A Última Ordem Brasileira

Autor(a): Hanamikaze


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 11: O Mágico das Cartas

Já faziam trinta minutos desde que a nave tinha partido de Ice Rings, e Hifumi a deixou no piloto automático de novo pois estava limpando sua espada com um pequeno paninho branco. Arashi estava fingindo pilotar a nave mexendo no volante. Tsukasa, tomando um milk-shake que tinha deixado no freezer da nave, Thomas olhando a janela novamente e San sentado à uma mesinha enquanto jogava Likkho com Ishida.

— Ishida, desde quando você tem o coração de Vorthis? Tipo, você não nasceu com isso não é?

— Ah, isso? Eu não gosto muito dessa história para falar a verdade… mas não custa nada contar.

Ishida Majutsu, irmão mais novo de Makami Majutsu. Eram filhos de um casal de feiticeiros muito poderosos que os treinavam constantemente. Ishida sempre foi um garoto meigo e agradável, nunca gostou da ideia de machucar os outros, ou então de brigas. Já Makami, era rude e arrogante com os mais fracos. Se achava superior a qualquer um de sua idade, o que de fato na maioria das vezes ele era. Makami sempre foi muito focado nos seus treinos, e Ishida não ligava muito para isso. Seu irmão mais velho o humilhava, o chamava de fraco, às vezes batia nele apenas por diversão, afinal Ishida era um “alvo fácil”. O garoto já tinha um ódio particular acumulado por seu irmão mais velho, mas apenas raiva nunca iria mudar nada. Ele era fraco, e nunca conseguiria revidar.

Seus pais não gostavam das atitudes de Makami, mas ele era forte. Por causa disso ele era mais idolatrado que Ishida. Mas a partir de um certo dia, algo estranho aconteceu. Ishida de repente despertou sua Alquimia. Por não estar interessado em lutas, ele nunca rezou para as estrelas, mas mesmo assim as estrelas o escolheram. Makami ficou furioso com isso, pois ele já rezava a seis anos e as estrelas nunca o escolheram. As estrelas sabiam que ele não era digno da magia. Ishida foi até seus pais, animado e mostrando sua magia. Ele era habilidoso com aquilo mesmo nunca tendo a usado antes. Mas seu irmão se rebelou a isso, então desafiou Ishida a um duelo. Ishida com toda sua mágica e habilidades novas já estava muito forte, e Makami não era mais páreo. Foi derrotado e se sentiu humilhado.

Em uma noite, enquanto Makami dormia, ele sonhou que era forte. Usando magia negra, ele podia destruir tudo e todos ao seu caminho. E no seu sonho, ele ouviu a voz de um homem falando que lhe daria este poder, lhe daria este poder se ele fosse leal ao Deus Vorthis Crepitus. Então no dia seguinte, Ishida acordou com a pior cena de sua vida. Seus pais estavam mortos e seu vilarejo estava em chamas. Seu irmão enlouquecido havia destruído tudo com Alquimia das trevas, e havia se tornado um Mórtivus portador do Coração de Vorthis. Achando que seria mais forte que seu irmão, Makami o desafiou novamente. Mas para sua surpresa, Ishida o derrotou em um combate de Alquimia. E em uma tentativa de tentar purificar o coração de seu irmão, ele acabou sendo contaminado, e Vorthis saltou de Makami para Ishida. Mas estranhamente, em vez de tomar controle de Ishida, Vorthis ficou preso dentro dele. E seu irmão Makami Majutsu se tornou o segundo Mórtivus mais poderoso vivo até então.

— Desde aquele dia… eu nunca mais vi o Makami de novo. Deve ter fugido, e agora obedece às ordens de Vorthis.

— Eu nunca imaginaria que fosse algo desse tipo… Então as estrelas te escolheram também?

— “Também”? Então você foi escolhido? — perguntou Ishida.

— Sim, há alguns dias atrás. Ainda estou aprendendo a usar, mas estou ficando bom nisso! Inclusive, já faz quanto tempo desde que isso aconteceu?

— Acho que uns dois anos. Eu tinha quatorze anos na época, e hoje em dia tenho dezesseis… então é, foi a dois anos atrás. Makami já deve ter dezenove anos hoje em dia.

De repente Arashi deu um tapa na nuca de San tentando assustá-lo.

— Está rolando o quê aqui? — disse Arashi, já se sentando junto aos dois.

— Conversas, palavras e tal…

San já estava imaginando uma forma de revidar o tapa.

— Mas enfim, Vorthis é tipo… um Saikai Primordial ou algo assim? — perguntou San, curioso.

— Deve ser uma espécie de rei demônio, do jeito que vocês falam — respondeu Arashi.

— Na verdade, ele é o Saikai dos Pesadelo por entrar nos sonhos das pessoas. É bem longe do Rei dos Demônios. Lity era muito pior que Vorthis…

Após Ishida dizer, todos na nave olharam para ele interessados na história.

