Volume 8
Capítulo 2: Mentira
Este Capítulo foi traduzido pela Mahou Scan entre no nosso Discord para apoiar nosso trabalho!
— Desculpe, não consegui assistir ao seu momento heroico, Masachika.
— Ah, isso não é um grande problema, mas...
Depois de participar com sucesso do festival esportivo, Masachika voltou para casa e estava jantando com seu pai, Kyotarou, a quem não via havia algum tempo. Ele deu de ombros casualmente em resposta ao pai arrependido e olhou para o jantar.
— Mais importante, queria comentar o fato de que nosso jantar é fish and chips da Inglaterra.
— Por quê? Não está gostoso?
— Além do sabor, o problema é o tempo que passou. Agora que as batatas estão todas murchas, parece que as fritas ficaram de molho no óleo.
— Bem, acho que isso dá um charme.
— Não consigo entender isso...
O gosto do pai por souvenirs era peculiar, especialmente quando se tratava de comida. Masachika sempre acreditou que seu pai tinha um paladar relativamente amplo, apreciando qualquer prato estrangeiro que encontrasse. Mas, secretamente, suspeitava que Kyotarou talvez apenas não tivesse um senso crítico muito apurado.
Será que eu devia ter esquentado no forno em vez de usar o micro-ondas...?
Olhando para o fish and chips meio comido, Masachika se arrependeu de sua decisão tarde demais. Vendo a expressão de descontentamento do filho, Kyotarou franziu as sobrancelhas.
— No Japão, as pessoas dizem que a comida britânica é ruim, mas isso não é verdade... Eu queria que você experimentasse o sabor autêntico.
— Se isso for considerado sabor autêntico, até os britânicos ficariam ofendidos.
Apesar de reclamar sobre o motivo de seu pai não ter escolhido um prato que não perdesse o sabor com o tempo, Masachika terminou o jantar com diligência. Depois, lavou a sensação gordurosa com chá inglês, suspirando aliviado.
— Ah, pelo menos esse chá é delicioso, sem problemas.
Satisfeito com o souvenir incomumente de alta qualidade, Masachika expressou sua aprovação, e Kyotarou, apreciando o aroma do chá, respondeu.
— Parece que essas folhas de chá são as mesmas fornecidas para a família real.
— Sério? Isso é impressionante.
Ao absorver essa informação, Masachika sentiu aumentar o valor daquela experiência. Ele aproximou a xícara do nariz para apreciar o aroma. Nesse momento, lembrou-se da imagem de sua mãe, que adorava chá.
...Será que ele deu os mesmos souvenirs para ela também?
Lembrando-se das vozes na enfermaria, ele não pôde evitar pensar no que havia acontecido. Quando estava prestes a afastar esses pensamentos, como sempre fazia, Masachika hesitou.
— Como está a mamãe?
— O quê?
— A mamãe está bem?
Kyotarou, que provavelmente vinha evitando o assunto, arregalou levemente os olhos. Então, olhando para sua xícara, sorriu gentilmente para Masachika.
— Sim, ela só teve um pequeno problema de saúde.
......
Mentira. A condição dela não era algo que pudesse ser tratado de forma tão leviana. No entanto, Kyotarou não diria nada mesmo que fosse pressionado. Além disso, era difícil para o próprio Masachika focar em sua mãe por mais tempo. Mesmo assim, havia algo que ele queria desesperadamente saber.
— Pai, você sabe…
— Hmm?
— Sobre a mamãe... Você ainda a ama?
Diante da pergunta de Masachika, Kyotarou arregalou os olhos por trás dos óculos e depois deu uma risadinha.
— Sim... Eu ainda a amo, sempre.
— !
A resposta deixou Masachika sem ar. Os pensamentos que queimavam em sua mente desde a conversa na enfermaria pairavam em seu coração há algum tempo.
Parecia que o motivo da separação de seus pais era—
— Mas sabe... nós precisávamos de distância e tempo.
Kyotarou negou as convicções de Masachika, que estavam quase se tornando certezas. Ele olhou para Masachika, fitando-o gentilmente nos olhos, e falou como se quisesse convencê-lo. Com seu olhar encontrando o de Masachika, ele falou como se estivesse acalmando-o.
— Eu... não consegui apoiar Yumi. Achei que, se continuássemos juntos, acabaria machucando-a. Por isso decidimos nos separar.
Kyotarou acreditava firmemente que a culpa recaía sobre ele. Continuou falando com uma expressão gentil, mas triste.
Isso também é uma mentira.
Masachika sentiu isso intuitivamente. Quanto ao divórcio de seus pais, parecia improvável que ele não fosse, ao menos em parte, uma das causas. No entanto, mesmo assim, graças à insistência de Kyotarou, sua culpa foi atenuada. E então...
— Entendi.
Masachika assentiu com um leve sorriso. Sabendo que era uma mentira. Fingindo não perceber a mentira gentil de seu pai, ele sorriu. Em resposta, seu pai também retribuiu o sorriso.
Os dois, trocando sorrisos gentis e tristes, eram, de fato, um pai e um filho notavelmente parecidos.
⋆⋅☆⋅⋆
No dia seguinte.
A sala de estar da residência Kuze, onde pai e filho tomavam um café da manhã tardio, permanecia em uma atmosfera um tanto sombria, como se o ar da noite anterior ainda pairasse no ambiente.
