Volume 6
Capítulo 6: A Força de Combate é Importante, Não é?
Este Capítulo foi traduzido pela Mahou Scan entre no nosso Discord para apoiar nosso trabalho!
— Está perfeito, não está?
— Sim, acho que foi bom.
Após o último ensaio antes da apresentação ao vivo, Takeshi e Hikaru expressaram sua satisfação. Pela primeira vez, nenhum comentário de crítica veio de Sayaka e Alisa. E Nonoa, sem se preocupar com nada, parecia estar contente com a situação.
Masachika sentia o mesmo, e com os cinco vestidos com os figurinos produzidos por Nonoa e com o entusiasmo renovado, ele honestamente achou que aquele foi o melhor ensaio que já tinha participado.
— Foi realmente muito bom.
Enquanto Masachika dizia isso batendo palmas, Takeshi respondeu timidamente.
— Ei, parece que até já nos apresentamos. Ainda estamos no ensaio, sabe?
— Ha-ha, é verdade, mas eu me perguntei como esses membros conseguiram se unir tão bem.
— Não, foi o Kuzecchi quem os reuniu.
— Isso mesmo.
— Oh, certo.
— Você realmente esqueceu!
O comentário de Takeshi fez Alisa e Sayaka rirem também. A propósito, o apelido de Masachika voltou a ser "Kuzecchi" em poucos dias, segundo Nonoa. Mas, de acordo com ele, ainda não estava certo.
— O gerente deu sua bênção! Agora que temos o selo de aprovação do gerente, vamos para os bastidores um pouco mais cedo!
— Espera aí, Takeshi. Você ainda tem coisas importantes para fazer.
— Hã?
— Não... vocês ainda não decidiram quem será o líder, não é?
Masachika disse a Takeshi, que ficou claramente chocado, quase encolhendo-se. Ao ouvir isso, pelo canto do olho, Masachika viu a expressão de Alisa endurecer. Mas a reação de Takeshi foi lenta.
— Ahhhhhhhhhh, tinha isso também.
— Não, isso é importante, não se esqueça.
— Não, é mais que eu esqueci mesmo...
Depois de coçar a cabeça um pouco incomodado, Takeshi olhou para Alisa.
— Já tinha a sensação de que a Alya seria a líder do grupo...
— O quê?
As palavras de Takeshi fizeram os olhos de Alisa se arregalarem. Até mesmo Hikaru concordou com ele.
— Concordo. Eu também acho que Alya deveria ser a líder.
— Ha, Hikaru-kun?
Quando Alisa se virou surpresa, Hikaru sorriu gentilmente e disse.
— Mais cedo, quando o Masachika disse "É incrível como esse grupo se uniu", acho que a Alya teve um papel importante nisso. Ela foi a primeira a estender a mão para todos os membros, e isso me deixou feliz. E também, quando decidimos o nome da banda...
Lá, Hikaru coçou a bochecha, um pouco envergonhado.
— Enquanto todos sugeriam nomes baseados em suas preferências pessoais, Alya foi a única que propôs um nome com uma mensagem significativa para nós, certo? Acredito que isso ajudou a definir a direção da banda. Por isso, desde então, na minha mente, a Alya se tornou nossa líder.
As palavras de Hikaru fizeram com que os lábios de Alisa se comprimissem e suas pálpebras tremessem, como se estivesse tentando segurar algo.
— Ei, Hikaru! Você diz coisas boas demais! Faz com que eu pareça um idiota!
— Leia o ambiente, seu idiota.
— É disso que estou falando, seu idiota.
— Você é terrível!
Takeshi gritou em pânico, e Masachika e Hikaru imediatamente retrucaram. A atmosfera, que estava começando a ficar agradável, foi arruinada. Alisa, também, parecia distraída e riu.
— Agora que temos dois votos para Alya... e quanto a Sayaka e Nonoa?
Enquanto Masachika tentava recompor-se e perguntava, Sayaka manteve a expressão inalterada e deu de ombros.
— Eu não sou tão insensível a ponto de me opor a isso.
— Sayachi não é muito honesta.
— Você disse algo, Nonoa?
— Sayachi não é muito honesta.
— Não precisa se repetir!
Masachika e os outros riram dessa troca desalentadora entre as duas.
— E então, Nonoa?
— Acho que é bom, não acha? Prazer em conhecê-la, Líder.
Dizendo isso de forma simples, Nonoa acenou para Alisa. A atenção dos cinco se concentrou em Alisa, e ela piscou os olhos. No entanto, depois de fechar os olhos por um momento e mudar sua expressão, ela riu com força e cerrou os punhos.
— Então, vamos fazer o nosso melhor para a primeira apresentação ao vivo como "Fortitude"! Oh!
Alisa chamou, e Masachika e os outros...
— Oh~!
— O-Oh!
— Oh?
— Oh, oh.
— Oh―.
— Não, não façam de qualquer jeito. Vocês não estão sincronizados de forma alguma.
Logo após o comentário de Masachika, os ombros de Alisa se contraíram enquanto ela baixava o punho de forma desanimada.
— Olhem, a Alya está envergonhada! Ela está envergonhada, vocês sabem! Ela tentou, sabem? Ela tentou liderar como uma líder, mesmo que nunca tivesse feito isso antes, certo? Vocês! Não zombe da líder!
— Masachika-kun.
