A Saga de Hyan Fayfher Brasileira

Volume 1

Capítulo 53: Os Cavaleiros (3)

 

 

 

Desanimado, sentindo que a batalha não foi do meu agrado. Acabei prestando atenção ao olhar dos presentes, que iam desde surpresa ao descontentemente e a raiva; onde não pude evitar de rir diante esses sentimentos. Quando declarei:

— Certo! Vocês cinco, venham! Vou enfrenta-los ao mesmo tempo — proclamei, atordoando todos com a minha atitude.

Afinal, que imaginaria essa situação? E vendo os olhares perplexos dos cavaleiros, que apressadamente desembainharam suas espadas, pude sentir que eles compartilhavam de algo semelhante; quando uma intenção maliciosa acabou emanando do meu corpo.

Assim, percebendo minhas intenções, sabendo que não poderiam ser negligentes. Os cavaleiros adentraram em uma formação de combate, quando um ficou para trás, ajudando seu companheiro gemendo no chão.

Desta forma, avançando sob a liderança de Naozaj, que investia com dois cavaleiros, tendo um em cada lado; seu objetivo era me cercar.

E observando suas intenções, não consegui evitar de sorrir, quando estendi novamente minhas mãos a partir do centro, ativando três bolas de fogo, que convergiram para interceptar os meus adversários.

Assim, aproveitando desse meio tempo, vislumbrando os cavaleiros tentando desviar das bolas de fogo; usei cinco Talismãs do Fragmento Congelante para congelar o solo, contendo parcialmente os seus movimentos.

Porém, isso ainda não foi o suficiente para impedir seus avanços, e apesar dos movimentos rígidos e desajeitados, os cavaleiros estavam convictos em avançar, ou pelo menos em me acertar um único golpe.

Sorriso pretencioso!

Não conseguindo suportar o sentimento maldoso que me envolveu, sorrindo maliciosamente diante seu avanço destemido. Ativei mais três talismãs, usando o solo congelado para eletrocutar os três cavaleiros, que se ajoelharam imediatamente em dor.

E tendo sucesso em meu planejamento, observando-os parados em agonia, pensei se deveria lançar algumas bolas de fogo, quando senti inesperadamente através do meu sentido espiritual os outros dois cavaleiros se aproximando por trás, tornando meu sorriso mais evidente.

Animado, descobrindo os dois cavaleiros investindo com todas as suas forças em minha direção, os dois cavaleiros me atacaram por trás, demonstrando uma expressão triunfante em seus rostos.

Entretanto, antes que suas espadas pudessem se aproximar, um escudo formado por energia florescente se formou em minhas costas, mais precisamente, era o casco de uma enorme tartaruga, impedindo suas espadas.

Atônitos, perdendo a melhor oportunidade que teriam em nosso confronto, ativei dois talismãs da chama flamejante para arremessá-los a distância, causando leves queimaduras por sua pele, onde acabei sorrindo brilhantemente ao perceber que tinha sido cercado completamente pelos cinco cavaleiros.

— Bom! Muito bom! Eu realmente aprecio essa atitude. No entanto, eu estava somente brincando até agora… — comentei, vendo suas expressões distorcidas.

E observando-os com um sorriso, retirei um talismã mágico entre os que possuía, quando o coloquei especialmente sobre o meu peito, desaparecendo abruptamente, chocando profundamente os cavaleiros.

Mesmo meu pai que observava tudo franziu as sobrancelhas, não conseguindo encontrar facilmente minha posição e presença.

O único que realmente conseguia perceber com precisão minha localização era Sheridan, que me observava estupidamente, não conseguindo acreditar em todo o decorrer que acontecia diante seus olhos.

— Acho que está na hora de acabar com esse pequeno duelo. Hehe! Por favor, não guardem rancor. — Brinquei, vendo-os se agruparem, um grande erro, já que não podiam ver minha posição.

Desta forma, confusos de como reagir diante a situação. Em frente de suas figuras ansiosas, perceberam diversas luzes brilhando ameaçadoramente bem diante seus olhos.

— Nos rendemos! — declarou Naozaj apressadamente, vendo mais de dez talismãs mágicos sendo ativados quase em frente ao seu rosto, algo que não seria possível esquivar-se, causando um dano severo em seus corpos, se atingidos.

Luz! Explosão!!

Felizmente, no momento que admitiram a derrota, os ataques surgindo dos talismãs mágicos foram direcionados para o céu, formando um lindo show de luzes que deslumbraram os espectadores.

