Alya às Vezes Esconde seus Sentimentos em Russo Japonesa

Volume 7

Capítulo 9: Encontro

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Este Capítulo foi traduzido pela Mahou Scan entre no nosso Discord para apoiar nosso trabalho!

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– Alya? Não deveríamos reunir os membros para a competição de corrida a cavalo em breve?

– Acho que ainda temos um pouco de tempo.

— Não, mas por causa do número de pessoas...

O que Masachika disse era verdade. Apesar de entender isso e até concordar com ele em pensamento, Alisa apertou os lábios com força e permaneceu em silêncio. Nesse momento, um dos membros do Comitê do Festival Esportivo chamou por eles.

— Com licença, vocês poderiam ajudar com uma limpeza?

— Eu vou.

— Hm? Ei, Alya...

Masachika tentou impedir Alisa quando ela aceitou o pedido, mas ela o interrompeu com uma voz firme.

— Eu volto logo.

— Entendi. Vou reunir os outros membros enquanto isso.

— Por favor.

Sentindo uma leve culpa ao ver Masachika recuar em silêncio, Alisa rapidamente foi ajudar.

Haaaah... O que eu estou fazendo?

Alisa zombou internamente de suas ações irracionais e, ainda assim, não conseguia suportar a ideia de ver o rosto de Maria naquele momento.

A cena de mais cedo, durante a caça ao tesouro, continuava se repetindo em sua mente: os dois correndo juntos, mãos entrelaçadas, enquanto se aproximavam dela na linha de chegada. Apenas pensar nisso fazia o coração de Alisa se encher de emoções confusas, como raiva e repulsa.

O que é isso? Mouu.

Ela sabia. Era apenas uma coincidência o tema que Masachika havia sorteado, e ele não tinha escolha a não ser carregar Maria até a linha de chegada. Nem Masachika nem Maria haviam feito nada de errado nesse aspecto. Ela entendia isso, mas os sentimentos de inquietação continuavam pairando sobre seu peito, recusando-se a desaparecer.

Ao ver Maria sendo guiada por Masachika enquanto corriam, Alisa não conseguiu evitar a vontade de gritar: "Não toque nela!" Era como se suas memórias de dançar com Masachika no festival escolar do ano passado, de correr pelos terrenos do santuário durante o festival de verão, entre outras lembranças, estivessem sendo contaminadas por Maria.

Um sentimento de raiva irracional e sombria brotava em seu peito, algo que nunca havia sentido antes. E agora, tudo o que podia sentir era uma sensação de auto aversão por nutrir tais sentimentos em relação à própria irmã, mesmo que apenas temporariamente.

Eu sei, é só paranoia sem fundamento. Masha não fez nada de errado.

Maria não havia feito nada de errado. Ela não havia feito... nada de errado?

Não, ela não fez nada de errado, mas! O que era aquela expressão no rosto dela? E ela estava tão grudenta... Isso é indecente!

Pensar em imagens de Maria, que estava abraçada a Masachika com um sorriso, repentinamente disparou alarmes altos na consciência de castidade de Alisa.

Garotas não deveriam... deixar os garotos tocarem seus corpos tão facilmente! Você só deve permitir isso a alguém em quem confia de verdade... Fazer algo assim quando já ama outra pessoa... Isso também é culpa da Yuki-san, é culpa da Yuki-san!

Conforme sua raiva crescia a cada pensamento, até Yuki foi apanhada no fogo cruzado, já que havia instruído Masachika a carregar Maria nas costas.

Apesar de saber que Masha tem namorado, ela ainda deu aquelas instruções... Dizendo que era por causa das regras, mas sério, Yuki-san, você está sempre tão grudenta com o Masachika-kun também!

...Masachika-kun, você deveria aprender a dizer não um pouco mais!

Sua raiva continuou a crescer descontroladamente, e Alisa empurrou a corda grande para dentro do depósito do ginásio, como se estivesse extravasando sua irritação.

— Muito obrigada, Kujou-san. Você realmente me salvou.

— Não, é meu dever como membro do Conselho Estudantil ajudar.

— Entendi... Boa sorte na competição de corrida a cavalo! Estou torcendo por você!

— M-Muito obrigada...

