Volume 4.5
Capítulo 7: Observação das Estrelas e uma Bronca
Este Capítulo foi traduzido pela Mahou Scan entre no nosso Discord para apoiar nosso trabalho!
— Então, uh… Prontos para isso?
Eram sete da noite, e todas as atividades do clube tinham terminado para o dia. Depois de comer um jantar antecipado com refeições de conveniência na sala do conselho estudantil, Masachika olhou hesitante de um lado para o outro para as duas garotas com ele.
— V-Vamos fazer isso…
Incentivou Maria, sua voz trêmula enquanto ela levantava um punho no ar, claramente aterrorizada.
— Vamos acabar logo com isso.
Enquanto isso, Alisa estava com uma expressão séria como se isso não fosse grande coisa, mas ela estava impacientemente batendo o dedo com os braços cruzados… Masachika já estava genuinamente preocupado, e eles nem tinham começado.
— Uh… Masha? Você está bem? Porque você não parece nada bem.
— O-O que? Claro que estou bem. Eu… Eu vou fazer o meu melhor!
Embora seus olhos estivessem tremendo, ela manteve os lábios em uma linha reta e levantou os punhos cerrados, mostrando que estava mais do que determinada a fazer isso. Sua demonstração de força de vontade era algo que naturalmente traria um sorriso ao rosto de qualquer pessoa, mas…
— Dizer que você vai fazer o seu melhor significa que você obviamente não está bem. — Porque isso significava que ela estava com medo. Sua ansiedade antecipava as dificuldades que estavam por vir, e ainda assim Masachika simplesmente acrescentou: — Só não se force a fazer algo que você não quer, ok?
Ele então direcionou seu olhar para o outro lado.
— E você, Alya? Está bem?
— Hmm? Sim? Por que não estaria? Eu não sou medrosa como a Masha.
Alisa levantou uma sobrancelha ceticamente para Maria, como se quisesse revirar os olhos, então talvez fosse apenas imaginação de Masachika que ela estava fingindo estar bem. De qualquer forma, levantar essa dúvida não levaria a nada, então Masachika simplesmente suspirou e abriu a porta da sala do conselho estudantil.
Imediatamente, as luzes com sensor de movimento iluminaram o corredor.
— Viu, Masha? As luzes ainda acendem. Além disso, ainda não está escuro lá fora, então não há nada a temer.
Masachika deu de ombros, olhando para trás.
— Sim…
Maria concordou com um aceno tímido enquanto ela saía timidamente para o corredor, seguida por Alisa, que parecia meio irritada enquanto fechava a porta.
— Então… Que tal começarmos pela sala de arte e depois verificarmos a área atrás do prédio da escola? …Depois disso, procuramos a Garota da Escola Vermelha enquanto fazemos nosso caminho de volta ao redor do prédio.
— O-Ok.
— Claro, isso funciona.
Depois de receber o consentimento delas, ele deu um passo à frente--
— Espere!
Quando de repente, Maria agarrou sua mão direita por trás. Ele rapidamente se virou para encontrá-la à beira das lágrimas e olhando para a janela.
— Não vá muito à frente! Estou com medo.
— Hmmm. Você pode ficar na sala do conselho estudantil e nos esperar, sabe.
— Vou ser atacada no momento em que eu estiver sozinha!
— Por quem?! Nenhuma das histórias de fantasmas da escola era sobre monstros ou assassinos, sabe!
Ele não pôde deixar de apontar o óbvio, já que Maria estava falando de forma incomum, como se estivesse sendo perseguida por um perseguidor em um filme de terror. No entanto, ela continuou a olhar ansiosamente para a janela, e suas delicadas mãos, segurando a de Masachika, tremiam de medo.
— Sempre acontece assim… Você acha que está tudo bem em um segundo, e no próximo, bam — algo vem voando pela janela, certo?
— Nenhuma das histórias de fantasmas que mencionamos tinha algo voando pela janela ou atacando alguém. Isso é melhor?
Masachika suspirou e se moveu para o lado de Maria para protegê-la de qualquer coisa que pudesse entrar pela janela. Enquanto isso, Alisa também suspirou e tomou o outro lado de Maria, por precaução.
— Hmmm. Pronto. Agora você deve estar bem se alguém de repente sair de uma das salas de aula, certo? Isso não vai acontecer, mas você entendeu meu ponto.
— S-Sim… Obrigada, Alya.