Masachika comia sua refeição silenciosamente, imerso em pensamentos, enquanto Kyotarou observava calmamente o filho com olhos gentis. Poucas palavras eram trocadas, e apenas o som dos talheres ecoava no cômodo.
De repente, um barulho estrondoso ecoou quando a porta de entrada se abriu com força. Passos apressados no corredor foram seguidos pela porta conectando à entrada, que se abriu de forma enérgica.
— Olá, meu amado Onii-chan-sama! E... meu amado papai também!
Interrompendo o par durante o café da manhã, Yuki, com seu rabo de cavalo balançando, os cumprimentou animadamente. Embora um pouco surpreso com o entusiasmo matinal de sua filha, Kyotarou levantou-se da cadeira, abrindo os braços em um gesto teatral.
— Ah, minha querida e amada filhinha~.
— Ei!
Correndo na direção dele, Yuki deu-lhe um abraço apaixonado com a força de um golpe. Aceitando o gesto sem dificuldade, Kyotarou também a abraçou gentilmente de volta. Em seguida, ao soltarem o abraço ao mesmo tempo, ambos, por algum motivo, voltaram seus olhares para Masachika.
— Ei, o que foi? Ainda estou no meio da minha refeição.
— Qual é mais importante, eu ou sua comida?!
— Por enquanto, minha comida.
— Então, se eu terminar por você, significa que serei a mais importante, certo?
— Pare com esse comportamento de yandere.
— Vamos lá, dê logo um abraço nela.
— Parece que somos parentes de um unicórnio.
Respondendo ao pai dessa forma, Masachika suspirou, levantando-se e abrindo os braços.
— Tudo bem!
Como se esperasse por isso, Yuki correu em direção ao irmão e pulou pouco antes de alcançá-lo. Com mãos e pés, ela o abraçou... ou melhor, agarrou-se a ele.
— Pronto, pronto.
Com um leve sorriso de canto, Masachika acariciou as costas da irmã como se a estivesse acalmando e, então, sentou-se novamente na cadeira com Yuki ainda sobre ele. Nessa posição, ele retomou sua refeição.
— Yuki, seu cabelo está atrapalhando. Afaste um pouco.
— Certo~.
Seguindo as instruções do irmão, Yuki mudou habilmente sua posição no colo de Masachika. Colocando ambas as pernas sobre as coxas dele, adotou uma posição de abraço lateral. Então, pegando uma torrada pela metade, levou-a à boca do irmão.
— Aqui, aah~n.
— Aah~.
— Não pedi para vocês chegarem a esse ponto, sabia?
Incapaz de resistir, Kyotarou interveio, e ambos os irmãos o olharam confusos.
— Ei, qual é esse olhar? E Yuki, não há uma diferença grande demais no modo como você me trata e trata o Masachika?
Sem demonstrar remorso pelo pai de aparência solitária, Yuki respondeu sem hesitar.
— Bem, papai, é simplesmente uma questão de afinidade.
— Como consegue dizer algo tão cruel com esses olhos puros...
— No seu caso, papai, você precisa aumentar sua afinidade para liberar o evento aah~n.
— A vida é dura...
Kyotarou abaixou os ombros, desanimado. Sentindo-se um pouco culpado, Yuki franziu a testa, desceu do colo de Masachika e colocou gentilmente a mão no ombro do pai, como se quisesse confortá-lo.
— Bem, bem, se é para o papai, que trabalha duro todos os dias e não tem tempo para a filha, preparei uma maneira rápida de liberar esse evento.
— O que é?
Olhando para cima com uma expressão aliviada, Kyotarou, o pai de Yuki, foi recebido com um olhar gentil. Yuki formou um círculo com o polegar e o indicador.
— Cha-ching♡.
— Não tente arrancar dinheiro de adultos trabalhadores com eventos no estilo gacha!
— !...!
— E você, pare de procurar sua carteira! Comprar afinidade com dinheiro é vazio!
— Comprar afinidade com dinheiro é realmente vazio...? Isso também vale para os assalariados que não conseguem parar de ir a cabarés na vida real?
— Com certeza vale. Especialmente nesse caso.
— De qualquer forma, o evento especial de gacha aah~n está atualmente em andamento. A taxa de drop é de três por cento — dez giros por dez mil ienes. Você garante o item limitado após cem giros.
— Um teto de cem mil ienes para uma taxa de mil ienes por giro. Isso é loucura. E não é estranho que cem giros garantam o item com essa taxa de drop?
— Bem, veja bem, neste evento, há cinco cores diferentes.
— O que quer dizer com cores?
— Status.
— Status?
— Azul é um aah~n cool, vermelho é um aah~n apaixonado, verde é um aah~n curativo, amarelo é um aah~n resistente e rosa é... sabe?
— Não, não sei. O que é?
— Bem, mesmo que seja meu Onii-chan, você só vai saber se girar e conferir...
— Vamos pular essa só para o seu irmão mais velho. Onde está o gacha?
— Na minha boca.
— Não tente esconder que há algo suspeito nisso.
— Por ora, dê-me um giro de dez, por favor.
— Não abra a carteira e comece a girar!
Kyotarou, ao puxar uma nota de dez mil ienes, recebeu um sermão imediato de Masachika. E assim, a sala de estar da casa Kuze repentinamente ficou mais animada. No meio de tudo isso, Yuki ria genuinamente, do fundo de seu coração.