Recebendo inesperadas palavras de encorajamento de um membro mais velho do Comitê do Festival Esportivo, Alisa respondeu com um sorriso, embora se sentisse um pouco desconcertada. Então, quando estava prestes a retornar do depósito do ginásio para o pátio da escola... ainda sentia que seus passos estavam pesados. Embora seu desabafo tivesse aliviado parte de sua raiva, um sentimento de auto aversão estava crescendo gradualmente em seu lugar.

Haaah... Talvez eu devesse lavar as mãos.

Ela olhou para suas mãos, que haviam ficado um pouco sujas com a limpeza, e usou isso como desculpa para ir ao banheiro mais próximo.

Depois de terminar e sair do banheiro, enquanto voltava a contragosto para o pátio da escola... avistou uma senhora idosa vagando sozinha em uma área distante de onde os pais estavam sentados.

Hmm? Por que ela está em um lugar assim...?

Inclinando ligeiramente a cabeça e confirmando que não havia outras pessoas por perto, Alisa reuniu coragem e caminhou em direção à idosa.

— Com licença, está procurando por algo?

Quando Alisa falou timidamente, a senhora se virou para ela com um olhar ligeiramente surpreso. Ela parecia ter seus sessenta e poucos anos. Vestia uma blusa clara e um longo casaco floral solto, que era uma combinação um pouco chamativa, mas elegante. Sua postura calma e gentil transmitia a impressão de uma dama refinada.

Será que ela é esposa de algum presidente de empresa...?

Considerando o perfil da escola, Alisa fez essa suposição, e a senhora deixou escapar um leve suspiro surpreso.

— Ara, você é…

— ?

— Ah, me desculpe. Eu estava procurando por uma máquina de vendas automática…

— Se é isso que você está procurando, fica ali... Posso te mostrar.

— Oh, que gentileza sua. Obrigada.

Sem querer voltar para perto de Masachika, Alisa caminhou em direção à máquina de vendas próxima, sentindo uma leve culpa por fazer parecer que estava agindo por pura bondade.

— O sol parece estar mais intenso e quente do que o normal hoje, não acha? Comecei a ter vontade de tomar uma bebida gelada

— Sim, certamente não parece muito com o outono.

— Pode ser devido ao aquecimento global.

Talvez fosse uma pessoa falante, mas a idosa não pareceu se importar com as respostas simples de Alisa e continuou com um sorriso gentil.

— Meus netos são assim também. Eles ficam indo e voltando entre as roupas de verão novas e as antigas.

— Ah... Na minha turma também, há muitos alunos que trocam de roupa dependendo do dia, especialmente agora que temos dois conjuntos de uniformes.

— É mesmo... Mas vocês vão começar a usar os uniformes de inverno em novembro, certo? Espero que esfrie um pouco mais.

— Sim, você está certa.

Por alguma razão, naquela atmosfera tranquila, Alisa não sentiu dificuldade em continuar a conversa. Elas eventualmente chegaram à máquina de vendas.

— Obrigada. Como forma de agradecimento, deixe-me comprar algo para você.

— Não, de verdade, não precisa.

— Não seja tímida. Vamos lá, escolha algo que você goste.

— Não, realmente está tudo bem.

Depois de algumas idas e vindas, Alisa cedeu e apontou para a garrafa de água mineral mais barata.

— Tudo bem, então…

— Oh, é só isso? Há outras opções como suco, sabe.

— Bem, tenho um evento chegando.

— Ah, é verdade. Mas, nesse caso, não seria melhor uma bebida isotônica?

— Não gosto muito delas, deixam um gosto doce na garganta…

— Entendi, bem, não é bom insistir. Compreendido.

Dizendo isso, a idosa inseriu o dinheiro e começou a apertar os botões.

— Então, para o meu marido, um refrigerante…

— É este aqui?

— Sim, obrigada.

Enquanto inclinava levemente a cabeça com a escolha do marido da idosa, Alisa apertou o botão da linha de cima para si mesma. Então, pegou a garrafa de água mineral e começou a girá-la nas mãos.

Hmm, devo beber aqui...?

Enquanto ponderava por um momento, perdeu a oportunidade de se despedir e começou a caminhar de volta pelo caminho junto com a idosa.

— Muito obrigada por sua gentileza.

— Não foi nada... Faz parte das funções do comitê organizador ajudar tanto os pais quanto os alunos.

— Você é uma jovem muito gentil... e tão bonita. Gostaria que fosse esposa do meu neto um dia.

