Volume 6
Capítulo 2: O Romance de um Otaku
Este Capítulo foi traduzido pela Mahou Scan entre no nosso Discord para apoiar nosso trabalho!
— Então, para onde vamos primeiro?
Após voltar a se vestir como um mago, Masachika respondeu às palavras de Yuki.
— Quero ir a algum lugar para comer. Ainda não almocei... Alya também, certo?
— Oh? Sim...
Já passava das 14h30, mas Masachika e Alisa ainda não tinham almoçado. Antes do quiz, o comitê executivo estava ocupado com o trabalho, e depois do quiz, o brilho da excitação e tensão permanecia, então eles não tinham muito apetite.
— Entendo. Depois do quiz, eu só comi algo leve, então vamos a um restaurante onde possamos comer bem, certo?
— Então... Que tal aquele? Tem uma fila.
O que Masachika olhava era um projeto conjunto entre as turmas D e F, que tinha uma presença incrível. Surpreendentemente, era um café de empregadas que usava três salas, das turmas D a F. A sala da turma F era usada como sala de troca de roupa e cozinha, enquanto as salas das turmas D e E eram usadas como salões. A propósito, se você estiver se perguntando para onde foi a turma E, eles tinham um projeto de barraca no pátio da escola. Como resultado do capricho de uma certa rainha, que disse: "Se quiserem ter um café de empregadas, têm que ouvir a Sayachii". Havia um rumor de que a turma E cedeu à pressão da rainha da escola e da rainha dos debates e foi expulsa. Em particular, não houve reclamações da turma E, então era apenas um boato.
— Parece bom. Estou um pouco curioso também.
— Eu não me importo.
Com o acordo deles, Masachika entrou na fila para esperar sua vez. Talvez fosse sorte já ter passado da hora do almoço, porque eles não precisaram esperar muito para chegar a vez deles.
— Bem-vindos de volta, mestre, senhorita.
— Ah, oh.
Uma empregada bastante fofa, que também estava encarregada de gerenciar a fila, curvou-se respeitosamente para ele, e Masachika ficou um pouco surpreso com a autenticidade inesperada do evento.
— Masachika-kun, seu rosto parece um pouco relaxado, não é?
— Não, não é isso.
— Беспечный…
(Descuidado…)
Pare com esses apelidos irrefutáveis.
Imediatamente, ambos apontaram isso, e Masachika sentiu-se um pouco desconfortável e pressionou a boca com a mão. Então, a empregada à sua frente riu.
Merda.
Debaixo de suas mãos, ele percebeu que estava com um sorriso genuíno nos lábios.
Hã? O que é isso? Talvez... eu tenha uma fraqueza maior por empregadas do que pensei!?
Masachika pensava que estava acostumado a estar na presença de uma empregada, já que geralmente estava com a sua, Ayano... Mas, aparentemente, estava enganado.
Isso não é bom... Se é assim só na entrada, posso perder o controle quando entrar. Isso seria terrível na frente dessas duas!
Yuki o provocaria pelo resto da vida, e Alisa o olharia com o maior desprezo. Enquanto Masachika era tomado por um senso de perigo inesperado, a empregada, com um sorriso discreto, fez um gesto com a mão em direção à sala da turma D.
— Por favor, venham por aqui. A propósito, quando passarem para a próxima sala, terão que pagar 200 ienes pelo assento.
— Ah, certo.
Masachika sorriu inconscientemente diante das práticas de negócios notáveis da empregada fofa.
Se você olhasse, veria que as janelas do lado do corredor das duas salas estavam completamente cobertas por cortinas escuras, então não se podia ver o que estava acontecendo lá dentro. Em outras palavras, não fazia ideia de que tipo de empregadas estavam lá dentro. Se você não encontrasse a empregada que estava procurando na sala para a qual foi guiado, teria que pagar para ir à próxima sala. Rigoroso.
Certo, vamos lá. Retrai o sorriso, sim, vamos lá.
Masachika conseguiu recuperar a compostura e ficou diante da porta deslizante. Ajustou a mente enquanto abria... a porta, para que, não importasse o tipo de empregada que aparecesse, ele não perdesse a compostura.
— Bem-vindo de volta♡ Mestre♡ Senhorita♡.
Uma bela empregada, que parecia ter um efeito sonoro de "sharara la la la la ♪" deu uma recepção perfeita. Ela usava uma saia curta e fofa, presa em uma posição alta em seus quadris. Suas longas e esbeltas pernas brancas estendiam-se dali. O penteado de rabo de cavalo duplo, com ondas soltas, combinava bem com seu sorriso inocente. Era uma empregada incrivelmente bonita, o tipo que você não vê com frequência em cafés de verdade. Diante disso, até o inabalável Masachika não pôde deixar de pensar.
— Ooooh!
Ele não sabia o que fazer. Porque a empregada era Nonoa. Só isso.
— O que houve? Mestre♡.
As bochechas de Masachika se contraíram diante da aparência de Nonoa, que estava agindo completamente fora de seu caráter habitual.
— Oh, uma adorável elfa. Combina muito com você♡.
— Oh, sim, obrigada?