— Hm?
— Por favor, cale a boca.
— Sim.
⋆⋅☆⋅⋆
— Uau, tem bastante gente aqui... Caramba, estou ficando nervoso.
— Ha-ha-ha, sim... Mas acho que vai ter ainda mais gente daqui pra frente. Pode parecer egocêntrico, mas parece que estamos atraindo bastante atenção.
— Sim... Ontem, fui abordado por pessoas por toda parte também.
Vinte minutos antes da apresentação, depois de ir para os bastidores com seu instrumento, Takeshi olhou para o palco de fora e tremeu um pouco, então de repente olhou para Masachika.
— Falando nisso, nós encontramos Kiryuin outro dia. Tem algo entre você e ele, Masachika?
— Kiryuin, esse é o nome daquele cara, né? O que ele estava falando? Ele era muito abstrato para entender.
— Sim, é isso mesmo. Bom, ele foi bem insistente em perguntar se você ia se apresentar no palco ou não.
— Hã? O que é isso? Esse "você" a que você está se referindo sou eu, certo?
— Sim.
Masachika inclinou a cabeça com a informação transmitida por Takeshi. Se você perguntasse a ele, Masachika até sentiu que Yusho lhe havia perguntado algo semelhante diretamente antes, mas ele não entendia de forma alguma a intenção por trás disso...
— Bom, você é o gerente, e quando eu disse que você não estaria no palco, ele fez uma cara meio estranha... Você tem ideia do porquê?
— Não, acho que não.
— Ugh.
Nesse momento, Masachika e Takeshi olharam para a voz cortante que surgiu inesperadamente. Nonoa, que parecia estar ouvindo a conversa, tinha uma expressão de olhos semicerrados e abriu a boca ligeiramente surpresa.
— O que foi?
— Bom... Junyuusho-chan é tão coitadinho...
Masachika franziu as sobrancelhas com as palavras, que foram ditas mais para si mesma.
Junyuusho... o segundo colocado? Hã? Parece que já ouvi isso antes…
Sentindo uma sensação estranha em uma parte do cérebro, Masachika baixou os olhos e tentou vasculhar sua memória. Mas então Takeshi levantou a voz, interrompendo seus pensamentos.
— Vou buscar Kano.
— Sim, até mais!
— Não se esqueça de voltar a tempo!
— Claro, eu volto rapidinho.
Nonoa então falou quando Takeshi se afastou deles.
— Eu também vou buscar Rea e Leo.
— Quem?
— Meus irmãos mais novos.
— Desculpa, também vou ao banheiro por um minuto.
— Ei, ei...
Depois de erguer um pouco as sobrancelhas para os membros que estavam saindo um por um, Masachika encolheu os ombros.
— Bom, acho que ficar esperando aqui nos bastidores me deixa estranhamente nervoso.
Então Masachika virou casualmente a cabeça e, de alguma forma, encontrou os olhos de Sayaka. Depois de fazer contato visual com ele, Sayaka desviou o olhar para Alisa, olhou diagonalmente para cima e, de repente, virou-se nos calcanhares.
— Eu também quero ver Leo e Rea, então vou seguir Nonoa.
— Ei, por que tão de repente?
— Do que você está falando? Eu volto em dez minutos.
— Ah, sim.
E assim, Masachika e Alisa foram os únicos que restaram nos bastidores. Como ele havia feito algo embaraçoso outro dia, que poderia ser confundido com uma proposta de casamento naquele exato local, a situação de os dois ficarem sozinhos era um pouco constrangedora.
— Bem, como posso dizer... Parece que a banda tem uma certa coesão, mas talvez não tanto quanto eu pensava? O que você acha disso, Líder?
Ao fazer a pergunta de brincadeira, não houve resposta de Alisa. Perplexo, Masachika olhou para o rosto dela e ficou surpreso com a expressão que viu.
— Alya?
Alisa parecia estar prestes a chorar, suas sobrancelhas estavam franzidas e seus olhos apertados. Quando Masachika a chamou, confuso, Alisa abaixou o rosto, escondendo sua expressão. O espanto de Masachika atingiu o auge ao ver seus ombros tremendo ligeiramente.
O quê, ela está... chorando? O-O que devo fazer? Devo abraçá-la gentilmente? Não, não, isso só é permitido para caras bonitos, e além disso, eu nem sei por que ela está chorando. Talvez seja melhor cobrir o rosto dela e consolá-la, mas...
Depois de um segundo de intenso conflito, Masachika decidiu emprestar seu ombro como um meio-termo. Em vez de ir tão longe a ponto de abraçá-la, ele se aproximou de Alisa e deixou que ela enterrasse a cabeça em seu ombro de forma desajeitada. Ele então começou a acariciar sua cabeça o mais suavemente possível, assim como Maria havia feito com ele.
— O que foi? Você não ficou feliz por ter sido eleita líder?
Enquanto Masachika dizia o que deduziu após refletir, ele pôde ver Alisa balançando a cabeça levemente perto de seu ombro. Então, uma pequena voz trêmula, cheia de dúvida, chegou a seus ouvidos.
— Eu atendi às suas expectativas...?
Masachika ficou chocado com essas palavras. Imediatamente depois, ele lamentou sua própria superficialidade.
