Volume 4.5
Capítulo 4: Complexo de Irmão, Complexo de Irmã
Este Capítulo foi traduzido pela Mahou Scan entre no nosso Discord para apoiar nosso trabalho!
— Phew... finalmente estou de volta...
Um homem usando uma camisa polo estava parado em frente a uma casa tradicional japonesa. Ele era um homem alto e moderadamente musculoso que mantinha as costas retas. Atrás dos óculos com armação de prata deste intelectual de meia-idade estavam os olhos gentis de alguém que talvez não fosse a pessoa mais bonita do mundo, mas era alguém que fazia você se sentir seguro e relaxado...
Por outro lado, sua linha capilar estava claramente em perigo, e ele era sensível a isso, então ninguém nunca mencionava o assunto. Este homem — Kyoutarou Kuze — era o pai de Masachika e Yuki, que havia tirado uma folga do trabalho pela primeira vez em muito tempo e acabara de chegar ao Japão.
— Parece que faz um tempão…
Sussurrou Kyoutarou emocionado enquanto levantava a cabeça, que parecia um pouco pesada devido ao jet lag. Ele estava em frente à casa de seus pais após um ano inteiro.. Depois de abrir o portão e entrar, um grande cachorro branco que estava dormindo sob os beirais do telhado levantou a cabeça lentamente.
— Rir, há quanto tempo. Você se lembra de mim?
O cachorro chamado Rir caminhou preguiçosamente e sem entusiasmo até Kyoutarou, deu-lhe algumas farejadas e então latiu.
— Isso mesmo. Bom garoto. — Ele acariciou a cabeça do cachorro com um sorriso torto e acrescentou. — Você realmente vai conseguir proteger a casa assim?
Esse cachorro era originalmente um vira-lata que Masachika e Yuki resgataram três anos atrás. Mais especificamente, foi Yuki quem encontrou um filhote com a pata traseira ferida e disse que deveriam salvá-lo, o que Masachika rapidamente concordou, então eles trouxeram o cachorro para a casa dos avós. Dito isso, a história não era tão comovente e inspiradora quanto parecia... porque Yuki também exclamou:
— É um filhote branco ferido... Aposto que é um Fenrir juvenil! Vamos levá-lo para casa e torná-lo nosso familiar!
Suas intenções... não eram as mais puras. Independentemente disso, eles acabaram levando o cachorro para casa e o nomearam Rir a pedido de Yuki... que esperava muito de um filhote ferido. Três anos se passaram desde então, e embora Rir tenha crescido bastante, não havia nada de divino nessa criatura. Se alguma coisa, o cão só se tornou mais preguiçoso a cada dia. A pressão excessiva pode ter atrofiado seu crescimento. Rir não sobreviveria um único dia sozinho na natureza.
— Suspiro... Eu me pergunto de quem ele puxou isso…
Sussurrou Kyoutarou de maneira exasperada enquanto observava Rir retornar preguiçosamente ao seu lugar sob os beirais. Depois de se recompor, ele caminhou até a porta da frente, abriu-a e gritou pelo corredor:
— Estou em casa!
Imediatamente, a porta deslizante do lado esquerdo do corredor se abriu, e Yuki colocou a cabeça para fora.
— Oh, pai! Você voltou. Bem-vindo de volta. ♪
Seus lábios se curvaram em um sorriso radiante enquanto ela corria pelo corredor e jogava os braços ao redor de seu pai. Kyoutarou fechou os olhos e inclinou a cabeça para trás, tocado pelo amor imortal de sua filha.
Eu tenho a filha mais fofa do mundo inteiro!
Havia um bom número de pais no mundo que infelizmente eram desprezados por suas filhas nessa idade, mas não havia um pingo de aversão no coração de Yuki. Embora ele pudesse estar um pouco preocupado pelo fato de que ela nunca teve uma fase de rebeldia, isso rapidamente se tornou nada mais do que uma questão trivial quando enfrentado com tanto amor. Kyoutarou sorriu gentilmente e abraçou sua amada filha.
— É bom estar em casa. Você cresceu... tanto, Yuki.
— Hmm? Por que você hesitou por um segundo aí?
Yuki sorriu astutamente ao notar a ligeira hesitação de seu pai enquanto ele verificava calmamente o quanto ela havia crescido.
— Porque, uh... Você não cresceu muito, não é?
— Porque eu já sou do tamanho perfeito! Eu caibo perfeitamente em seus braços! O que é mais fofo do que isso?!