— Ahaha…

— Ara, me desculpe. Eu só estava brincando.

— Não, está tudo bem…

— Além disso, na sua idade, você deve ser bem popular, certo? Tem alguém de quem gosta?

— Eu realmente não tenho pensado muito sobre isso…

— Entendo... Bem, não há pressa.

As palavras casuais da idosa fizeram Alisa se sentir de alguma forma aliviada. Era como se uma brisa pura e fresca tivesse soprado nos sentimentos de solidão e isolamento que ela sentira no parque de diversões, uma inquietação como se estivesse sendo deixada para trás.

Talvez esta pessoa... possa me dar as respostas para minhas dúvidas.

Com essa intuição, Alisa se viu confiando nessa idosa sem nome.

— Eu... eu não sei. Sobre coisas como o amor... a diferença entre simplesmente gostar de alguém, sentimentos de boa vontade, ou algo mais.

Ao ouvir isso, a idosa olhou para o rosto de Alisa. Então, como se tivesse percebido algo, virou-se para frente e falou alegremente.

— É bem complicado, não é? Mesmo na minha idade, ainda não tenho uma resposta definitiva.

— Eh? Isso... é verdade?

Mesmo sendo casada e tendo netos?

Com essa pergunta estampada em seu olhar, Alisa fitou a idosa, que continuava sorrindo enquanto olhava para a frente.

— Claro, eu sei o que é o amor. Mas não sei a definição exata disso. Acho que é algo que varia muito de pessoa para pessoa.

........

No final, parecia que ela se contentava com uma resposta tão ambígua. Justo quando Alisa começava a sentir uma leve decepção, a idosa falou casualmente.

— Na verdade, eu acho que amor não é uma palavra que se refere a apenas uma emoção.

— ? Amor... é amor, não é?

— Sim, mas há muitas emoções diferentes no amor, não acha?

— ?...

Com um olhar confuso, Alisa escutava enquanto a idosa falava devagar.

— Admiração, respeito, amizade, claro, o tipo de boa vontade que você mencionou antes, e para algumas pessoas, obsessão, ou até ódio. Pode soar um pouco indelicado dizer, mas o desejo sexual também pode fazer parte disso.

— De-desejo sexual?

— Mas mesmo isso ainda é parte do amor, não acha? Eu acredito que o amor abrange todas essas diferentes emoções... pelo menos, é assim que vejo.

........

Para ser honesta, Alisa não conseguia concordar facilmente com a explicação que acabara de ouvir. Na sua visão, sentimentos como amizade e respeito eram completamente diferentes de amor, e a ideia de que até mesmo obsessão ou ódio poderiam fazer parte do amor a fazia inclinar a cabeça em confusão.

O amor não deveria ser mais, sabe, puro e... brilhante, algo bonito?

Naturalmente, uma vaga objeção se formava na mente de Alisa. Contudo, para alguém como ela, que ainda buscava o verdadeiro significado da emoção chamada amor, a interpretação da idosa era algo bem novo.

Alisa também conhecia emoções como amizade e respeito. Se essas emoções se reunissem e se intensificassem, levando ao nascimento do amor... talvez um dia Alisa pudesse entendê-lo.

— Isso foi muito esclarecedor.

— Fufu, é mesmo? Bem, fico feliz em ouvir isso. De qualquer forma, essa é só a minha perspectiva pessoal, então não leve tão a sério, tá bom?

A idosa riu de suas próprias palavras, e Alisa respondeu com um leve sorriso. Enquanto conversavam, sem perceber, haviam caminhado até a área próxima aos assentos reservados aos pais.

— Ah, está na hora de eu—

Quando estava prestes a se despedir da idosa, uma voz vagamente familiar chamou-a por trás.

— Oh, Asae! Espere— por que você está com a Kujou-san!?

Alisa virou-se, assustada pela voz, e quando viu um velho de aparência frágil em pé sobre uma esteira de piquenique olhando em sua direção, suas bochechas se contraíram visivelmente.

— Eh, ah? Se bem me lembro, você é o Masa— Kuze-san…

— Oh, você se lembra de mim, hm? Desculpe por não ter me apresentado direito da última vez. Sou Tomohisa Kuze, o avô do Masachika.

— Ah, eu sou Alisa Kujou... Espera…

O que significa…

 Ela se virou para a idosa, que colocara a mão sobre a boca enquanto sorria.