Foi o próprio Masachika quem deu a Alisa a tarefa de "superar Sayaka para se tornar a líder da banda". Para corresponder a essas expectativas, Alisa deu o seu melhor. No entanto, Masachika, egoisticamente, sentiu-se ciumento de Alisa e não se importou com sua saúde mental.
Idiota, eu! Não importa o quão bem ela parecesse estar indo, ela devia estar cheia de ansiedade por dentro! Alisa, que nunca foi tão assertiva nem no conselho estudantil, de repente estava desesperadamente tentando se comunicar com essas quatro pessoas que nem eram tão próximas dela. Por que eu não cuidei melhor dela!
Quanto de peso psicológico deve ser para alguém, que nunca sequer fez amigos por conta própria, ser encarregada de se aproximar de quatro pessoas ao mesmo tempo? Masachika subestimou completamente essa expectativa. Ele até insistiu que a apoiaria como sempre, mas depois ficou com ciúmes porque achou que as coisas estavam indo bem sem seu apoio...
— Você é uma parceira incrível, mais do que eu poderia ter imaginado... Eu realmente te respeito. Desculpa por não ter sido mais atencioso. Sinto muito...
Alisa balançou a cabeça silenciosamente para Masachika, que se desculpou com uma voz carregada de arrependimento. Sentindo-se culpado novamente, Masachika continuou gentilmente.
— É realmente incrível que você esteja participando de uma atividade em grupo, e em uma função de liderança, mesmo que você deva estar pouco familiarizada com isso... você fez um ótimo trabalho.
Ele disse isso enquanto batia levemente nas costas dela, e eventualmente Alisa começou a responder.
— Eu sempre acreditei, de forma equivocada, que era a que mais se esforçava e a melhor de todas...
Masachika, no entanto, ouviu essa confissão repentina sem dizer uma palavra.
— Mas foi só uma ilusão. Eu finalmente percebi isso no final do primeiro semestre, quando fiz meu discurso na cerimônia de encerramento.
Ouvindo esse monólogo autodepreciativo, a mente de Masachika voltou ao discurso de Alisa, no qual ela admitiu diretamente sua imaturidade.
— Enquanto eu estava me esforçando, outros estavam se esforçando em outros lugares, e não há ninguém no mundo com quem eu seja melhor em tudo. Na verdade, eu sou uma boa cantora, mas não sei tocar nenhum instrumento. Além disso...
Com um tom um pouco mais calmo, Alisa disse em voz baixa.
— Eu não consigo ver o panorama completo e dar direções precisas como a Sayaka, nem consigo ser flexível e me adaptar ao meu entorno como a Nonoa. Não consigo ser tão alegre e descontraída como o Takeshi, e não consigo ser tão atenciosa como o Hikaru. Não é de se estranhar que eu tenha sido negligente quando se trata de relacionamentos interpessoais.
Masachika ficou impressionado e admirado pela honestidade rigorosa que ela tinha consigo mesma.
— Se eu queria ser reconhecida como líder por essas quatro pessoas, não tenho outra escolha senão me aproximar delas de frente. Tenho que abandonar as táticas ruins e trabalhar mais do que qualquer outra pessoa nessa situação para puxar todos.
— Sim... Entendo. Você trabalhou duro, muito duro.
Enquanto ele acariciava a cabeça de Alisa de maneira desajeitada, Masachika foi tomado por um arrependimento interior. Ele deveria ter feito isso antes. Deveria ter ouvido e se preocupado com ela.
Por que essa besteira de "Será que eu realmente preciso estar aqui?" Eu não sou apenas o gerente da banda, mas também o parceiro de Alya. Se não havia problemas com a banda, eu deveria ter priorizado a Alya e considerado seus sentimentos primeiro...
Com arrependimento e remorso, Masachika diz gentilmente a Alisa.
— Estou feliz por você. Você foi recompensada.
— Sim.
Com um leve aceno de cabeça, Alisa enterrou o rosto no ombro de Masachika e murmurou.
— Я рад, что меня признали…
(Estou feliz por ser reconhecida…)
Masachika não entendeu totalmente o verdadeiro significado dessas palavras. Ela estava aliviada por ser reconhecida como líder, e não apenas isso... No entanto, antes que ele pudesse resolver essa questão, um intruso solitário apareceu nos bastidores.
— O quê?
Quem parou surpreso foi um colega de classe masculino que, curiosamente, foi o mesmo que os viu em uma situação semelhante no dia anterior. Ele olhou para Alisa, que enterrava o rosto no ombro de Masachika para segurar as lágrimas, e para Masachika, que acariciava gentilmente a cabeça dela.
Diante da cena um tanto quanto mal interpretada, o garoto perguntou com um meio sorriso.
— Bom, você deu a ela um anel de noivado?
— Apenas deixe isso para lá, pode ser?
— Oh, claro. Aproveitem o tempo...
Depois de ver o garoto sair do palco, Alisa se afastou de Masachika com uma expressão um tanto aborrecida.
— Você se acalmou?
— Sim, estamos prontos para ir.
Depois de dizer isso, Alisa colocou a mão sobre os olhos.
— Acho que meus olhos ficaram um pouco vermelhos.
— Estarei lá em um momento. Mas não se preocupe. O público não vai perceber e não vai comentar nada.
— Sim.
Quando Alisa assentiu com um pequeno sorriso, Masachika também recuperou a compostura e animou a voz.
Nesse momento, uma explosão soou do palco.