Ela acenou desajeitadamente, envolvendo sua mão em torno da mão esquerda de Alisa. Imediatamente, as sobrancelhas de Alisa se levantaram bruscamente, mas ela notou o olhar de Masachika do outro lado de Maria, parou, e deu de ombros. Masachika e Alisa agora estavam indiretamente conectados pela mão direita dele e pela esquerda dela via Maria, e porque Maria era uma cabeça mais baixa que eles, ela parecia uma criança caminhando com seus pais… apesar de ser a mais velha entre eles.
— Isso em si é um clichê em filmes de terror, no entanto. Em um segundo, você está de mãos dadas assim, e no próximo, a pessoa com quem você estava de mãos dadas agora é outra coisa, e-- Desculpe.
Masachika imediatamente se desculpou quando viu o olhar nos olhos de Maria. Eram os olhos de alguém que não conseguia acreditar no que estava vendo. No entanto, ela quase imediatamente engasgou, se virou para Alisa, e timidamente perguntou:
— Alya…? Você é a verdadeira Alya, certo?
— Sim, então pare de levar as piadas de Masachika tão a sério.
Ela estava mentalmente batendo a cabeça contra a parede.
— Так где моя самая большая родинка?
(Então, onde está a minha maior pinta?)
Maria perguntou de repente em russo.
— М-м-м. Какой это тип вопроса?
(Mmm. Que tipo de pergunta é essa?)
— Не беспокойся об этом. Не похоже, что Кузе нас понимает.
(Não se preocupe com isso. Não é como se Kuze nos entendesse.)
Ele entendia. Dolorosamente. Mas depois de Alisa dar uma olhada em sua direção, ela quase imediatamente desviou o olhar e sussurrou.
— На внутренней стороне правого бедра.
(No lado interno da sua coxa direita.)
Oof…
Não era como se ele pudesse fazer qualquer coisa com essa informação, no entanto. Talvez ele pudesse se perguntar se Alisa tinha uma pinta também? De qualquer forma, ele não pôde deixar de olhar para as coxas dela escondidas sob sua saia enquanto ele simultaneamente pensava no que aconteceu hoje no depósito do ginásio.
Agora, então… Ela tinha uma pinta na coxa? pensou Masachika enquanto sua mente explorava a possibilidade.
— Sim! Você é a verdadeira Alya!
No entanto, Maria imediatamente olhou de volta na direção de Masachika, fazendo-o desviar o olhar de forma desajeitada. Ele não estava confiante de que conseguiu desviar o olhar a tempo… mas Maria não parecia estar minimamente preocupada, inclinando a cabeça curiosamente e resmungando pensativa.
— Agora, então… Kuze… Você…
Depois de quebrar a cabeça por mais alguns segundos, ela colocou a mão sobre a boca como se estivesse em completo choque.
— O-O que vamos fazer?! Não consigo pensar em uma pergunta que eu poderia fazer a ele para provar que ele é o verdadeiro Kuze!
— Oh… Sim.
— Alya? Você consegue pensar em alguma boa pergunta?!
— Eu…?
Alisa franziu a testa com irritação, mas depois de ver o quão desesperada Maria estava, ela começou a pensar, deixando seus olhos vagarem. Alguns momentos se passaram antes de seus lábios se curvarem inesperadamente em um sorriso malicioso, como se ela tivesse sido atingida pela ideia mais sinistra.
— Certo... Diga exatamente o que você me disse quando se ofereceu para concorrer comigo para presidente do conselho estudantil.
— Q-Que tipo de pergunta é essa?
— Qual é o problema? O verdadeiro Masachika saberia a resposta.
Seus lábios se puxaram em uma careta, e sua expressão se tensionou diante da óbvio isca.
Sim, eu me lembro... Eu me lembro da coisa extremamente embaraçosa que eu disse! E você quer que eu reviva aquele momento aqui e agora?!
Era como se ela estivesse usando isso para algum tipo de fetiche de humilhação, mas bem quando Masachika estava prestes a exigir que ela mudasse a pergunta, Maria se afastou dele gentilmente com lágrimas nos olhos. Era como se seu olhar suplicante dissesse: — O quê? Não! Isso não pode estar acontecendo. Diga que isso não está acontecendo, — algo que ele não podia ignorar.
Suspiro... Tsk! Parece que não tenho escolha.
Agir envergonhado significava perder. Na verdade, se ele fosse ousado e encenasse o diálogo com orgulho, acabaria envergonhando Alisa em vez disso.
