Alya às Vezes Esconde seus Sentimentos em Russo Japonesa

Volume 8

Capítulo 3: Mentira

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Este Capítulo foi traduzido pela Mahou Scan entre no nosso Discord para apoiar nosso trabalho!

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— PENSANDO BEM, ESSA É SUA PRIMEIRA VEZ AQUI, NÃO É…?

Durante o intervalo do almoço, Masachika, que recebeu uma mensagem convocando-o, empurrou a porta no final do corredor do segundo andar do prédio que abrigava várias salas de clubes, conduzindo a uma escada de emergência ao ar livre. A pesada porta de metal fez um som rangente ao abrir, e o vento de outono, levemente frio, soprou diretamente em seu rosto.

Estreitando ligeiramente os olhos contra o vento, Masachika saiu e ouviu uma voz relaxada vinda do patamar que levava ao primeiro andar.

— Ah, você veio. Yooo~ .

— Ah… Yo~?

Respondendo ao cumprimento confuso por enquanto, Masachika desceu as escadas.

— Desculpe a demora… Mas por que aqui?

Olhando para Nonoa, a pessoa que o chamou, Masachika perguntou. A escada de emergência de metal tinha muito fluxo de ar, tornando o local um pouco frio para a estação atual. Em resposta ao comentário de Masachika, que sugeria sutilmente que poderiam conversar em alguma sala de aula vazia, Nonoa arqueou uma sobrancelha.

— Por que aqui…? Bem, se alguém vier aqui, saberemos logo, entende?

Dizendo isso, Nonoa direcionou seu olhar para cima e pausou por um momento antes de lançar um olhar de soslaio para Masachika.

— Além disso, pensei em consideração com você~. Se alguém nos visse em uma sala de aula vazia, seria mais problemático para o Kuzecchi, não seria?

Diante da questão que poderia ser interpretada de várias maneiras, Masachika se viu, involuntariamente, sem palavras. Pensando de forma direta, provavelmente significava: "Não é melhor aqui, porque se alguém vier, vamos ouvir logo?" Contudo, havia outra interpretação possível para Masachika: "Não seria inconveniente se Alya ou Masha descobrissem que estávamos juntos em uma sala de aula vazia?" Podia ser interpretado de ambas as formas.

Bem, de qualquer forma, aprofundar isso não levaria a nada bom.

Com esse julgamento, Masachika rapidamente recuperou a compostura e apenas deu de ombros.

— E então? Sobre o que é a conversa?

Como se quisesse ir direto ao ponto, Masachika, com cautela renovada, questionou novamente. Nonoa se virou, encostando-se no corrimão, lançando o olhar para longe. Então, após alguns segundos, ela falou vagamente sem olhar para Masachika.

— Nah~… Não é como se tivesse acontecido algo, realmente…

— ?

Masachika franziu a testa diante da atitude de Nonoa, que era incomum para sua personalidade direta. Meio que inconscientemente, ele ficou ao lado de Nonoa e olhou para o pátio da escola da mesma forma. Depois de um tempo, Nonoa continuou casualmente.

— Então, lembra daquela vez~? Você disse que me ouviria, então pensei, bem, que poderia aproveitar para fazer você ouvir.

— Ah.

Pensando por um momento, percebendo que ela estava falando sobre quando foram ao parque de diversões, Masachika assentiu. Simultaneamente, preocupado com o que poderia ser obrigado a fazer, ele recebeu a declaração direta de Nonoa.

— Não é como se eu quisesse que você dissesse algo específico… mas pode apenas me ouvir?

Com palavras que eram verdadeiramente diferentes de Nonoa, Masachika olhou fixamente para o perfil dela. Seu semblante, fitando o horizonte, parecia estranhamente frágil e carregava um senso de melancolia que fazia o excessivamente cauteloso Masachika sentir-se desconfortável.

— Bem, eu prometi isso. Vou ouvir o que você tem a dizer.

— Obrigada.

Recebendo um agradecimento direto, Masachika sentiu sua compostura escapar.

Hmm? Será que ela só quer mesmo que eu escute o que ela tem a dizer?

Ainda sem conseguir afastar completamente sua suspeita, Masachika coçou repetidamente a cabeça, inclinando o pescoço. Nonoa, no entanto, começou a falar, sem parecer se importar com o comportamento dele.

— Então, ontem~. Para comprar um presente de aniversário para Alisa, fui às compras com Sayacchi, Takeshi e Hikarun.

— Já ouvi sobre isso.

Ele sabia, pois também fora convidado, mas recusou, optando por ir com Yuki.

— E então, enquanto estávamos comendo~, Sayacchi e Takeshi começaram a se animar com algo relacionado a anime.

— Hm?

— Ele provavelmente viu a máquina de gachapon que Sayacchi usou no parque de diversões e assistiu ao anime relacionado.

(N/SLAG: Máquinas de venda que distribuem brinquedos em cápsulas de personagens (de animes, jogos, etc…). Gacha, pois é literalmente um gacha físico, ou melhor, o termo gacha foi derivado da palavra gachapon. Você sabia, shisuii? | Shisuii: Sei men um amigo japa já me falou dessa referência.)