⋆⋅☆⋅⋆
Voltando um pouco no tempo, quando Masachika e os outros estavam fazendo seu último ensaio. Tendo deixado seu trabalho como membros do comitê executivo para outros membros do comitê, Touya e Chisaki estavam recepcionando o Raikokai, os maiores VIPs do festival.
— Bem-vindos à nossa escola. Eu sou o atual presidente do conselho estudantil, Touya Kenzaki-san.
— E eu sou Chisaki Sarashina, a vice-presidente.
Reunidos na sala do conselho estudantil, que atualmente estava preparada para receber visitantes, estava um grupo de ex-presidentes e ex-vice-presidentes do conselho estudantil, o Rakokai. Entre eles estava o presidente da Taniyama Heavy Industries, o pai da Sayaka.
— E você é o senhor Gensei Suou, certo? Eu conheço o Yuki-san, já que trabalhamos frequentemente juntos no conselho estudantil.
— Entendo.
Então, também estava presente o avô de Masachika e Yuki, Gensei.
— Vou mostrar a escola para vocês. Por favor, venham por aqui.
Depois de uma apresentação formal e intensa para um grupo de ex-alunos poderosos, Touya começou a mostrar a escola ao grupo do festival.
Ao sair para o corredor, os alunos que perceberam os membros do Raikokai fizeram expressões surpresas antes de rapidamente abrir caminho.
Embora pudessem ter sido tentados a pelo menos dizer olá para uma das maiores figuras do mundo político e empresarial, a quem geralmente só viam na TV ou em revistas, não era permitido.
Isso porque havia uma regra não escrita de que os alunos não podiam falar com os membros visitantes do Raikokai durante o festival escolar.
Apenas o presidente e o vice-presidente do conselho estudantil tinham permissão. Os outros alunos só podiam falar se fossem abordados primeiro. Naturalmente, eles não podiam formar um círculo em volta deles nem tirar fotos.
Os convidados de fora, que vieram como convidados especiais, também deviam seguir essa regra, seja porque foram avisados por outros ex-alunos visitantes ou porque receberam instruções rígidas dos anfitriões.
Assim, embora não houvesse organizadores ou seguranças específicos, o passeio correu muito bem.
— Oh... Nós não tínhamos estufas assim quando eu estava na escola.
— Sim, essa foi doada por um ex-aluno para os clubes de jardinagem e arranjos florais há oito anos.
— Entendo, então vocês cultivam os materiais florais usados para arranjos ali?
— Exatamente.
— Ah, a propósito, quem foi que doou o ringue para o clube de boxe?
— Ah, foi o presidente Tamura da Forestine. Ouvi dizer que ele é um grande fã de boxe.
— Ah, da Forestine... Entendo.
Olhando pela janela em direção à estufa, Touya respondeu às perguntas do Raikokai sem hesitar. Claro, ele só estava confiante por fora, mas por dentro já estava nervoso sobre quais seriam as próximas perguntas. Na verdade, ele estava tão nervoso que sentia vontade de vomitar a qualquer momento.
Originalmente, Touya não era tão seguro de si. Pelo contrário, até um ano e meio atrás, ele era considerado tão tímido e fraco mentalmente que nem conseguia imaginar encontrar-se em uma situação como essa.
Ele carecia de autoconfiança e sempre se sentia inferiorizado e ridicularizado pelas pessoas ao seu redor. Foi ninguém menos que Chisaki quem quebrou essa casca com sua maneira ousada de viver. Ele admirava a forma como ela se comportava sem bajular ninguém e mudou a si mesmo. E agora... ela estava ao seu lado, apoiando-o.
...
Chisaki piscou curiosa ao notar o olhar de Touya. Buscando coragem em sua postura aparentemente relaxada, Touya endireitou sua postura.
— Gostariam de ver mais de perto?
— Sim, eu quero. Se você tiver tempo.
— Entendido. Posso pedir a atenção de todos, por favor?
Com o acordo dos outros membros do grupo, Touya firmou os pés e caminhou com dignidade. Como namorado de Chisaki Sarashina, ele queria se comportar de uma maneira que não a envergonhasse. Uma vez que conseguiu relaxar um pouco, sua visão se ampliou naturalmente, e ele pôde ver claramente os rostos dos alunos olhando para ele. Os olhares respeitosos que o cercavam evocavam um profundo sentimento de emoção.
Quem no mundo imaginaria isso? Touya, que sempre fora alvo de desprezo e ridículo, agora se via no centro de respeito por todos os lados. Chisaki, que antes era temida pelos garotos, agora era vista com confiança. Quando ele pensava que aqueles eram os resultados de seus próprios esforços, um sentimento caloroso e esmagador preenchia seu peito.
— Touya? O que foi?
— Não...
Talvez percebendo algo na expressão de Touya, Chisaki falou com ele em um sussurro.
Depois de responder com um sorriso tranquilizador, Touya voltou sua atenção para os arredores.
— Você viu? Os olhares voltados para nós.
A mudança na maneira como olhavam para eles era incomparável ao ano passado. A pergunta de Touya não era clara. Mas, como esperado de amantes, poderia se dizer, Chisaki entendeu e deu uma breve olhada ao redor antes de assentir em silêncio às palavras de Touya. E com uma expressão afetuosa, Touya relaxou sua postura.
