Classroom of The Elite Japonesa

Tradução: slag

Revisão: slag


Volume 1

Capítulo 11: O Começo

CHABASHIRA-SENSEI entrou na sala, olhando ao redor, surpresa com os alunos. Todos estavam claramente ansiosos, prendendo a respiração na expectativa dos resultados da prova.

— Sensei, nos disseram que os resultados seriam divulgados hoje, mas quando?

— Não há necessidade de se preocupar tanto, Hirata. Você deveria ter passado com facilidade.

— Então, quando os resultados serão divulgados?

— Bem, se quiserem, agora é tão bom quanto qualquer outro momento. Se esperássemos até o final da aula, não teríamos tempo suficiente para outros procedimentos.

Alguns alunos reagiram visivelmente às palavras "outros procedimentos".

— O-que… você quer dizer com isso?

— Não se alterem. Vou explicar agora.

Como de costume, ela revelou os detalhes de forma simultânea e coletiva. Prendeu uma grande folha branca no quadro, com os nomes de todos e suas notas.

— Honestamente, estou impressionada. Não achei que vocês tirariam notas tão altas. Muitos alunos conseguiram nota perfeita em matemática, japonês e estudos sociais. Na verdade, mais de dez de vocês.

Alguns alunos gritaram de alegria ao verem os 100 na folha de resultados. Porém, alguns não estavam sorrindo. A única nota que realmente importava era a de Sudou em inglês.

Então—Vimos as notas de Sudou. Ele tinha tirado sessenta pontos em quatro das cinco matérias principais, o que era consideravelmente alto. Mas em inglês, ele tirou trinta e nove pontos.

— Sim! — Sudou pulou e gritou de alegria. Ike e Yamauchi se levantaram e comemoraram também. Não havia nenhuma linha vermelha na folha de resultados. Kushida e eu trocamos um olhar e suspiramos aliviados. Horikita não sorriu nem comemorou, mas parecia aliviada.

— Mostramos a você, sensei! Quando realmente nos esforçamos, podemos fazer qualquer coisa! — Ike exibia um sorriso convencido e confiante.

— Sim, reconheço isso. Vocês se saíram muito bem. No entanto — Chabashira-sensei segurava uma caneta vermelha na mão.

Sudou deixou escapar um "Hã?" sem querer.

Ela desenhou uma linha vermelha logo acima do nome de Sudou.

— Q-Que é isso? O que significa?

— Você reprovou, Sudou.

— Hã? Você está mentindo, certo? Não me diga isso! Por que eu reprovei? — gritou ele.

É claro que Sudou foi o primeiro a protestar. Diante da reprovação de Sudou, toda a sala virou de cabeça para baixo. Paramos de comemorar e entramos em confusão.

— Sudou, você reprovou na prova de inglês. Isso é tudo.

— Não brinca comigo! Eu tirei trinta e nove pontos! Eu passei!

— Quando alguém disse que trinta e nove pontos era nota de aprovação?

— Não, não. Você disse isso, sensei! Certo, pessoal? — gritou Ike.

— Digam o que quiserem, não vai adiantar. Essa é a verdade inegável. Para passar no exame de meio de semestre, era necessário tirar pelo menos quarenta pontos. Em outras palavras, você ficou apenas um ponto abaixo. Estava tão perto.

— Q-Quarenta?! Você nunca nos disse isso! Eu não aceito!

— Quer que eu explique como determinamos a nota de aprovação?

Chabashira-sensei escreveu uma fórmula simples no quadro: 79,6 dividido por 2 é igual a 39,8.

— Definimos a nota de aprovação para cada turma individualmente, assim como fizemos na última prova. Calculamos esse número dividindo a média da turma por dois. Foi assim que chegamos ao resultado.

Ou seja, qualquer nota de 39,8 ou menos era considerada reprovada.

— Eu forneci a prova de que você reprovou. Isso é tudo.

— Não pode ser… Então… Isso significa que vou ser expulso?

— Embora seu tempo aqui tenha sido curto, você se esforçou bravamente. Será necessário preencher um formulário de retirada após a aula, mas precisará de um responsável legal presente. Eu os contatarei para você.

Enquanto assistíamos à cena se desenrolar, com a professora despejando as informações como se estivesse dando um relatório casual, finalmente percebemos que isso realmente estava acontecendo.

— Quanto aos demais, bom trabalho. Todos passaram sem problemas. Estudem para também passar na prova final. Bem, agora—

— S-Sensei. Sudou-kun realmente será expulso? Não há nenhuma maneira de salvá-lo?