— Oh céus, que descuido o meu. Permita-me me apresentar novamente. Sou Asae Kuze.

— Q-Quê...

Só reconhecendo a situação tardiamente, o tumulto interno de Alisa intensificou-se.

Avó do Masachika-kun!? Espere um minuto, acabei de pedir conselhos amorosos para a avó do Masachika-kun!?

Meio em pânico, seu cérebro parecia querer fugir da realidade, mas então percebeu algo desnecessário.

Ou melhor! Roupas combinando! Nesta idade! Roupas combinando!!

Olhando para Tomohisa Kuze vestido com uma camisa chamativa e uma jaqueta floral extravagante, Alisa gritou internamente.

Tudo bem, ela pensou que eles pareciam elegantes e harmoniosos, o que era bom. Mas... se fossem os próprios avós dela vestidos assim, Alisa provavelmente hesitaria em caminhar ao lado deles.

Então, de repente, ela percebeu algo ao olhar para o rosto de Asae.

Isso mesmo, naquela hora... quando falei com ela!

A reação de olhos arregalados quando disse: "Ara, você é..." naquela ocasião. Naquele momento, Alisa achou que era apenas porque achava incomum ver cabelos prateados e olhos azuis…

Não pode ser, ela percebeu quem eu era naquele momento!?

Percebendo isso, Alisa encarou Asae, que sorria com um ar de desculpas. Com aquela reação, ela entendeu tudo, e uma onda de raiva misturada com intensa vergonha explodiu dentro dela.

~~~~...!!

Ela soltou um grito inaudível e estremeceu, depois notou a mulher sentada ao lado de Tomohisa.

Será que ela é... mãe do Masachika?

 A intuição de Alisa a fez se retrair, mas logo sentiu que algo estava errado.

Mas espera... os pais do Masachika não são...?

Ela se lembrou do apartamento onde havia estado várias vezes, um lugar onde não havia ninguém além de Masachika. Também recordou a história que ele lhe contou quando ficou doente. Franziu as sobrancelhas e fez contato visual com a mulher.

— Hã?

Ela de repente sentiu uma sensação de déjà vu ao olhar para o rosto da mulher, o que a fez franzir ainda mais as sobrancelhas.

— Ah, isso é—

Percebendo o olhar de Alisa, Tomohisa estava prestes a dizer algo à mulher ao seu lado, mas ela se levantou, como que para interrompê-lo.

— Prazer, sou Yumi Suou, mãe da Yuki.

— Ah, mãe do Yuki-san... Prazer, sou Alisa Mikhailovna Kujou, membro do Conselho Estudantil, assim como o Yuki-san.

— Sim, ouvi falar de você pela minha filha…

Enquanto Yumi respondia timidamente, evitando contato visual, Alisa reconheceu a verdadeira identidade de seu déjà vu.

Ah, entendi... Ela realmente se parece bastante com a Yuki.

Embora sua expressão faltasse a confiança e o brilho que Yuki tinha, seus traços faciais eram impressionantemente semelhantes. Com essa percepção, uma pergunta surgiu.

Por que os avós do Masachika estão com a mãe da Yuki-san...?

Para essa pergunta óbvia, Tomohisa respondeu com uma risada.

— Bem, quando vi que a Yumi-san estava sozinha aqui, eu a convidei para se juntar a nós.

— Ah... é assim? 

Embora ela tenha aceitado a explicação dele, Alisa não pôde deixar de se sentir incomodada.

Mesmo sendo amigos de infância... os avós e os pais deles são realmente tão próximos assim?

Ela não conseguia afastar a sensação de dúvida, mas permaneceu em silêncio. Enquanto ponderava sobre a situação, uma voz familiar a chamou.

— Oiii, Alya, já está na hora…

Erguendo a cabeça, Alisa viu Masachika se aproximando, acenando com a mão timidamente. Ele devia tê-la procurado, guiado pelo seu cabelo prateado. Quando olhou para as duas pessoas ao lado dela, Masachika franziu a testa.

— P-Por que vovô e vovó estão com a Alya…

Então, o olhar de Masachika se voltou para a mulher sentada ao lado deles, e a atmosfera congelou num instante.

— Ma-Masachika-kun?

Atordoado e com uma expressão de choque, Masachika parecia sem palavras enquanto observava a mulher. Alisa não pôde deixar de ficar confusa.