Argumentou Yuki como uma valentona, deixando claro que não tinha insegurança alguma sobre seu corpo. Kyoutarou, que estava um pouco preocupado com o desenvolvimento de sua filha, não teve escolha a não ser concordar com sua clara e entusiástica afirmação.
— Sim... Claro? Você é a mais fofa, Yuki.
— Certo?
Seu sorriso tornou-se convencido, e ela colocou uma mão orgulhosa no peito. Foi então que tanto Masachika quanto Tomohisa olharam para o corredor também.
— Oh. Oi, pai.
— Finalmente em casa, Kyoutarou!
— Oi. É bom estar em casa.
Depois de uma breve saudação, Masachika imediatamente voltou para o quarto onde estava. Foi uma recepção extremamente fria comparada à de sua irmã.
Sim... Meu filho não mudou nada. Ainda tão frio como sempre.
Embora estivesse um pouco deprimido com a recepção indiferente de seu filho, apesar de não se verem há tanto tempo, ele achou que todos os jovens eram assim durante a puberdade e deixou por isso mesmo.
Por outro lado...
— Como foi a Inglaterra? Havia muitas mulheres bonitas por toda parte? Hmm?
— Mmmm.. Vejo que você continua tão inquieto como sempre, pai.
Desanimado, Kyoutarou estreitou os olhos enquanto seu pai se aproximava com um sorriso pervertido. Era difícil acreditar que isso fosse um comportamento normal para um idoso.
— Querido. Você não vê seu filho há sabe-se lá quanto tempo. Isso é realmente a primeira coisa que deveria perguntar a ele? Bem-vindo de volta, Kyoutarou.
— Obrigado, mãe.
A mãe de Kyoutarou, Asae, emergiu de um quarto nos fundos da casa com a mesma expressão exasperada de seu filho. Mas nem os olhares estreitos deles pareciam ter abalado Tomohisa.
— Claro que é! O que há de errado com você? A primeira coisa que um verdadeiro homem faz no exterior é provar as melhores bebidas e as melhores mulheres deles!
— Pai, você nem sequer bebe...
O olhar exausto de Kyoutarou estreitou ainda mais, mas foi a expressão exasperada de sua mãe se transformando em algo muito mais aterrorizante que finalmente calou Tomohisa.
— Querido...?
— Hmmm!
— Por que parece que você fala por experiência própria?
— É... só papo. S-Só isso. Você é a única para mim, Asae...
— Mas, vovô, você me disse um tempo atrás que as ocidentais tinham bumbuns ótimos porque suas pelves eram moldadas de forma diferente.
— Hmmm?! Não, uh... Isso foi porque eu estava assistindo a um filme ocidental, e... uh…
— Oh, meu Deus. Querido, você disse isso para a Yuki? Meu, meu, meu….
— Espere. Asae, não. Asae?
Com um sorriso sinistro, Asae desapareceu de volta no quarto; Tomohisa a seguiu em pânico. Kyoutarou observou a troca usual de seus pais com uma expressão meio aliviada, meio desgastada, até que Yuki de repente se virou com o mais brilhante dos sorrisos.
— Então? Como foi de verdade? Havia algumas lindas mulheres loiras com corpos incríveis?
— Yuki, você também? Sério? ...Pelo menos deixe-me colocar minha mala no chão.
Ele entrou com um sorriso preocupado, depois se juntou ao seu filho no quarto em estilo japonês à esquerda e colocou a mala e os pertences em um canto... enquanto Yuki o seguia de perto, implorando para ele falar sobre belas mulheres britânicas.
— Ah, e aí. Você viu alguma empregada? A Inglaterra é o berço das empregadas e da cultura das empregadas, certo? Você tirou fotos de alguma empregada de verdade?
— Eu vi algumas... mas nenhuma delas era jovem, sabe? Elas eram menos empregadas... e mais como governantas, acho que você poderia dizer...
— O quê? Não havia nenhuma empregada loira bonitinha com peitos enormes e cinturas finas?
— Não que eu tenha visto...
— O quê? Que tédio.
Ela reclamou antes de se jogar no colo do irmão.
— Ai! O que diabos?
Respondeu Masachika, que estava sentado em uma cadeira de chão sem pernas e mexendo no celular.
— Papai está em casa, então é hora de parar de mexer nesse seu maldito celular.
Yuki rapidamente deu socos no estômago de Masachika enquanto ele olhava para ela, segurando seu smartphone a uma distância segura no ar.
Eles realmente se dão tão bem.