— Entendi.

Masachika se perguntava como Takeshi, que ele sabia não assistir muito anime, conseguiu engajar-se em uma conversa otaku com Sayaka. Aparentemente, ele estava se esforçando de verdade.

Tentar entender o que a pessoa que você gosta gosta. Era um método que qualquer um poderia pensar, mas quantos poderiam realmente colocá-lo em prática?

Impressionante, Takeshi… Realmente admiro isso. 

Com genuína admiração por seu amigo, Masachika percebeu o ponto principal da conversa.

— Então, ao ver os dois animados com algo que você não entendia, sentiu-se excluída?

— Hm~? — Nonoa surpreendentemente balançou a cabeça em resposta à especulação de Masachika.

— Não, não foi bem isso~.

— ? Entendi.

— É.

O perfil de Nonoa assentiu levemente, parecendo não se incomodar com nada. Masachika inclinou a cabeça. Em seguida, as palavras de Nonoa aumentaram a confusão dele.

— Eles conversando juntos estava tudo bem, mas... enquanto os dois falavam, recebi uma mensagem da mamãe.

— ??

— Então, peguei meu celular rapidamente para verificar a mensagem — nesse momento, Nonoa estreitou ligeiramente os olhos. Então, com uma expressão um tanto melancólica, ela disse. — A Sayacchi não ficou brava, sabia?

— ...?

— Normalmente, se eu pegasse o celular enquanto comíamos, ela me repreenderia... Mas a Sayacchi e o Takeshi estavam tão envolvidos na conversa sobre anime que pensei: "Ah, não sou uma prioridade para a Sayacchi agora." E aí, bem — Depois de explicar, Nonoa ficou em silêncio. Masachika não encontrou palavras certas para dizer enquanto continuava olhando para o perfil dela.

O que... é isso? Isso está seriamente se tornando uma sessão de aconselhamento?

Desde o incidente em que foi abordado (?) por Nonoa no parque de diversões, ele sentia-se mais cauteloso com ela do que o normal, especialmente quando se via sozinho com ela.

No entanto, o que ela estava dizendo não tinha nada a ver com isso. Era uma preocupação típica de estudantes do ensino médio. Sua expressão carregava uma sensação inexplicável de insatisfação, confusão e solidão. Sentindo uma mistura de culpa e pena, Masachika franziu a testa.

— Bem—

— Ah, você não precisa dizer nada. Como eu disse antes, só queria que ouvisse minha história.

Interrompendo as palavras de Masachika, Nonoa afastou-se do corrimão. Em seguida, ela se alongou levemente, alargando os ombros enquanto falava.

— Nnn...! Deve ser difícil responder, não é? Meio que parece algo do tipo: "Isso importa?" — Nonoa disse, como se afastando a si mesma. No entanto, Masachika não podia simplesmente deixar passar.

Masachika agora sentia vergonha e arrependimento. Ele havia duvidado das intenções de Nonoa em relação a Takeshi e mantido cautela com ela. Ela tinha pedido que ele a ouvisse, e ele lamentava sua suspeita excessiva.

Realmente... Talvez eu tenha sido um pouco parcial.

Certamente, não havia mentiras nas palavras de Nonoa. Se ela pretendesse algo em relação a Takeshi, não teria trazido essa conversa para Masachika em primeiro lugar. Se Nonoa decidisse fazer algo, ela o faria silenciosamente, sem buscar aprovação ou concordância de ninguém.

Desta vez... ela provavelmente só queria alguém para ouvi-la. Sentimentos como solidão e alienação, emoções que ela não tinha experimentado antes. Confusa e sobrecarregada, ela procurou Masachika, buscando apoio. E ainda assim... a atitude de Masachika tinha sido tão insincera.

Mas... o que eu deveria dizer?

Masachika percebeu que empatia casual ou conforto superficial não ressoariam com ela. Apresentar respostas com emoções que Nonoa nem sequer entendia totalmente seria insensível e arrogante.

Então, o que ele deveria fazer? Depois de muita reflexão, Masachika falou.

— Entendi... Bem, estarei aqui para ouvir sempre que quiser.

— Awa, obrigada.

Ao ver Nonoa sorrir levemente, Masachika também sorriu um pouco. Talvez, essa fosse a resposta certa afinal.

Masachika achava que era comum as coisas ficarem mais claras dentro de si mesmo após falar com os outros. O que Nonoa provavelmente precisava era apenas disso, e o que Masachika deveria fazer era ouvir. Ao fazer isso, Nonoa provavelmente encontraria respostas para suas próprias emoções.

É isso... Não é como se ela fosse uma má pessoa ou algo assim.

Essa era a percepção de Masachika, mas Nonoa era simplesmente pura e honesta consigo mesma. No entanto, sua pureza em fazer as coisas à sua maneira, sem considerar os outros... da perspectiva de pessoas comuns, que são seres sociais, isso podia parecer desviante.

