A Aurora Dourada Brasileira

Autor(a): W. Braga


Volume 1

Capitulo 15: A DESCOBERTA

Caiu a noite e todos pararam para montar acampamento e descansar da longa viagem.

A essa altura, já estavam fora do limite do deserto e entrando numa floresta desconhecida pelo grupo, mas que era conhecida como Nétria por todos que moravam naquela região.

Era considerada perigosa para muitos viajantes, cheia de mistério e poderes místicos ocultos assim como seu nome e sua origem.

Ali passaram a noite, tomando todos os cuidados para garantir a segurança da sacerdotisa Niara. Para não serem surpreendidos por nenhuma ameaça, pois para eles parecia ser perigoso esse lugar.

Porém, oculto estava o ser misterioso que os vinha seguindo.

Por baixo do seu capuz, um mero sorriso se fez presente, surpreso que eles haviam conseguido chegar até ali.

Rapidamente se escondeu nas sombras da noite.

Já havia passado do meio da noite: silêncio era quebrado constantemente pelo suave sopro do vento nos galhos das árvores que balançavam, ou pelas aves noturnas nas altas copas.

Darion estava de sentinela com seu arco e flecha, sempre apostos.

Sem perceber que a sacerdotisa Niara estava tendo outro dos seus pesadelos, até que ela acordou, gritando de pavor.

Isso fez com que o restante dos cavaleiros acordassem assustados, empunhando suas armas.

Portador do arco místico, imediatamente, preparou-se para atacar na direção onde ela se encontrava.

Rapidamente, Walery se levantou e foi na direção dela.

Sentou-se ao seu lado e abraçou-a para acalmá-la, pois a princesa chorava demasiadamente.

— Calma, estamos aqui! Vamos proteger você e o seu povo. — falou suavemente para acalmá-la.

O príncipe Igor, preocupado, perguntou, quando ela já estava mais calma:

— O que houve sacerdotisa?

— Foi um pesadelo! Uma revelação. Sonhei que era uma escrava entre muitos outros. Os reinos estavam todos destruídos e em chamas. Havia muita dor e morte pelas terras de Téryna.

— Estamos aqui para impedir que isso aconteça! Para garantir que a criatura da profecia seja morta! — argumentou Zabuana, demonstrando coragem.

— Sim, eu sei! Mas nesse pesadelo, a revelação foi diferente das outras que anunciavam a profecia. — falou Niara, com a voz trêmula, demonstrando um medo fora do comum.

— Mas diferente como? — perguntou Walery preocupado.

— Infelizmente, eu desconheço o que a revelação me apresentou! Mas era uma força da escuridão muito grande e que me cercava. Só pude ver os reinos em chamas.

Damário, vendo a reação dela, lembrou-se do que seu pai havia falado luas atrás, em relação às forças opressoras e escravizadoras da escuridão, que têm o poder de dominar uma terra inteira e estão muito próximas de se revelar.

— Fique calma, sacerdotisa! — pediu Walery, abraçando-a, tentando passar paz e conforto para ela.

Ao mesmo tempo, os outros ficaram pensando no que ela havia anunciado.

Niara deitou-se bem próxima da fogueira.

Walery cobriu-a com sua capa e continuou ao seu lado.

Ele viu os demais irem se deitar enquanto Darion continuava a vigília noturna.

Quando tudo já estava mais calmo, Walery também se deitou, acompanhado de seus pensamentos. "O que seria essa nova revelação?”.

Instantes depois, o sono chegou e ele também adormeceu.

Apesar da longa distância que separava o grupo do ser misterioso. Sentiu o poder liberado pelo sonho profético da sacerdotisa.

Observou sem interromper sua vigília, até que voltou a meditar e pela madrugada adentro.

Mais uma lua havia se passado.

O novo dia iniciou e lá estavam todos montados em seus cavalos.

Trotavam suavemente e lentamente em silêncio, sem comentar nada do fato ocorrido na noite anterior.

Dentro da linda floresta, ouvia-se o som da natureza, provocado pelos ventos calmos e refrescantes acompanhados pela bela melodia dos diversos pássaros da região.