Kyoutarou os observava com carinho no coração. Havia inúmeros irmãos no mundo que viviam juntos mas não conversavam, muito menos faziam contato visual, e ainda assim não havia sinais de que esses dois jamais brigassem. Na verdade, eles essencialmente agiam como melhores amigos sempre que estavam juntos. Talvez ajudasse o fato de que viviam separados, na maior parte do tempo.
— Tsk.
Masachika fez uma careta e resmungou, segurou o punho de Yuki para impedi-la e colocou o telefone de lado. Imediatamente, ela pegou o telefone dele, reclinou-se em seu colo e começou a mexer.
— Ah, você já está no capítulo cinco? Impressionante para um jogador gratuito.
— Esse não é o seu telefone. Pare. Sério, você já se esqueceu do que acabou de dizer alguns segundos atrás?
— Hã? Você quer dizer como as ocidentais têm pelves de tamanhos diferentes, então eles têm bumbuns realmente bonitos?
— O quê?! Do que você está falando?!
— Ah...! Isso significa que Alya e Masha também...? Eu vou ter que verificar quando formos à praia!
— É melhor você não fazer isso. De qualquer forma, devolva meu telefone já.
— Ahn. ♡
Depois que Masachika pegou o telefone da mão de Yuki, ela se virou noventa graus, ficando de frente para o estômago dele enquanto ainda usava seu colo como travesseiro.
— Vamos lá, você não pode me dizer que não está ansioso para ver Alya e Masha... em seus trajes de banho. ♡
— Pare de desenhar peitos na minha coxa.
— São olhos!
— Eu não me importo!
— Sim, sim. É o que todos dizem. Não tente fingir que é durão. Aposto que você está imaginando elas em seus trajes de banho agora.
— Não, não é isso que eu quis dizer. Eu... Eu sei que é difícil para você entender isso, mas eu não estou tão ansioso assim.
— Falando em difícil, há um jeito fácil de verificarmos o quão animado você está— Bfft?!
A têmpora de Yuki foi subitamente atingida por um cotovelo de ferro, enviando-a ao chão de tatame enquanto se contorcia e gemia de agonia.
Talvez eles sejam um pouco... íntimos demais?
Esse foi o primeiro pensamento que veio à mente de Kyoutarou enquanto assistia à troca deles de onde estava sentado à mesa baixa. Eles pareciam mais um casal bobo do que melhores amigos — ao ponto de você quase querer perguntar brincando, — Esperem. Vocês estão namorando?
Não. De jeito nenhum. Isso não é um quadrinho. Não há como eles...
Não havia como seus filhos fazerem algo assim. Depois de balançar a cabeça furiosamente, ele falou casualmente, como se para dissipar quaisquer medos que tivesse, e perguntou:
— A propósito, vocês dois estão namorando alguém agora?
Masachika lançou ao pai um olhar questionador enquanto Yuki olhava para cima também, ainda segurando a cabeça.
— Eu já disse que não tenho namorada.
— Nem eu. Não estou realmente interessada em namorar, porém.
Hmm...?
Era algo que ele já esperava, já que eles tinham dito em e-mails antes que não estavam namorando ninguém. Mas o que o preocupava era como Yuki disse que não estava interessada em namorar.
Ouvi dizer que é normal até para alunos do ensino fundamental terem namorados e namoradas hoje em dia, e Yuki é muito fofa, então com certeza, muitos garotos devem ter tentado convidá-la para sair, certo? Claro, eu não quero que ela namore qualquer um, mas...!
Enquanto Kyoutarou analisava a situação, a irmã ressuscitada rastejou rapidamente para o lado do pai, então olhou para ele com um sorriso malicioso semelhante ao do avô.
— Então? Você vai me contar ou não, pai?
— Contar o quê?
— Sobre a Inglaterra! Você conheceu alguma bela mulher loira ou não? Você deve ter sido convidado para toneladas de festas como diplomata, certo? Nenhum político apresentou você a uma jovem agradável?
— Ah, isso?... Sim, acho que havia algumas mulheres bonitas, agora que você mencionou.
Ele participava de festas com uma companheira feminina de vez em quando devido à natureza do seu trabalho, e ocasionalmente, ele convidava sua colega de trabalho solteira para ir com ele, mas geralmente ia sozinho. Às vezes, as pessoas perguntavam se ele estava interessado em namorar a filha deles quando descobriam que ele era solteiro, mas ele nunca dava muita importância, já que achava que estavam brincando ou apenas tentando ser educados. No entanto, quando ele explicou isso para Yuki, ela parecia expressar algum ceticismo.