A culpa é sua por me fazer fazer isso, Alya. Você não tem ninguém para culpar além de si mesma. Tome isso!
Depois de reunir coragem, Masachika limpou a garganta e fez a expressão mais séria que pôde, então encarou Alisa, olhou em seus olhos e recitou:
— Você não está sozinha. De agora em diante, estarei ao seu lado e te apoiarei. — Isso soa certo?
— Era: — Você não estará mais sozinha. De agora em diante, estarei ao seu lado para te apoiar — mas você quase acertou.
Corrigiu Alisa em um tom estranhamente descontente, tirando o sorriso presunçoso do rosto de Masachika.
— Oh? Ah, certo.
Nem mais um segundo se passou antes que ele fosse dominado por um embaraço insuportável, e seu rosto gradualmente ficou vermelho.
Quê...? Sério? Espere. O que ela está fazendo memorizando o que eu disse palavra por palavra? Isso vai muito além de apenas ser embaraçoso!
O fato de ela ter memorizado com precisão uma citação de um momento embaraçoso para Masachika — o fato de Alisa ter gravado aquelas palavras para sempre em sua mente como se fosse uma memória querida para ela — fez Masachika se contorcer mentalmente de agonia.
— V-Você está agitado?
Provocou Alisa com um olhar penetrante... bem quando suas bochechas começaram a corar como se ela também tivesse sido repentinamente dominada por embaraço. Ela imediatamente desviou o olhar, talvez percebendo isso, e se virou para Maria como se quisesse disfarçar enquanto esperava que Masachika não notasse.
— Viu? Ele é o verdadeiro Masachika... então vamos. Vamos lá.
Ela exigiu secamente com uma expressão séria. No entanto, Maria parecia uma pessoa completamente diferente de alguns minutos atrás. Ela estava sorrindo calorosamente com a cabeça inclinada.
— Você é tão fofa, Alya.
— O-O quê? De onde veio isso?
— Ah, ser jovem... Ah, ei. Eu sei. Que tal fazermos isso?
Mari disse. Ela puxou as mãos de Masachika e Alisa juntas e essencialmente fez com que se dessem as mãos.
— Pronto. Achei que vocês dois deveriam estar de mãos dadas, já que são tão próximos.
— O quê?! Por quê?!
— Sinto que estamos falando de algo completamente diferente agora.
Alisa e Masachika imediatamente soltaram as mãos um do outro, o que fez Maria levantar uma sobrancelha enquanto sorria amorosamente.
— Ah, vamos, vocês dois. Vocês são tão tímidos.
— Eu não faço ideia do que você está falando.
— Não estávamos de mãos dadas porque você estava com medo, Masha?
— Sim. ♪ É por isso que quero que vocês dois deem as mãos, ok?
— Desculpe, mas não sei como isso ajudaria você.
— Masha, pelo menos diga algo que faça sentido.
Eles apontaram o óbvio para Maria, que de alguma forma deixou de lado perfeitamente qualquer razão pela qual isso faria sentido... o que, por algum motivo, a fez fazer um biquinho de desagrado, deslizar para o lado oposto de Masachika e segurar sua mão esquerda.
— Tudo bem. Vou segurar a mão do Kuze se você for assim.
— Ainda não tenho ideia do que está acontecendo?!
— M-Minha pobre irmã perdeu a cabeça....
Masachika gritou histericamente enquanto Alisa colocava uma mão na testa como se estivesse com dor de cabeça, mas quando viram o quão estranhamente presunçosa Maria estava segurando a mão dele, eles prontamente desistiram de tentar entendê-la. Depois de trocar olhares cansados, Masachika e Alisa deram as mãos mais uma vez, e a visão fez Maria sorrir de satisfação instantaneamente.
— Bom. Agora vamos seguir em frente. ♪
Ela apontou alegremente para frente... ainda segurando a mão de Masachika com a mão direita.
……
Alisa olhou para sua irmã como algum bandido de baixo nível, com um olho bem aberto e o outro fechado, como se dissesse: — Que diabos?! Achei que você soltaria a mão dele se eu segurasse a dele! Tsk! — No entanto, ela quase imediatamente percebeu que estaria perdendo tempo discutindo, então soltou um breve suspiro e olhou para frente.
— Vamos? Vamos acabar logo com isso.
— Mmmm. Sim, vamos fazer isso.
