocaram olhares, Hifumi sério, com sangue nos olhos, e Ghost sorridente, com a expressão de um pilantrinha. Hifumi logo repeliu Ghost usando sua espada, e o garoto não parou por ali. Adentrou-se no reflexo da lâmina que tinha em mãos, e saiu do outro lado do fio, agarrando a bainha e desferindo um corte rápido sobre a lateral do corpo de Hifumi. Ainda atento, ele pôde repelir o corte, com um golpe de sua espada.

Os dois iniciaram um embate de lâminas a partir dali, porém Ghost parecia tão habilidoso quanto Hifumi.

Tsukasa estava em cima de um asteroide um pouco distante do conflito. Ele estava observando tudo dali.

— Estão enfrentando o Ghost… que hipocrisia.

Ao lado de Tsukasa repentinamente apareceu uma carta de baralho pairando pelo espaço. Ele notou, e logo se esquivou para outro asteroide. A carta explodiu, e o mágico passou voando em cima de uma cartola mágica.

— Senhoras e senhores!! Está começando a segunda parte do espetáculo desta noite! Desta vez com nosso querido convidado especial, ele é meio marrento mas isso não irá atrapalhar o show! Então… está na hora do nosso pequeno voluntário rolar os dados! Vá pequenino… role… os dados… — exclamou o mágico, enquanto jogava três cartas de baralho na direção de Tsukasa.

Tsukasa desviou da primeira carta, saltando para o asteroide ao lado. Fez o mesmo com as outras duas que vinham em sequência. Isso tinha o afastado um pouco dos outros, e a rocha em que ele havia parado agora tinha dois dados em cima dela. Tsukasa os pegou, meio relutante. Jogou os dados e eles mostraram os números 2 e 5.

— SETE!!! Um número mediano… nível de violência, quatro. — E então o mágico entrou por inteiro dentro da cartola, e ela evaporou. Logo em seguida, dois gatos gigantes vieram escalando as laterais do asteroide. Tsukasa representava uma pequena bolinha de lã, e os gatos estavam de olho nela. Um dos felinos logo se aproximou, avançando rápido, com os olhos esbugalhados. Ele pulou para cima de Tsukasa, mas o garoto pisou com força no chão, congelando a superfície do asteroide. O gato não conseguia se manter em pé com aquela superfície lisa, e escorregou para o outro lado.

Tsukasa deu um suspiro, e apenas ele conseguia se manter consistente em cima do gelo. O outro gato deu uma patada no ar, liberando uma rajada de Alquimia em formatos de corte, que tinham a aparência do corte feito pelas garras de um animal. Tsukasa deslizou de um lado para o outro, preparando-se. Os cortes de Alquimia do gato rachavam o gelo no chão conforme seguiam. Tsukasa continuou deslizando, avançando, e contornando os cortes e direcionando-se para cima dos gatos.

Entretanto, Arashi e Sakura continuavam caminhando na neblina roxa. Arashi podia senti-lá, nem muito distante e nem muito perto. Ele continuava tentando caminhar, tampando a visão com uma mão.

“Por que… eu ainda estou aqui? E se eu nunca mais voltar… e se eu tivesse deixado ela… cair…? Não, eu não poderia. Sakura… ela é sempre tão irritante, eu deveria ter a deixado ir…” pensava consigo mesmo.

Sakura estava na mesma situação, procurando por Arashi do outro lado.

“Eu sou tão… idiota… Era só pular, e nem isso eu consegui fazer direito… Ninguém vai vir me resgatar, eles não precisam de mim, ninguém precisa de mim… Por que eu ainda procuro por aquele idiota? Ele nunca viria para me ajudar. Ele é tão… insuportável…”

“Ela é tão ridícula…” pensou Arashi.

“ele é tão irritante…” pensou Sakura.

No fundo de sua mente, Sakura se lembrava. Quando era criança, estava em um parquinho, sozinha em um balanço. Triste, pois era tímida e não conseguia falar com as outras crianças. Mas então, ela ouviu pequenas risadinhas em um canto. Era Arashi, com um pouco de areia na mão. Ele logo jogou toda a areia na cara de Sakura e saiu correndo enquanto gargalhava. Toda manhã, Sakura ia no mesmo balanço, esperando por sua irmã ir buscá-la. E Arashi sempre estava por ali também, atormentando Sakura de maneiras criativamente diferentes. Ele se divertia com isso, e ela fingia estar irritada. Mas no fundo, ela se sentia feliz, pois finalmente tinha um “amigo”. Arashi achava ela uma completa esquisita, mas no fundo, queria poder acolhê-la.