— Tem certeza de que eles estavam apenas tentando ser educados?
— Eles estavam obviamente brincando. A filha de um homem, por exemplo, ainda estava na casa dos vinte anos.
As coisas ficaram um pouco... interessantes entre Kyoutarou e a filha desse homem quando ela bebeu um pouco demais, mas ele achou que era algum tipo de armadilha, já que havia uma importante conferência internacional chegando. Felizmente, a colega de trabalho que ele sempre convidava para acompanhá-lo nessas festas aconteceu de vê-lo e correu para salvá-lo antes que algo sério acontecesse. Ela continuou a repreendê-lo depois disso também.
— Você sabe que não aguenta bebida, Sr. Kuze! Você precisa ser mais cuidadoso com pessoas assim! — Ela gritara. A partir daquele dia, ela se autoproclamou “guarda-costas contra armadilhas” e começou a frequentar mais e mais festas com ele... mas se alguma coisa, Kyoutarou estava preocupado que talvez essa jovem e bela colega de trabalho fosse a verdadeira armadilha.
Ela é muito madura, independente, e nunca pergunta sobre nenhuma informação confidencial, porém…
Mas depois de pensar um pouco, ele percebeu que isso não era algo que deveria contar à sua filha, então simplesmente acrescentou:
— Ninguém está interessado em um japonês divorciado, de meia-idade e com filhos.
Ele realmente se sentia assim, e mesmo que alguma mulher maravilhosa demonstrasse interesse nele, Kyoutarou não tinha intenção de se casar novamente... No entanto, Yuki continuava a pressionar o assunto, sem mostrar sinais de desistir.
— Então que tal uma viúva sexy de meia-idade? Não havia realmente nenhuma mulher mais velha e jovem com filhos com quem você pudesse conversar e fazer uma conexão?
— Hã? Ah, uh... Há uma diplomata francesa que conheci durante uma conferência que se encaixa nessa descrição…
— Sério?!
— Uma bela mulher francesa!
A descrença de Masachika e a diversão de Yuki se chocaram enquanto gritavam um com o outro.
— Quero dizer, ela tem uma filha que mora na França enquanto trabalha no exterior, então meio que nos demos bem. Só isso.
Mencionou como se quisesse acalmar as expectativas de Yuki, mas seu comentário só fez com que ela estreitasse ainda mais o olhar.
— Mas, pai, você disse que há uma diplomata francesa, não que havia. Parece que vocês dois ainda estão mantendo contato, se você quer saber.
— Hmmm?! Não, uh...
Kyoutarou ficou essencialmente sem palavras com a observação perspicaz dela, mas não terminou por aí, pois seu filho seguiu com outro ataque incisivo.
— Espere. É para quem eu estava enviando aqueles produtos de anime há cerca de seis meses atrás?
— Hmmm?! S-Sim, poderia ser.
— Hmm? Ahhh! Agora eu lembro! A carta!
Seu pai desviou o olhar sem motivo aparente, mas aparentemente, a filha dessa diplomata francesa era fã da subcultura japonesa, então tentou usar as conexões de sua mãe para ver se conseguia alguns produtos de um certo programa que gostava.
Ela acabou enviando a Kyoutarou uma carta que mostrava claramente muito esforço e paixão, pois tentou escrever em japonês, apesar de estar longe de ser uma falante nativa, então não havia como ele recusar. Portanto, ele pediu a Masachika que pegasse os produtos e os enviasse para ela. Tudo o que ela queria era relativamente fácil de conseguir no Japão, então Masachika assumiu o trabalho para ajudar seu pai.
A filha prontamente escreveu uma mensagem sincera para expressar sua gratidão, que Kyoutarou encaminhou para Masachika, e tanto Masachika quanto Yuki ainda se lembravam vividamente.
— Fufufu. Ah, pai. Você nunca deveria contar uma mentira. Parece que você tem uma relação muito próxima dela.
— Não, de jeito nenhum. Ela me levou para um almoço leve para me agradecer, mas só isso. Como duas pessoas que representam países diferentes, no fundo, estamos sempre tentando ler um ao outro e somos suspeitos um do outro até certo ponto, então...
Os lábios de Yuki apenas se curvaram para cima quanto mais ele tentava explicar.
— Um amor proibido entre dois diplomatas de diferentes países... Você deve seguir seu coração, não importa o que os outros digam.
— Na verdade, não há nada proibido nisso...