Até Alisa ficou um pouco surpresa, seus olhos arregalados de espanto.
— Obrigada por nos receber. Nonoa-san, fica muito bem em você, não acha?
Por outro lado, Yuki, em seu modo de dama, não se abalou com nada disso. Ela elogiou Nonoa sem hesitação, sem perder o sorriso elegante. Então, Nonoa entrelaçou os dedos das duas mãos e os colocou no queixo, encolhendo-se e desviando o olhar timidamente.
— Oh~, mesmo~? Estou tão feliz♡.
...e com um tom que fazia um efeito sonoro de "haha♡".
— Ah, droga.
......
Masachika sentiu uma azia ao que ele achava ser uma visão esquisita. Alisa parou de pensar por causa da diferença entre o comportamento normal de Nonoa e o que via agora. No entanto, Nonoa não parecia se importar com a reação de seus companheiros de banda (na verdade, provavelmente ela nem ligava), e conduziu os três até seus assentos com uma piscadela graciosa.
— Ah, podemos fazer o pedido?
— Sim♡.
Assim que Masachika e os outros se sentaram, ela foi chamada para outra mesa, e Nonoa foi até lá. Aparentemente, Masachika e os outros, que sentiam apenas desconforto com o comportamento de Nonoa, eram minoria, pois todos os outros clientes do sexo masculino na sala pareciam estar encantados por ela. No meio de receber o pedido, era possível ver que seus olhos estavam fixos na cintura fina e nas coxas brancas de Nonoa, visíveis por baixo da barra de sua saia.
Claro, Nonoa estava ciente disso, já que trabalhava como modelo até certo ponto. Ela parecia completamente confortável e despreocupada por ser observada. Pelo contrário.
— Mou~, mestre? Onde você está olhando?
— Oh, não, não, para lugar nenhum.
Ela ainda abriu espaço para um travesso "meh". Os garotos na mesa ficaram envergonhados, mas seus rostos estavam relaxados.
— Isso está me assustando.
Masachika protestou mais uma vez. Então, uma aluna vestida com um uniforme de empregada clássica se aproximou deles, em um contraste completo com a roupa de empregada estilo Akiba de Nonoa.
(N/T: Akiba, abreviação de Akihabara, é um importante distrito de compras e entretenimento otaku, o que significa que há muitos maid cafés na área.)
— Já estão prontos para pedir?
Ao olhá-la, a boca de Masachika se abriu involuntariamente e ele soltou uma frase.
— Uau, a c-chefe das empregadas...
— Eu sou a chefe das empregadas, mas o que tem isso?
Sayaka, que não parecia se importar com os três cosplayers, levantou as hastes de seus óculos enquanto arqueava uma sobrancelha. Ao contrário das outras empregadas ao seu redor, sua atitude de atendimento ao cliente não tinha nenhum charme insinuante. Seu uniforme de empregada tinha uma saia longa com poucos enfeites, e ela usava óculos que brilhavam com um toque frio e calculista, carregando uma dignidade que a diferenciava das empregadas comuns.
— Posso anotar o pedido?
— Vamos ver. Então, o "molho de carne amoroso da empregada".
— Nossa recomendação é o curry com arroz!
— O quê?
— Eu recomendo o curry com arroz.
A chefe das empregadas recusou o pedido de maneira gentil. Com as bochechas se contraindo, ele não teve escolha a não ser seguir a recomendação.
— É porque macarrão é mais trabalhoso de preparar, não é?
— Acertou em cheio.
— Claro que sei. Quem você acha que faz a checagem do sistema de alimentação?
Devido às regulamentações do departamento de saúde sobre a oferta de alimentos em festivais escolares, tudo era verificado com antecedência para garantir que não houvesse problemas no processo de cozimento. Masachika sabia disso porque estava envolvido no processo de checagem, já que, enquanto o curry com arroz pode ser simplesmente servido sobre arroz de lentilhas, macarrão era um pouco mais demorado porque você tinha que ferver os noodles secos. E, bem, simplesmente... o curry com arroz tinha um custo mais baixo. Quero dizer, para ser franco.
— Não... o curry é caro, não é? Mesmo que seja caseiro, ainda custa 1.000 ienes em um festival escolar.
Não importa quantos estudantes ricos frequentam o festival da Seirei Gakuen, era difícil ver preços de quatro dígitos para um único item. Ele não se importava se fosse um café super caro ou algo assim, curry ainda era curry, não importa o quanto de valor "feito à mão" fosse adicionado. Quanto ao preço, só podia dizer que era agressivo demais. Mas não havia como essa chefe das empregadas ter definido esse preço sem pensar.
— Olhe mais de perto. Há um sorteio para ganhar uma foto com as empregadas.
— Uma foto? Oh...
Masachika nunca tinha ido a um café de empregadas, mas ouvira dizer que algumas lojas ofereciam a opção de tirar uma foto com uma empregada se você acumulasse pontos suficientes. O fato de o curry com arroz vir com uma rifa lembrava um pouco um ticket de aperto de mão de alguma idol...
— A propósito, qual é a probabilidade de ganhar?