— Uffa! Ainda bem que ganhei, estava ficando sem energia interna, realmente é difícil ganhar de cinco cavaleiros ao mesmo tempo — comentei maliciosamente, vendo seus rostos amedrontados. Exceto Naozaj, que me observava estranhamente em silêncio.

— Garoto! Esses talismãs mágicos… qualquer cultivador independente da afinidade pode usa-los dessa maneira? — interrompeu Sheridan de repente.

Nesse momento, com uma expressão amarga, Sheridan estava pensando que apesar dos ataques elementares não serem fortes em comparação com sua força, se usado pelos cultivadores de reinos inferiores, então qual seria a utilidade de se ter magos?

Era extremamente árduo se desenvolver como um mago na atualidade, sem falar de sua impotência ao serem atacados durante seus encantamentos; não vamos mencionar os custos de pesquisas e desenvolvimento de seus feitiços únicos.

Enfim, apesar dos desafios que teve que superar, bem diante dos seus olhos, um show praticamente se desenrolou; onde um mero fedelho fez um serviço melhor do que qualquer mago no reino corporal, superando a destreza de alguém com um reino inteiro de cultivo superior que o seu.

— Sim, e não. Esse poder pode ser concedido a qualquer cultivador. Entretanto, o uso dos talismãs mágicos exige uma quantidade de energia interna considerável. Um cultivador normalmente só poderia utilizar algo por volta de quatro a seis talismãs, estando muito longe do que posso alcançar — expliquei, dando de ombros.

— Então, como diabos você conseguiu usar vários? — Grunhiu Sheridan, não conseguindo entender a situação.

— Oh! Eu não te expliquei anteriormente? Desde que minhas Armas Arcanas despertaram, tenho por volta de seis vezes mais energia interna que um cultivador, isso se deve a cada arma arcana possuir um centro de energia.

— Não! Espere! Meu erro, depois da transformação isso foi alterado, devo ter por volta de dez vezes mais energia interna que um cultivador normal — expliquei com um sorriso deslumbrante, vendo o ciúme em seus olhos envelhecidos.

— Hehe! Desculpe, Velho. Por mais que gosto de ver você nesse estado, deixe-me explicar duas coisas. Primeiro, se esses talismãs mágicos estiverem nas mãos de magos, seus poderes podem sem ampliados, isso se deve ao seu controle inato do efeito atrativo.

— Em outras palavras, tais itens mágicos são mais preciosos do que tudo para pessoas da sua categoria, pois, como sabe, um mago detém muitas falhas quando se trata de combate — expliquei, vendo seus olhos tremerem sutilmente.

— Segundo. O jeito que utilizei os talismãs mágicos agora foi de forma errada, ou mais precisamente, era como os magos deveriam usa-los.

— O jeito que guerreiros devem utilizá-los é respectivamente diferente. Por exemplo, posso pegar um talismã da chama flamejante e aplica-lo em uma espada. Nesse caso, a espada se tornaria uma espada flamejante por um determinado período, aumentando efetivamente o ataque de um guerreiro contra determinadas bestas monstruosas.

— Claro, posso também aplicar em uma flecha, aumentando seu poder de fogo, algo que sempre faltou para os arqueiros. Posso até utilizar o talismã do relâmpago sibilante para causar paralisia com uma espada, ou aumentar a velocidade de disparo com uma flecha, matando o alvo antes mesmo de entender o que ocorreu…

— Enfim, os outros talismãs não são exceção, tem diversas maneiras que podem ser utilizados. Agora acredita quando disse que a existência de talismãs mágicos é algo indispensável para o futuro? — indaguei, vendo seus olhos derrotados.

— Eu admito, garoto. Quando se trata dessas coisas… parece que minha arte de encantamentos mágicos realmente não tem valor. — Suspirou Sheridan, avançando estranhamente até a minha posição, quando estendeu a mão.

— O quê? — indaguei, observando sua mão estendida.

— Eu quero um talismã mágico, deixe-me testa-lo. — Ordenou Sheridan com uma voz severa, não deixando espaço para discussões.

Assim, tendo um mal pressentimento diante sua atitude, balançando os ombros impotente, entreguei um talismã da chama flamejante, quando apressadamente me retirei.

E tendo o talismã mágico em mãos, Sheridan começou a convergir sua energia interna, enquanto observava atentamente seu processo de ativação.

Assim, começando com um brilho cintilante, conforme Sheridan permanecia convergindo sua energia, o brilho começou a se tornar tremendamente intenso, quando, diante os olhos assustados dos presentes, o talismã mágico explodiu.