Dessa forma, no meio de novos relacionamentos, gradualmente descobrindo suas próprias emoções... um dia, Nonoa talvez ria e chore como uma pessoa comum.

Embora... não consiga imaginar isso.

Imaginando essa cena e, enquanto sorria desajeitadamente com a discrepância, Masachika fez outra pergunta a Nonoa.

— Então, é só isso? Se houver mais alguma coisa, eu escuto.

— Bem, por enquanto, é isso. Eu me sinto muito melhor depois de falar sobre isso.

— Entendi, isso é bom então.

Em resposta às palavras de Nonoa, Masachika respondeu sinceramente. Era um tanto estranho e reconfortante que a garota à sua frente, como uma estudante do ensino médio comum, estivesse preocupada e confiasse nos outros. No entanto—

— Como agradecimento, pode tocar no meu bumbum se quiser.

Em resposta às palavras ditas casualmente, Masachika congelou por um momento e depois abriu um sorriso forçado.

— Um traseiro de 250.000 ienes? Passo, tenho medo do que vem depois.

— Sério? A propósito, hoje estou usando uma calcinha fio-dental.

— Sério!?

— Sim, olha só.

Dizendo isso, Nonoa habilmente levantou sua saia com a mão direita.

Da saia levantada, sua pele branca apareceu. Uma coxa esguia e bonita que personificava a expressão pernas lindas. Um bumbum redondo e adorável, firmemente empinado... Assim que Masachika vislumbrou, desviou rapidamente o olhar para cima. 

— Você viu?

 

(N/SALG: Eu vi.)

 

— Eu não vi.

Ele não estava falando sobre o bumbum dela, mas sobre a calcinha, o que pode ser inferido pelo fato de ele não ter visto nada.

— Ah, entendi. Bem, você prefere seios a bumbuns, não é? Talvez você teria ficado mais feliz vendo o meu sutiã.

— Como você sabe disso?

Com uma expressão séria, Masachika virou o rosto de volta, e Nonoa respondeu tranquilamente.

— Hã? Porque de vez em quando você dá uma olhadinha no peito da Alisa.

— Sério!?

Depois de responder inconscientemente, Masachika entrou em pânico, pensando: "Ah não, eu acabei de cair nessa armadilha?" Mas Nonoa manteve uma expressão impassível. Uma expressão tão impassível que Masachika percebeu involuntariamente: "Ah, ela está falando sério."

— Sério? Hum, eu realmente… pareço fazer isso?

— Não é que você olhe ativamente para ela desse jeito… mas toda vez que seu olhar passa por essa área, ele fica ali por um momento.

— Bem, vamos lá… mas isso é inevitável, né? Se você vê alguém usando um colar de pedra preciosa grande, seus olhos naturalmente ficam ali, certo? É a mesma coisa...

— Bem, eu não estou te culpando nem nada.

— Ainda assim, é desconfortável quando você aponta isso tão calmamente...

Enquanto Masachika abaixava a cabeça, Nonoa levantou sua saia novamente com a mão direita.

— Então, o que você acha? Quer tocar?

— Não, vê… Eu tenho medo de que a Sayaka nos dê uma bronca.

— Ah~.

Na fala de Masachika, Nonoa olhou para cima e rapidamente abaixou sua saia de volta.

Como esperado, ela é fraca contra a Sayaka. Pensando nisso, de uma forma engraçada e aliviada, Masachika sorriu um pouco enquanto olhava para Nonoa.

— Você não precisa fazer essas coisas, eu vou te ouvir a qualquer momento... Afinal, somos companheiros de banda.

— Não deveria ser porque somos amigos~?

— Desculpa. Honestamente, tenho algumas dúvidas sobre te chamar de amiga.

Se Masachika poderia chamar Nonoa de amiga, ou se Nonoa reconhecia Masachika como amigo, eram coisas que poderiam ser honestamente questionadas. Mas se ela diz isso agora...

— Bem… sim. Claro, somos amigos.

— Oh~. Então, prazer em te conhecer novamente~.

— Oh, hm? Ah, prazer em te conhecer?

Eles apertaram as mãos, trocando um aperto de mão um tanto inexplicável. Além disso, o fato de ele ter apertado as mãos com Nonoa, de todas as pessoas, fez Masachika esboçar um sorriso irônico.

Nunca pensei que teria esse tipo de relação amigável com alguém como a Sayaka, mas… pensar que eu teria esse tipo de relação com a Nonoa também.

Era algo que ele não poderia imaginar com sua mentalidade de pouco tempo atrás. Nonoa havia sido percebida como uma pessoa potencialmente perigosa dentro de Masachika por um bom tempo.

Mas… através das atividades da banda, e pela relação entre Takeshi e Sayaka, Nonoa vinha mudando. Isso ficou claro na conversa de hoje. Então, pensando nisso—

Em vez de ficar sempre em guarda… eu deveria gradualmente me dar bem com as duas. Se a Alya vencer a eleição, estaremos no mesmo conselho estudantil no próximo ano.