San e Kyoko continuavam perdidos naquele labirinto. San queria ir para um lado, mas Kyoko queria ir para o outro. Os dois estavam pensando em que caminho tomar, até que Kyoko seguiu sozinha pelo dela. San decidiu seguir o caminho que tinha escolhido, e no final os dois se encontraram. Seguiram caminhos opostos de novo, e no final sempre se encontravam. Depois de seguirem lados opostos umas cinco vezes, na última vez que se encontraram, San segurou a mão de Kyoko. Ela deu uma leve corada, e olhou para trás.

— Isso não está dando muito certo. Vamos tentar ir pelo mesmo, vem — disse, segurando a mão de Kyoko e levando-a para o caminho que ele ia seguir. Ela foi junto com ele, calada. Estavam de mãos dadas ainda, e o caminho parecia ainda ser o mesmo.

— Também não funcionou San. O que fazemos agora? — perguntou Kyoko, ficando meio preocupada com a situação.

San olhou para as mãos dos dois, que unidas estavam produzindo um brilho sereno. Ao notar isso, San lentamente levantou sua mão, segurando a de Kyoko. Os dois ficaram com as mãos dadas erguidas, e o brilho aumentou. As nuvens cósmicas que compunham as paredes começaram a se afastar pelo brilho. Eles seguiram em frente, afastando todas as nuvens juntos. Kyoko abriu um sorrisinho, e deu uma leve risadinha. San olhou para o sorriso de Kyoko, e sorriu de volta.

Quando chegaram no final, havia um grande vácuo com trovões de energia cósmica. No centro havia muita energia sendo sugada para o mesmo lugar em formato espiral, era como um redemoinho de energia atômica.

Os dois então apertaram as mãos, e Kyoko criou suas asas de luz. Ela voou com bastante velocidade, e San estava se segurando em sua mão. Os dois seguiram em direção a energia, enquanto os raios caíam em volta.

Arashi e Sakura ainda estavam na neblina. E na cabeça de Arashi se passavam todas as lembranças que tinha de Sakura. Quando cortou uma das cordas do balanço enquanto ela estava sentada nele, de quando escondia flores rosas no cabelo de Sakura, e ela não percebia pois seus cabelos eram da mesma cor. Mas se olhasse de trás, parecia como um buraco na cabeça dela. Ou do dia que ele resolveu balançá-la, e empurrou tão forte que ela deu duas voltas no balanço.

“Sempre foi tão… fácil… mas por que eu… Eu preciso, mas eu não posso… Eu preciso encontrar, mas ela deve me odiar. Com certeza desejaria continuar aqui do que alguém como eu a resgatar…”

Sakura estava com uma lágrima saindo do rosto, mas sua lágrima foi levada pelo forte vento da neblina.

“Ele não procuraria por alguém como eu, ninguém virá… ninguém… ninguém nunca veio, apenas zombavam da ‘garota sozinha no balanço’... sempre ignoraram. Mas ele nunca… ignorou?”

“Eu preciso achar… eu, quero te achar!” Pensou Arashi.

“Ele não vai me abandonar… eu, quero acreditar!” Pensou Sakura, ao mesmo tempo.

Logo em seguida, os dois se viram ao longe na neblina. Correram até se encontrarem, e se abraçaram. Podiam sentir o desespero um do outro.

— Sakura… eu… — Arashi ia dizer, mas ela interrompeu

— Eu sei, não precisa dizer nada. Vamos só… sair daqui, idiota.

A neblina lentamente desapareceu, e o vento forte parou. Ao alto podiam ver uma abertura nas nuvens que levava de volta à superfície da Nebulosa.

— Se lembra da montanha de gelo nos testes não é? — perguntou Arashi.

— Humph, claro. — Respondeu, já criando uma arma de Alquimia nas mãos, carregada com balas em forma de cubos.

Enquanto isso, Kyoko e San continuavam sobrevoando o vácuo. Mas antes que chegassem ao fim, um raio cósmico atingiu as costas de Kyoko, fazendo-a cair no vácuo. San olhou e gritou o nome dela, enquanto caía também, estendendo sua mão para alcançar Kyoko. Os dois estavam caindo no vazio.

Notas:

Aviso: Todas as ilustrações utilizadas na novel foram geradas por IA. Perdoe-nos se algo lhe causar desconforto visual.

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