— Lity? — perguntou Thomas, ainda na janela.

— É o nome do Rei dos Demônios. Lity Numinor, irmão de Aquiles Numinor. Sério que nunca leram livros sobre eles?

— Aquiles? Hifumi tinha dito que Aquiles era o nome do Saikai Primordial mais poderoso, o Deus da Magia — disse San, já ficando mais interessado. Hifumi parou para dar uma olhada também.

— Sim, Aquiles é conhecido como o Senhor do Abismo, porque ele está literalmente preso no Abismo.

— Preso por quê? Ele não é tipo, um deus? — perguntou Arashi, com a boca cheia de biscoitos.

— Sim, mas Lity o prendeu no Abismo. Bom… acho que vocês querem mais história, não é? Acho que vai demorar algumas horas até a nebulosa ainda… então não é problema.

“Lity Numinor era irmão de Aquiles Numinor a mais ou menos 5000 anos atrás. Os dois nasceram de um modo especial, nasceram das raízes da árvore de Rahasya. Essas raízes são da árvore primordial que controla a realidade. Ela fica no meio do Abismo, e sua energia compõem o tecido da realidade. Dizem que ela conecta os mundos, galáxias e universos. Algumas raízes de Rahasya podem ser encontradas em lugares muito específicos no solo… e os dois nasceram dessas raízes. São dois filhos da árvore Rahasya, são como os ‘Deuses Originais’.

Quando nasceram, Lity tinha olhos azuis e cabelos pretos. Sua testa era marcada com um X, que brilhava com energia vermelha. Já Aquiles, tinha olhos verdes e era loiro. Em sua testa tinha um símbolo parecido com um losângulo… O símbolo brilhava com uma energia branca. Os dois quando nasceram, foram encontrados pendurados nas raízes da árvore, foram encontrados pela família real de um reino muito antigo da época. Eram o Rei e a Rainha. Os levaram para casa, e a filha da realeza escolheu seus nomes. Ao bebê de cabelos pretos, deu o nome ‘Lity’, e ao bebê loiro, ‘Aquiles’.

Os dois cresceram juntos, e eu não sei se isso é correto, pois li em um livro, mas dizia que Lity tinha muita inveja de Aquiles, e não se sabe o motivo. Isso acabou levando à expulsão de Lity, e ele foi jogado ao Abismo quando tinha apenas onze anos de idade. Mas de alguma forma… ele conseguiu fugir. Domado pela vingança, dizem que Lity domou um dragão de magma, apenas para ver a queda de seu irmão Aquiles.

Não vou contar a história toda, pois eu não me lembro muito bem. Mas Lity tinha uma esposa, seu nome era Allyn. Sua jornada durou mais onze anos, até que retornasse ao reino. Aquiles não gostou nada disso, e avistou uma estrela cadente naquela noite. Ele foi até ela, e percebeu que ainda estava inteira, e a comeu. Seu corpo era de um Deus, então ele resistiu a energia e a acumulou dentro de si. Os dois entraram em um embate, e Lity liberou o poder selado em sua testa, que era conhecida como “A Marca do Rei”. Mas isso custou a vida das pessoas em volta, transformando todos em demônios sem consciência, e fazendo os olhos de Lity sangrarem, até ficarem vermelhos. Olhar em seus olhos causava calafrios, e se olhasse demais você perderia a consciência. O olhar do Julgamento…

A história ficará bem vaga por enquanto, se quiserem podem olhar em livros depois. Eu realmente não me lembro bem… mas por algum motivo, Lity queria completar uma profecia estranha, ele mesmo a nomeou. Deu o nome de… “A Última Ordem” ou algo assim. Não sei o que essa coisa deveria ser, ou o que aconteceria nessa profecia. Mas seu filho o impediu no último instante, concluindo a profecia antes dele. Lity acabou amaldiçoado por isso, e toda vez que morresse a partir dali, ele reencarnaria em um corpo diferente. Eternamente, com sua alma sendo desgastada a cada momento.”

Arashi estava com a mão no queixo, analisando a história.

— Mas por que isso seria uma maldição? Ele não basicamente vive para sempre agora?

— As histórias falam que Lity tinha um coração vazio por tudo que tinha lhe ocorrido. Em sua jornada ele aparentemente perdeu quase tudo que tinha, sobrou apenas seu querido filho, que lhe traiu no fim. Ele só queria descansar em paz, e reencontrar sua esposa na vida além desta. Mas isso é impossível agora…

A versão da história de Ishida foi bem vaga. Ele realmente não se lembra das histórias que havia lido, mas esta foi a época em que “A Última Ordem” foi concluída pela primeira vez. Talvez nem todos os detalhes da história sejam verdadeiros. Ninguém sabe realmente como tudo aconteceu, e nem mesmo sabem sobre a tal profecia misteriosa. Mas com certeza, é algo poderoso. Toda reencarnação de Lity, possui um X marcado em algum lugar do corpo, assim como ele tinha um X marcado em sua testa.

