Volume 2
Capitulo 57: Infantil
Enquanto Ye Wanwan e a Velha Madame conversavam animadas sobre Si Yehan, o clima do jantar era bastante harmonioso. Si Yehan não parecia se importar muito com as reclamações vindas da sua avó.
Embora ele tenha falado apenas algumas palavras, era óbvio que, na presença da matriarca, o sujeito parecia mais íntimo e caloroso em comparação com a sua atitude habitual.
A madame tinha preparado uma mesa cheia de comida, todas deliciosas. O plano inicial da garota era comer com moderação, já que queria causar uma boa primeira impressão, mas as mãos do demônio não paravam de se mover para o seu prato enquanto mantinha silêncio. De vez em quando, ele adicionava mais comida a sua poção, e quando ela se deu conta disso, percebeu que havia comido três tigelas de arroz sem que notasse.
— Ugh, pare de me dar comida. Não consigo comer mais! — Olhando para a pequena montanha que foi erguida na sua frente, o rosto da jovem se encheu de tristeza.
“Nesse ritmo, a vovó vai acabar achando que eu sou um balde de arroz!*”
Ao ver o seu rosto tristonho, Si Yehan esticou a mão e colocou a tigela dela na sua frente, terminando de comer o que havia restado no pote.
“Esse cara… ele não é maníaco por limpeza…?” Ye Wanwan ficou surpresa, mas supirou de alívio ao ter o seu fardo dividido.
Presenciando aquela interação, o coração da Velha Madame se aqueceu de alegria. “Ela é do jeito que o meu neto descreveu. Não tenho frescuras para comer. É muito melhor de se ver do que aquelas mulheres mesquinhas que só bebem água.”
Depois do jantar, a matriarca estava preocupada que Wanwan estivesse se sentindo entediada por fazer companhia a ela, então sugeriu de forma pensativa: — Pequeno nono, já que esta é a primeira vez que ela vem aqui, por que você não a leva para passear?
Si Yehan assentiu.
— Então, estamos indo, vovó! — A garota se despediu e seguiu o indivíduo até o pátio.
A noite estava fria como as águas de um rio no inverno, o céu acima estava coberto de estrelas e o ar estava impregnado com o rico aroma da vegetação. Embora não fosse semelhante ao Jardim Jin Imperial, com a sua madeira verde e artesanato intrigante, a casa ancestral, mesmo sem muitos detalhes, tinha seu próprio estilo distinto.
Fazer uma caminhada ajudava na digestão depois de uma refeição e era bastante satisfatória. A mulher logo percebeu que a ansiedade que estava sentindo por visitar a família tinha desaparecido. Com a mente mais leve, finalmente, foi capaz de apreciar a luz fraca da noite.
Quanto a Si Yehan, que estava ao seu lado, pode perceber que havia algo de errado nele. Apenas um momento atrás, durante o jantar, eles estavam se divertindo, mas agora, o homem parecia fechado. Se inclinando para visualizar o seu rosto, não deixou de notar a sua testa franzida em desagrado. Também, as suas passadas estavam cada vez mais aceleradas.
As pernas pequenas e curtas de Ye Wanwan não conseguiam acompanhá-lo, por isso estava ficando para trás. “Como e quando eu deixei esse cara chateado? Disse algo de errado na conversa com a Velha Madame? Parecia estar tudo bem…”
Ela tinha um pouco de medo do escuro. Se tivesse alguém por perto, ficaria bem, mas estando sozinha, o medo veio pesado em instantes. Vendo que a pessoa a sua frente estava sendo engolida pela escuridão, a jovem correu até alcançá-lo e agarrou uma de suas mãos.
No momento em que completou o gesto, a aflição imediatamente se dissipou. Após seu renascimento, curiosamente, ela podia sentir com precisão as mudanças de humor de Si Yehan, então não demorou a notar que toda nuvem sombria que ele carregava nos ombros tinha desaparecido.
Ela piscou os olhos, espantada.”Isso… ele estava fazendo birra em silêncio o caminho inteiro só porque não segurei a mão dele quando saímos? Si Yehan não seria tão… infantil, seria?”