Hirata foi o primeiro a demonstrar preocupação, mesmo sendo odiado por Sudou, que havia rebatido verbalmente.

— Ele será expulso. Tirou nota de reprovação.

— Podemos, pelo menos, ver a prova de Sudou-kun?

— Mesmo que a vejam, não encontrarão nenhum erro de correção. Já esperava que vocês protestassem.

Ela tirou a prova de inglês de Sudou e entregou a Hirata, que imediatamente conferiu cada questão. Sua expressão escureceu ao chegar ao final.

— Não… há nenhum erro.

— Bem, se todos concordam, a aula acabou.

Chabashira-sensei anunciou de forma impiedosa a expulsão de Sudou, sem lhe dar uma segunda chance ou demonstrar a menor simpatia. Ike e Yamauchi, sabendo que palavras de conforto provavelmente teriam efeito contrário, permaneceram em silêncio. Hirata também ficou quieto. Tristemente, alguns alunos pareciam aliviados. Estariam felizes que um incômodo como Sudou estava sendo removido da turma?

— Sudou, venha à sala dos professores após a aula. Isso é tudo.

— Chabashira-sensei. Posso ter um momento da sua atenção?

Embora tivesse permanecido em silêncio até então, Horikita ergueu seu braço esguio e falou. Até aquele momento, ela nunca havia feito comentários voluntários. Chabashira-sensei e o restante da turma pareciam chocados com essa anormalidade.

— Bem, isso é incomum, Horikita. Por quê?

— Mais cedo, a senhora disse que a nota de aprovação da prova anterior era trinta e dois pontos. Esse número foi obtido usando a mesma fórmula que nos mostrou hoje. Não houve erro no cálculo da nota de aprovação da última prova?

— Não houve erro.

— Então, isso levanta mais uma questão. Eu calculei a média da prova anterior em 64,4 pontos. Se eu dividir isso por dois, obteria 32,2 pontos. Em outras palavras, mais do que 32 pontos. Mesmo assim, a nota de aprovação foi definida em 32. Isso significa que vocês ignoraram a casa decimal. Isso contradiz o que fizeram desta vez.

— É isso mesmo. Se você seguir o que fez da última vez, a nota de aprovação do meio de semestre deveria ser trinta e nove pontos!

Em outras palavras, a nota geral de Sudou indicava que ele teria passado por pouco.

— Entendi. Então você antecipou que Sudou passaria por pouco? Você só tirou uma nota extremamente baixa em inglês, afinal.

— Horikita, você…

Sudou percebeu algo. Os outros alunos também ficaram surpresos ao entender o que havia acontecido. Horikita havia tirado nota perfeita em quatro das cinco matérias principais, mas havia obtido uma nota extremamente baixa de cinquenta e um pontos em inglês. Seu inglês destoava de suas outras notas.

— Você realmente—

Sudou percebeu o que ela havia feito. Para baixar a média da prova de inglês, Horikita havia intencionalmente sabotado sua própria nota o máximo que pôde.

— Se você acredita que meu raciocínio está errado, poderia me explicar por que o cálculo difere entre esta prova e a última? — ela perguntou.

O último raio de luz. Nossa última esperança.

— Entendi. Nesse caso, explicarei com mais detalhes. Infelizmente, seu cálculo está errado. Não simplesmente ignoramos a casa decimal ao calcular a nota de aprovação. Arredondamos os números para cima ou para baixo. Na última prova, arredondamos para baixo até trinta e dois pontos, e nesta, arredondamos para quarenta. Aí está a sua resposta.

— Tch…

— Você deveria ter percebido que arredondamos os números, mas para manter essa possibilidade… Bem, azar. De qualquer forma, o primeiro período vai começar em breve. Vou indo.

Horikita não tinha mais nada para contra-argumentar, então permaneceu em silêncio. Ela não podia contradizer nada do que Chabashira-sensei havia dito. Seu último recurso havia sido eliminado. A porta da sala se fechou com estrondo, e o silêncio tomou conta do ambiente.

Sudou, ainda tentando processar essa nova realidade, olhou para Horikita. Ela havia intencionalmente baixado suas notas ao máximo, tudo para impedir a expulsão de Sudou.

— Desculpe. Eu deveria ter tentado abaixar minha nota um pouco mais — murmurou ela.

Horikita voltou lentamente para seu lugar. No entanto, a nota de cinquenta e um pontos em inglês já era consideravelmente baixa. Se ela tivesse tirado na faixa dos quarenta, poderia ter corrido o risco de ser expulsa.