Masachika, que também estava em um estado de resignação, olhou para o horizonte enquanto começava a caminhar. Em sua mão direita estava a mão ligeiramente fria e esbelta de Alisa, e em sua mão esquerda estava a mão quente e macia de Maria.
Hmm? Isso é um harém? Viva... Uma bela mulher de cada lado... Estou no auge do ensino médio...
Apesar das coisas estúpidas que estava pensando, ele estava na verdade muito nervoso. Embora ele tivesse dado as mãos com Alisa algumas vezes antes, ele estava longe de estar acostumado, e essa era a primeira vez que ele segurava a mão de Maria. O fato de essas duas coisas estarem acontecendo ao mesmo tempo fritou seu cérebro a ponto de ele não saber o que fazer.
Deveria balançar os braços? Suas mãos estavam suando? Estava andando rápido demais? Devagar demais? Mais importante, estava segurando as mãos delas do jeito certo? Incontáveis perguntas cruzaram sua mente; eram tantas que ele estava tendo dificuldade em se conter por mais tempo.
I-Isso é... Sim... Eu preciso resolver esses mistérios o mais rápido possível e acabar com isso.
Sanduichado entre uma irmã mais velha estranhamente alegre e uma irmã mais nova um pouco irritada, Masachika decidiu que precisava acabar com essa investigação o mais rápido possível. Portanto—
— Nada de incomum na sala de arte! Próximo!
— Nada de incomum nas cerejeiras atrás da escola! Ainda não floresceram! Próximo!
— Mal olhamos em volta?!
Reclamou Alisa, já que Masachika estava gastando apenas cerca de dez segundos em cada mistério. E ainda assim ele deu de ombros com um ar de indiferença, como se não estivesse minimamente preocupado.
— O objetivo de nossa investigação era provar que esses mistérios eram rumores infundados, certo? Então, qual é o problema? Eu me certifiquei de tirar evidências fotográficas também.
— Certo, mas...
Sendo uma pessoa séria por natureza, Alisa parecia incomodada com o processo, mas quando ela olhou por cima do ombro de Masachika e viu sua irmã, seu descontentamento foi substituído por um suspiro.
— Masha... Pare de ter medo já.
Ela pediu de forma irracional.
— Uhmm?! N-Não é um interruptor que eu posso simplesmente ligar e desligar.
Maria respondeu pateticamente enquanto se curvava. A noite finalmente começou a engolir os arredores na escuridão. Seus olhos se moviam assustadoramente enquanto ela se inclinava suavemente em Masachika.
...Alisa franziu a testa e bufou.
— E além disso, o próximo mistério que estamos prestes a investigar... Parece tão assustador. Quero dizer, não tem como eu não ficar com medo.
Maria parecia estar evitando falar sobre o próximo mistério e se aconchegou mais em Masachika... até que estava essencialmente agarrada a ele. Com a mão direita ainda segurando a dele, ela envolveu o braço esquerdo ao redor do antebraço dele. Seus braços estavam entrelaçados. Não demorou muito para que o cotovelo dele desaparecesse nos montes do peito dela, sua expressão desaparecesse e a paciência de Alisa... desaparecesse.
— Anham. Vamos acabar logo com isso.
Ela sibilou com irritação enquanto caminhava, puxando Masachika pela mão. Mas mesmo assim, Maria continuava a se agarrar firmemente ao braço direito dele, e a testa franzida de Alisa apenas se enrugou ainda mais ao ver isso. Depois de voltar para a escola pisando forte, Alisa começou a descer o corredor apressadamente.
— É-É, talvez pudéssemos diminuir um pouco o ritmo...?
— Por quê? Ainda precisamos circular por todo o prédio da escola, certo? Então, quanto mais rápido terminarmos, melhor.
— É, acho que sim...
Ainda assim, ele sentiu que algo estava errado com ela estando com tanta pressa, então perguntou timidamente:
— Uhm. Você está bem? Não está se esforçando demais, né?
......
A mão de Alisa, que estava envolta na dele, estremeceu, mas mesmo assim, ela ainda não olhou para ele.
— Alya não gosta de mostrar fraqueza.
Sussurrou Maria.
— Espera. O quê? Alya, você está com medo?
— Não.
Ela respondeu como se não fosse grande coisa, mas ainda assim, não olhou para trás. Felizmente, ela começou a desacelerar gradualmente, o que permitiu que Masachika a alcançasse, mas ela prontamente desviou o olhar como se quisesse esconder o rosto.