— Maldição!!! Garoto!! Que merda é essa?! — Rugiu Sheridan insanamente, tendo a parte superior do corpo toda machucada, olhando-me com olhos furiosos, querendo me atacar imediatamente.

— Hã? Nem vem! Eu não sou o culpado! Esses são talismãs mágicos de primeiro nível, como podem suportar a quantidade absurda de energia que você convergiu para ele? — expliquei, vendo o velho mago parar inesperadamente, refletindo.

Estendendo a mão!

Suspiro. Avançando impotente, deixei outro talismã na mão de Sheridan, quando apressadamente corri para trás do meu pai, escondendo-me. Lytian, que observava tudo silenciosamente, mudou de expressão quando notou algo errado com minhas ações.

Brilho! Calor!

Assim como imaginei, o talismã da chama flamejante brilhou no seu auge, criando uma bola de fogo quase três vezes o tamanho gerado anteriormente, quando arremessou raivosamente em minha direção.

Sensação Fria!

Vendo a enorme bola de fogo em nossa direção, meu pai avançou destemidamente, quando uma sensação gelada percorreu seu corpo, envolvendo assim sua espada em um brilho frio, cortando facilmente a bola de fogo pela metade, dispersando-a na atmosfera.

— Oh! Como imaginei, você cresceu, pequeno Lytian. Nunca imaginei que veria o dia em que se tornaria um cavaleiro mágico. — Bufou Sheridan, recompondo-se, quando observou intensamente os olhos de Lytian, que brilharam em um azul profundo, sem desviar o seu olhar.

— Obrigado, Sheridan. Realmente me alegra receber o seu reconhecimento — respondeu Lytian, vendo o olhar irritado do velho mago.

E sem dizer mais nada, Sheridan moveu sua mão, fazendo uma cortina de fogo, desaparecendo completamente.

Distraído, continuando a observar o local que o velho mago desapareceu. Lytian tinha uma sensação irreconhecível em seu coração.

Afinal, se lembrando como no passado tinha que abaixar seu rosto sempre que era observado por seus velhos olhos. Agora, mesmo que não pudesse vence-lo, Lytian estava confiante que poderia se proteger diante seus ataques, preenchendo-o de satisfação e orgulho.

— Ehh! O velho realmente ficou bravo. Talvez devesse ter avisado de antemão a possibilidade do talismã mágico explodir? — comentei, lembrando daquele dia na floresta. Quando senti inesperadamente o olhar incerto do meu pai.

— *Tosse* … Tudo bem. Não vamos nos exaltar por pequenas coisas. Agora, retomaremos a real questão para esse encontro… — Relatei, parando em meio as palavras; quando vislumbrei o olhar adorador dos cavaleiros em direção ao meu pai.

Claro, esses olhares sumiram quando perceberam o meu olhar; ao qual retribuíram estoicamente, sem demonstrar quaisquer emoções.

— Eu… exagerei? — murmurei, vendo meu pai suspirar.

— Bem, esqueça… vocês cinco. Acho que não preciso dizer muito. Nesse momento, sob a minha direção, desejo construir um legado extraordinário nessas terras… E devido ao seu trabalho, sua dedicação durante anos ao meu pai, foram escolhidos para participar desse objetivo — proclamei, querendo suas atenções.

— Entretanto, por mais que estejam insatisfeitos com os meus métodos, não preciso de pessoas arrogantes que não detém quaisquer fundamentos. Quando chegaram, quando descobriram que teriam que duelar contra meros soldados da milícia, conseguia vislumbrar seu desprezo, seu desdém e ridículo.

— Mas veja o resultado, vocês perderam… Essas pessoas que não passavam de indivíduos humildes aos seus olhos, conquistaram muitas coisas ao meu lado, como enfrentaram destemidamente a morte — expliquei, observando suas expressões.

— Eu não preciso de pessoas que só detém arrogância, mas não coragem e atitude. Afinal, guerras vão ocorrer no futuro. E como também pretendo alcançar patamares nunca almejados anteriormente pela Família Fayfher…

— Enfim, digam-me, vocês têm coragem de levantar suas espadas para enfrentar meus inimigos? Tem a coragem de retornar ao campo de batalha? Tem a coragem de enfrentar diretamente a morte com um sorriso despretensioso no rosto? — proclamei, usando minha energia interna para dar evasão as minhas palavras, enquanto esperava por suas respostas.

Prostração!!

Se ajoelhando, Naozaj não pensou duas vezes, quando desembainhou e estendeu sua espada com as duas mãos em direção ao seu Jovem Mestre.