O cheiro perfumado de muitas flores e plantas aromatizantes típicas do local: era sentido por eles a cada metro percorrido.

Em certo momento, a sacerdotisa parou, olhou para um dos lados e disse:

— Parem!

Eles olharam para ela surpreendidos.

— O que foi sacerdotisa? — perguntou Ferrety, que ia à frente do grupo.

Com gesto de uma das mãos, apontou para onde deveriam seguir.

— Vamos por essa trilha! — disse, com confiança em sua voz a respeito do caminho certo.

Sem questioná-la, os seis concordaram: com um gesto de cabeça, o príncipe Walery sinalizou para Ferrety continuar na frente de todos, enquanto os outros ficaram ao lado da sacerdotisa.

Agora continuaram em frente pelo novo caminho indicado por ela.

Afastado deles, há uma distancia sem ser percebida, a figura oculta parou e tomou outra direção, pois sabia aonde eles iriam e poderia ser perigoso para aquela figura enigmática.

Depois de caminharem por um longo tempo montados em seus cavalos, já em uma parte mais densa da floresta.

Encontravam dificuldade em trotar com os seus cavalos e decidiram desmontar, segurando-os pelas rédeas e seguiram agora a pé.

O silêncio tomou conta do lugar, nem o barulho dos galhos das árvores provocado pelo vento que batia momentos atrás existia mais.

Inesperadamente, uma rajada de vento frio os atingiu.

— Fiquem alerta! Sinto que estamos sendo observados! — falou Zabuana.

Em estado de alerta e preparados, o príncipe das Tribos do Oeste tomou a dianteira junto de Ferrety, que ergueu seu escudo.

Todos se prepararam para um ataque que poderia vir de qualquer parte e a qualquer momento.

Do meio da mata, um tridente prateado, de surpresa, cortou o ar, atingindo uma das árvores.

Era um sinal de aviso.

— Protejam a sacerdotisa! — pediu Walery.

Eles largaram as rédeas de seus animais e formaram um círculo em volta dela para protegê-la.

Uma voz misteriosa disse a eles:

— VOLTEM! Para sua segurança! Estão em um local proibido. Não vamos mirar em uma árvore da próxima vez!

— Quem você pensa que é para nos dar ordens? — perguntou o príncipe Darion com tom de autoridade. — Mostre-se! Eu ordeno!

A risada que foi dada ecoou por toda floresta.

— E você, quem pensa que é para dar ordens a mim? — disse a misteriosa voz.

— Eu sou o príncipe Darion...

— Você está muito longe de seu reino e, por isso, aqui nada vale seu nome e nem seu status! — interrompeu a voz misteriosa.

— Espere! — falou a jovem sacerdotisa Niara. — Estamos aqui, pois preciso da ajuda de sua rainha! — argumentou Niara sabendo quem falava no interior da mata.

— E quem é você?

— Meu nome é Niara. Sou a sacerdotisa do Templo das Três Luas na cidadela de Nincira do reino de Tanys. Por favor, preciso de uma audiência com a rainha!

O silêncio tomou conta do lugar.

— Esperem todos aqui!

Os jovens portadores dos objetos místicos em seus pensamentos indagavam a fala de Niara, “falar com sua rainha!”, pois conheciam os reinos de Téryna e nenhum ficava naquela região.

Todos ficaram em silêncio por um período.

Instantes depois escutaram som de cavalos vindo em direção a eles.

Saíram de dentro da mata fechada várias mulheres.

Os portadores dos artefatos místicos se surpreenderam, eles haviam ouvido falar de mulheres que habitavam certas florestas das terras de Téryna, mas eram só relatos sem sentido.

Eram as guerreiras amazonas: algumas montadas em belos cavalos e outras a pé.

Tinham grande beleza, seus corpos formosos e esculturais, cabelos de várias tonalidades, comprimentos e tipos.

Algumas usavam estranhas tiaras, porém todas usavam os mesmos braceletes, dourados ou prateados com símbolos misteriosos na parte de cima, representando o clã a que pertenciam.

Estavam em grande número, eram mais de cinquenta.