— Você tem medo de fantasmas ou algo assim? Você parecia completamente bem no ano passado, quando todos estavam contando histórias de fantasmas e jogando jogos assustadores enquanto preparavamos para o festival da escola.
— Já te disse. Não estou com medo.
Afirmou Alisa teimosamente, ainda virada para o outro lado.
— Gritar 'buu!' e tentar assustar a Alya realmente não funciona, mas ela não gosta de histórias assustadoras.
Explicou Maria.
— Ah, posso ver isso. Ela deixa a imaginação correr solta e acaba se assustando sozinha, né?
Havia um senso de compreensão na voz dele, mas Alisa ainda lançou um olhar penetrante para Maria antes de desviar o olhar mais uma vez. Ela não poderia ter deixado mais óbvio como se sentia.
— Bem, acho que não há nada que você possa fazer sobre isso.
Ele disse com um sorriso constrangedor. Afinal, a Garota Escolar Vermelha estava muito mais próxima de uma história de fantasmas real do que as outras, e havia quase tantas testemunhas detalhadas desse mistério quanto havia de histórias de fantasmas mais famosas como a Mulher da Boca Cortada e Teke Teke.
Diziam que uma estudante aparecia em algum lugar dentro do prédio principal após a escola, vestindo o uniforme escolar da Seirei Academy com um laço verde. Seu longo cabelo preto se estendia até a cintura, e ela sempre aparecia sangrando, o que lhe rendeu o nome de Garota Escolar Vermelha.
Ver alguém ferido faria a maioria das pessoas se preocupar com ela, mas você nunca deve falar com ela ou ajudar, não importa o que aconteça. Além disso, mesmo que você cheque como ela está, ela simplesmente diria — Obrigada. Estou bem agora — antes de ir embora. No entanto, em poucos dias, aqueles que falaram com ela se encontrariam feridos exatamente no mesmo lugar onde ela estava ferida. Era como se a Garota Escolar Vermelha estivesse transferindo seu ferimento — sua dor — para os outros...
Mas não é como se um pequeno corte fosse te matar ou algo assim. Há algo estranhamente realista nessa história... O fato de que isso acontece em poucos dias aumenta a incerteza também.
Se essa história era verdadeira ou não, não estava claro, mas havia uma maneira de lidar com essa estudante se eles a encontrassem. Primeiro, eles não poderiam se aproximar dela. Em vez disso, deveriam sair do prédio da escola o mais rápido possível. Eles deveriam conseguir diferenciá-la dos outros estudantes, já que sabiam como ela parecia e se vestia.
Além disso, as luzes com sensor de movimento não deveriam acender se ela fosse um fantasma, então se vissem uma garota parada sozinha em um corredor escuro... precisariam proceder com cautela.
Honestamente, muita coisa parece ter sido inventada depois que os rumores começaram a surgir... mas aparentemente houve vítimas.
De acordo com Touya, houve dois incidentes de estudantes se machucando. O primeiro incidente aconteceu no ano passado, em novembro. Um estudante do clube de atletismo encontrou a Garota Escolar Vermelha, que estava com a perna direita machucada. Três dias depois, ele rompeu o tendão de Aquiles. O segundo incidente aconteceu este ano, em junho. O vice-gerente do clube de banda de música encontrou a Garota Escolar Vermelha, cuja camisa estava encharcada de sangue na área do estômago. Cinco dias depois, o mesmo vice-gerente estava no hospital com apendicite. Os rumores depois disso se espalharam como fogo devido à popularidade e ao carisma pessoal desse estudante da banda, e isso foi o que desencadeou toda essa mania dos "sete mistérios da Seirei Academy".
Em outras palavras, essa Garota Escolar Vermelha era o alfa e o ômega desses sete mistérios. Hum, parece meio legal quando você coloca dessa forma.
Masachika sorriu suavemente enquanto sua imaginação selvagem e nerd decolava. Ele estava muito confiante em comparação com as irmãs Kujou, mas isso era simplesmente porque ele não acreditava em nada sobre essa história de fantasmas. Não era incomum alguém do atletismo romper o tendão de Aquiles, e a coisa toda da apendicite era um pouco forçada. O estudante não sangrou pelo estômago, então era meio difícil acreditar que isso fosse algum tipo de ferimento transferido da Garota Escolar Vermelha.