Refletindo sobre isso em sua mente, Masachika finalmente decidiu descartar o preconceito que ele tinha contra Nonoa, que uma vez esteve profundamente enraizado nele.

— Bem, acho que está na hora de eu ir...

— Sim, obrigada~. Eu vou aproveitar um pouco mais da brisa~.

— Entendi.

Sua atitude e expressão indiferentes de sempre. E por trás disso, Masachika sentiu que sua solidão e angústia ainda persistiam.

No entanto, sem dizer mais nada, Masachika se virou e subiu as escadas.

— Bem, até logo.

— Sim~.

Mais uma resposta casual, indiferente. No entanto, o fato de ela não fazer nenhum esforço para voltar junto provavelmente era porque... ela queria ficar sozinha.

Devo dizer algo? Será que é certo deixá-la sozinha assim?

Pensamentos como esses passaram pela sua cabeça. No entanto, sem encontrar as palavras certas ou uma desculpa para ficar, Masachika abriu a porta com um sentimento de impotência e deixou a escada para trás com uma leve sensação de desamparo.

Foi porque ele estava tão preocupado com seus próprios pensamentos que Masachika não percebeu.

Que havia uma figura ao seu lado direito, nas escadas que conectam o segundo e o terceiro andares. E... Nonoa, que estava olhando fixamente para suas costas, tinha um olhar frio e mecânico, como se estivesse observando uma cobaia.

⋆⋅☆⋅⋆

 

Maravilhoso, a simpatia é realmente incrível~.

Observando a figura de Masachika se afastando, Nonoa pensou sem muita emoção.

A simpatia é maravilhosa. Uma vez que você evoca a simpatia, qualquer um se torna gentil. Até mesmo aqueles em relações hostis estendem a mão amiga, e segundo algumas fontes, até o pecado de tirar uma vida se torna mais leve. Que maravilha. Não existe outra emoção tão conveniente e fácil.

Até alguém como o Kuzecchi demonstrou gentileza comigo, né~?

Ela já havia entendido há muito tempo que Masachika sempre direcionava um sentimento de cautela para ela. Compreendendo isso, ela havia deixado isso de lado sem se incomodar. Até agora.

Mas… para realmente experimentar emoções genuínas, a cautela é um obstáculo, não é?

Ao refletir, ela se deu conta de que se aproximar de Masachika no banco do parque de diversões foi um movimento lamentável. Graças a isso, a guarda relaxada de Masachika havia disparado novamente.

Porém, por outro lado… ela aprendeu que revelar vulnerabilidade diminuiria a cautela de Masachika. E, na interação de agora, ficou evidente que realmente era o caso.

Além disso…

Aparentemente, Masachika deseja que Nonoa se torne mais humana.

Realmente, quão gentil da sua parte.

Nonoa deu de ombros diante da natureza excessivamente gentil de Masachika.

Mas se for esse o caso, ela decidiu que, pelo menos na frente de Masachika, agiria mais como humana… agiria como se estivesse no processo de se tornar humana. O que quer que Nonoa decida fazer a partir de agora, enquanto se esforçar para se tornar humana, Masachika Kuze nunca abandonará sua tênue e passageira esperança.

Humanos gentis são fáceis de lidar. Que conveniente~.

Pensando nessas coisas com uma expressão que mostrava pouca alegria, Nonoa, de maneira casual, olhou para o fundo da escada acima e chamou.

— Ei, tem alguém aí?

Em resposta à voz alta de Nonoa, o silêncio retornou. No entanto, enquanto ela esperava, passos começaram a descer as escadas. Pela fresta entre os degraus, um par de pernas pôde ser visto descendo. Curiosamente, no entanto, não havia som de passos.

Então, após contornar o corrimão das escadas, Ayano apareceu… Era ela. Olhando para Ayano, que parecia sem emoções, mas com uma expressão um tanto tensa, Nonoa perguntou.

— Kishima-chan…? O que você está fazendo aqui?

……

Em resposta à pergunta de Nonoa, Ayano desviou o olhar em silêncio.

Parecia que ela estava considerando como responder, mas Nonoa, sem se importar, continuou com suas perguntas.

— Será que você estava escutando nossa conversa?

Uma confirmação disfarçada de pergunta. Na verdade, Nonoa havia notado a chegada de Ayano logo após Masachika. Para ser precisa, ela só viu suas pernas, então não poderia identificar quem era na hora, mas, com base na ausência de passos, ela deduziu que fosse Ayano.

Ou seja, Ayano havia sido intencionalmente levada para outro caminho… mas ela não poderia saber disso. Diante do olhar acusador de Nonoa, os olhos de Ayano começaram a se mover de um lado para o outro. Após alguns segundos de contemplação, ela rapidamente desceu as escadas e fez uma reverência profunda em direção a Nonoa.

— Eu peço desculpas. Eu ouvi a conversa de vocês, e sinto muito por isso.

Enquanto Ayano se curvava profundamente, Nonoa suavizou a pressão em seu olhar e se apoiou no corrimão.