⋆⋅☆⋅⋆
— Vamos lá.
Após o café da manhã, enquanto Masachika terminava de lavar a louça, Yuki, usando óculos escuros como se estivesse convidando alguém para um passeio de carro, casualmente ergueu o polegar. Masachika, que não fazia ideia de para onde iam, piscou confuso para ela.
— Para onde estamos indo?
— Bem, obviamente vamos às compras para o aniversário da Alya-san.
— Ah, fomos oficialmente convidados? — Masachika inclinou a cabeça, imaginando se os outros membros que ela pretendia convidar já haviam recebido convites formais também. — Mas eu já decidi o que comprar...
— Por isso você vai comigo para eu verificar, sabe? Se eu deixar tudo nas mãos do Onii-chan, quem sabe o que você acabaria comprando.
Ao ter seu gosto questionado diretamente pela irmã, Masachika franziu os lábios, incomodado.
— Que rude... Eu penso nessas coisas, sabia?
— Mesmo? Então, por acaso, o que você planeja dar?
Para Yuki, que tinha uma expressão que parecia dizer "vou só ouvir o que você tem a dizer", Masachika respondeu confiante.
— Claro, acho que algo feito à mão transmite mais sentimentos sinceros... Eu estava pensando em dar um herbário feito à mão.
Era algo que ele tinha encontrado na internet enquanto procurava um presente de aniversário para Alisa. Um item decorativo no qual flores eram colocadas em um recipiente de vidro e preservadas em óleo. Ao ver as fotos que apareceram na pesquisa, ele pensou: "Isso seria um presente bem elegante para uma mulher". Kyotarou parecia concordar, acenando como se estivesse impressionado com as palavras de Masachika.
— Hmm, não é uma má ideia.
— É, né?
Com a aprovação do pai, Masachika ergueu o queixo, orgulhoso. Porém—
— Bem, honestamente, é meio sem graça.
Interrompido sem cerimônia por Yuki, Masachika e Kyotarou olharam para ela enquanto ela levantava sua opinião.
— O que há de errado com isso? Não tem o peso emocional de um buquê, e você não precisa regar. Não é ruim, certo?
Apesar das palavras desafiadoras de Masachika, a expressão de Yuki estava longe de ser favorável.
— Não, quero dizer, herbários são classificados como decorações interiores, certo? Ou seja, você precisa considerar o fator de compatibilidade com a atmosfera do ambiente... Onii-chan, você sequer sabe como é o quarto da Alya-san?
Diante dessa crítica, Masachika ficou sem palavras. Para piorar, Yuki lançou um ataque de reforço sem piedade.
— Na arte floral, a escolha dos materiais e dos vasos muda dependendo do interior do ambiente e de onde você coloca as flores. Como você não percebe isso?
— Ugh...
— Além disso, o fato de o Papa ter concordado com sua proposta já é um sinal de que não é um bom presente, certo?
— Isso é verdade.
— Não é um pouco cruel!?
Subitamente envolvido sem motivo, Kyotarou protestou, chocado. No entanto, os olhares de seus filhos continuaram frios.
— Eu senti a falta de gosto do papai ontem também...
— Vovó e vovô, que adoram coisas extravagantes, já são caso perdido, mas o Papa só falta gosto básico mesmo.
— Isso não é...
Ignorando o desanimado Kyotarou, Yuki entrelaçou seu braço ao de Masachika.
— Então, deixando nosso papai sem gosto de lado, que tal irmos às compras juntos~?
— Não podem deixar o pai, que acabou de voltar após tanto tempo, fazer um pouco de serviço familiar...?
— Você vai ficar mais tempo no Japão dessa vez, né? Por hoje—
Dizendo isso, Yuki fechou a boca e, após casualmente procurar nos bolsos, sorriu travessa.
— Bem, pensei nisso... mas, papai, posso te pedir um favor~?
— Hm? O que é?
Olhando para Kyotarou com uma inclinação adorável da cabeça, Yuki disse.
— Esqueci minha carteira em casa ♡. Pode buscar para mim?
O sorriso de Kyotarou se desfez ao ouvir o pedido.
⋆⋅☆⋅⋆
— Então, aqui estamos nós, no shopping.
— Sério, fazer o Papai fazer algo assim...
Depois de deixarem apenas Masachika e Yuki, os irmãos observaram o carro de Kyotarou disparar em direção à residência Suou. Masachika tinha uma expressão indescritível. Então, ele de repente percebeu que talvez devessem ter pedido para algum dos empregados da família Suou trazer o objeto em vez disso.
— A propósito... Onde está a Ayano hoje?
— Hm? Parece que ela tem algo para fazer hoje.
— Entendi...
Diante dessa resposta, Masachika sentiu um leve alívio. Afinal, ele havia percebido uma certa desaprovação de Ayano durante o festival esportivo e não a via desde então. Masachika ainda achava um pouco constrangedor encará-la.
Nesse momento, Yuki, com uma expressão tímida, cobriu a boca com o punho e começou a se mexer de forma deliberadamente hesitante.
— E-Então... Hoje estamos sozinhos, não é, Onii-chan?
— Mesmo com essa roupa sua, o efeito que você procura é só metade eficaz para mim.