Os forasteiros perceberam que até nas copas das árvores elas estavam com seus arcos e as flechas apontados para eles, deixando-os surpresos com a ação rápida em cercá-los.

— Meu nome é Erika! Sou líder das sentinelas! Venham comigo, eu os levarei até a nossa rainha. — falou a linda e forte mulher, a mesma que falava com eles momentos antes.

Niara concordou com um gesto positivo de cabeça seguido de um sorriso amigável.

Eles montaram novamente em seus cavalos e assim foram escoltados para dentro da floresta que ficava cada vez mais densa e fechada a cada passo dados.

No centro da mata, as árvores eram altas e os troncos mais grossos, tão grossos que seriam necessários muitos homens para cercar uma delas.

O grupo estava cercado por amazonas montadas em seus cavalos e outras que seguiam a pé: atentas a qualquer movimento dos estranhos e indesejados visitantes.

Niara seguia à frente, observava tudo.

Quando chegaram ao grande povoado: havia muitas mulheres, jovens, adolescentes e crianças, também as mais velhas, mas não pareciam ter uma idade avançada.

Todas faziam diversos tipos de trabalhos. Eram mestres em várias artes.

Naquele momento era impossível contar quantas eram.

No alto das árvores, nas extensas copas, ficavam suas moradias, sustentadas pelos grossos galhos e por cordas feitas de Cipratas. Havia sido reconhecida por Niara, uma espécie de corda natural muito mais resistente e maleável.

As paredes das casas eram feitas de madeira e argila e o telhado de uma estranha palha.

Havia pontes suspensas estavam dispostas em todas as direções.

Perceberam também muitos animais selvagens: como lobos, leopardos, panteras, ursos, tigres de duas espécies, leões e leoas. Animais de pelos escuros ou claros, todos adotados e treinados por elas.

Além das muitas aves de rapina de todo o tipo de envergadura, os animais obedeciam fielmente às ordens de suas mestras.

Surpreso, o príncipe Darion comentou:

— Nunca vi tantas mulheres assim. Como pode? Onde estão os homens? E esses animais? Parece que vocês conseguem falar com eles! Como é possível?

— Aqui só vivemos nós, as mulheres, as mais fortes! — disse a amazona que os guiava. — O contato com os animais é um mistério para nós também, como se fosse um dom!

— O quê? — perguntou Walery. — E essas crianças?

— São filhas de nossas irmãs!

— Como se não existem homens aqui?!

— Algumas de nós são escolhidas com a permissão de nossa rainha. Elas saem da floresta... encontram-se com homens, que tenham boa postura e beleza. Para mantermos nossa linhagem sempre perfeita. A maioria de nós volta para cá, mas as poucas que ficam são as que se deixam levar pelas palavras enganadoras dos homens... demonstrando a fraqueza em seus corações! — disse a amazona olhando firmemente para a sacerdotisa Niara.

Isso deixou a sacerdotisa com uma expressão de dúvida em seu rosto e em seus pensamentos. “O que amazona queria dizer com aquilo. Ainda mais olhando para mim?”.

— E quando nascem homens? — perguntou o jovem príncipe Darion.

— Se são fracos e deficientes, nós os sacrificamos, o mesmo destino têm as mulheres que nascem assim! Quando os homens são fortes, nós os vendemos! — disse ela, sem medo ou receio.

O cavaleiro Walery tomou a frente dessa guerreira amazona que estava montada.

Então, ele disse, em tom de indignação e exaltação:

— Quem são vocês para decidirem quem vive ou quem morre e vendê-los como se fossem objetos, animais como escravos?

— Mantenha-se em seu lugar, homem! — disse a amazona, mudando o tom de voz e a expressão de seu rosto.

As que estavam com ela começaram a levantar as suas armas.

Do mesmo modo, os outros cinco cavaleiros ergueram suas armas místicas.

— Haverá um dia em que essa forma de sociedade deixará de existir, pois somente haverá uma sociedade de homens e mulheres unidos em harmonia e amor. Vivendo juntos em harmonia... como está escrito no Livro da Criação. — disse Walery expondo as suas convicções e crenças.

Seu conhecimento era dos estudos do livro criado por três irmãos, os primeiros sacerdotes e anciãos do mundo, que tiveram, simultaneamente, a revelação de como foi criado o universo e o mundo.