— Então? Por que você estava seguindo o Kuzecchi?

……

— Como alguém que foi escutado, acho que tenho o direito de saber o motivo, não?

Ayano, ainda curvada em silêncio, abriu a boca lentamente depois que Nonoa mexeu com sua culpa.

— Hum… Durante o festival esportivo, eu disse algo desrespeitoso para o Masachika-sama… Estive esperando uma oportunidade para pedir desculpas, e quando vi a chance…

— Nossa conversa começou?

— Sim… Eu sinto muito mesmo.

Observando Ayano atentamente enquanto ela se curvava novamente, Nonoa pensou.

— Hmm… Você realmente fez algo tão difícil de pedir desculpas?

— Bem, sim…

Enquanto Ayano afirmava isso com os olhos baixos, ela não entrou em detalhes. No entanto, deixar para lá e deixá-la ir não era uma opção para Nonoa.

Como parceira de Yuki e, ao mesmo tempo, amiga importante de infância do Kuzecchi… ela poderia ser útil.

Pensando nisso friamente, Nonoa observou a expressão de Ayano com atenção. Uma vez, Nonoa perguntou a Sayaka como mover e usar as pessoas.

Sayaka respondeu que mover as pessoas envolvia razão e ganho monetário. No entanto, nem todos se moveriam apenas por isso. Porque todos têm emoções, e as emoções muitas vezes dominam as ações das pessoas além da razão e do ganho monetário.

A partir da conversa com Sayaka, Nonoa aprendeu que… se você puder manipular as emoções, pode controlar as ações das pessoas além desses dois valores.

Até agora, Nonoa sempre ajustou suas palavras e ações com base nas reações do outro, tentando se comportar de maneira agradável. Mas havia mais do que isso. Em vez de mudar as ações com base nas emoções do outro, o objetivo era manipular as emoções da outra pessoa. 

Não consigo ler muito bem a expressão dela… Talvez a lealdade dela supere a culpa? Vamos mudar a estratégia um pouco.

Formulando seu julgamento, Nonoa cruzou os braços e assentiu pensativamente.

— Sim, sim, é verdade que é difícil pedir desculpas para alguém com quem você costuma ser próxima~. Eu entendo, eu entendo. Desculpe se soei um pouco acusatória.

— Ah, não… Minhas circunstâncias são algo à parte de ouvir a conversa.

Mudando para uma atitude surpreendentemente amigável, Nonoa continuou sem se importar com a confusão de Ayano.

— Bem, eu já passei por experiências semelhantes~. Uma vez, eu me aproximei de uma amiga para conversar, mas, assim que estava chegando perto, ela começou a falar com outra pessoa~. Eu pensei, "Vou esperar um pouco até a conversa acabar~", mas, inesperadamente, rolou uma confissão… Foi super desconfortável. Fui pega depois e levei uma bronca, mas nessas situações a gente nunca sabe o que fazer, né?

Auto disclosure e empatia.

Ayano, que estava confusa e pedindo desculpas, piscou repetidamente para a atitude inesperadamente afável de Nonoa. No entanto, sem se importar, Nonoa continuou com uma risadinha leve.

— Enfim, já que agora temos essa conexão, se você quiser falar sobre isso, estou aqui para te ouvir~. Não se preocupe, sou boa em guardar segredos. Meus amigos sempre dizem que sou surpreendentemente boa nisso, sabia?

Falando não por autoavaliação, mas com base nas avaliações dos outros.

— Não, eu… não deveria.

— Não hesite. Kuzecchi também ouviu o que eu tinha a dizer. Considere isso como uma forma de agradecimento a ele. Seria difícil para Kuzecchi se as coisas continuassem estranhas com sua importante amiga de infância.

E, após dar uma razão justa para Ayano se abrir.

— E além de Yuki, não são poucas as pessoas que sabem sobre o relacionamento exato entre Kuzecchi e Kimishima-chan, como eu e Sayacchi?

Ela limitou a perspectiva de Ayano e estreitou suas opções.

— Bem~. Não vou te forçar, mas se um dia quiser conversar, estou aqui para ouvir, ok?

Após pressionar o quanto pôde, Nonoa finalmente abriu mão do controle.

……

Quando Nonoa fechou a boca, o olhar de Ayano vagueou, e, lentamente, ela abriu a boca.

— Eu ficaria grata se você mantivesse isso em segredo…

Peguei ela.

Sem revelar seu sorriso torto por dentro, Nonoa indicou, com seu olhar, que ela continuasse.

— Na verdade, durante o festival esportivo, fiz uma afirmação que poderia ser vista como culpando Masachika-sama por decidir concorrer com Alisa-san…

— Por quê?

— Bem… Masachika-sama é o…

Parando ali, Ayano fechou a boca e negou sua própria afirmação.

— Não. Em primeiro lugar, eu não tinha o direito de criticar. Se eu tivesse sido mais uma pessoa de apoio para Yuki-sama…

Nonoa ouviu e absorveu o monólogo fragmentado, como se estivesse olhando para o vazio.

