Volume 1

Capitulo 24: Uma tempestade violenta

Depois de enviar aquele breve SMS, Wanwan não viu mais necessidade de se importar com aquele assunto. Em vez disso, continuou sua corrida de estudos contra o tempo.

No Jardim Jin.

O sol e a terra já tinham sido revirados, estava tudo uma bagunça completa…

O homem sentado no sofá tinha um olhar maníaco. Seus olhos escuros quanto uma noite de inverno; sangue pingava da mão, cortada pelo copo de vidro que estava segurando com força; a mesa de café no centro da sala tinha sido chutada e estava de cabeça pra baixo. Em geral, uma atmosfera pesada cercava o cômodo, ameaçando causar estragos.

Todos os servos da casa estavam tremendo, escondidos no canto. Não ousavam dizer nenhuma palavra, corroídos pela pressão e o medo.

Suor frio escorria da testa de Xu Yi enquanto estava de pé ao lado do sujeito rígido. Sentindo calafrios, os seus olhos desceram para o aparelho celular esmagado no tapete, e a sua expressão se encheu de desespero ao ver o que estava sendo exibido na tela.

A qualidade do objeto era muito boa e,embora a tela estivesse destruída, o display ainda podia exibir com clareza a imagem da carta de amor que havia aparecido. “Porra! Eu devia saber que isso ia acabar acontecendo!”

“Essa mulher é louca por aquele cara de sobrenome Gu, tanto que não ficou nem aí quando ele deu um fora nela e o noivado deles foi cancelado, e nem desistiu mesmo sendo obviamente uma causa perdida. Como é possível que alguém assim tenha mudado de ideia e agora queira se dar bem com o chefe?”

“O pé da frente mal terminou de enganar o mestre, e o pé de trás já está correndo atrás do Gu Yueze de novo? E ainda escreveu uma carta de amor tão nojenta! Ela não sente vergonha?!”

Na carta, havia um poema que, basicamente, dizia: “estou disposta a ser a lapela do seu casaco, para sentir seu cheiro; estou disposta a ser o cinto do seu casaco, para segurar a sua cintura; estou disposta a ser seu creme de cabelo, para acariciar os seus fios de cabelo negro…”

“Que poema obsceno! Não é à toa que o mestre está tão zangado! Ela não passa de uma mulher! Já que não quer ser obediente, ele devia mantê-la presa dentro da casa, não há porquê mimar uma pessoa como essa.”

“Mas o mestre acabou caindo na armadilha feita de algumas palavras doces dela.”

Nesse momento, a aparência do nono mestre era tão turva quanto a água. A besta dormente dentro do seu corpo tinha sido solta da jaula, e estava afiando as garras, tomada por sede de sangue.

“Wanwan… eu tinha dito que essa seria a última oportunidade que eu estava te dando… a última vez que eu confiaria em você…”

— Tragam-na de volta. — a voz rouca dele soou do sofá.

— Sim! Irei mandar os homens! — respondeu o secretário, assustado.

Rapidamente, uma fileira de carros pretos avançou para fora da mansão noite adentro. Na sala de estar, todos os funcionários mantiveram o silêncio, seus corações repletos de ressentimento e indignação. “Desde o dia que essa mulher chegou aqui, nunca tivemos um dia de paz, e a casa virou uma bagunça por ela.”

Xu Yi olhou para fora a partir da janela, olhando para a escuridão da noite. O seu coração também estava pesado; tinha medo de uma nova tempestade violenta se aproximar, assim que ela chegasse.

“Não faço ideia do que vai acontecer quando ela voltar!” Era incerto quem tinha mais azar ali, ela ou os servos que trabalham ali.

DING—

Uma notificação chegou no celular jogado e a tela também se acendeu. O secretário se agachou e pegou o aparelho sem pensar, dando uma olhada na notificação que apareceu. No segundo seguinte, suas sobrancelhas se franziram.

“A carta de amor de novo?”

Era uma foto apenas da carta em si. Outro “DING” soou logo em seguida. Dessa vez, foi um SMS. Na mensagem, havia um emoji fazendo uma expressão bajuladora e doce, cheia de amor.

Olhando para o remetente, notou que não tinha sido Shen Mengqi aquela que enviou as duas últimas mensagens, na verdade era… Ye Wanwan!

“O que… isso quer dizer? Espera… aquela carta nojenta falando de amor até a morte não tinha sido escrita para o Gu Yueze, mas para… o mestre?! PUTA QUE ME PARIU!!!”



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