— Mestre, esse é um segredo de empregada.
— Oh, você me chamou de mestre, estava me perguntando se faria isso...
Isso foi bastante surpreendente. Com o comentário involuntário de Masachika, Sayaka abaixou o olhar e ajustou silenciosamente os óculos antes de continuar.
— Não se preocupe. É a maneira correta de tratá-lo.
— Oh, certo. Bem, não se preocupe tanto com isso──
— Desculpa! Mais um Curry da Sorte aqui! Sem curry e sem arroz!
— Pra mim também!
— Certo~, aqui está o ticket para o sorteio~.
— Sim, desculpa. Acho que acabei de ouvir uma troca de palavras muito sombria.
— Deve ser sua imaginação.
— Não é só minha imaginação! Olhe! Olhe para os olhos dos garotos ali! Eles estão todos viciados em apostas!!
— Não estamos forçando nada a eles. Simplesmente fazemos o que nossos mestres desejam.
— Droga, que desculpa irrefutável...
Como esperado, ela era a ex-rainha dos debates, afinal.
Masachika ficou impressionado com a atitude fria e composta de Sayaka. Então, Yuki assentiu admirada.
— Entendo... Eles compensam a baixa rotatividade de clientes no restaurante aumentando o valor por cliente dessa forma.
— Isso é só você com sua análise maldosa... É um café de empregadas, mas não como nos meus sonhos.
— Mestre, você não está sonhando demais com cafés de empregadas?
— Eu não gosto dessa empregada!
Gritando para a chefe das empregadas, que esmagava impiedosamente seus sonhos, Masachika pediu o curry, já que não se importava se ganhasse ou não a rifa que o acompanhava. Yuki e Alisa seguiram o exemplo e pediram curry com arroz e bebidas para os três.
— Então, por favor, aguardem um momento.
Após Sayaka inclinar a cabeça e sair, Masachika olhou ao redor do restaurante novamente. O que era surpreendente é que todas as funcionárias do local usavam uniformes de empregada, todos de design diferente.
— Parece que gastaram muito dinheiro só para pagar os figurinos... Por isso o interior é tão simples.
— Não sei de quem ouvi isso, mas aparentemente os uniformes de empregada foram alugados por meio de um amigo de um aluno. Foi uma taxa de aluguel bem barata.
— Ah, como esperado do tesoureiro deles.
Quando o elogio de Alisa trouxe seu olhar de volta, ela encarou Masachika com olhos frios.
— Mas ainda assim... Masachika, você gosta desse tipo de coisa?
— O quê? Ah, não, bem, não é que eu goste de empregadas... Eu só acho os uniformes fofos. Tipo um otaku?
— Hmmm~?
— Nesse caso, lá na entrada, com a... Mizoguchi-san? Você parecia estar sorrindo bastante, não estava?
— Não, eu não quis sorrir...
— Foi assim que pareceu pra mim também.
Masachika ficou sem palavras quando até Alisa concordou. Para ser sincero, ele não se sentia culpado... mas quando estava pensando em como justificar, Yuki riu.
— Estou só brincando. Eu estava só te provocando um pouco. Masachika-kun, você não se interessa muito por pessoas que não conhece, né?
— É uma forma meio enganosa de dizer isso, mas... Bem, acho que sim.
Diante das palavras de Yuki, Masachika assentiu com um leve sorriso.
De fato, Masachika não tinha muito interesse por pessoas do sexo oposto com quem não costumava interagir. Era como assistir a ídolos e atrizes na TV. Ele tinha impressões como "fofa", "bonita" e "atraente", mas não tinha o desejo de se aproximar ou tocá-las. Esses sentimentos poderiam surgir a partir de algum tipo de interação com elas. Na verdade, quando conheceu Alisa pela primeira vez, ele só pensou: "Que garota linda!", sem a intenção de se aproximar dela. A única exceção era Maria... não, Maa-chan.
Agora que penso nisso... talvez tenha sido o que chamam de amor à primeira vista.
Enquanto pensava nisso, Yuki sussurrou para Alisa à sua frente.
— Alya-san, Masachika-kun está pensando em outra mulher bem na nossa frente.
— Eu sabia. De alguma forma, também pensei nisso.
— Ei, o que é essa intuição feminina, sério?
Masachika lançou um olhar cansado para as duas garotas que estavam, de certa forma, lendo sua mente. No entanto, Alisa fez uma pergunta com uma voz fria, sem responder a ele.
— Então? Em quem você estava pensando?
— Ayano. Porque ela é uma empregada.
— Hmmm~. Bem, Kimishima-san é bem fofa, não é?
— Eu acho que Alya ficaria absolutamente adorável com roupas de empregada.
Depois de dizer isso para colocá-la de bom humor, Masachika inclinou a cabeça de repente.
— Oh? Alya... Você já teve a chance de usar roupas de empregada antes?
— Você deve estar imaginando coisas. Não está confundindo com algo?
— O quê...? Entendo, devo estar enganado...
Quando Masachika acenou com a cabeça, sentindo-se um pouco confuso, Yuki riu um pouco maliciosamente.