A predominância dessa adoração era a maior de todas.

Todos conhecem o ser chamado de O Senhor da Estrela Maior. Em cada continente havia um enorme templo com uma cópia fiel do verdadeiro livro, que possuía um misterioso poder místico.

— Príncipe Walery, mantenha a calma, por favor! — pediu com serenidade a sacerdotisa Niara.

Ele olhou para ela, retornou para o seu lado e, com um sinal de sua mão, pediu para os outros se acalmarem.

Logo a serenidade retornou para todos, mas o olhar de Walery mostrava seu descontentamento com o modo de vida das amazonas.

Continuaram a seguir em seus cavalos até um determinado local.

Ali todos desmontaram e seguiram a pé, andando por um curto período.

Niara e os demais observaram ao arredor: eles estavam acompanhados em ambos os lados.

Um pouco afastados a uma média distância, dos animais selvagens prontos para entrar em ação ao som da voz de suas mestras.

Foi quando avistaram um grande altar formado de pedras com muitas flores e frutos.

Era um lugar de muita paz, no meio da floresta.

Lá havia um trono com uma linda rainha e belas mulheres ao seu redor. No altar e também em volta dele, todas estavam bem armadas.

— Sacerdotisa, quem são essas mulheres? — perguntou o príncipe Igor para confirmar suas suspeitas.

— Elas são as amazonas do Clã do Lago Vermelho!

Os seis ficaram surpresos por Niara conhecer o Clã e eles não.

A sacerdotisa ainda disse:

— Todos os clãs das amazonas têm um nome que pode ser o local onde vivem ou nomes das constelações existentes. Tenho esse conhecimento através dos meus estudos de formação para sacerdotisa.

Todos se aproximaram do altar e, diante da rainha, curvaram-se:

— Sejam todos bem-vindos à nossa morada! Eu sou a rainha Verediane, a rainha das guerreiras amazonas do Clã do Lago Vermelho! Fiquei sabendo que ficaram surpresos com o nosso modo de vida. — disse Verediane, referindo-se ao comportamento de Walery.

— Perdoe-nos, rainha Verediane, rainha das amazonas! — disse Niara com palavras serenas.

Logo, aproximou-se da rainha uma linda mulher, de pele branca como a neve do inverno, de cabelos lisos, longos e completamente prateados, os olhos também brancos. Era a oráculo do clã.

Desceu do lindo altar, aproximou-se deles, primeiro olhou para a sacerdotisa e em seguida para os demais. Deixando os cavaleiros apreensivos, virou, encarou o cavaleiro Walery e falou em tom de voz alto para todos ouvirem:

— Sim, eu vejo em vocês muitas vitórias... muita alegria, muita força em seus corações. Que pena! Verão aqueles a quem mais amam... morrerem sem poderem fazer nada e perderão suas vidas de modo triste e dolorosa.

Isso deixou seis nervosos.

— O que você quer dizer com isso, sua feiticeira maldita? — disse Darion, empunhando um punhal na direção dela.

Walery quase desembainhou a sua espada.

O clima rapidamente ficou hostil novamente.

Armas foram sacadas de ambos os lados: os cavaleiros cercaram a sacerdotisa para protegê-la, da mesma forma as amazonas fizeram um círculo em torno do oráculo.

— Guardem as armas! — disse a sacerdotisa Niara preocupada com a segurança deles.

A rainha Verediane, com uma de suas mãos, pediu para as amazonas abaixarem as armas.

 O oráculo baixou a cabeça e lentamente para o altar, ficando atrás do trono da rainha das amazonas, observando todos ali presentes.

Os ânimos se acalmaram e as armas foram guardadas.

— Muito bem! O que posso fazer por vocês? — perguntou Verediane calmamente.

— Venho, oh! Senhora das amazonas desse clã, para clamar por sua ajuda! — falou a sacerdotisa com ar e expressão de humildade.

— Então me diga criança! O que deseja? — respondeu a rainha das guerreiras amazonas.