Com os cabelos presos em rabos de cavalo altos, uma boina e grandes óculos escuros escondendo seus olhos, Masachika lançou um olhar crítico ao estilo de disfarce familiar. Talvez, mesmo olhando para baixo enquanto espiava para cima, seus olhos ocultos pelos óculos escuros davam uma impressão suspeita em vez de proposital.
— Ugh, meu olhar mortal para cima não funcionou? Será que há essa falha no meu disfarce perfeito...?
— Mesmo se você me acertar diretamente, seu olhar para cima não vai funcionar em mim, sabia?
— Não tenho escolha; vou ter que seduzir você com meu corpo!
— Não foi isso que eu quis dizer.
Yuki se agarrou a Masachika e se aconchegou nele. Então, com um tom mais afetuoso que o habitual, apontou para uma das lojas na lateral da rua.
— Ei~, Onii-chan. Quero comer taiyaki.
— Não, compre você mesma.
— Não estou com minha carteira agora! Falando como a pessoa engraçada.
— Pensando bem, é verdade, né? Mas como a pessoa engraçada?
— Ah, de forma positiva, tá bom?
— Isso é tipo transformar uma conotação negativa em positiva, não acha?
— Bem, mas você sabe, é apropriado dizer que é a fala da pessoa engraçada, considerando nossas trocas cômicas habituais.
— Isso é verdade. Normalmente, sou o cara sério.
— Exatamente, porque geralmente sou a pessoa engraçada.
(N/SLAG: Yuki insiste em ser o boke de forma positiva, recusando o papel de tsukkomi, mesmo com Masachika geralmente assumindo essa função em suas interações cômicas. Acho que todos já estão cansados dessa nota kkk.)
Apesar da brincadeira, Masachika, com Yuki ainda agarrada ao seu braço, dirigiu-se à loja, dizendo.
— Bem, se for só taiyaki… Então, qual você quer?
— Quero de creme!
— Certo. Com licença, podemos ter um de feijão vermelho e um de creme, por favor?
— Obrigada. Feijão vermelho e creme. Isso será 360 ienes.
— Ah, hum... Devo ter 510 ienes aqui.
— Certo. Então aqui está seu troco de 150 ienes.
Enquanto Masachika pagava, a atendente ao lado do caixa, embalando os taiyakis em um recipiente térmico, voltou-se para Yuki com um sorriso.
— Irmãos fazendo compras juntos? Vocês parecem próximos~.
— Sim!
— Oh, que sorriso adorável.
A vendedora sorriu diante da resposta energética de Yuki enquanto colocava dois pequenos manjūs junto com os dois taiyakis em uma pequena sacola plástica.
— Aqui, coloquei algo a mais para vocês.
— Ah, que gentilez...
— Obrigada!
Interrompendo o agradecimento tímido de Masachika com um alto obrigada, Yuki pegou a sacola. Depois, puxando a mão de Masachika, acenou entusiasticamente para a equipe e se afastou da loja. O comportamento inocente de Yuki fez todos os funcionários dentro da loja se virarem e acenarem de volta com sorrisos.
Ao chegarem a um ponto onde não podiam mais ser vistos da loja de taiyaki, Masachika, ainda olhando para frente, disse com uma expressão séria.
— Você definitivamente foi confundida com uma aluna do fundamental agora há pouco.
— Heh, esse é o mérito desse disfarce...
— Isso não seria fraude?
— Só porque agi de forma animada e alegre não significa que seja fraude.
Pegando casualmente um manjū da sacola plástica, Yuki deu uma mordida.
— Hmmm, delicioso. Como esperado desta loja, os manjūs deles são sempre saborosos~.
— Sério?
Pegando um manjū da sacola que Yuki ofereceu, Masachika também deu uma mordida. A fina e lisa camada externa se partiu crocante, e o recheio de pasta de feijão vermelho trouxe uma doçura perfeita à boca.
— De fato. Isso é realmente bom.
— Viu? Agora estou curiosa sobre o taiyaki também...
— Me dê um pouco para provar, tá? Eu deixo você experimentar o meu também.
— Yay!
Com empolgação infantil, Yuki pegou seu taiyaki e deu uma mordida cuidadosa.
— Ai. Quente, mas gostoso.
— Não se queime, tá bom?
Parando em um lugar que não obstruía outros pedestres, ambos desfrutaram de seus taiyakis. Então, olhando ao redor casualmente, Yuki comentou de repente.
— Tem muita gente usando máscara, né?
— Sim, ouvi na TV que a gripe está circulando. Talvez seja por isso?
— Ah, verdade... Nesse caso, talvez eu devesse ter usado máscara em vez de óculos escuros? Na verdade, qual é melhor como disfarce, máscara ou óculos escuros?
— Hmm, acho que ainda são os óculos escuros. Sua impressão muda muito quando seus olhos estão escondidos. Por exemplo, com a Elena-senpai, foi o fato de os olhos dela estarem visíveis que entregou o disfarce.
— Você está falando da máscara dela, certo? Sexy Mask, não era? Não, era super óbvio de qualquer forma.
— É um clichê comum que você não será reconhecido enquanto esconder os olhos.
— Até ser reconhecida pela localização de sua pinta.
— Sim, isso só acontece em mangás, então nem vou me dar ao trabalho de retrucar.
......
— Não esconda os olhos com a mão!
Enquanto terminava o taiyaki, Yuki olhou para Masachika e perguntou.