Seria muito mais crível se aquele garoto tivesse sido esfaqueado no estômago ou algo assim.
Depois de dar-lhes um breve resumo de suas observações, ele deu de ombros e olhou para Maria.
— Além disso, os outros mistérios até agora têm sido completamente falsos. Em resumo, você não ouviu nenhuma mulher chorando no clube, certo?
— S-Sim... Acho que você está certo.
Afinal, Maria, Yuki e Ayano patrulharam a casa do clube mais cedo naquele dia por quase uma hora, e eles não ouviram nem um único soluço. Quando eventualmente abriram uma janela, concluíram que o vento uivante era o culpado... ou pelo menos, essa foi a história que seguiram. Dos seis mistérios até agora, eles só resolveram o do gato no depósito.
O resto eram todos falsos, de acordo com a investigação deles. Portanto, era muito provável que essa última história de fantasma também fosse uma invenção de algum estudante.
— É assim que todas as histórias de fantasmas são. Sempre que algo meio estranho acontece com um estudante, eles aumentam a história quando a contam para os amigos, e então os rumores começam, e a história gradualmente se transforma em algo completamente diferente.
Declarou Masachika, sem mostrar sinais de medo. Na verdade, ele estava meio que zombando de toda a situação, o que parecia ajudar a aliviar o medo das outras duas garotas. Maria finalmente conseguiu afrouxar um pouco seu aperto ao redor dele e acenou lentamente com a cabeça.
— É... Faz sentido quando você coloca dessa forma...
— Certo? Além disso, fazer dela uma estudante é muito clichê. Não acha? Tantas dessas histórias de fantasmas e lendas urbanas usam jovens mulheres por algum motivo. Você tem Hanako, a Mulher da Boca Cortada, Teke Teke, Lady Hasshaku... Em resumo, essas histórias seriam muito mais críveis se você me dissesse que algum homem de meia-idade gordo, careca e suado estava aparecendo aleatoriamente no prédio da escola à noite. Pelo menos, isso seria original.
Argumentou Masachika com uma cara completamente séria.
— Isso também seria algo para chamar a polícia.
Brincou Alisa.
— Com certeza.
Os três riram. Até a expressão de Maria relaxou, e ela pareceu ponderar por um momento.
— Espera. Não existe um espírito maligno que se parece com um velho, não? O, uh... O velho chorão?
— Ele é suposto ser um bebê ou um velho? Ou um recém-nascido velho? De qualquer forma, é o velho chorão.
— Eu preferiria encontrar um homem de meia-idade suado do que seja lá o que isso for...
A tensão no ar quase desapareceu completamente graças ao comentário ridículo de Maria. Antes que percebessem, a investigação que começaram no primeiro andar já tinha os levado ao corredor do terceiro andar. Eles continuaram a espiar casualmente em cada sala de aula. Eventualmente...
— Hmm?
Assim que Masachika se aproximou da última sala de aula no final do corredor, ele sentiu um calor suave em seu bolso. Parecia que havia um aquecedor de mãos ali, apesar de ser pleno verão.
— O que foi?
— Não sei…
Ele respondeu vagamente ao olhar cético de Alisa. Ele prontamente enfiou a mão no bolso até seus dedos tocarem a fonte do calor.
— Oh meu. O que é isso?
— Chisaki me emprestou... e está ficando quente por algum motivo…
Em sua mão estavam as contas de oração negras. Era o rosário com o nome forte que ele tinha recebido só por precaução e, por algum motivo, estava queimando suavemente em sua mão... como se estivesse tentando lhe dizer algo.
— Tsk. Pare de tentar nos assustar. Arrume um hobby.
— Hã? Não, eu não estou tentando assustar ninguém... Mas se isso fosse um filme de terror, o clichê mais comum seria que isso estivesse possuído por um espírito maligno…
Brincou Masachika, tentando explicar as coisas para sua parceira de eleição franzindo a testa... De repente, uma mão apareceu do outro lado da esquina do corredor, a poucos metros à frente.
— Uhm?!
Era uma mão estranhamente branca agarrada à parede enquanto serpenteava ao redor da esquina.
......
Cada um deles foi atraído pela mão. Eles observaram em absoluto silêncio enquanto os dedos se cravavam na parede. Foi nesse momento que o instinto de Masachika lhe dizia que algo horrível estava prestes a emergir da escuridão, e seus instintos de sobrevivência soavam violentamente um alarme, dizendo-lhe para sair dali o mais rápido possível.