— Então Masachika-kun gosta de uniformes de empregada. Vou experimentar um na próxima vez também.
— Oh, faça o que você quiser.
— Masachika-kun, você não tem me tratado de forma um pouco grosseira ultimamente?
— Não, é porque quando você se veste de forma fofa... hm?
Vendo Masachika dizer isso com uma leve ruga na testa, Alisa o olhou com uma expressão um pouco repreensiva, mas com um leve toque de superioridade. No entanto.
— Eu adoraria e até tiraria fotos.
— Não acredito que Masachika gosta tanto de você assim... Isso é ousado demais.
— Não, estou brincando? Alya? Estou só brincando, tá?
Masachika tentou convencer Alisa, cujos olhos se tornaram tão frios quanto cem tundras em um instante. Claro, ele não estava brincando. Nos dias em que Yuki usava roupas fofas de empregada, Masachika sempre tirava várias fotos e adorava isso. Se ele admitisse isso agora, porém, seria problemático, então ele chamou de piada.
Então Alisa virou o rosto com uma expressão ligeiramente insatisfeita, dizendo "Eu me pergunto se é o caso", talvez convencida. Masachika riu desse comportamento, que já não escondia mais seu carinho por ele.
Bem, isso pode ser interpretado como ciúme do parceiro de uma amiga.
— Ты никогда не смотришь на меня так.
(Você nunca me olha desse jeito.)
Eu não posso fazer isso... Ela quer que eu a veja como uma garota, não é?
O que realmente significava se a própria pessoa não estivesse ciente disso?
Eu me pergunto... Será que ela quer dizer: "Quero que meu parceiro me veja primeiro sempre!"? Será essa a ideia? Mas eu já gosto mais da Alya...
Enquanto pensava nisso, a chefe das empregadas trouxe o curry com arroz e as bebidas para os três.
— Aqui está, "Curry da Sorte Feito à Mão."
— Oh, obrigado.
Depois de servir a comida e as bebidas na mesa, Sayaka trouxe uma caixa com um buraco no topo.
— E aqui está o sorteio.
— Sim, isso estava causando uma grande comoção há pouco...
— Desculpe. Acontece que os mestres ali deram azar.
— Eu me pergunto se é realmente uma questão de sorte.
Ele não se deu ao trabalho de contar, mas Masachika tinha certeza de que cinco ou seis pessoas já haviam desistido de suas responsabilidades. Se você prestasse atenção, podia ouvir vozes angustiadas dizendo "Na próxima vez..." ou "Mas não mais...", seguidas pela voz doce de Nonoa: "Mestre, gostaria de outra bebida?". Enquanto estivessem sentados, eram persuadidos a gastar mais dinheiro, mesmo quando estavam preocupados. Era resiliente.
Era triste também ser recusado com um "azar" depois disso...
Com isso em mente, Masachika tirou o sorteio. Quando abriu o papel dobrado, encontrou a palavra "vencedor" nele.
— O quê?
— Viu, era uma questão de sorte, não era?
Sorrindo pelo canto da boca, Sayaka ergueu a voz de modo que ecoasse por toda a sala.
— Parabéns! Ele ganhou o prêmio de fotografia!
Com essas palavras, os garotos que estavam prestes a se levantar e dizer "Acho que vou desistir, afinal..." se viraram com uma expressão de desgosto. Então, Nonoa imediatamente se dirigiu a eles.
— Gostariam de uma recarga~?
— Eu quero. Ah, e mais um Curry da Sorte!
— Ugh. Eu também!
— Ah, os pobres coitados voltaram para o pântano das apostas...
Se você pensar racionalmente, o fato de que um bilhete vencedor havia acabado de ser sorteado significava que as chances de ganhar eram menores do que há alguns minutos. Certamente eles não eram mais capazes de tomar decisões racionais. Ou talvez também não suportassem o fato de que um cara qualquer havia acabado de ganhar.
— Hmm? Espera um minuto. Agora que penso nisso... Será que foi realmente coincidência eu ganhar na loteria?
Masachika não achava que sim. Ele pensou que ganhar o prêmio principal naquele momento não poderia ter sido uma situação melhor para reacender o interesse dos outros clientes em comprar. Ele suspeitava disso, já que os outros bilhetes de loteria estavam dobrados firmemente, mas o que Masachika pegou estava frouxamente dobrado e era fácil de pegar...
— Ah, eu perdi.
— Eu também...
Masachika olhou fixamente para o rosto de Sayaka, enquanto Yuki e Alisa colocavam seus bilhetes de loteria em branco sobre a mesa. No entanto, Sayaka perguntou a Masachika com um sorriso tranquilo que não revelava nenhum sentimento interior.
— Então, mestre, com qual garota você gostaria de tirar sua foto?
— Oh? Ah, vamos ver.
— A propósito, a mais popular é a Nonoa.
— Não, ela──
— Eu sabia. Nonoa! É sua escolha!
— Você não está me ouvindo, chefe das empregadas!
— Sim♡. Gostaria de me nomear? Mestre♡
......