Hmm, então, em essência, Yuki precisava de apoio, mas Kuzecchi deu prioridade a Alisa sobre ela?

Antecipando isso, Nonoa franziu as sobrancelhas com uma expressão preocupada.

— Entendo… é difícil quando você não pode ajudar alguém importante para você.

— Sim…

— Eu não pude ajudar muito a Sayacchi durante a campanha eleitoral no ensino fundamental também… Eu entendo o sentimento.

— É mesmo?

— Sim.

Assentindo em resposta ao olhar para cima de Ayano, Nonoa continuou.

— No final, Sayacchi perdeu para Yuki na eleição. Fico me perguntando se as coisas teriam sido diferentes se eu tivesse feito melhor… Ah, bem.

Seguiu-se um silêncio.

……

Sentindo o olhar de Ayano em sua bochecha, Nonoa olhou para o céu enquanto falava.

— Sayacchi chorou muito, dizendo que tinha traído as expectativas do pai dela~. Vendo Sayacchi assim, eu…

Relembrando suas emoções daquela época, Nonoa fechou a boca.

Então, virando-se para Ayano, ela falou com um sorriso tocante.

— Meu coração tremia e doía. Mas sabe de uma coisa? Eu percebi naquele momento… que aqueles que são verdadeiramente importantes para você só precisam que você esteja lá para eles, que esteja ao lado deles. Só fazendo isso, você pode se tornar uma verdadeira fonte de apoio para eles. Então…

Apertando suavemente a mão direita de Ayano com ambas as suas, Nonoa continuou.

— Kimishima-chan, acho que será o suficiente se você continuar sendo aliada de Yuki. Só fazendo isso, tenho certeza de que Yuki vai encontrar consolo.

……

Em resposta às palavras de Nonoa, Ayano desviou o olhar, e, em algum lugar em sua expressão, uma voz dolorida escapou.

— Mas, eu…

— Hm?

— Mas… talvez eu não consiga ser completamente aliada de Yuki-sama.

A convicção se instalou em Nonoa enquanto ela sentia o transbordamento dos verdadeiros sentimentos de Ayano.

Heeeh~?

Escondendo seu sorriso profundamente intrigado atrás de uma expressão preocupada, Nonoa perguntou.

— Por que isso?

…....

— Tudo bem, eu juro por Deus que não contarei a ninguém.

Em resposta ao juramento exagerado de Nonoa, Ayano falou lentamente.

— Eu… desejo que Masachika-sama volte para a família Suou.

O que saiu dos lábios de Ayano foi seu desejo. Um desejo nunca compartilhado com Masachika ou Yuki.

— Eu quero que a gente volte a ser como éramos, os três… de volta àqueles dias felizes da nossa vida cotidiana.

Aqueles dias de infância, quando Yuki admirava inocentemente seu irmão, quando Masachika não tinha culpa alguma por ser irmão… Ver esses dois, Ayano estava sempre tão feliz.

— Mas isso é algo que vai contra a vontade de ambos. Não passa de um desejo egoísta meu.

Baixando os olhos, a voz de Ayano tremia. Nonoa, sentindo a vulnerabilidade de Ayano, a abraçou fortemente. Surpresa pelo abraço repentino, Ayano se enrijeceu. Em um tom suave, Nonoa sussurrou.

— Entendo… você tem carregado esse sentimento sozinha por tanto tempo… Deve ter sido difícil.

Por cerca de dez segundos, Nonoa continuou a abraçar Ayano com força. Depois, se afastou, segurando os ombros de Ayano e declarando.

— Tudo bem, decidi! Vou te apoiar, Kimishima-chan!

— Eh?

— Bem, você sabe como Sayacchi quer que Kuzecchi e Yuki se deem bem, certo? Além disso, depois de ouvir um desejo tão sincero, como eu não poderia te apoiar?

Com um sorriso levemente travesso, Nonoa continuou.

— Além disso, tenho certeza de que Kuzecchi também pensa que precisa enfrentar sua família de forma adequada. Sim, eu também acho isso.

— É… é mesmo?

Ela, claro, não sabia se isso era verdade. Disse apenas porque sabia que pareceria conveniente para Ayano.

— Sim, tenho certeza. Então, vou ajudar. Ah, aliás, posso te chamar de Ayanono?

— Eh, um… sim.

Apesar da confusão em seu olhar, Ayano acenou com a cabeça. Ao ver isso, Nonoa aprofundou seu sorriso.

Naquele dia, quando ela se deu conta da distância entre si e o mundo, Nonoa sentiu que poderia começar a entender um pouco do que aquelas crianças travessas jogando pedras nas rãs devem ter sentido.

Provavelmente, não queriam realmente machucar a rã.

Apenas se divertiam com o sentimento de tabus e a emoção que isso trazia.

Sim… agora entendo.

Ela reconheceu que estava errada. Podia ser repreendida. Talvez nada acontecesse. Mas as ondulações criadas pela pedra lançada poderiam inesperadamente agitar as coisas. Talvez não houvesse propósito ou razão por trás dessa ação.