E ainda assim, apesar disso, suas pernas não se moviam. Tanto Alisa quanto Maria pareciam não ser diferentes. Elas, consciente ou inconscientemente, se agarraram firmemente aos braços dele sem dar um único passo para trás. Logo, a mão que agarrava a parede puxou um corpo ao redor da esquina, revelando: um uniforme da Seirei Academy e um laço verde, longo cabelo preto e, espreitando por debaixo da franja, o rosto ensanguentado de uma mulher.
— Ah!
— N-Não...!
Maria e Alisa soltaram gritos tensos. Mesmo Masachika genuinamente quis gritar, mas o calor trêmulo pressionando contra seus braços temporariamente diluiu seu medo. Ele ficou surpreso com o quão calmo se sentia enquanto rapidamente buscava maneiras de tirá-los dali.
Talvez devêssemos correr... mas Alya talvez não consiga, e Masha definitivamente não conseguirá. Se ela tentasse, provavelmente desabaria de medo. Toda essa situação deve ser muito traumática para ela... Então isso me deixa com...!!
Depois de tomar a decisão em uma fração de segundo, ele jogou os braços delas para longe, colocou um meio sorriso e começou a correr... para a frente... indo direto para a estudante coberta de sangue.
— Sério, sério?! Isso é muito assustador! Eu não disse para levar isso tão a sério!
Masachika repreendeu, sua voz trêmula. Seu tom brilhante era inapropriado para um momento tão tenso, mas ele sentia que isso ajudava a libertar as duas atrás dele do medo, mesmo que apenas temporariamente.
Sua decisão foi fazer com que elas pensassem que a Garota de Saia Vermelha era uma brincadeira da qual ele fazia parte, então ele correu em direção à garota, fingindo de maneira cômica que achava que ela tinha ido longe demais. No entanto, ele apertava com força as contas de oração que Chisaki lhe emprestara, e embora estivesse agindo como se estivesse brincando, ele planejava levar isso muito a sério. Masachika precisava se preparar para a possibilidade de se machucar, e ele não podia hesitar em recorrer à violência se necessário. Ele deliberadamente se livrou de todas as outras emoções e pensamentos:
Uau… Provavelmente vou morrer esta noite.
O pensamento surgiu no fundo de sua mente como se não tivesse nada a ver com ele. Pelo menos, ele sabia que não sairia dessa ileso porque instintivamente sabia que isso era real, e tudo o que ele tinha eram algumas contas que ele não sabia se funcionariam. As chances estavam contra ele, mas não havia outra saída. Para piorar, o rosto dessa garota misteriosa estava ensanguentado e ferido, então se a história de fantasma fosse verdadeira, isso significaria que os rostos de Alisa e Maria estavam em perigo. E como amigo delas — como homem — ele não iria permitir isso.
Primeiro, vou empurrá-la de volta para a esquina, depois vou socá-la com essas contas de oração… Mesmo que isso não funcione, a maldição da Garota de Saia Vermelha só machuca com quem ela fala primeiro. Além disso, os efeitos devem aparecer dentro de alguns dias, então devo estar bem, já que ainda é férias de verão.
Ele provavelmente não conseguiria ir à praia com os outros, mas pelo menos, ele seria capaz de proteger Maria e Alisa tanto mental quanto fisicamente.
Então venha!
Quando ele entrou no alcance, rapidamente examinou a garota em busca do melhor lugar para acertar... Então percebeu algo peculiar.
Hã? Ela está sangrando do lado também... Espera. Suas pernas e braço direito estão ensanguentados...
Ela tem muitos ferimentos, certo? Essa foi a primeira semente da dúvida que foi plantada em sua mente, quando de repente, outra mão surgiu de trás da esquina e agarrou o pescoço da garota por trás.
— Te peguei agora... Oh? Kuze?
A dona da mão disse enquanto surgia de trás da esquina, com uma expressão de dor.
O quê...?
Era a vice-presidente do conselho estudantil, que não deveria estar ali, fazendo Masachika congelar inconscientemente.
— Oh! Masha, Alya, oi.
— Hã? Oh. Oi?
— Boa noite?
As irmãs Kujou responderam desajeitadamente, surpresas pela reviravolta inesperada. Chisaki, por outro lado, agia normalmente e continuou.