— E o presente para Alya-san?
Tendo sua sugestão de dar um herbário rejeitada anteriormente, Masachika explicou com um sorriso sem graça.
— Bom… Provavelmente vou decidir enquanto olho casualmente por aí.
Em resposta, Yuki ergueu os ombros de maneira um tanto exasperada.
— Sério… É nessas horas que suas habilidades de cavalheiro são testadas, meu querido irmão. É porque você nunca pergunta casualmente o que as mulheres ao seu redor querem ou precisam que isso acaba acontecendo.
— Você fala isso, mas o que você está planejando dar, então?
— Eu? Bem, como a película protetora do celular da Alya-san parecia bem riscada, pensei em comprar uma de vidro para ela.
— Hã.
Masachika franziu as sobrancelhas diante dessa escolha inesperada.
Não tinha a fofura e o estilo típicos de um presente entre garotas, mas era uma escolha prática. Como todo mundo usa o celular diariamente, uma película protetora é algo que não substituem facilmente, mesmo que esteja riscada, o que a tornava um presente atencioso.
— Se for o caso, eu mesmo poderia ter comprado para ela…
Mais do que algo como flores, presentes práticos pareciam mais fáceis de dar. No entanto, ele não poderia roubar a sugestão de sua irmã.
— Nihihi, você ao menos sabe o modelo do celular da Alya-san~? Nossa diferença de preparação está clara aqui, meu querido Onii-chan-sama.
— Ngh…
Yuki sorriu vitoriosamente, deixando Masachika sem espaço para refutar. No entanto, se render em silêncio não era seu estilo, então ele tentou pensar em alguma objeção.
— Mas, sabe. Dar uma película para alguém não implica algo como "A sua está suja, troque"?
— Bem, pode considerar isso uma tensão entre rivais.
— Se você já planejou a situação até esse ponto… é meio que…
Masachika fez uma expressão indescritível, mas sabia que estava apenas sendo implicante com seu comentário. Porém, não querendo desistir em silêncio, ele virou nos calcanhares sem dizer mais nada.
Assim, enquanto passeavam pelo shopping, Masachika começou a pensar em um presente.
— Que tal uma vela aromática?
— Aromas são subjetivos. Ela ficaria feliz com isso?
— Então, e aquela ampulheta estilosa…?
— Decorações de interiores dependem da atmosfera do ambiente, lembra?
— Um calendário com fotos de cachorros…
— E se ela já tiver um calendário?
— E aquele carregador portátil rosa fofo ali…?
— Escolher algo baseado na minha sugestão, hm? Isso satisfaz o orgulho do irmão mais velho?
— Ah, hum, um bom sabonete para a pele?
— Dar itens de banho para uma garota, sendo um cara, é meio estranho. Pode passar a mensagem de "Quero que você tenha esse cheiro", e além disso, se for sabonete, não só Alya-san, mas toda a família dela vai acabar usando.
— Só para garantir, acessórios podem ter implicações estranhas, certo?
— Podem. Além disso, duvido que meu querido Onii-chan tenha bom gosto para escolher algo assim.
— Bom, se tudo der errado, que tal apostar em doces…?
— Fugindo da responsabilidade ao dar presentes consumíveis, hm?
— Seja como for, e um catálogo de presentes?
— Você não estaria apenas evitando o ato de escolher algo? Além disso, estudantes do ensino médio normalmente não consultam catálogos para escolher um presente, certo?
Uma a uma, cada sugestão era rejeitada, e a confiança de Masachika em seu próprio gosto foi pulverizada em um nível microscópico. Tudo o que ele conseguiu fazer foi soltar uma risada vazia.
— Então, o que você vai fazer, mano?
Enquanto Yuki o questionava com um olhar penetrante, Masachika respondeu claramente desviando o olhar, rindo sem jeito com uma expressão patética.
— Ahaha♪. Onii-chan não tem a menor ideia☆.
— Kuh, isso foi tão fofo.
— Oi, para com isso.
— É uma purificação para a alma…!
— Para com isso, para com isso.
Tirando os óculos de sol, Yuki pressionou os dedos entre os olhos enquanto olhava para o céu. Masachika, sentindo uma pontada de vergonha, voltou a uma expressão séria. Então, ao observar sua irmã rindo e sorrindo de forma brincalhona, ele soltou um suspiro profundo.
— Bom… Acho que no final vou com doces caseiros mesmo…
— Ahh~ …Bom, não é uma má ideia. Alya-san é uma boa cozinheira também, então ela vai apreciar, e caras que sabem cozinhar ou assar costumam ser bem avaliados…
— Então está decidido…
No fim, depois de passar todo aquele tempo procurando, terminaram sem comprar nada. Enquanto Masachika sentia um alívio percorrer seu corpo, Yuki deu de ombros levemente.
— Bom, eu disse muita coisa, mas… na verdade, acho que o que você vai dar não é tão importante assim, sabe?
— Hã?
Erguendo a sobrancelha em confusão, Yuki estalou a língua, balançando o dedo indicador enquanto explicava com um sorriso.
— Dar um presente não se trata do objeto físico chamado presente, mas sim do coração, meu irmão.
— Em outras palavras, preciso colocar meu coração nisso? Por isso você sugere algo caseiro, né?
Com as palavras de Masachika, Yuki levantou os dois braços à altura dos ombros com um suspiro.