Ainda assim, ela lançou a pedra.

Está ficando divertido♡.

Mais uma vez envolvendo a mão de Ayano com ambas as suas, Nonoa sorriu lindamente.

— Prazer em te conhecer de novo, Ayanono. Bem, então, vamos logo descobrir como pedir desculpas ao Kuzecchi.

Palavras tão puras, mas acompanhadas de pura malícia, escorriam de seus lábios.

⋆⋅☆⋅⋆

 

— Agora, a aula de hoje termina aqui. Dever diário, dispensado. Fiquem de pé, reverenciem. Muito obrigada~.

Após a escola, enquanto Masachika recolhia suas coisas e se levantava, chamou Alisa ao seu lado.

— Desculpe, Alya, tenho algo para resolver. Vou me atrasar um pouco para o conselho estudantil.

— É mesmo? A propósito… você estava usando o seu smartphone durante a aula de novo?

Enquanto Masachika levantava o smartphone casualmente, Alisa lhe lançou um olhar repreensivo. Diante das palavras desaprovadoras de Alisa, que parecia a aluna exemplar, Masachika deu de ombros.

— Não estava jogando. É tão grave usar para me comunicar? Além disso, você é a única que desliga o celular durante a aula.

— Apenas seguindo as regras da escola.

— Bem, você tem razão. Mas, ei… me dê uma folga.

Novamente dando de ombros, Masachika rapidamente saiu da sala. Alisa observou sua figura se afastando com um olhar ligeiramente desaprovador, depois soltou um pequeno suspiro.

Realmente, ele nunca parece ter a consciência de ser membro do conselho estudantil… Mas, não é bom ficar reclamando demais. Vai ser um problema se ele começar a me odiar.

Inconscientemente, ela torceu o cabelo com os dedos enquanto pensava nisso… antes de perceber que seus pensamentos haviam tomado um rumo mais feminino.

Não, não, não. Não posso deixar isso acontecer… Isso tem acontecido desde o outro dia, quando deixei a guarda baixa.

Olhou ao redor para garantir que ninguém a visse e suspirou levemente, mantendo uma expressão composta.

Após algumas horas de inatividade, seu smartphone, depois de procurar um sinal por alguns segundos, vibrou, sinalizando uma nova mensagem.

? Será que é minha mãe?

Erguendo ligeiramente as sobrancelhas, Alisa abriu o aplicativo de mensagens para confirmar o remetente, sentindo um certo espanto.

— Nonoa-san?

Um pouco confusa, Alisa checou a mensagem de Nonoa.

E após alguns segundos, ela enviou uma mensagem aos outros membros do conselho estudantil, informando que ela e Masachika se atrasariam um pouco, antes de levantar com sua bolsa.

⋆⋅☆⋅⋆

 

Aqui estou eu, chamada para um lugar incomum novamente…

Subindo as escadas conforme a mensagem de Ayano, Masachika murmurou para si mesmo. O local era a escada que levava ao telhado do prédio do clube. Era onde Masachika havia conversado com Maria durante o festival escolar. 

— Yo.

Vendo Ayano parada em frente à porta do telhado, Masachika levantou uma mão ligeiramente. O intercâmbio da última vez que se separaram foi um pouco desconfortável, fazendo com que essa saudação fosse um pouco mais hesitante do que o normal. A expressão de Ayano, aparentemente sem emoções, parecia um pouco mais rígida do que o habitual.

— Peço desculpas por te chamar, Masachika-sama.

— Bem, tudo bem… O que aconteceu?

— Sim. Em primeiro lugar…

Antes que Ayano pudesse terminar sua introdução, ela tentou se ajoelhar no local. Masachika rapidamente subiu as escadas e segurou seu ombro, impedindo-a.

— Ei, não se ajoelhe assim de maneira tão casual. Seu uniforme e cabelo vão se sujar.

— Não é esse o objetivo?

— Aff, não me olhe assim, com esse olhar direto que questiona o óbvio… Só para confirmar, você quer dizer que está tentando transmitir sinceridade a ponto de se sujar, certo? Não no sentido masoquista?

— Claro, o primeiro. Eu não sou masoquista.

— Tá, claro…

— Eu não sinto prazer na dor. Eu só tenho o desejo de ser tratada de forma rude, como um objeto.

— Você não está escondendo esse desejo. Está simplesmente dizendo isso abertamente agora. Além disso, o resto do mundo chama isso de masoquismo.

— Ah, é mesmo!?

Com o rosto impassível, Ayano arregalou os olhos, e efeitos de trovão surgiram atrás dela. Aproveitando-se do estado rígido dela, Masachika agarrou ambos os braços de Ayano, levantando-a com força, e perguntou novamente.

— Então, qual é o problema? Pule o ajoelhar e me conte de forma breve.

— Ah, sim…

Ordenada de forma resoluta, Ayano estremeceu e depois baixou a cabeça.