Eh? O que… O que está acontecendo?

Sem entender nada, Alisa olhou alternadamente para os dois, mas o impasse entre eles terminou quando Masachika desviou o olhar. A atmosfera estranha pareceu durar mais do que realmente foi, que provavelmente não passou de cinco segundos.

— Os outros já se reuniram ali, então vamos.

— Eh? ...Ah, sim... Bem, então, uh... Até logo.

— Sim, até logo.

— Ah, Masachika-kun! Vamos almoçar juntos depois!

— Vou almoçar com meus amigos.

Sem sequer olhar para trás, Masachika respondeu friamente ao convite de Tomohisa e se afastou. Alisa o seguiu rapidamente, perplexa com seu comportamento incomum.

— Masachika-kun, o que—

Mas quando se aproximou de Masachika e olhou para seu rosto, ela ficou surpresa.

Raiva, ódio e tristeza se misturavam, girando ferozmente sob a superfície de sua expressão. Era uma exibição tumultuada de emoções, um contraste gritante com o comportamento despreocupado de Masachika. Ao ver aquilo, Alisa ficou sem palavras.

........

Masachika não conseguia nem reunir forças para fingir uma atitude calma enquanto o olhar de Alisa se encontrava com o dele. Ele não disse nada e permaneceu em silêncio, e isso era muito incomum para ele. Alisa lutava para encontrar palavras.

O que está acontecendo? O que eu... Não sei nem o que pensar…

Seus pensamentos giravam em círculos em sua cabeça e garganta. Ela precisava dizer algo. Mas o quê? Nada vinha à mente, então…

— Guh!

Sem dizer uma palavra, Alisa pressionou a garrafa gelada que estava segurando contra a bochecha de Masachika.

— Está gelada!

Surpreso com o frio repentino da garrafa recém-comprada, Masachika parou no meio do caminho e se afastou instintivamente. Então, ele franziu a testa e olhou para Alisa.

— Eu não acho que seja certo... dizer essas palavras para o seu avô... assim.

Ela tropeçou nas palavras, sentindo-se envergonhada. Suas palavras estavam vacilando, mas ela precisava dizer algo. Mas nada vinha à mente, então…

— Você está certa. Bem, talvez eu almoce com eles algum dia.

Ele disse isso com um toque de humor, como se fosse uma piada, e sua expressão se suavizou. Embora Alisa se sentisse aliviada, uma sensação de vergonha constrangedora ainda persistia em seu coração.

Havia coisas que ela realmente queria perguntar. Por que ele reagiu daquele jeito quando viu a mãe do Yuki? O que aconteceu entre eles? Ela queria saber. Queria perguntar. Mas, por agora, decidiu esperar.

Algum dia... Ele prometeu que vai me contar algum dia…

Alisa decidiu esperar. Ela esperaria pelo dia em que Masachika lhe contaria tudo. Até lá, ela se tornaria uma parceira mais confiável para ele. Alguém em quem ele poderia confiar e se abrir, alguém que o apoiaria em seus problemas.

Para conseguir isso... Não posso perder.

E... havia algo mais que ela queria dizer a Masachika. Depois de vencer a competição de hipismo hoje, ela tinha uma mensagem para ele, e para…

— Ah, a Alisa chegou~.

— Você se atrasou um pouco, não?

— Bom trabalho, Alya-san.

— Bom trabalho.

Ela se encontrou ao lado de seus apoiadores, aqueles que lutaram ao seu lado — Sayaka, Nonoa, Takeshi e Hikaru.

— Ah, desculpa. Fiz vocês esperarem?

— Hã, atrasada? Acho que ainda estamos bem, não?

Então, ela percebeu a presença de Maria e Elena. E…

— Ah, parece que somos as últimas a chegar.

Ela chegou com elegância e confiança, seus característicos cachos verticais balançando. Com um sorriso, Alisa a recebeu, e em resposta, ela retornou com um sorriso gracioso e radiante.

— Bom trabalho, Violet-senpai.

— É Sumire, desuwa!

O cumprimento de Masachika foi recebido com um tsukkomi afiado.

 

⋆⋅☆⋅⋆

 

Duas semanas atrás, quando ficaram depois da escola na sala de aula para discutir quem poderiam pedir ajuda,

— Será que podemos pedir ajuda para a Kiryuin-senpai?