— Por quê? Você disse que me odiava — disse Sudou.

— Não entenda mal. Fiz isso por minha própria causa. Mas, no fim, foi em vão.

Eu lentamente me levantei da minha carteira.

— P-Para onde você vai, Ayanokouji?

— Banheiro.

Com isso, saí rapidamente em direção à sala dos professores. Perguntei-me se Chabashira-sensei já havia chegado. Enquanto pensava nisso, a vi olhando pela janela para o corredor do primeiro andar, quase como se estivesse esperando alguém.

— Ayanokoji, hmm? A aula vai começar a qualquer momento, sabia? — disse ela.

— Sensei. Posso fazer uma pergunta?

— Uma pergunta? Foi por isso que você se deu ao trabalho de me seguir?

— Estou curioso sobre algo.

— Primeiro foi Horikita, agora você. O que exatamente está acontecendo?

— Você acha que a sociedade japonesa de hoje é justa?

— Que mudança de assunto incrível. E tão repentina. Há algum significado especial por trás dessa pergunta?

— É muito importante. Gostaria de ouvir sua opinião.

— Se você quer minha opinião pessoal, então, não, claro que não. O mundo não é justo, nem um pouco.

— Entendo. Sinto o mesmo. Acho que igualdade é uma ficção.

— Então você me seguiu apenas para fazer essa pergunta? Se for só isso, vou indo.

— Uma semana atrás, quando nos disse que o conteúdo da prova havia mudado, você também disse algo como "Esqueci de avisar vocês". Por causa desse esquecimento, fomos notificados da mudança uma semana depois das outras turmas.

— Sim, disse isso na sala dos professores. E daí?

— Cada turma recebeu as mesmas questões, os pontos foram refletidos da mesma forma para todos, e todas enfrentaram a mesma ameaça de expulsão. No entanto, a Turma D foi obrigada a fazer a prova sob condições injustas.

— Está dizendo que não consegue aceitar o que aconteceu? Mas é um excelente exemplo de como o mundo é injusto. Na verdade, poderia se chamar um microcosmo de nossa sociedade desigual.

— Certamente, a sociedade não é igual, não importa o quão idealista se tente ser. No entanto, somos seres humanos, seres vivos que podem pensar.

— O que você quer dizer com isso?

— Estou dizendo que devemos lutar por igualdade. Pelo menos um pouco.

— Entendi.

— Se você realmente esqueceu de nos avisar, ou se foi um deslize intencional, isso não é o ponto principal. O fato é que uma pessoa está sendo expulsa desta escola por causa dessas condições injustas.

— Então, o que você quer que eu faça?

— Por isso estou aqui. Gostaria de tomar as medidas apropriadas para me reunir com a escola, a causa direta dessa desigualdade.

— Para dizer a eles que você discorda?

— Só quero confirmar com as pessoas certas se elas acreditam que a escola tomou a decisão correta.

— Que pena. O que você disse não está errado, mas não posso permitir que faça isso. Sudou será expulso. Essa decisão não pode ser revertida neste estágio. Desista.

Ela ignorou meu argumento, mas suas palavras continuavam lógicas. Como eu imaginava, suas falas sempre carregavam algum significado oculto.

— Você disse que "não pode ser revertido neste estágio". O que significa que talvez haja uma forma de reverter a decisão.

— Ayanokoji, pessoalmente, tenho uma consideração alta em você. Pensei assim desde que atribuí essa prova. Conseguir os problemas da prova antiga foi certamente uma solução correta. Tal ideia vai além do que muitos teriam considerado. Além disso, você distribuiu os problemas antigos para toda a turma e aumentou a média de notas. Tenho que elogiar uma decisão tão lógica. Honestamente, você se saiu muito bem.

— Kushida foi quem obteve os problemas e os distribuiu. Eu realmente não fiz nada.

— Entendo por que você não quer que isso se espalhe, mas não se esqueça de que há alunos mais velhos também. Já sei que você contatou um estudante do terceiro ano.

Aparentemente, minhas ações eram mais evidentes do que eu imaginava.

— No entanto, apesar de sua ousadia em obter essas questões, você cometeu um erro no final. É por isso que seu plano falhou. Se Sudou tivesse memorizado o material com mais profundidade, não teria reprovado em nenhuma matéria, certo? Honestamente, por que você não desiste e deixa Sudou ser expulso? Não seria mais fácil no futuro?