— Foi revelado a mim em meus sonhos e confirmado nos pergaminhos do Templo das Três Luas que existiria uma corajosa guerreira... essa que é especial dentre todas e que mora próximo a um lago cor-de-sangue em um clã de amazonas. Ela possui um objeto místico! Precisamos da ajuda dela para acabar com uma criatura que vai destruir toda a terra de Téryna! — explicou Niara.

— Sim! Eu estou ciente dessa profecia que revelou a criatura que assolará essas terras. Ainda essa e muitas outras profecias que poderão se tornar realidade estão nas páginas dos antigos pergaminhos de nosso Clã! Mas... infelizmente, minha criança... faltarei com essa ajuda! — disse a rainha sem se preocupar com tamanho perigo dessa criatura.

— Mas como não poderá ajudar? — disse a sacerdotisa muito surpresa, pois viu que a rainha das amazonas sabia da profecia.

— Nenhuma das minhas amazonas pode deixar a floresta sem merecer uma permissão... essa é nossa lei mais antiga. — comentou Verediane. Ela sorriu. Com ar desafiador.

O príncipe Walery tomou a frente da sacerdotisa Niara e disse:

— Perdoe-me, rainha! Mas deve existir algo que se possa fazer para que a senhora dê essa permissão!

— Quem é você? — perguntou Verediane.

— Eu sou príncipe Walery do reino de Vanesia!

— Muito bem, príncipe! Vejo em seus olhos muita honra e coragem! Existe sim, uma maneira! Mas tenho certeza de que vocês falharão!

Ela olhou para o lado e riu para uma jovem e linda amazona que estava em pé ao lado do trono e para todas as outras ali presentes.

— Diga. O que é? — perguntou Walery à rainha das amazonas.

— Terão de enfrentar a melhor guerreira... dentre as minhas guerreiras amazonas em um duelo. Aquela que é a portadora dos tais objetos místicos... citada pela sua sacerdotisa! Se ganharem, darei permissão para que ela vá com vocês. Se perderem, a bela jovem sacerdotisa deverá permanecer pelo resto da vida conosco e vocês deixarão a nossa floresta para nunca mais voltarem! O que me dizem?

Eles olharam um para o outro e no fim para sacerdotisa.

— Aceite. Eu confio em você! — falou Niara confiante em Walery.

— Muito bem, rainha! Eu irei! — disse o cavaleiro Walery.

— Você entendeu errado... a luta é contra você e todos os outros! Contra todos vocês! — respondeu Verediane sorrindo confiante.

Eles ficaram surpresos mais uma vez. E olharam novamente um para o outro.

— Sim! Ela vencerá todos os seis!

— Então contra qual delas teremos de lutar? — perguntou Walery, surpreso.

— Contra esta! — a rainha levantou-se do seu trono, virou-se e colocou a sua mão no ombro daquela que estava ao seu lado. — Essa é minha filha... princesa Franchine, portadora dos Tridentes Dourados de Argos.

Niara se lembrou dos seus estudos: a origem era uma homenagem às entidades celestiais. Designava uma ilha onde viviam as primeiras guerreiras amazonas.

Nos pergaminhos: a origem dos tridentes era desconhecida. Nem mesmo nos papiros antigos das amazonas existia tal menção.

A filha da rainha retirou de suas costas, pequenos tridentes dourados: os Tridentes de Argos.

Surpresa, a sacerdotisa Niara reconheceu os tridentes que vira em seus sonhos.

Com o seu poder místico, os cabos dos tridentes se alongaram mostrando seu poder em um brilho dourado.

Assim como as outras armas místicas, eles emanavam cores ao serem usadas e reproduziam um som sobrenatural.

— Contra ela? — comentou Damário rindo, pois achou que, pelo porte físico daquela amazona, seria impossível, para ela, vencê-los.

— Sim! E eu vencerei todos vocês! — disse a princesa amazona confiante.

— Onde será o duelo? — perguntou o príncipe Darion.

— Venham conosco e verão! — respondeu a rainha Verediane.

Ela desceu do altar junto com sua filha e, acompanhada de todas as outras amazonas.

Fez um gesto com uma das mãos, para que os cavaleiros e a sacerdotisa a seguissem...



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