— Em primeiro lugar, sobre o festival esportivo… Peço desculpas. Como serviçal, o que eu disse foi fora de lugar.

……

A desculpa era o esperado por Masachika. Portanto… ele já tinha preparado uma resposta antecipada.

— Não precisa pedir desculpas. O que você disse é válido. Dada a sua posição, tal crítica é natural… Acima de tudo, foi uma declaração feita com Yuki em mente. Ao invés disso…

Levantando o rosto de Ayano e encarando diretamente seus olhos, Masachika fez uma profunda reverência.

— Desculpe. Eu não deveria ter te colocado na posição de dizer tais coisas em primeiro lugar. Eu realmente peço desculpas.

— Masachika-sama, por favor, levante a cabeça.

Com a voz de Ayano, cheia de pânico, transmitindo seu estado desconfortável, Masachika levantou o rosto e sorriu tristemente.

— Você não tem nada para se desculpar. Afinal… eu te pedi para ser a maior aliada de Yuki.

Masachika expressou, lembrando-se do desejo que confiou a Ayano na noite após o primeiro dia do festival escolar.

— Então… obrigado. Por ser a aliada de Yuki mais do que qualquer outra pessoa.

Dizendo isso, Masachika abaixou novamente a cabeça para Ayano. Surpresa com isso, Ayano suavizou a atmosfera com um sorriso discreto.

— Você é muito gentil com suas palavras, Masachika-sama.

Ela disse, oferecendo um leve sorriso. Masachika retribuiu o sorriso. E depois de trocarem sorrisos silenciosos por um momento, Ayano mudou a expressão e perguntou a Masachika.

— Masachika-sama… seus sentimentos por Yuki-sama continuam os mesmos?

— Yuki é a pessoa mais querida para mim, mais do que qualquer outra. Isso nunca mudou.

Com a declaração assertiva, Ayano fechou os olhos por um momento, assentiu lentamente e então respondeu com um olhar determinado.

— Nesse caso, não tenho hesitação. Continuarei a pensar em Yuki-sama em primeiro lugar e agirei de acordo.

— Sim, por favor, faça isso.

Confirmando seus sentimentos, firmes em sua determinação, os dois trocaram olhares. Abaixo deles, no patamar da escada que levava ao local onde Masachika e Ayano estavam, Alisa ficou congelada. Em sua mente, as palavras que Masachika havia dito a Ayano ecoavam e se repetiam.

Mais querida… mais do que qualquer outra…

A escada de repente pareceu terrivelmente instável. As grades se transformaram em massa, tornando-as inutilizáveis.

Ah, ugh, aaahhh!

Ela queria gritar. Queria vomitar. Tudo dentro de seu peito. Queria cuspir tudo e parar de respirar.

— Ugh! Ghh!

Ela conteve esse impulso com o pouco de razão que ainda restava. Alisa desabou pelas escadas como se estivesse colapsando. Ela só queria se afastar daquele lugar, descendo, descendo as escadas. Quando chegou ao primeiro andar, alguém a chamou de lado.

— Ah, Alisa, obrigada por vir~… Mas por que você desceu? Nosso ponto de encontro é lá em cima…

Levantando o rosto ao ouvir a voz suave, ela viu Nonoa olhando para cima com uma expressão confusa. Embora houvesse algo a ser discutido, Alisa, em seu estado atual, não tinha espaço mental para conversar com Nonoa.

— Me desculpe… Podemos adiar nosso assunto para outra hora?

— Eh? Bem, tudo bem… mas o que aconteceu? Algo aconteceu?

— Me desculpe.

Com essas poucas palavras, Alisa tentou passar por Nonoa com passos trêmulos. Mas…

— Espera, espera!

Seu braço foi segurado pelo lado, parando-a abruptamente.

Olhou para o lado e viu Nonoa, incomum em sua seriedade, olhando para ela.

— Não posso simplesmente te deixar sozinha assim. O que aconteceu?

Num instante, Alisa sacudiu impulsivamente a mão de Nonoa e pareceu que ia sair correndo. No entanto, ela conseguiu parar a tempo, deu uma respiração profunda com os pulmões trêmulos e então falou.

— Não posso dizer o que aconteceu.

Porque isso revelaria seus sentimentos ocultos.

— Mas… você poderia ficar comigo um pouco?

Ela queria alguém ao seu lado, alguém para cuidar dela. Se ficasse sozinha, sentia que poderia fazer algo impensável. Em resposta ao desejo de Alisa, que continha tantas expectativas, Nonoa assentiu prontamente.

— Sim, claro~.

— Obrigada.

— De nada. Somos amigas, né?

Nonoa disse isso de maneira despreocupada e soltou o braço de Alisa, dando-lhe um tapinha no ombro. Alisa sorriu suavemente com a atitude normalmente descontraída de Nonoa, sem perceber que, por trás de seu comportamento alegre e amigável, o rosto de Nonoa estava completamente sem expressão.

 

 

(N/SLAG: Nonoa deu aula nesse ch kkkkkkkkkkk. Que mina massa.)

 

 

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