— Não é só isso, né…? O que estou dizendo é para transmitir seus sentimentos por meio de palavras e ações.
Ao ouvir isso, Masachika finalmente entendeu o que Yuki queria dizer, o que fez suas bochechas se contraírem involuntariamente. Diante dessa reação, Yuki, com um sorriso malicioso, colocou o dedo indicador nos lábios e sussurrou de forma travessa.
— Se você fizer o que fazemos todos os anos… a afinidade da Alya-san com você vai disparar, levando a um evento instantâneo, sabia?
Ela se referia a algo que havia se tornado uma tradição entre os irmãos, iniciado por Yuki em algum momento como uma promessa ao dar presentes de aniversário. Contudo…
— De jeito nenhum, não consigo fazer isso na frente de todos.
Quando Masachika refutou com um sorriso forçado, Yuki passou o braço em volta de seus ombros com uma expressão maliciosa.
— Ora, ora, meu irmão, vou ajudá-lo habilidosamente nesse aspecto… Vou garantir que o clima seja bom para vocês dois no dia, certo?
— Nossa, tão confiável — ninguém pediu, no entanto.
Com uma expressão apática, Masachika lançou a Yuki um olhar cético à queima-roupa. Ignorando isso, Yuki apontou para a escada rolante com um sorriso.
— Bem, para que tudo seja perfeito na hora certa, é hora do próximo item na nossa agenda: roupas.
— Roupas?
Enquanto Masachika questionava o que ela queria dizer, Yuki ergueu as sobrancelhas tão alto que ultrapassaram os limites de seus óculos escuros oversized e declarou.
— Seu idiota! Usar um blazer formal é obrigatório para uma festa, sabia!?
— Tão barulhenta, não grite no meu ouvido… Espera, não, hm? Bom, é só uma festa de aniversário, certo? Além disso, é organizada por uma família de classe média.
— Seja de uma família de classe média ou de um colega de escola, quando você é convidado, roupa formal é essencial. Você vai conhecer os pais da Alya-san, sabia?
Masachika se encolheu involuntariamente com essa observação.
Era verdade, ele já havia trocado cumprimentos breves com a mãe de Alisa nas reuniões de pais e mestres, mas, nessa festa de aniversário, provavelmente conheceria o pai de Alisa também. Como o único parceiro de sua filha que está participando da campanha eleitoral, ele precisava se apresentar adequadamente.
— Isso é verdade.
— Nossa, se liga… Certo, vamos lá.
— Sim.
Guiado por sua irmã confiável, Masachika foi até a seção de roupas formais masculinas. Acabou comprando algumas roupas que Yuki escolheu e, em seguida, seguindo o fluxo, foram para a seção de roupas femininas. Enquanto seguia Yuki, ele lançou um olhar casual para as etiquetas de preço próximas e, de repente, percebeu algo.
— Espera aí. Eu não trouxe dinheiro suficiente para comprar roupas para nós dois, sabia?
— Hm?
Diante de uma despesa não planejada com suas próprias roupas, Masachika percebeu que tinha apenas cerca de dois mil ienes na carteira. Com esse valor, sentiu-se inseguro em comprar as roupas de Yuki. No entanto, Yuki respondeu balançando levemente o telefone.
— Bem, a maioria das lojas aqui aceita pagamento eletrônico hoje em dia. Só por precaução, tenho mais de 100 mil ienes carregados na minha conta.
(N/SLAG: Quase 4 mil reais… Na cotação de hoje.)
— Sério…? Espera, então por que você precisou pedir ao papai para buscar sua carteira?
— Teehee☆.
Em resposta à observação calma de Masachika, Yuki mostrou a língua de forma brincalhona e deu um leve tapinha na própria cabeça. Fitando-a com uma expressão apática, Masachika hesitou por um momento antes de abrir a boca.
— Sobre a mamãe, ela realmente não está se sentindo bem?
Quando Masachika falou, Yuki, que estava examinando roupas cuidadosamente, congelou. Essa reação sozinha foi suficiente para convencê-lo completamente.
Esquecer a carteira em casa era apenas uma desculpa. Yuki queria que o pai estivesse ao lado da mãe. Em outras palavras… Yumi precisava de Kyotarou.
Como imaginei, é isso…
Masachika relembrou a conversa entre os pais que ouvira na enfermaria. Era muito provável que Yumi estivesse precisando de apoio emocional—
— Não, ela está perfeitamente bem…
Masachika sentiu um vazio quando Yuki negou completamente sua suposição com uma voz dúbia. Enquanto ele piscava repetidamente para Yuki, ela ergueu a cabeça, inclinando-a de forma suspeita.
— Por que a conversa foi para aí? Bem, não consigo deixar de me surpreender que o Onii-chan, de todas as pessoas, tenha começado a falar sobre a mamãe.
— Não, é que…
Os olhos de Yuki, que o fitavam de cima, continuavam escondidos atrás dos óculos escuros, tornando impossível lê-los. Masachika não conseguiu discernir seus pensamentos.
— Bom, não sei qual mal-entendido você tem, mas a mamãe está perfeitamente bem, sabia~? Ah, esse conjunto parece bonito.
No entanto, enquanto Yuki rapidamente dispensava o assunto e virava o rosto, Masachika sentiu instintivamente que estava sendo desviado.
— Ah, posso experimentar isto?