Masachika lançou um olhar frio para Nonoa, que continuava a falar de forma animada, como de costume. No entanto, Nonoa, claro, notou, mas lidou com isso de forma brilhante.
— Então, mestre, por favor, venha por aqui♡
Nonoa se posicionou em frente ao quadro-negro no fundo da sala de aula. Havia corações, flores, fitas e outros desenhos coloridos feitos com giz, criando uma espécie de cenário para fotos.
— Ah, entendi. Você vai tirar a foto ali.
Francamente, Masachika não queria uma foto com Nonoa, que só lhe dava uma sensação estranha. No entanto, parecia estranho nomear outra estudante ali, então ele foi sem dizer nada.
— Ah, bem...
— Minha Nonoa-chan é...
Então, ele ouviu as vozes lamentáveis dos pobres coitados ao seu redor, cujas mentes já haviam sido destruídas.
— Entendi, isso é uma situação de "Mas eu gostei dela primeiro".
— BSS?
(N/T: BSS é uma sigla para Boku ga Saki datta no ni (ぼくがさきにすきだったのに), que significa aproximadamente "Mesmo que eu tenha amado ela primeiro" e é usado para descrever uma situação em que alguém sente ciúmes por seu interesse romântico ter ficado com outra pessoa. Também é um subgênero de NTR, onde o personagem principal é rejeitado por seu interesse romântico, que acaba ficando com outra pessoa.)
Com a troca entre Yuki e Alisa ao fundo, Masachika ficou em frente ao quadro-negro. Então, Nonoa lhe ofereceu um pedaço de giz.
— Sim, mestre, por favor, escreva seu nome aqui.
— Meu nome?
— Para que possamos escrever o nome da Nonoa e do mestre aqui~. Então tiramos a foto☆
Se você olhar bem, havia algo como um desenho chamativo no meio. Do lado esquerdo, Nonoa escreveu seu nome em hiragana.
Ugh! Que vergonha!
Isso pode ser um bom serviço do ponto de vista do evento de café de empregadas, mas, do ponto de vista de Masachika, era equivalente a uma execução pública. Além disso, o olhar das pessoas atrás dele doía. Havia um misto de ressentimento e inveja vindo dos outros garotos.
— Mestre?
Após ser incentivado por Nonoa a escrever seu nome, Masachika escreveu, hesitante, o próprio nome. No entanto, ele não parou por aí e acrescentou: "De olho no próximo conselho estudantil!" sob os nomes deles.
Por um momento, Nonoa ficou séria, mas logo abriu um sorriso alegre.
— Hmmm, você é interessante, mestre☆.
Depois de sussurrar isso, Nonoa voltou a sorrir inocentemente.
— Sim~, estamos prontos~.
Masachika respirou aliviado enquanto Nonoa se virava para Sayaka, dizendo isso. Sim, ao fazer isso, ele conseguiu evitar que parecesse algo embaraçoso, parecendo mais uma forma de mostrar a relação cooperativa entre o par Kujou/Kuze e o par Taniyama/Miyamae. Se pensasse dessa forma, não havia motivo para sentir vergonha──
— Por favor, faça um coração com as mãos em frente ao peito. Vou tirar a foto com um "Um, dois, três, Love Kyuu".
O rosto de Masachika ficou sério com as palavras impiedosas da chefe das empregadas.
⋆⋅☆⋅⋆
— O curry estava delicioso.
— Sim, tinha muitos ingredientes. Foi mais autêntico do que eu esperava.
Satisfeitos com o curry, que estava melhor preparado do que esperavam, Masachika e os outros se sentaram.
— Ainda não! Se é assim, vou até o limite!
— Cheguei até aqui, não vou desistir agora!
Fingindo não notar os garotos que já haviam passado do ponto de retorno, Masachika foi em direção ao caixa.
— Sim, esta é a foto que mencionei antes.
— Ah, obrigado...
Masachika honestamente não queria aquela foto e preferia jogá-la fora naquele momento, pois representava apenas um momento embaraçoso para ele. No entanto, ele hesitava em jogá-la fora em público.
Bom, vou jogá-la fora quando chegar em casa...
Com isso em mente, Masachika enfiou a foto que havia recebido no bolso do peito sem nem olhar para ela. Então, saiu e seguiu o plano discutido durante a refeição, indo em direção ao pátio da escola. E.
— Oh, desculpe~!
— Opa.
Nonoa, que parecia estar indo buscar comida encomendada, passou por ele correndo. Enquanto atraía a atenção dos alunos que passavam pelo corredor, Nonoa entrou na sala de aula da Classe F, que estava sendo usada como vestiário e cozinha.
Ela nem olhou para eles enquanto passava.
— Todos devem estar ocupados, mas façam o melhor♡.
— Deixe comigo! Ei, pessoal, vamos com tudo!
— Uoooh!!!
Masachika se distanciou enquanto ouvia as vozes dos garotos impecavelmente treinados vindas de dentro da sala. Alisa também parecia um pouco surpresa, olhando em direção à sala e murmurando com aprovação.
— Achei que não tinha visto nenhum garoto na frente, mas... eles estão trabalhando totalmente nos bastidores.