— Embora haja duas auras hostis.
— Ah, desculpa, não entendi o que você quer dizer.
— Dois homens, um de camisa azul e o outro com um chapéu preto, em frente à escada, vinte metros à frente.
— Espera, o quê?
Enquanto lutava para acompanhar seus pensamentos, Touya direcionou o olhar para a direção que Chisaki havia indicado. Lá, ele viu exatamente a dupla que ela mencionara. Conforme o tempo passava, a distância entre eles e Touya diminuía rapidamente.
— O que você acha que devemos fazer?
Em uma situação como essa, o julgamento de Chisaki era mais confiável que o dele. Sabendo disso, Touya perguntou imediatamente a ela.
— Touya, espere aqui. Deixe que eu cuido disso por um momento—
Chisaki disse e tentou se mover, nem sequer parando para falar. No entanto, a dupla agiu primeiro.
!
A dupla que eles estavam observando veio correndo diretamente em sua direção, e Touya imediatamente se preparou.
— Ei, vocês dois! Parem──
No momento em que Touya gritou uma advertência, o homem de camisa azul, que estava na frente, enfiou a mão na bolsa.
O coração de Touya disparou ao ver um objeto brilhante sendo puxado para fora.
O quê...? Uma arma... uma pistola? Isso não pode ser real, pode?
A situação superou todas as expectativas, deixando Touya completamente paralisado. Seu cérebro se recusava a compreender a realidade diante dele, tornando-o incapaz de comandar seu corpo. No entanto, enquanto Touya permanecia congelado, o homem mirou a arma em Touya — ou assim parecia, até que Chisaki rapidamente desarmou o homem com um chute.
Como um vendaval, a perna esquerda de Chisaki cortou o ar, acertando com precisão o cano da arma e derrubando-a da mão do homem. E então, sem hesitar, sua perna direita seguiu — desferindo um chute poderoso na virilha do homem.
— MAS O QUÊ!?
Com quanta força ela o chutou? O homem saltou do chão, dobrando o corpo em forma de arco. E, no momento seguinte, pela primeira vez na vida, Touya viu um combo aéreo em carne e osso.
Um tremendo uppercut perfurou o queixo do atacante. O impacto do soco levantou o homem ainda mais no ar, e seu corpo arqueado se endireitou, assumindo a posição de um saco de pancadas perfeito.
(N/SLAG: É um golpe desferido de baixo para cima que visa atingir o queixo do oponente.)
O implacável combo de cinco golpes de Chisaki foi desferido no atacante agora indefeso. Bem, não foi confirmado se foi realmente um combo de cinco golpes. Pelo menos, foi assim que pareceu aos olhos de Touya. Vale notar que ele só pôde ver até aquele ponto.
— Gegh―, gouu―!
O homem, emitindo um som parecido com o de um sapo esmagado, caiu no chão com um ruído molhado. O outro homem, que havia observado a cena com uma expressão estupefata, rapidamente levantou o smartphone que segurava ao notar que Chisaki estava olhando para ele.
— Não, espera, não é — É uma brincadeira! É só uma brincadeira!
— Ah, é mesmo? Então aqui vai a minha brincadeira.
Ela disse sem piedade, e Chisaki aplicou o mesmo combo aéreo nele.
Em apenas dois segundos, o segundo homem também afundou no chão, e os alunos ao redor congelaram, como se ainda não tivessem compreendido a repentina reviravolta dos acontecimentos.
De repente, no entanto, um dos garotos viu o homem com a arma e gritou.
— Ei, não é ele? Não é esse cara o Grealish?
— O quê? Aquele influenciador famoso e irritante da internet?
— Sério? Ele não foi preso por assustar um pedestre na rua e machucá-lo?
— Ah, essa pistola é de brinquedo.
— Não pode ser, isso é algum tipo de brincadeira sobre assassinar pessoas importantes? Que ridículo.
Com essa voz como ponto de partida, outros alunos começaram a se mover um após o outro, e Touya também recuperou a compostura. Primeiro, ele se virou e abaixou a cabeça para os membros do Rakokai atrás dele.
— Peço desculpas pelo transtorno. Parece que alguém inadequado para esta escola se infiltrou. Eu aceitarei qualquer reprimenda, mas posso solicitar permissão para que a Vice-Presidente se retire agora?
Após receber o pedido de desculpas de Touya, o membro mais antigo e sênior do grupo falou em nome dos outros.
— Bem, parece que houve uma falha na admissão. Mas, bem, tentem controlar a situação agora.
— Obrigado!
Depois de agradecer em voz alta e levantar a cabeça, Touya se aproximou de Chisaki e disse rapidamente.
— Desculpe, Chisaki. Posso deixar esses caras com você? Eu preciso descobrir quem os convidou aqui... Eu cuido do Rakokai.
— Entendido. Deixe-os comigo. Vou interrogá-los a fundo na sala do Comitê Disciplinar.
— Com moderação?
Touya aconselhou Chisaki, que já havia exagerado consideravelmente na defesa, só para garantir. Então, Chisaki assentiu atentamente.
— Vai ficar tudo bem. Vamos apenas separá-los em recicláveis e não recicláveis, como lixo.
— Isso é certo? Separar recicláveis dos não recicláveis?
— Hm? Claro, é como remover músculos dos ossos―
— Ai! Não entendo direito, mas isso definitivamente soa doloroso!