— Sim, por aqui, por favor.
E antes que pudesse continuar com o assunto, Yuki foi para o provador, deixando Masachika sem ter como alcançar com a mão estendida.
— Por aqui, senhor~.
— Ah, obrigado…
Incentivado pela funcionária a sentar-se em uma cadeira perto dos provadores, Masachika sentou-se. Então, descansando os cotovelos sobre as coxas e pressionando a testa com as mãos, ficou em silêncio.
……
Masachika de alguma forma sentiu que Yuki estava mentindo. Além disso, parecia que ela estava ativamente evitando algo que não queria que ele tocasse.
Afinal, a mamãe está...
Mas mesmo que seja esse o caso. O que Masachika pode fazer? Ele ainda sentia um certo grau de ressentimento em relação a Yumi, então não tinha realmente vontade de fazer nada por ela em primeiro lugar. Yuki sabia disso, e provavelmente foi por isso que ela não disse nada, buscando ajuda de Kyotarou em vez de Masachika.
Isso mesmo... Papai foi. Não há nada que eu possa fazer.
Ele não pode fazer nada, e nem sequer quer. É realmente certo questionar Yuki, priorizando seus próprios interesses, quando ela claramente não quer que ele toque no assunto? Se Yuki quer manter o que está acontecendo em segredo, não deveriam seus desejos ser respeitados? O que Masachika deveria fazer, em vez disso, é se dedicar a garantir que Yuki tenha um bom momento...
— Que desculpa miserável — murmurou isso baixinho, esmagando o que realmente sentia, Masachika levantou-se, coçando a franja desgrenhada. Aproximando-se de um espelho próximo, ele ajustou sua expressão distorcida, cheia de zombaria e autodepreciação. Como sempre, tentou encobrir com seu habitual sorriso descontraído e bobo.
— Haah... Bem, acho que é isso.
Ele soltou um pequeno suspiro e estava prestes a voltar para o seu lugar quando um display giratório de guarda-roupa próximo ao caixa chamou sua atenção.
— Sério?
Sua voz escapou involuntariamente. Então, como se atraído por aquilo, aproximou-se e examinou-o em suas mãos. Depois de um olhar para o provador onde Yuki tinha entrado... vendo que ela ainda não havia saído, ele rapidamente dirigiu-se ao caixa.
Por outro lado...
Ahhh, isso foi surpreendente. Fui salva pelos meus óculos escuros... Não, talvez ele tenha percebido.
Dentro do provador, Yuki, incapaz de lidar com o ataque inesperado de seu irmão, torceu os lábios com amargura. A especulação de Masachika estava correta. Desde o festival esportivo, Yumi estava cada vez mais distraída durante o dia, severamente desatenta. Mesmo do ponto de vista de Yuki, ela achava que talvez fosse melhor Yumi consultar um médico. No entanto, a própria Yumi não tinha consciência disso e insistia que estava apenas perdida em pensamentos. Era complicado.
Até eu... não quero pensar que mamãe está doente, mas...
Ainda assim, observar Yumi ultimamente enchia seu peito de ansiedade. Mas ela não podia despejar essa ansiedade em Masachika. Se o fizesse, Masachika certamente se preocuparia, afundando em autodepreciação e arrependimento.
Para o Nii-sama... quero que ele continue sorrindo.
Esse era o desejo de Yuki. A base inalterada de quem ela era atualmente.
Haaah...
Ela soltou um pequeno suspiro, inaudível do lado de fora, e decidiu trocar de roupa por enquanto. Já que entrou no provador sob o pretexto de experimentar roupas novas, não poderia demorar para sempre.
Tirando o chapéu e os óculos de sol, ela removeu o top, a camisa e as calças. No espelho refletia-se um corpo pequeno, esguio e magro. Felizmente, seu busto e quadris tinham se desenvolvido normalmente, então não era exatamente uma figura frágil. Mas mesmo assim, depois de tirar as roupas, a impressão de ser esguia não podia ser apagada.
Olhando para meus familiares, geneticamente falando, eu deveria ter crescido mais... Talvez seja porque fiquei de cama quando era pequena.
Não é como se ela tivesse um complexo sobre sua forma física. Mas, ao olhar para esse corpo que parecia não crescer, não importa quanto tempo passasse, ela sentia pena de sua família por se preocupar com isso. Especialmente sua mãe, que sempre se preocupava com seu corpo como mãe.
…....
Com uma expressão ressentida, Yuki tocou suavemente seu fino abdômen inferior.
Apresse-se já... Quero me tornar uma adulta.
Rápido, para tranquilizar sua família.
Um desejo que ela tinha há muito tempo. Mas esse corpo, como se zombasse desses sentimentos, recusava-se a crescer. E o coração, preso por tal corpo, permanecia, em parte, ainda inocente como o de uma criança.
No entanto, ela não tinha nenhuma aversão ou constrangimento específico da adolescência em relação aos seus parentes. Nunca sequer abrigou sentimentos românticos em relação ao sexo oposto. Na verdade, ela nunca sequer percebeu quaisquer desejos sexuais.
…....
Ela rangeu os dentes e tentou, impulsivamente, socar seu abdômen inferior... mas pouco antes de fazê-lo, conteve-se, abaixando o punho.
Suu... fhuu..