— Ah. Eu achava que a ideia dos cafés de empregada vinha dos garotos, mas será que era o caso? Parece que o status social dos garotos está bem baixo.
O grupo de empregadas estava espremendo dinheiro dos clientes homens enquanto usava os colegas de classe como mão de obra em benefício próprio. Seria isso o que acontecia quando a liderança de Sayaka, uma das melhores estrategistas do campus, era aprimorada pelo charme de Nonoa? Masachika até sentia uma espécie de lavagem cerebral.
— Está difícil, chef! Não temos panelas suficientes para fazer sobras!
— H-Hã? Idiota! Vai comprar mais agora!
— Que tal esta panela pequena...?
— E daí? As garotas estão se esforçando para servir os clientes! Você deveria se sacrificar um pouco também!!
— Sim!!
...Até as interações entre os garotos pareciam um treinamento militar.
— Esse café de empregadas tem muitos lados sombrios.
— Depois de tudo isso, estou começando a pensar que nós somos os MVPs por impedir Sayaka e seu grupo de se tornarem o conselho estudantil do ensino fundamental.
— Bem, mas parece que ninguém está sendo forçado a nada… Considerando a união do grupo...
Os três trocaram esses comentários com expressões sutis no rosto, e Masachika e os outros deixaram a área. Eles passaram os próximos 30 minutos indo de uma exposição para outra, capturando a atenção de todos ao redor. Ao verificar o relógio, Yuki exclamou.
— Eu tenho que voltar ao trabalho na minha sala em cerca de 20 minutos... Uma última coisa, se vocês quiserem ver o nosso show, estariam dispostos a conferir o que temos a oferecer?
Aceitando o convite, os três visitaram a sala da Classe 1A. Lá, encontraram decorações de lanternas estilo festival espalhadas, com um jogo de pesca de yo-yo, tiro ao alvo, arremesso de argolas e outras atividades organizadas em um canto.
— Bem-vinda, Kujou-san! Incrível!
Os garotos perto da entrada ficaram boquiabertos ao ver Alisa e então exclamaram. Os outros alunos tiveram a mesma reação, surpreendidos ao vê-la, e logo depois ficaram sem palavras ao ver Alisa. Mesmo os estudantes da turma ao lado, que deveriam estar relativamente acostumados com Alisa, ficaram chocados ao vê-la vestida como uma elfa.
— Obrigada pelo trabalho duro de todos. Vou cuidar desses dois, então, por favor, continuem onde estão.
Yuki chamou os alunos, e os da Classe A, que estavam atordoados, começaram a se mover lentamente. No entanto, ainda olhavam de relance para Alisa enquanto atendiam os clientes à frente deles. E o mesmo acontecia com os outros convidados.
— Então, Alya, gostaria de participar de alguma dessas atividades?
— Vamos ver... Bem, eu gostaria de tentar a pesca de yo-yo. Não consegui pegar nenhum no último festival, então quero me vingar dessa derrota.
No momento em que Alisa disse isso, os alunos que estavam jogando rapidamente cederam seus lugares. Alisa ficou um pouco surpresa com a resposta rápida deles.
— P-Por favor, entre, Kujou-san! Aqui!
O garoto responsável pela loja de pesca de yo-yo, indicando o lugar vago com a mão, gritou com um senso de superioridade e alegria. Quando Alisa se virou para ele, Masachika tirou seu manto e entregou para ela.
— Hm?
— Aqui, envolva isso na sua perna. A água pode espirrar como aconteceu no outro dia.
— Ah...
Ao contrário do manto de Masachika, que era um item comercial barato, o traje de Alisa era feito à mão, de primeira classe. Ele não podia permitir que se molhasse... mas, na realidade, o principal objetivo era evitar que as calcinhas dela ficassem à mostra quando ela se agachasse. Alisa parecia ter percebido isso também, e depois de um olhar um pouco envergonhado, ela murmurou um pequeno "obrigada".
Então, enquanto ele tentava seguir Alisa, que segurava o manto dele e se dirigia rapidamente para o estande de pesca de yo-yo, uma multidão logo se formou ao redor dela, e Masachika riu.
— Ei, vamos lá... O que vocês vão fazer com as outras atrações?
Até os alunos responsáveis por outras áreas abandonaram seus postos, e até Yuki riu disso.
— Bem, todos os outros convidados também foram vê-la... É como se a mera presença dela fosse um obstáculo para o nosso negócio.
— Acho que sim... A propósito, devo comentar sobre aquela ali que está se misturando ao ar há um tempo?
— Por favor, não toque nesse assunto agora. Como empregada, ela tem sentimentos mistos sobre isso.
— Entendi.
— Então, Masachika-kun, gostaria de tentar alguma dessas atividades? Como eu disse, cuidarei do atendimento ao cliente, ok? Mas não darei prêmios.
— Você não vai?
— Porque, se eu der, Masachika vai ganhar tudo.
— É verdade.
Como não havia ninguém por perto, os dois conversaram de forma um pouco mais franca do que antes.
— Sim, é verdade... Mas eu não acho que nem mesmo o poderoso Masachika-san consiga ganhar aquilo.