Embora estivesse horrorizado com o pensamento, Touya tentou deixar Chisaki assumir o controle da situação────!
Assustado, Touya ergueu a cabeça ao ouvir uma explosão alta que parecia vir de algum lugar.
⋆⋅☆⋅⋆
Enquanto isso, Takeshi, que havia deixado Masachika e seus amigos, vagava pelo pátio da escola com seu smartphone na mão, procurando por seu irmão mais novo.
— Hã? Esta deve ser a área... Está muito cheio para enxergar.
Seu irmão mais novo, que tinha apenas nove anos, era pequeno. Por outro lado, a maioria das pessoas ali tinha idade escolar ou mais, o que dificultava avistá-lo no meio da multidão. Enquanto Takeshi olhava ao redor, tentando encontrá-lo, ele de repente viu uma figura. Era uma figura familiar com um boné na cabeça. Seu olhar foi atraído para as costas da figura, e quando a figura virou a cabeça de lado, uma voz escapou.
— Eh... Nao?
Era uma amiga que havia desaparecido repentinamente um mês atrás. Ela se virou reflexivamente ao som da voz dele, e seus olhares se cruzaram.
— Takeshi...
— Ei, por quê...?
Em meio à multidão, eles se encararam, um atônito e o outro desconfortável. E, justo quando Nao ia dizer algo, uma explosão alta ecoou de algum lugar.
⋆⋅☆⋅⋆
Pensar que algo assim poderia realmente acontecer...!
Diante da origem do estrondo, Sayaka cerrava os dentes, relembrando os eventos da semana passada.
— Sayaka, o que você acha que é mais importante para um membro do comitê de moral pública?
Durante uma reunião do Comitê Disciplinar antes do festival escolar, Sumire havia feito essa pergunta a Sayaka. Em resposta, Sayaka imediatamente inclinou a cabeça em alta velocidade, para rapidamente deduzir a resposta que o outro esperava.
Originalmente, as razões de Sayaka para fazer parte do comitê de moral pública eram extremamente egoístas. Um dos motivos era simplesmente obter uma vantagem no seu histórico escolar. E o outro, para ser franca, era tirar proveito das fraquezas dos alunos para seu próprio benefício. Ambos tinham o objetivo de elevar seu status dentro da escola, o que, em última instância, ampliaria sua rede de conexões úteis para o futuro.
Sayaka era conhecida como uma aluna séria e exemplar, mas isso se devia ao fato de que não tinha dificuldades em se comportar de uma maneira que a levasse ao topo. Não era que ela amasse a disciplina em si ou odiasse ações que a perturbassem, então ela não tinha a intenção de impor o mesmo comportamento aos outros. Ou melhor, ela não se importava o suficiente com os outros para interferir em seus comportamentos.
No entanto, Sayaka não era tola o suficiente para falar sobre isso com honestidade.
— Acho que é ter consciência das regras da escola e da vontade dos alunos, e ser capaz de equilibrar as duas sem pender para um lado.
Isso mesmo, pensou.
A resposta de Sayaka era tão satisfatória para si mesma que, internamente, comemorou. Porém...
— Não, Sayaka-san.
O que voltou foi uma negação direta. As sobrancelhas de Sayaka se contraíram enquanto ela observava Sumire, que parecia estar olhando para um reino distante, além do que Sayaka poderia alcançar.
— O mais importante para um membro do comitê de moral pública é... — então, ela disse com uma voz cheia de convicção e inveja. — Poder de combate.
O que essa garota estava dizendo?
Sayaka pensou sinceramente. Mas não seria honesta o bastante para expressar isso ali. Acima de tudo, ela não era tola.
— Ah, entendi... isso significa que não atendo aos requisitos...
Sumire sorriu graciosamente para Sayaka, que respondeu de forma sarcástica.
— Não, não é necessário resolver tudo com sua própria força. Em situações de emergência onde o poder de combate é necessário, se você não tem força, também está certo chamar alguém que tenha. Além disso, se puder proteger os mais fracos ao seu alcance... — Sumire explicou, enquanto colocava o dorso da mão na bochecha, sorrindo.
Ao mesmo tempo, Sayaka refletiu: "Talvez ela assista a animes demais." Naquele instante, sentia-se tanto perplexa quanto surpreendentemente conectada a Sumire... Jamais imaginara que uma situação de emergência se desenrolaria bem diante dos seus olhos.
⋆⋅☆⋅⋆
Depois de sair dos bastidores, Sayaka estava perambulando pelo pátio da escola sob o pretexto de procurar por Nonoa. De repente, um homem explodiu um rojão bem na frente de Sayaka.
— Aah!
— Uou! Que diabos?
Enquanto as pessoas ao redor se assustavam, o homem, para sua surpresa, chutou um rojão, que fumegava no chão, em direção à multidão. Naturalmente, as pessoas à frente dele gritaram e correram.
M-Mas o que há com esse cara?!
O homem espalhava confusão ao redor, mas ele próprio mantinha uma expressão estranhamente inexpressiva, e todo o seu corpo emanava uma atmosfera esquisita, com suas roupas amarrotadas e bigode desgrenhado.
"Se você não tem força, também está certo chamar alguém que tenha. Além disso, se puder proteger os mais fracos ao seu alcance…"
Diante daquela situação emergencial, as palavras de Sumire voltaram à mente de Sayaka. Bem ao lado dela, um garoto de idade escolar foi derrubado por um estudante que fugia.