— Siga seu coração. Case-se com essa bela mulher loira e, enquanto isso, mande a bela filha dela para o Japão. Você consegue imaginar? Um dia, ela toca a campainha de repente, se apresenta como a nova meia-irmã de Masachika, e três segundos depois, eles estão morando juntos. Não soa maravilhoso?
— Não, na verdade não! Que tipo de porcaria suja você anda lendo ultimamente?!
Reclamou Masachika, parado atrás de sua irmã, cujo cérebro estava em modo completamente degenerado. No entanto, Yuki ignorou seu irmão e continuou.
— A propósito, quantos anos tem a filha dela?
— Uh... Acho que ela tinha cerca de quatorze ou quinze anos?
— Oh? Então ela seria a nova irmã mais nova de Masachika! Provavelmente teríamos que lutar pela posição!
— Sim, claro. Vocês duas seriam melhores amigas.
— Será que isso poderia ser o início de uma guerra ao estilo de uma comédia romântica entre uma meia-irmã loira e uma colega de escola de cabelos prateados pelo amor de Masachika?!
— Não.
— Hmm? 'Colega de escola de cabelos prateados'? Ah, é a garota sobre a qual ouvi falar outro dia? Uh...
Kyoutarou parou enquanto tentava lembrar... De repente, a porta deslizante se abriu com um estrondo. Todos os olhos naturalmente se voltaram para a entrada, onde encontraram Tomohisa com um sorriso radiante.
— Alisa Kujou! Certo?! Aconteceu alguma coisa? Vocês estão namorando?!
Ele entrou no quarto apressadamente, sabendo exatamente de quem estavam falando.
— Desculpe desapontá-lo, vovô, mas nada aconteceu. Não há nada entre nós.
Masachika franziu a testa enquanto desviava o olhar dos olhares curiosos de seu pai e avô. Claro, Yuki não ia deixá-lo escapar tão facilmente.
— Ela e Masachika aparentemente têm feito o dever de casa de verão juntos. Sozinhos em casa! Só os dois! E eles têm feito isso muitas vezes!
— Ooooh?!
— Heh. Esse é o meu garoto.
— Não, nós só estamos fazendo o dever de casa juntos. Só isso….
Masachika explicou desesperadamente, claramente ainda mais irritado com o entusiasmo de todos. Independentemente disso, Yuki não era uma desistente.
— O réu afirma que é inocente, mas quando eu estava no quarto dele outro dia…
— Quem você está chamando de réu?
Ignorando seu irmão, Yuki cobriu a lateral da boca como se estivesse prestes a revelar um segredo. Depois que Kyoutarou e Tomohisa se inclinaram para frente, os olhos brilhando de curiosidade, ela sorriu e continuou:
— Eu encontrei cabelo prateado da Alya na cama do Masachika! Oh meu Deus! Eu me pergunto o que eles estavam fazendo, certo?! Pisca, pisca! Talvez eles estivessem apenas praticando o que aprenderam na aula de anatomia humana?!
— Inacreditável. Então? Você aprendeu alguma coisa? Conseguiu créditos suficientes para finalmente se formar?
— Não! Agora pare de brincar de detetive e inventar cenários estranhos, especialmente quando envolve a Alya! É rude!
Masachika respondeu com raiva ao comentário grosseiro de Tomohisa.
Com um sorriso suave, Yuki colocou a mão no ombro do irmão.
— Eu sei. Você é um virgem sem coragem, então não há como você tentar algo com a Alya. Sim. Todos sabem disso.
— Com licença? Está procurando uma briga? Porque--
— Claro que não. Estou do seu lado. É por isso que planejo ajudá-lo durante nosso próximo encontro do conselho estudantil. Alya vai estar caidinha por você antes que perceba.
— Eu preferia que não.
— O que você prefere: o maiô da Alya saindo e flutuando embora, ou ficar preso em uma ilha deserta com ela--?
— O que há de errado com você? Está ficando louca? Eu não posso escolher só um.
— Tudo bem, vou garantir que a parte de cima do biquíni da Alya caia depois que você e Touya forem banidos para uma ilha deserta juntos.
— Espere. Não. Ficar preso em uma ilha com Touya parece um inferno. Você disse juntos--
— Você me interrompeu antes de eu terminar minha frase. O que eu ia dizer era 'juntos com Touya.'
— Tsk...! Não acredito que caí em uma armadilha tão simples... Quem iria querer ver algo assim?
— Uma fujoshi gostaria. Além disso, há caras que gostam de ver garotas fofas de biquíni, mas não gostam quando há outros caras na cena.