— Esse velho homem já lutou muitas batalhas, mas acredito que ainda não cheguei ao fim da minha vida…

— Se for da sua vontade, da mesma forma que lutei ao lado de seu pai, lutarei definitivamente ao seu… Portanto, permita-me ser seu cavaleiro — proclamou Naozaj, prostando-se com toda sinceridade ao jovem em sua frente.

E vendo sua postura fervorosa, a sinceridade nas palavras de seu líder, os outros cavaleiros não pensaram muito, seguindo rapidamente o seu exemplo. Quando, calmamente, um a um, declararam seus juramentos, prometendo lutar por suas espadas e por seu Jovem Mestre Hyan.

— Ótimo! Eu realmente admiro aqueles que tem a ousadia e a determinação para enfrentar o desconhecido com altivez. Como forma de agradecer essa sinceridade depositada em meus ombros, lhe darei um presente para que possam alterar seu destino com as próprias mãos.

Desta forma, sorrindo profundamente, ignorando suas expressões confusas, retirei um recipiente com essência arcana, quando comecei a escrever minhas preciosas runas suspensas.

E impressionando os cinco cavaleiros, aos quais abriram suas bocas em choque; acabei passando ao lado de cada presente, desembainhando minha espada, ao qual pousei no ombro de cada cavaleiro, concluindo a cerimônia de juramento.

Ohm! Ohm!!

E vendo as runas arcanas invadirem suas mentes, não consegui evitar de presenciar os cincos cavaleiros grunhindo em dor.

Devo dizer, eu detinha realmente um péssimo hábito, onde consegui até mesmo vislumbrar o sorriso desconfortável no rosto de meu pai, observando tudo em silêncio.

Enfim, finalmente tendo todos se recuperado, olhando-me com uma variedade de emoções, limpei a garganta, quando expliquei; dizendo:

— O que passei a cada um de vocês se resumi a quatro legados. O primeiro é uma Técnica de Controle Interno, essa técnica é acompanhada por uma habilidade chamada, Aura Energética.

— Essa é a mesma habilidade que presenciaram os soldados usando, ao qual detém algumas discrepâncias conforme a afinidade do cultivador, como é também a habilidade que se tornara sua base no futuro.

— E conforme procederem em seu aperfeiçoamento, podem consultar os soldados para uma explicação mais detalhada de suas vantagens e aplicações.

— O segundo e terceiro legado se trata de duas técnicas corporais, sendo a Técnica de Fortalecimento Corporal – Espírito Flamejante e a Técnica de Fortalecimento Corporal – Coração Congelante.

— Essas duas técnicas possibilitam um detentor da energia carnal em seguir o caminho de um cavaleiro mágico, ao qual presenciaram agora a pouco meu pai utilizar uma parte desse poder.

— Entretanto, o aprendizado de tal técnica não pode ser forçado, se pressionar a algo que não é compatível pode trazer grandes consequências, incluindo a morte.

— Portanto, estejam atentos ao cultivarem tais técnicas, e que o destino julgue se vocês têm o necessário para se tornarem um cavaleiro mágico.

— Quanto a referências ou dúvidas, consultem meu pai, ele pode indicar os pontos aos quais devem estar atentos — falei, vendo seus olhares calorosos, principalmente quando observavam meu pai.

— Quanto ao quarto legado, se trata de uma Técnica de Combate – Guerreiro Frenético. E apesar desse tipo de legado não deter um valor semelhante aos anteriores, onde uma técnica de combate se resume ao estilo de um cultivador ao longo de sua vida.

— Esse legado em especial detém uma habilidade conhecida como, Frenesi Sanguinário. Essa habilidade se distingue porque não pertence a categoria ofensiva, nem defensiva, mas como uma habilidade de apoio.

— Em resumo. O seu uso sofisticado de energia se classifica na categoria “Personificação” e pode conceder um aumento bastante acentuado nos atributos gerais do usuário. Entretanto, sua mente ficara levemente turva, sendo facilmente suscetível a provocações.

— Enfim, certamente é uma habilidade preciosa, ainda mais quando se trata de uma habilidade que aumenta consideravelmente sua força, onde não é algo alcançado sem uma grande iluminação.

— Quanto a se devem ou não aprender, é uma consideração ao qual devem fazer por si mesmos…

— Além disso, nada do que foi dito ou aconteceu nesse local deve ser transmitido para terceiros. Acredite, se trair minhas palavras você terá um destino trágico; e eu posso facilmente cumpri-lo. — Avisei, vendo os olhares graves dos cavaleiros.