— Ah!
Sayaka levantou o garoto, que estava agachado e choramingando, e rapidamente pegou seu smartphone.
— Você está bem?
— Ah, hum-hum. Obrigado, onee-san.
Preocupada com a segurança do garoto, Sayaka discou o número de Sumire o mais rápido que pôde.
— Kiryuin Senpai! Aqui é a Taniyama! Estou na seção B do pátio da escola.
Fora do olhar de Sayaka, que estava pedindo ajuda, o homem lentamente se virou na direção do palco ao ar livre. Ainda com a mesma expressão bizarra e inexpressiva, ele caminhou em direção ao palco.
⋆⋅☆⋅⋆
— Mas o que está acontecendo...?
O som repentino de explosões não parou com um único estouro, mas continuou com uma série de barulhos altos. E, entre eles, ouviam-se os gritos dos estudantes.
— O quê─!
Com o som de algo incomum, Masachika correu para fora do palco. Ele olhou em direção ao palco, vendo Alisa o seguir logo atrás, pelo canto dos olhos. Lá, ele viu um objeto que fazia barulho alto e espalhava fumaça, e os alunos do clube de dança se movendo para todos os lados ao redor dele.
— Rojões...!?
Reconhecendo a origem do tumulto, Masachika exclamou.
— Por que tem rojões aqui!?
Enquanto estava confuso, outro rojão foi jogado no palco. Além disso, explosões semelhantes foram ouvidas nas cadeiras da plateia também.
— Ei! Saíam do palco rápido!
Masachika gritou para o clube de dança no palco, mas parecia que dois ou três alunos haviam caído e não conseguiam se levantar por causa dos rojões lançados no meio da dança.
Tsc, preciso encontrar algo para nos proteger dos rojões…
Masachika procurou ao redor por algum tipo de escudo para resgatar os alunos caídos com segurança. Alisa, segurando um microfone, correu para o palco.
— Ei─!
Atrás do grito surpreso de Masachika, Alisa correu para o palco. Ela então olhou para a plateia e reconheceu o responsável pelo tumulto.
Atrás da plateia em pânico, um homem de meia-idade, com roupas surradas, tirou um rojão de sua bolsa. Vendo que o homem havia acendido o rojão e estava prestes a jogá-lo na plateia, Alisa imediatamente gritou.
— PARE!!
Uma voz poderosa amplificada pelo microfone ecoou, fazendo o homem com os rojões e a plateia em pânico congelarem no lugar. Quando instintivamente voltaram seus olhares para o palco, viram uma garota deslumbrante, com cabelos prateados esvoaçando com uma postura majestosa, de pé, irradiando uma aura magnífica.
— Uou...
— Princesa Alya...
Todos, tanto os que a conheciam quanto os que não a conheciam, ficaram igualmente desorientados. Um novo estouro de som rompeu aqueles poucos segundos de esquecimento e silêncio.
O rojão aceso explodiu na mão do homem que havia parado involuntariamente. Ele rapidamente o deixou cair no chão e virou seu olhar, agora cheio de uma contenção incerta, em direção a Alisa no palco.
— Senhoras e senhores! Todos, por favor, mantenham a calma e evacuem para o outro lado do prédio──
Alisa o ignorou e continuou a chamar a atenção da plateia. Um novo rojão foi jogado em sua direção.
— Ah──!
Em meio à atmosfera tensa e aos olhares atentos da plateia, alguém soltou um grito de pânico quando o rojão se aproximou de Alisa. Mas, inesperadamente, um garoto surgiu de trás e deu um chute no ar, derrubando o rojão. A plateia não pôde evitar murmurar em admiração diante desse ato digno de cena de filme de ação.
Enquanto isso.
— Ai... isso não doeu muito! Mas foi arriscado. Não há garantia de que funcionará da próxima vez!
Masachika, que havia derrubado o rojão com um chute acrobático, estava suando profusamente, apesar da genialidade de sua técnica.
Enquanto dava várias instruções à equipe, Masachika de repente viu um rojão voando em direção a Alya. Percebendo que seria perigoso derrubá-lo com a mão, ele instintivamente estendeu a perna, mas o sucesso foi em grande parte devido à sorte.
— Alya, você está bem?
— Sim.
— Que bom.
Ele verificou se o rojão que havia derrubado tinha caído embaixo do palco e então voltou sua atenção para Alisa, que parecia preocupada atrás dele.
De fato, se eu priorizasse a segurança da Alisa, deveria ter usado as mãos.
Com um pouco de reflexão, Masachika pensava no que fazer a seguir enquanto protegia Alisa.
Devo confrontar aquele homem diretamente? Mas não posso deixar Alya sozinha.
Masachika olhou ao redor para ver se havia outra maneira de chegar até o homem e notou um grupo de estudantes atravessando a multidão para chegar até eles. À frente do grupo estava uma garota com cabelos cor de mel em cachos.
Assim que Masachika viu isso, ele pegou o microfone de Alisa e gritou.
— As pessoas na frente da barraca de takoyaki! Separem-se e abram caminho dos dois lados da rua! E aqueles na entrada, liberem a passagem!