— Vocês dois até que tem coisas bem parecidas com Lity… os dois têm cabelos pretos, Arashi tem olhos azuis assim como Lity tinha antes de libertar o selo, e Tsukasa tem olhos vermelhos. Os olhos dele ficaram vermelhos após libertar… Inclusive, olhar nos olhos do Tsukasa me dá um calafrio estranho. Diziam que olhar demais nos olhos de Lity fazia você perder a consciência.

— Eu concordo, tem algo estranho nos olhos do Tsukasa — resmungou Hifumi, olhando para Tsukasa profundamente.

— Vão ficar nessa? A gente já está chegando na nebulosa, a hora das historinhas acabou — disse Tsukasa, olhando para o visor da nave. A nebulosa estava logo à frente, e a nave logo iria chegar até o destino.

Enquanto se aproximavam, uma carta de baralho flutuava pela janela em que Thomas estava olhando. Ele percebeu que tinha algo estranho com aquela carta, até porque ela estava flutuando no meio do espaço, e também ela tinha um brilho sereno. Thomas logo percebeu que a carta tinha uma alta concentração de Alquimia dentro dela.

— Um ataque! É um ataque! Vai para a esquerda! — gritou Thomas da janela.

Hifumi logo correu até o banco do piloto e mudou a direção da nave para a esquerda. A carta que flutuava à direita da nave brilhou cada vez mais forte e então explodiu.

Inúmeras cartas começaram a aparecer pelo caminho, e Hifumi foi direcionando a nave, desviando de todas as cartas. A nave girava de um lado para o outro, atirava pequenos raios atômicos nas cartas que eram impossíveis de desviar e elas explodiam na hora. As cartas iam explodindo atrás da nave conforme ela passava, e chegando no fim daquele beco de armadilhas, uma cortina de energia cósmica em espiral pairava a frente — uma entrada para a nebulosa — a nave continuou seguindo, e então finalmente entrou na espiral cósmica. Quando entrou no limite da espiral, a nave começou a acelerar incontrolavelmente, e pelas janelas só era possível ver as estrelas e a energia cósmica passando por uma fração de segundos.

Por trás da nave, as explosões não paravam, mas iam se distanciando pela velocidade que a nave estava alcançando.  Até que finalmente a nave passou pela borda, e entrou na nebulosa. Quando entrou, perdeu quase toda a velocidade que tinha antes e então pousou lentamente em uma plataforma rochosa. Após chegar, a equipe foi saindo da nave um por um, e todos ficaram encantados com a visão. O céu era totalmente vedado por uma nuvem cósmica de tom roxo, com pequenas partículas de magia sobrevoando toda a nebulosa radiantemente. Pequenas partículas se uniam em certos pontos com velocidade, e iam se acumulando ali. Crescendo continuamente, isto era o nascimento de novas estrelas.

— Aquelas coisas são… estrelas? — perguntou Arashi.

— Sim, estrelas em seu nascimento. Nebulosas são como berços gigantes — explicou Hifumi.

Enquanto contemplavam a visão, um rastro de cartas de baralho apareceu na frente de todos. Ishida logo avançou à frente, e criou um escudo dourado de magia, San também usou sua Alquimia para fortalecer o escudo. As cartas explodiram em sequência, e do meio da fumaça, era visível um homem com um terno vermelho e calças pretas, uma pequena cartola de mágico, um cajado branco com pequenos dados estampados nele, e usando luvas brancas. O homem tinha cabelos loiros e olhos alaranjados, e mantinha um sorriso maléfico no rosto. O homem estava com uma mão na sua cartola, e então ele tirou a cartola e fez reverência a toda a equipe.

— Sejam bem vindos ao espetáculo da noite! Nesta magnífica noite teremos… o Mágico das Cartas. ENTÃO PREPAREM-SE! Pois o show está prestes a começar… — apresentou-se o mágico. E então de sua cartola, dois dados saíram e levitaram até as mãos de San.

— O “Cabelos de Fogo” dará início ao grandioso espetáculo! Venha garoto… jogue… os dados… —  San hesitou, e olhou para Hifumi. Ele também tinha um olhar de desconfiança, e todos estavam olhando para o mágico com relutância. Ele estava tentando os atacar desde que se aproximaram da nebulosa.

San então jogou os dados, e quando caíram os dois mostravam o número 6, ao todo dava 12.

— DOZE!!! O número da sorte… Nível de violência é igual a um. Que comece o espetáculo!!

Após o mágico anunciar, seu corpo se dissipou em Alquimia e peças de xadrez começaram a cair do céu, formando um grande campo de xadrez em cima da plataforma rochosa. A equipe representava as peças pretas, e as peças que caíram do céu eram brancas e feitas de Alquimia.