— A reunião terminou cedo, e eu estava um pouco preocupada, então vim... De qualquer forma, tudo bem se eu cuidar disso? — Então, para a misteriosa estudante, ela disse: — Não vou deixar você escapar desta vez.
Chisaki rosnou, encarando com raiva e fazendo a garota pular. Ela imediatamente se virou para Masachika com seus olhos cheios de sangue e estendeu a mão para ele.
— A-Ajude…
Ela chorou com uma voz rouca antes de ser arrastada indefesa por Chisaki, desaparecendo na esquina, nunca mais sendo vista novamente.
— N-Não seja muito dura com ela, tá?
Masachika pediu (por algum motivo) enquanto inclinava a cabeça curiosamente.
Uh... O quê? O que foi isso? Isso não era um fantasma de verdade... certo? O que significa que era apenas alguém invadindo a escola? Acho que isso é muito mais plausível... deixando de lado o fato de que é estranho ela ter batido em uma garota fraca.
Ou talvez fosse algum tipo de pegadinha da qual Masachika não tinha conhecimento e nada a ver. A garota poderia ser uma babaca que gostava de assustar as pessoas, e se fosse esse o caso, então o suposto sangue espalhado por todo o rosto dela poderia ser algo que ela fez parcialmente para esconder sua identidade.
Sim, isso parece certo. Uau, acho que não devo tirar conclusões precipitadas, né? Não acredito no quão sério fiquei... Que vergonha! Ha-ha-ha!
Masachika desesperadamente fez tudo ao seu alcance para esquecer o fato de que Chisaki tinha talismãs de papel sagrado enrolados na mão esquerda como uma luva de boxe improvisada. Ele continuou a coçar a cabeça para esconder seu constrangimento... Duas mãos apertaram seus ombros por trás.
— Masachika... Qual o significado disso?
— Kuze? Você poderia me explicar?
Depois de ouvir aquelas duas vozes assustadoras vindo de trás, ele virou a cabeça rigidamente como uma engrenagem enferrujada e olhou por cima do ombro. Alisa parecia estar sorrindo, mas seus olhos definitivamente não estavam, e os lábios de Maria estavam se curvando de forma tão intensa que parecia antinatural. Elas eram genuinamente mais assustadoras do que a garota ensanguentada de alguns momentos atrás... pelo menos para Masachika.
— Não, uh... N-Nós, uh... Foi uma pegadinha. Ela só foi um pouco longe demais, então Chisaki teve que... ir conversar com ela... ou algo assim?
Palavras uma vez ditas não podem ser retiradas... o que significava que Masachika tinha que tentar fazer sua história consistente, mas foi tudo em vão. Os olhos de Alisa se apertaram imediatamente, enquanto o sorriso de Maria se aprofundou. Os dedos de ambas lentamente se apertaram, enterrando-se em seus ombros.
— Não, eu... Eu fui quem tentou dizer a Chisaki que ela tinha ido longe demais, então...
Mas suas garras não se afrouxaram. Em vez disso, acabaram o repreendendo por um tempo depois disso, apesar de ele ser completamente inocente.
Heh. Tanto faz. Sou um homem... Não faço o que faço esperando algo em troca...
Sentado de joelhos na frente das duas garotas, ele deixou seus olhos vagarem ociosamente em direção ao céu lá fora. As estrelas que formavam as constelações do Triângulo de Verão brilhavam intensamente no céu noturno. Ser um cavaleiro naquela noite foi uma sensação maravilhosa, e poder ver essas belas estrelas com duas lindas irmãs foi como um sonho realizado. Hoje foi—
— Masachika! Você está ouvindo?!
— Kuze, você precisa refletir sobre o que fez!
— Sim, eu sei.
Seu dia de azar, aparentemente. Não se deve fugir de seus problemas.
Alguns dias depois, o conselho estudantil usou suas conexões para informar a todos sobre o que descobriram durante a investigação dos sete mistérios da escola, e assim, apagaram o fogo antes do fim da semana. Embora os estudantes meio que brincassem sobre a vice-presidente Chisaki ter derrotado a Garota de Saia Vermelha, os membros do conselho estudantil aceitaram isso sem questionar.
— Sou só eu, ou isso é ainda mais misterioso?
— Você pode dizer isso de novo.
Um certo par de irmãs ainda discutia os sete mistérios da escola depois que tudo foi dito e feito.
Este Capítulo foi traduzido pela Mahou Scan entre no nosso Discord para apoiar nosso trabalho!