As instruções em voz alta foram rapidamente seguidas pelas pessoas à direita e à esquerda. Uma mulher bonita vestida como uma cavaleira corria pela passagem de dois metros de largura que havia sido aberta. Seus cabelos cor de mel esvoaçavam ao vento, e ela era acompanhada por três garotas em trajes semelhantes.
O homem percebeu isso e, após demonstrar sinais de agitação com o grupo que corria em sua direção, jogou três rojões no grupo. No entanto, Sumire não demonstrou nenhum sinal de timidez, levantou a capa na frente de seu rosto e atravessou os rojões sem diminuir a velocidade.
Assim que ela alcançou o homem, desferiu um golpe inesperado nas costas dele enquanto ele tentava fugir. Embora fosse uma espada de imitação, era forte o suficiente para quebrar os ossos de um homem se o atingisse com seriedade. Além disso, embora quem a tivesse desferido fosse uma adolescente, ela era uma espadachim capaz de derrotar facilmente homens adultos com uma espada de kendo.
Naturalmente, não acabou por aí.
O homem, que tentou escapar, cambaleou com o corpo encolhido, e o rojão que caiu de sua mão ainda tentava explodir em um flash de luz. No entanto, duas alunas correndo ao lado de Sumire extinguiram a chama ao cortar o pavio enquanto passavam. Finalmente, uma garota pequena avançou e torceu sua espada no lado direito do homem.
— O quê?
Recebendo um golpe fraco, o homem caiu no chão. Então, em um instante, ele foi rapidamente imobilizado pelas garotas.
— Oh.
— Que incrível.
— Sumire-senpai!
A multidão começou a aplaudir involuntariamente, como se tivessem assistido a um drama ao vivo. Masachika caminhou diretamente por entre eles.
Masachika fez uma leve reverência para Sumire quando ela se aproximou.
— Obrigado, Sumire-senpai.
— Não, eu que devo agradecer. Graças a você, conseguimos lidar com a situação rapidamente.
Enquanto Sumire ajustava casualmente o cabelo, Masachika riu internamente e pensou: "Ela é tão resiliente."
— Posso deixar esse homem com o comitê de moral pública?
— Sim, claro... mas estamos com um pequeno problema.
— Hã?
— Parece que ele não é o único. Outros convidados indesejados chegaram.
— Eh?
— Eles também apareceram diante do Presidente do conselho estudantil e da minha onee-chan.
— O Presidente!?
— O Presidente está bem?
Ao ouvir a pergunta de Alisa, Sumire estufou o peito com orgulho.
— Claro, minha onee-chan estava com ele.
— Eh, o quê?
— Oh, ela quer dizer a Sarashina-senpai.
— Hmm? Ah.
Alisa piscou repetidamente, ligeiramente confusa para entender.
— Além disso, há um problema... aparentemente, um grupo de pessoas está invadindo.
— Então, foi isso que aconteceu...
Depois de dizer isso, Masachika balançou a cabeça rapidamente de um lado para o outro. A investigação sobre a causa viria depois. Primeiro, era preciso lidar com a situação que acabara de ocorrer.
— Entendido. Vou cuidar de algumas coisas primeiro e depois voltar para minhas funções no comitê organizador.
— Ah, bem, então eu…
— Alya, fique aqui.
— Hã?
Voltando-se para Alisa, que arregalou os olhos, Masachika falou sem hesitação.
— Alya, fique aqui e acalme a multidão. E depois de consultar com a equipe, assim que as coisas se acalmarem, vocês vão começar o show.
— Sim, mas...
Mas ir adiante com a apresentação após um incidente assim? E Alisa, como membro do conselho estudantil, não deveria contribuir para resolver a situação? Os olhos de Alisa revelavam seus pensamentos internos, mas Masachika a encarou com determinação. Com uma voz firme, ele entregou sua mensagem.
— Como gerente da banda Fortitude, sou responsável por garantir que o show seja um sucesso. Além disso, eu te disse, eu vou afastar qualquer um que tentar te derrubar.
Foi a promessa que Masachika havia feito nos bastidores no dia anterior. Com essas palavras, a hesitação desapareceu dos olhos de Alisa, e um brilho poderoso passou a habitar neles.
— Então confie em mim... e espere por mim. Vou garantir que o show continue.
Quando Masachika terminou de falar, Alisa juntou as mãos em frente ao peito e sorriu, cheia de confiança.
— Sim, eu confio em você.
— Hmm. Certo.
— Tome cuidado.
— Sim.
Devolvendo um sorriso forte para Alisa, Masachika se virou para Sumire.
— Desculpe. Você pode me emprestar a ajuda do comitê de moral pública para atuar como segurança aqui?
— Sim, por favor, transmita meus cumprimentos. Então, Hiiragi-san!
— Sim.
Sumire estalou os dedos, e uma estudante de óculos apareceu atrás dela. Seria ela uma ninja?
— Por favor, trabalhe com Alisa Kujou aqui para acalmar todos.
— Entendido.
A garota, vestida com trajes masculinos e com uma teatralidade exagerada, fez uma reverência. No entanto, ela era a vice-capitã do clube de kendo feminino. Mais do que capaz de ser uma força a ser respeitada.
— Muito obrigada. Desculpe pelo incômodo. Bem, até mais.
— Sim.
Depois de agradecer a Sumire e trocar um último olhar com Alisa, Masachika pulou do palco para colocar as coisas em ordem.
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