Masachika assentiu lentamente, concordando com a sugestão de Alisa.

— Isso... está bem. Violet-senpai parecia gostar da Alya também…

— Sério? Quando?

— Você sabe, quando Kiryuin veio pedir desculpas depois do festival cultural…

Justo quando o Festival de Outono estava chegando ao fim, Sumire, acompanhada por Yusho, visitou o Conselho Estudantil e a Comissão Executiva do Festival para explicar a situação. Ela se curvou ao Presidente do Conselho Estudantil, ao Vice-Presidente e aos outros membros. Depois, ela pessoalmente pediu desculpas a Alya também…

— Não há necessidade de pedir desculpas. Kiryuin-senpai não teve nada a ver com aquele incidente, e você conseguiu conter o problema e fazer a apresentação ao vivo ser um sucesso apesar da interferência. Então, muito obrigada. Você ajudou a resolver a situação.

Foi isso que Alya disse, curvando-se em resposta.

— Certamente, ela se ofereceu para ajudar com qualquer outro problema que surgisse, mas eu não acho que isso signifique que ela goste de mim.

— Ah, não, eu acho que ela realmente gostou de você. Quero dizer, Violet-senpai não fala assim sem pensar, então não acho que ela diria algo como "Eu vou ajudar" só por dizer.

— É, acho que você tem razão.

Alisa inclinou a cabeça, com uma mistura de felicidade e dúvida. Com um pequeno sorriso torto, Masachika apoiou o queixo na mão.

— É, se conseguirmos a cooperação total de Violet-senpai, talvez possamos mobilizar as Quatro Irmãs das Estações…

— As Quatro Irmãs das Estações?

— Sim, a comissão disciplinar... ou melhor, o famoso grupo de irmãs do Clube de Kendo Feminino, embora não sejam irmãs de verdade... Enfim, são quatro. A vanguarda, a segunda, o meio e a Vice-Capitã do clube de kendo feminino, excluindo Sarashina, a Capitã.

— Hã?

— Violet-senpai é a Vice-Capitã e a mais velha do quarteto. Então, se conseguirmos a cooperação dela, talvez as quatro possam se juntar a nós? Com essas quatro, teríamos uma equipe bem conhecida e poderosa. Ah, a propósito, você estava lá também, não estava? Durante aquele incidente com os fogos de artifício, quando elas ajudaram a prender o culpado—

 

⋆⋅☆⋅⋆

 

E assim, Alisa e seus apoiadores, os melhores dos melhores, estavam reunidos ali. Seguindo Sumire, três estudantes femininas apareceram, ficando lado a lado em uma fila, cada uma ligeiramente inclinada.

Elas se viraram ligeiramente para o lado, e Sumire estalou os dedos. Como se isso fosse o sinal, a animada garota de rabo de cavalo à sua direita declarou seu nome com orgulho.

— Shinbashi Ayame!

Em seguida, a garota de personalidade mais masculina à sua direita cobriu um dos olhos com a mão enquanto falava.

— Oumori Kikiyou.

Por fim, a última garota, no extremo oposto, empurrou seus óculos e se apresentou.

— Kurasawa Hiragi.

Finalmente, Sumire, com seus cachos verticais balançando, se apresentou com confiança.

— Kiryuin Sumire.

Em uníssono, as quatro se declararam juntas.

— Somos as Quatro Irmãs das Estações e estamos aqui para ajudar!

A entrada delas foi magnífica, como se pudessem provocar uma explosão atrás delas a qualquer momento. Ao ver isso, Sayaka bateu palmas apreciativamente, e Takeshi seguiu o exemplo, inclinando a cabeça confuso.

— Ei, Nonoa-chan, sua bunda está tão bonita como sempre. Posso tocar nela?

— 50.000 ienes.

— Que caro! Por quanto tempo?

— Dois segundos.

— Dois segundos!? Ah, a propósito, posso pagar com cartão?

— Você realmente vai pagar?

Ignorando isso, Elena continuou a assediar Nonoa, o que fez Hikaru retrucar imediatamente.

— Ah, Masha-san, sua barriga está aparecendo de novo…

 — Ah, mouu~.

Maria ajeitou a roupa com uma expressão um pouco embaraçada após ser chamada a atenção por Masachika.

Olhando para seus apoiadores reunidos mais uma vez, Alisa murmurou—

— Сделал ли я правильный выбор?

(Eu fiz as escolhas certas?)