— Honestamente, você provavelmente está certa. No entanto, decidi dar uma mãozinha. Acho que é cedo demais para desistir. Ainda me resta uma coisa a tentar.

Tirei meu cartão de estudante do bolso.

— O que você está planejando?

— Por favor, me venda um ponto que eu possa aplicar na prova de inglês do Sudou.

…………

Os olhos de Chabashira-sensei se arregalaram, e então ela riu alto.

— Hahahahaha! Que ideia interessante. Você realmente é um aluno diferente. Nunca imaginei que tentaria comprar pontos.

— Você disse isso no dia em que fomos admitidos, não foi, sensei? Você disse que podemos comprar qualquer coisa com nossos pontos. A prova de meio de semestre é apenas mais uma "coisa" nesta escola, afinal.

— Entendi, entendi. Certamente você pode ver dessa forma. Mas você tem pontos suficientes para pagar por isso?

— Bem, quanto custa um ponto de prova?

— Agora, essa é uma pergunta difícil, não é? Nunca me pediram para vender pontos de prova antes. Vamos ver… Visto que esta é uma ocasião especial, vou vender um ponto de prova pelo preço excepcional de 100.000 pontos.

— Que crueldade, sensei.

Todos nesta escola já haviam gasto pelo menos alguns de seus pontos. Absolutamente ninguém tinha 100.000 para gastar.

— Eu pago também — disse alguém atrás de mim. Quando me virei, encontrei Horikita ali.

— Horikita… — disse eu.

— Heh. Exatamente como pensei. Vocês dois são interessantes.

Chabashira-sensei pegou meu cartão de estudante. Depois, pegou o de Horikita.

— Muito bem. Aceito o acordo de vocês. Vou vender um ponto de prova para aplicar na prova do Sudou, cobrando um total combinado de 100.000 pontos de ambos. Quanto à expulsão de Sudou, podem informar à turma que isso não ocorrerá mais.

— Está certo?

— Vocês prometeram me pagar 100.000 pontos. Não há mais nada a fazer — Chabashira-sensei parecia simultaneamente exasperada e divertida. — Horikita, você entende o quão talentoso Ayanokoji é? Pelo menos um pouco?

— Eu me pergunto. Quando o observo, tudo o que vejo é um aluno desagradável.

— O que quer dizer com "desagradável"? — perguntei.

— Você tira notas baixas de propósito quando poderia facilmente tirar mais altas. Foi você quem teve a ideia de conseguir os problemas da prova antiga, mas deu o crédito a Kushida-san. Você ainda foi louco o suficiente para comprar pontos de prova. Não acho que você seja especial ou apenas desvie da norma. Acho você desagradável.

Então, ela também soube como eu obtive as questões da prova antiga.

— Talvez vocês dois realmente consigam alcançar as turmas de nível superior — disse Chabashira-sensei.

— Não sei quanto a ele, mas eu com certeza vou — respondeu Horikita.

— Ninguém da Turma D jamais foi promovido antes. A escola já os rotulou como defeituosos e vai descartá-los friamente. Como pretendem alcançar seu objetivo?

— Se me permite, sensei? — Horikita manteve o olhar firme em Chabashira-sensei. — Honestamente, talvez os alunos da Turma D sejam defeituosos. No entanto, isso não significa que sejam lixo.

— Qual é a diferença entre um produto defeituoso e lixo?

— A diferença é mínima. No entanto, com reparos, um produto defeituoso pode se tornar um artigo superior.

— Entendo. Quando você coloca assim, Horikita, devo admitir que soa estranhamente convincente.

Concordei com a opinião e achei as palavras de Horikita bastante significativas. Horikita, que antes desprezava os outros e os via como peso, estava mudando. Claro, nada era tão simples. Embora a transformação fosse apenas visível de forma sutil por fora, na verdade era uma mudança profunda. Um leve sorriso apareceu nos lábios de Chabashira-sensei, como se ela também tivesse notado.

— Bem, estou ansiosa para ver o que vocês farão a seguir. Como professora responsável pela turma, vou observá-los com muita atenção e cuidado.

Com isso, Chabashira-sensei se dirigiu à sala dos professores, deixando os dois no corredor.

— Bem, vamos voltar. A aula vai começar em breve — disse eu.

— Ayanokoji-kun.

— Hmm? Oof!

Horikita me acertou de lado.

— Para que foi isso?

— Por nada em especial.

Ela me deixou ali, enquanto eu segurava os lados em agonia. Caramba, que colega de turma… pessoa incômoda. Com esse pensamento, decidi correr atrás dela.



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