— Hmm… Jovem Mestre Hyan. Eu tenho uma questão — indagou Naozaj com incerteza.

— Fale — indiquei.

— Se os acontecimentos aqui devem ser mantidos em segredo… então… — Avisou Naozaj estranhamente, olhando para Lytian; sabendo que seu lorde deveria ter sentido, pois nesse exato momento, algumas figuras estavam os observando da distância por um longo tempo.

Sorriso pretensioso!

— Naozaj. Agradeço a preocupação, mas você me subestima. No entorno desse campo de treinamento, antes mesmo de começar a treinar meus homens, criei uma matriz ilusória em nosso entorno.

— Em outras palavras, não importa quantos observadores estão nos vigiando, exceto o fato de descobrirem as nossas identidades, toda informação que coletarem se trata de uma mera peça pregada por suas próprias consciências — expliquei, sorrindo maliciosamente.

— Na verdade, deve ser uma situação muito engraçada. Imagine, vários observadores relatando diferentes relatos ao qual presenciaram com seus próprios olhos, e ainda por cima jurando por suas vidas. — Eu ri, não conseguindo suportar suas expressões, aos quais me olhavam com um novo nível de respeito.

— Enfim, vocês podem treinar nesse lugar, basta estar atento a aproximação de forasteiros. Além disso, como mencionei anteriormente, vocês devem deixar o orgulho de lado e criar uma boa interação com o Terceiro Pelotão.

— No futuro, eles iram também fazer parte da ordem de cavaleiros desse território — comentei.

E preste a acompanhar meu pai ao salão de tesouros, me preparando para comtemplar outras prioridades.

— Eles também vão se tornar cavaleiros? — Deixou escapar Kael, um dos cavaleiros, recebendo rapidamente o olhar desagradável dos soldados, assim como Naozaj o repreendeu.

— Sim. Eu fiz uma promessa ao qual tenho a intenção de cumprir. Portanto, não desejo presenciar tais tipos de comentários prejudiciais para a harmonia do grupo — expliquei, lhe dando um olhar de aviso.

— Além disso, deixei-me esclarecer algo antecipadamente. A opinião comumente conhecida de que despertados em energia carnal são em última análise os mais fortes é um grande equívoco.

— Os cavaleiros mágicos é um exemplo de como um ser contendo uma mesma afinidade pode trilhar indeterminados caminhos…

— Por isso, aqui em nosso território, mais especificamente no futuro, teremos muitos especialistas poderosos. E um exemplo disso será um esquadrão de arqueiros treinados especificamente no caminho da energia vital.

— Portanto, acredito que alguns de vocês devem ter ouvido minha conversa com Sheridan… Um talismã mágico em conjunto com uma flecha pode trazer um poder fatal.

— E nas mãos do terceiro pelotão existe uma técnica que pode tanto permitir um arqueiro a imbuir sua energia em uma flecha por vários metros de distância, como capacitar a mesma a perseguir seus inimigos…

— Simplificando. Não importa se você é um cavaleiro, ou um cavaleiro mágico, você pode definitivamente morrer em um único disparo. E mesmo se sobreviver, se quer vai descobrir onde seu inimigo está se ocultando. — Bufei, vendo seus corpos se arrepiarem ao imaginar tal inimigo terrível.

— Enfim, tais pensamentos não passa de uma petulância descabida. E fiquem sabendo que o terceiro pelotão servira a um propósito muito mais grandioso, algo que ultrapassa a própria existência do esquadrão de arquearia…

— No futuro, eles serão a ordem dos cavaleiros alados… — declarei vagarosamente, ciente que estavam escutando; quando tentei ocultar o meu sorriso presunçoso, indicando o céu diante os olhares atordoados dos presentes.

— Cavaleiros… Alados…? Isso quer dizer… — Tenente Xim não conseguiu evitar de pronunciar tremulamente suas palavras, enquanto seus punhos cerravam violentamente. Não conseguindo assim esconder a expectativa tremenda em seu coração, enquanto me olhava intensamente, como se desejasse mais informações.

— Bem, não vamos adentrar em um assunto ainda distante, é cedo para expressar minhas intenções, ainda mais quando estão longe de conseguirem satisfazer os meus requisitos.

— Nesse caso é melhor que vocês voltem a treinar diligentemente. — Ordenei, tendo um sorriso malicioso no rosto, vendo suas expressões decepcionadas.

— Enfim, acabei falando demais. Agora, tenho algumas tarefas a serem priorizadas — comentei, ignorando a intensa curiosidade arranhando seus corações, indicando ao meu pai que era o momento de partimos.