Volume 2

Interlúdio 1

“…Uh, qual exatamente foi a intenção dessa história?”

Espera aí. Especialmente aquela última parte; o que foi aquilo?

Eu achava que ela estava começando bem lá atrás, e então soltou uma história especialmente embaraçosa para mim. Não era isso que essas histórias deviam fazer, revelar a verdade sobre a morte da Siesta? Essa foi só uma armadilha para me humilhar...

“Ops, história errada.”

“Isso foi totalmente de propósito!”

Siesta, que apareceu novamente na tela, abaixou a cabeça ligeiramente. Seu rosto ainda estava impassível.

Sério, não faça armadilhas para me pegar um ano antes...

...Pensando bem, foi assim que Siesta e eu decidimos que era do interesse de ambos ficarmos juntos antes de partirmos na nossa jornada.

“Rgh! Por que a senhora escolheu um cara baixo como o Kimizuka ao invés de mim?”

“Calma, Charlie. Isso foi há quatro anos atrás; qual o sentido de ficar com ciúmes agora? E não me insulte só porque pode.”

“Ghk! Como é que os dois já tinham prometido se casar anos atrás...?”

“Calma, Natsunagi. Por que você também estaria com ciúmes?”

“Haaah, você realmente é uma criança, Kimizuka,” disse Saikawa. “Você não entende os sentimentos das meninas.”

“Diz a mais nova aqui.”

Puxa, isso está virando uma rotina—uma pessoa fala algo estúpido, todo mundo começa, e não para até todos se esgotarem? Eu não tenho resistência para fechar a boca de todos...

“Tudo bem, eu realmente vou mostrar um incidente importante que está relacionado à verdade da minha morte a seguir, mas—antes de fazer isso, vou dar uma dica para os quatro,” explicou Siesta para nós. “Não leiam mal as informações individuais. Prestem atenção em quem está dizendo o quê naquele momento. E duvidem sempre do que estão vendo. Quero que lembrem disso a partir de agora.”

“Duvidar do que vemos…” Natsunagi murmurou baixinho. Então ela olhou para mim. “Hã? Talvez esse não seja realmente o Kimizuka...?”

“Eu sei que a Siesta tinha essa coisa de esquecer como eu sou se não me visse por dois dias, mas você pode deixar essa mentira para lá. Não precisa honrar tudo do último desejo dela.”

E isso definitivamente não foi o que ela quis dizer com isso, tá?

“Agora que isso está resolvido, vou mostrar o próximo clipe,” disse Siesta. Na tela, a cena mudou. “Meu assistente deve se lembrar dessa parte também.”

A tela mostrou as ruas de Londres.

Siesta e eu estávamos entrando em um prédio de tijolos.

“Tenho quase certeza de que isso é…”

Um pouco mais de um ano atrás. Eu reconheci o prédio onde moramos e tivemos nosso escritório. E o que aconteceu naquela cidade—

“Tudo bem, aqui vamos nós.”

Siesta sinalizou que a história estava prestes a seguir em frente.

“A partir daqui, tentem descobrir a verdade sobre a minha morte.”



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