Yuki apontou para um urso de pelúcia que estava no centro do nível superior da mesa de tiro ao alvo. Diferente dos outros prêmios, ele estava firmemente posicionado na mesa e não parecia se abalar com o menor movimento.
— Que dignidade.
— Dizem que é um urso de pelúcia de uma famosa marca britânica. Parece ser uma peça única, feita à mão por artesãos e cobiçada por colecionadores.
— Por que uma coisa dessas está num jogo de tiro ao alvo?
— Porque é a Seirei Gakuen.
— Caramba, isso é convincente.
Dizendo isso, Masachika foi em direção ao estande de tiro. Quando desafiado, era seu dever responder.
— Ok, cinco tiros por 300 ienes.
— Não, você não vai pegar meu dinheiro.
— Em troca, se conseguir derrubar aquele urso de pelúcia, vamos garantir que ele seja seu.
Depois de dizer isso com uma expressão orgulhosa, Yuki sorriu e sussurrou com uma expressão neutra.
— (Por que você não dá um presente para Alya lembrar do festival escolar? Onii-chan.)
Com as palavras de Yuki, Masachika olhou por cima do ombro para Alisa, que estava pescando yo-yos com uma expressão séria no rosto, e então silenciosamente pegou sua carteira.
— Cinco tiros, por enquanto.
— Sim.
Masachika recebeu cinco balas de cortiça de Yuki, carregou-as na arma com um movimento familiar e então mirou com precisão no urso de pelúcia. Quando ele puxou o gatilho, a bola de cortiça foi direto para a cabeça do urso sem errar o alvo... e ricocheteou!
— Não, isso não está difícil demais?
— Eu disse que você não conseguiria.
— Mesmo assim. Está configurado para ser um pouco mais difícil, comparado com as máquinas de garra.
Masachika acertou bem na testa e o urso só balançou a cabeça um pouco. O brinquedo continuava sentado na mesa, parecendo tão fofo como sempre. Olhando para sua posição ligeiramente inclinada, Masachika perguntou a Yuki.
— Yuki, quantas armas vocês têm?
— Temos quatro no total.
— Tire o resto.
Pedindo para Yuki alinhar as quatro armas, Masachika colocou as balas restantes nelas, uma por uma.
— Você vai fazer uma série de disparos? Acho que isso não é suficiente para derrubá-lo.
— Yuki...
Diante da previsão da irmã, Masachika a chamou, como se a condenasse por sua decisão precipitada. Então, disse calmamente, encarando o bichinho de pelúcia.
— Tenho praticado minhas habilidades de fusão ultimamente, sabia?
— Sério, todo mundo gosta desse tipo de coisa.
Masachika riu da ingenuidade involuntária da irmã e ergueu a arma, como se estivesse mirando de baixo para cima.
— Vou te dizer... O que importa é como você transmite o poder.
Dizendo isso com firmeza, Masachika puxou o gatilho.
A bala de cortiça disparada passou diretamente sob o bichinho de pelúcia, ricocheteou no quadro negro atrás dele e acertou a parte de trás da cabeça do ursinho. Sem olhar o resultado, Masachika continuou trocando de arma e disparando precisamente no mesmo ponto.
Como resultado, o bichinho de pelúcia, que estava sentado ligeiramente inclinado para frente, tombou e caiu no chão, junto com os outros prêmios que estavam em cima dele.
— Pronto.
— Não, que pronto. Que dificuldade absurda é essa?
— Sim, você teve que usar a técnica secreta "liberar poder interno".
— Cala a boca.
Quando Masachika fez um comentário com o rosto sério, Yuki suspirou de exasperação e pegou o bichinho de pelúcia.
— Oh~, eu realmente não esperava que você fosse ganhar. Ia ser o destaque do sorteio de amanhã. Mas, uma promessa é uma promessa.
Yuki, que sorriu, voltou sua atenção para Alisa, e então entregou o bichinho de pelúcia para Masachika.
— Nihihi, aqui está, então? Estou tão feliz de te dar um presente desses.
Masachika entregou o bichinho de pelúcia que recebeu de Yuki de volta para ela.
— Oh...?
— Pegue.
— O quê?
Masachika olhou para Yuki, que estava totalmente confusa. Com olhos gentis e ligeiramente tristes, ele disse.
— Sinto muito.
— Agora você pode ter um bichinho de pelúcia, certo?
Foi quando Masachika ainda morava com a família Suou. Naquela época, Yuki, que tinha asma severa quando criança, não podia segurar brinquedos de pelúcia, já que acumulavam muita poeira. Os bichinhos que ela costumava carregar quando era pequena foram guardados, e ela passou a maior parte do tempo em um quarto simples, quase como uma enfermaria, onde a limpeza era a prioridade.
Masachika não conseguiu dar a Yuki o urso de pelúcia que ele ganhou no fliperama naquela vez. Esse sentimento de arrependimento, que permaneceu em seu coração, agora o motivava.
...
Diante das palavras de Masachika, Yuki segurou o bichinho de pelúcia com força e olhou para baixo. Então, após balançar os ombros por alguns segundos, como se estivesse segurando algo, ela levantou o rosto com uma expressão tranquila.