— O que… está acontecendo? — perguntou Hifumi, se preparando para o ataque. Logo em seguida, um dos peões do lado oposto andou duas casas.

— Xadrez — respondeu Thomas — eles já fizeram o primeiro movimento, e acho que agora nós temos que fazer o nosso.

 Thomas logo pulou duas casas para frente, ele também era um peão.

— Vamos ter que jogar um xadrez gigante? Mas quem é esse mágico afinal… e se apenas ignorarmos isso tudo?

— Não dá, tem uma barreira invisível aqui — exclamou Arashi, tentando sair do tabuleiro.

San então pulou três casas para a diagonal direita, ele era um bispo. Hifumi pulou duas casas e mais uma à esquerda, ele era um cavalo. As peças inimigas vinham avançando, não pareciam usar nenhum tipo de estratégia. Thomas colocou dois dedos para ajustar seus óculos, e então começou a pensar.

“Estão agindo aleatoriamente… É apenas um truque do mágico, como ele tinha dito antes, o nível de violência desse truque é um. Provavelmente seria fatal se uma dessas peças matasse algum de nós no tabuleiro… então como a dificuldade é mínima, o objetivo das peças não é nos atingir, e sim apenas fugir. Aparentemente Tsukasa percebeu isso também…”

Após pensar um pouco, Thomas apontou para Ishida e pediu para que ele se movesse quatro casas à frente. Ele era uma torre, e se fizesse isso ele estaria de frente a um bispo inimigo. Ishida então se moveu, até porque bispos não podem matar peças que estão em frente, apenas nas diagonais.

O bispo não tinha saída para a direita, então se moveu cinco casas à esquerda, atravessando o tabuleiro, ficando bem à frente de Arashi, que era a dama. Tsukasa então mandou Arashi matar o bispo inimigo, e assim foi feito. — Tsukasa era o rei —

— Estão apenas fugindo, não estão coordenando nada. Ele se posicionou exatamente na frente de Arashi mesmo sendo suicídio, apenas para ficar o mais distante possível de Ishida… então o objetivo é simples, encurralar o rei — explicou Thomas.

— Não podemos nos arriscar assim, não sabemos se podem nos matar ou apenas irão fugir — disse Tsukasa.

— Então, qual é o seu plano? — perguntou Thomas, meio arrogante.

Tsukasa então fechou os olhos, pensou um pouco e começou a comandar todos. Fez Thomas ocupar o centro do tabuleiro, fazendo os peões inimigos avançarem já que o caminho estava livre. Hifumi pulou algumas casas indo a direita, tirando o outro bispo do caminho, e então San o matou. As outras peças inimigas logo tentaram se afastar daquela área, pois tinham um cavalo e um bispo. Duas peças perigosas, isso acabou as atraindo até Arashi, que matou o cavalo inimigo. Thomas que estava no meio acabou pegando a torre, e Ishida estava frente a frente com a dama inimiga. Na jogada do inimigo, ele se preocupou em afastar a dama, e não ficou alerta ao rei. Esse tempo todo Tsukasa se aproximava por conta própria do rei, e com um belo cheque-mate, um rei acabou matando o outro.

Após vencerem, o tabuleiro inteiro desapareceu lentamente, e as peças se dissiparam pelo ar. Todos ficaram aliviados.

— Conseguimos? — Perguntou Hifumi.

— Tsukasa conseguiu. Bom, o mágico sumiu então… acho que podemos ir — respondeu Arashi.

— Temos que encontrar o centro da nebulosa. A instabilidade se iniciou lá — explicou Hifumi, e todos seguiram pulando pelas rochas.

Após um tempo vagando por aquele lugar imenso e belo, as coisas começaram a ficar caóticas. Raios de energia eram disparados em todo lugar, e grunhidos de agonia eram ouvidos ao fundo, a energia cósmica da nebulosa ia escurecendo.

— Acho que estamos chegando perto…

De repente, um grupo de pessoas apareceu na plataforma em que estavam, e era a equipe da Infinity-Z. Kyoko, Namida, Kisaragi, Gyokku e Sakura.

— Kyoko! O que faz aqui? — exclamou San.

— Oh! Vocês finalmente chegaram. Demoraram tanto, que enviaram a nossa equipe para verificar se estava tudo bem com vocês… acabamos de chegar aqui.

Todos se reuniram, e começaram a conversar. Gyokku parecia meio preocupado com Hifumi, mas no fim estava tudo bem. Sakura e Arashi começaram a discutir naturalmente, e Namida e Thomas estavam olhando para o céu juntos.

Notas:

Aviso: Todas as ilustrações utilizadas na novel foram geradas por IA. Perdoe-nos se algo lhe causar desconforto visual.

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