Respirando fundo, reprimiu as ondas que batiam em seu coração. Não importa o quanto ela ressentisse a si mesma, suas características inerentes não mudariam. Esse corpo, esse coração, a realidade de ser irmã de Masachika — nada disso jamais mudaria
…....
Encarando a dura realidade, pressionou a testa firmemente contra o espelho. E, enquanto encarava seu próprio reflexo, murmurou.
— Está tudo bem... Eu estou... Eu estou bem...
Ela fechou os olhos com força, recompondo-se. Não queria preocupar seu irmão. Tinha que ser a irmãzinha boba de sempre, sempre sorrindo.
Fhuu...
Exalando profundamente, ergueu os cantos da boca e, em voz baixa, murmurou uma frase mágica.
— Modo irmã ativado♡.
As palavras proferidas chegaram ao seu cérebro pelos ouvidos, e sua consciência mudou com um clique. Um sorriso travesso e desafiador apareceu naturalmente em seu rosto, e ela parou de se preocupar com as pequenas coisas.
— Hm, certo.
Satisfeita com sua expressão refletida no espelho, Yuki assentiu, vestiu o vestido azul-claro que trouxe e arrumou o cabelo de maneira sofisticada.
— Hehe... Estou tão adorável assim.
Então, depois de exibir um sorriso travesso na frente do espelho, Yuki saiu energicamente do provador.
— Tchã-rã! Que tal?
(Shisuii: Simplesmente a maior da obra e nada vai me dizer ao contrário disso. S2 Yuki.)
Respondendo com seu sorriso habitual, Masachika disse.
— Está ótimo; parece que você faz parte de uma peça escolar.
— Hahaha, então eu vou roubar a cena.
— Roubar a cena!?
Como se ambos tivessem desejado, os irmãos passaram juntos o tempo agradável de sempre.
⋆⋅☆⋅⋆
— Sério, que incômodo... Ser avisada apenas uma semana antes.
Por outro lado, era Sayaka quem estava desabafando sua frustração em um grande centro comercial diferente daquele onde Masachika e Yuki estavam. Nonoa estava por perto e, um pouco mais afastados, Takeshi e Hikaru pareciam ligeiramente desconfortáveis.
Todos foram convidados para a festa de aniversário de Alisa como amigos que formaram uma banda juntos durante o festival escolar. No entanto, devido ao pedido meio verdadeiro de Takeshi por ajuda, perguntando sobre — presentes para garotas —, os quatro saíram para fazer compras juntos. É claro que a intenção de Takeshi de passar o feriado com Sayaka era compreendida, e Hikaru e Nonoa estavam cientes disso. No entanto, Nonoa, que não era do tipo que ajudava ativamente mesmo entendendo a situação, e Sayaka, que estava alheia, resultaram em...
— Bem, também temos que nos preparar... Sem saber as preferências da Alisa, não podemos preparar um presente satisfatório.
— É, pois é.
Resmungando reclamações, Sayaka e Nonoa, que responderam casualmente com concordâncias vagas, estavam naturalmente no andar feminino. É claro que, além de Takeshi e Hikaru, havia outros clientes homens, a maioria acompanhados de suas namoradas. Os dois rapazes, sem conseguir se intrometer na conversa entre Sayaka e Nonoa, sentiam-se um pouco deslocados.
— Bem, não adianta reclamar... Essa cor combina com qualquer roupa, e está na medida certa.
— Sim, sim. Talvez não devêssemos ir pelo caminho da bolsa de 140.000 ienes; a Alisa definitivamente ficaria apavorada.
Comentando casualmente sobre uma bolsa impraticável para colegiais que a herdeira da Taniyama Heavy Industries tinha mirado, Nonoa caminhou tranquilamente até onde estavam Takeshi e Hikaru.
— Desculpem por isso, fazer compras com a Sayacchi sempre demora muito.
— Não, tudo bem...
— É... Bom, acho que muitas garotas são assim.
— Pois é, né~? Mas não é chato?
— Não, bem, a Sayaka parece estar se divertindo...
Vendo Sayaka, que parecia estar se divertindo apesar de sua expressão séria, Takeshi riu suavemente. Observando seu rosto, Nonoa inclinou levemente a cabeça.
— Não é bom ver alguém de quem você gosta se divertindo? Só de assistir às várias expressões dela, você fica feliz, não é?
— Bem, ah, é... Mesmo que a Sayaka nem esteja sorrindo...
Takeshi disse isso meio envergonhado, coçando a bochecha. Em resposta, Nonoa levantou uma sobrancelha.
— Sério? Se fosse eu, gostaria de ver várias expressões da pessoa de quem gosto.
Takeshi, semicerrando ligeiramente os olhos, acenou como se entendesse após um momento.
— E-Entendi... É porque você quer que a pessoa de quem gosta mostre todas as expressões para você, incluindo choro e raiva... Isso é maduro...
— Parece completamente diferente quando a Nonoa-san diz isso, não parece...?
Profundamente impressionados, Takeshi e Hikaru assentiram. Sem responder, Nonoa observou Sayaka, que interagia com um atendente da loja.
Sim, eu quero ver suas várias expressões...
O significado do olhar de Nonoa. O que eles fundamentalmente interpretaram errado. Takeshi e Hikaru ainda não haviam percebido.
Este Capítulo foi traduzido pela Mahou Scan entre no nosso Discord para apoiar nosso trabalho!
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