— Ah, como eu, né?
— Exatamente. Então você provavelmente deveria começar a se transformar em uma garota primeiro se quiser se juntar a nós.
— 'Primeiro'? Ótimo. Tem mais.
— Não se preocupe. Caras comuns se transformam em mulheres bonitas quando trocam de sexo. É uma daquelas regras não escritas do mundo.
— Mesmo que eu pudesse fazer algo assim, como eu deveria explicar isso para os outros do conselho estudantil?
— Hã? Obviamente, nós o apresentaríamos a eles como sua prima, Chika Kuzemasa.
— Uau, ótimo nome. Isso vai enganá-los.
— Não se preocupe! Eu vou chamá-lo de Mana Chika!
Vendo Yuki brincando e tentando ajudar Masachika com sua vida amorosa, qualquer preocupação que Kyoutarou pudesse ter desapareceu.
Ah, graças a Deus... Parece que eu estava apenas exagerando. Sim, o que eu estava pensando?
Esses dois irmãos nunca cometeriam tal tabu. Entretanto a ideia era absurda, e Kyoutarou ficou envergonhado de que o pensamento sequer passou por sua mente.
Eles são apenas próximos. Sim... E isso é uma coisa boa.
Uma vez que chegou a essa conclusão, Kyoutarou observou calorosamente seus filhos junto com Tomohisa... Yuki de repente envolveu seus braços ao redor de Masachika por trás, e em seguida, envolveu suas pernas firmemente ao redor dele também.
— Há algo de errado?
— Oh, não... Eu apenas dei um abraço no papai mais cedo, então pensei em dar um em você também.
— Isso não é realmente um abraço. É mais como um passeio nas costas... e você está pesada.
— Com licença? Você acabou de dizer a uma jovem que ela está pesada?
— Sim?
— Como você ousa!
Gritou Yuki, mostrando seus dentes enquanto se aproximavam do pescoço dele, até que...
— Nom, nom, nom.
— Pare de me morder.
— Hmm... Eu diria que isso é carne de grau A2.
— Hmph! Me dá um desconto. Sou pelo menos grau F1.
— Não existe grau F1. Não estamos falando de carros.
— Sim, eu entendo, mas geralmente é um F nessas situações.
— Você quer dizer como Minha Irmãzinha Me Chamou de Carne de Grau F1, Então Me Tornei o Melhor do Refeitório da Escola?
— Sim, algo assim — Espere. Você acabou de dizer 'refeitório da escola'?
— Sim, mas isso era só o subtítulo. O título principal é Daquela Vez Que Reencarnei Como Carne.
— Que diabos?! Que tipo de título é esse?! Eu vou ser comido?!
— O protagonista renasce em outro mundo como um Minotauro e começa a trabalhar como chef em um refeitório escolar depravado, ignorante de culinária, onde ele cozinha sua própria carne, e sempre que as heroínas comem sua comida, elas gritam, 'Delicioso!' enquanto suas roupas explodem dos seus corpos.
— Você não pode enganar as pessoas a lerem isso só porque você despir algumas garotas fofas.
— Ah, a propósito, todas as heroínas são trolls literais.
— Droga. Que nojo.
— Como você pode dizer isso? Esta é uma história sobre diferentes criaturas e raças encontrando um terreno comum e compartilhando alegria através da comida. É uma história realmente comovente.
— Menos o canibalismo, talvez.
— E no final, quando o protagonista deixa a neta do diretor da escola comer seu braço direito restante, seus lábios se curvam em um sorriso agridoce, e ele diz: 'Bem, parece que não vou poder cozinhar mais.' De partir o coração, né?”
— Você teria que ser legalmente insano para querer ler isso.
— A história termina com o protagonista se vingando da irmã que zombou dele, fazendo a culinária mais incrível com seu coração.
— Essa é a pior história de vingança que já ouvi! Nojento!
— Mas, bem, a irmã dele também é uma Minotauro e vegetariana, então ela não comeu.
— Esse final realmente deixou um gosto ruim na minha boca. Arruinou tudo.
— Mas, fora o final, o que você achou?
— Acho que você está doente.
Enquanto Yuki gargalhava, sacudindo violentamente Masachika, Kyoutarou continuava a sorrir. Ele desviou levemente o olhar e pensou:
Sim, talvez eles sejam um pouco próximos demais.
Este Capítulo foi traduzido pela Mahou Scan entre no nosso Discord para apoiar nosso trabalho!