— Droga... você está tentando me agradar em plena luz do dia na sala de aula!
— O quê?
— Bem, você não precisava aumentar seu nível de popularidade comigo, sabe? Já está no máximo.
— Sou o tipo de cara que cuida dos peixes que pesca.
(N/T: Originalmente, o dito comum aqui é na verdade o oposto do que ele diz: "Eu não dou comida aos peixes que pesco", e basicamente representa pessoas que não tratam bem suas namoradas (como dar flores, representado na parte "não alimentar os peixes") já que conseguiram sair com ela (representado em "pescar o peixe"). Aqui, Masachika está basicamente dizendo que é o oposto desse tipo de pessoa e que se esforça para cuidar daqueles com quem é próximo.)
— Ah, meu querido, querido onii-chan.
Yuki então enterrou o rosto no bichinho de pelúcia e sacudiu o corpo de vergonha.
— Mmmmmm, mmmmmm... Onii-chan... por que você é meu irmão mais velho?
— Porque nasci antes de você.
— É só isso? Então não preciso te respeitar.
— Por que de repente?
De repente, a expressão de Yuki ficou neutra, e Masachika percebeu com um olhar sério. Depois de pensar por um momento, ele estalou a língua com um olhar aborrecido.
— Para falar a verdade, nem me lembro de você me respeitar.
— Hã? Eu também não.
— Então, você não me respeita.
— Se quer ser respeitado, acho que há uma certa postura que vem com isso.
— Bem, se quer que eu seja um irmão mais velho respeitável, acho que você precisa mudar sua atitude.
— O que há de errado comigo, a irmãzinha mais fofa do mundo?
— Tipo o jeito que você fica mudando de expressão desde um tempo atrás.
— Isso porque toda vez que sinto o olhar dela em mim, volto ao modo ojou-sama.
(N/T: Dela = Alya.)
— Estou impressionado com sua super sensibilidade.
— Sou boa nisso, não sou?
— É estranho, no entanto.
Depois de sorrir elegantemente para o irmão no estilo ojou-sama, Yuki abriu um largo sorriso.
— Obrigada, onii-chan.
— Hmm.
Masachika quase acariciou a cabeça dela sem pensar, mas apenas fez um pequeno aceno. Yuki riu, como se tivesse entendido até isso, e o ar entre os dois irmãos ficou mais leve — os dois relaxaram os ombros juntos com a sensação de tranquilidade que tomou conta.
Quando Masachika se virou, viu Alisa observando-o por trás de uma multidão, segurando um yo-yo na mão. Alisa se levantou como um fantasma e recuou para a multidão. Então, ela sorriu suavemente com olhos que não sorriram de verdade.
— Foi divertido.
— Oh, minha nossa... Alya estava um pouco animada, não estava?
— Bem... finalmente consegui um depois de muito esforço.
— Ah, que bom.
— E? O que vocês dois estavam fazendo enquanto eu me esforçava tanto?
Enquanto Alisa inclinava a cabeça com um sorriso no rosto, Masachika não conseguiu dizer "estávamos flertando" e apenas contou os fatos.
— Eu estava atirando.
— E?
— A Yuki disse que eu não conseguiria ganhar isso... então fiquei determinado a conseguir.
— Sim, e daí?
— Bem, eu não preciso de um bichinho de pelúcia... Estava pensando em dar para a Yuki.
— Hmm.
Enquanto a voz de Alisa estava cheia de emoções, os alunos da Classe A, que pareciam finalmente ter notado a situação, começaram a entrar em pânico.
— Ah, espera aí, eles ganharam o bichinho de pelúcia!
— Você está brincando! Eu não vi nada!!
— Eu também não. O quê, ninguém viu?
Yuki chamou seus colegas de classe, que ainda não conseguiam acreditar, para um canto da sala.
— Ele realmente derrubou todos eles sem qualquer irregularidade, não foi? Ei, Ayano.
Em resposta ao chamado de Yuki, Ayano, que estava praticamente invisível por um tempo, falou calmamente.
— Sim, de fato.
Quando Ayano acenou com a cabeça sem expressão, os alunos da Classe A colocaram as mãos na cabeça. Ayano continuou, de forma um pouco orgulhosa e com profunda emoção, diante de uma multidão de alunos que gritavam "Não acredito!".
— Foi verdadeiramente um ato divino... a técnica secreta de Masachika-sama.
— Não, espera―.
Assim que Masachika levantou a voz, alarmado, o alvoroço cessou. Todos ergueram a cabeça e olharam seriamente para Ayano e Masachika com expressões neutras.
— Uma técnica secreta? O quê?
— Ela não disse isso?
— Bem.
— Não, ela estava só brincando!
De uma só vez, todos olharam para Masachika com olhos desconfiados, e, embora ele tentasse se explicar apressadamente, a atmosfera permaneceu a mesma.
— Masachika-kun...
— Ah, Alya?
— Não se empolgue demais em festivais escolares.
— Não me olhe com pena!
O grito lamentoso de Masachika ecoou pela sala de aula da Classe A.
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