A Aurora Dourada Brasileira

Autor(a): W. Braga


Volume 1

Capitulo 14: CONFRONTAÇÃO

Dentro da torre: o grupo caminhava com cautela, Ferrety ia à frente com o seu escudo brilhante e impenetrável erguido... seguido por Igor com as estrelas prateadas em mãos.

Atrás, Walery segurava firmemente a espada mística e Damário tinha as duas cimitarras em punho.

Enquanto Darion vinha logo depois, com seu arco e flecha que flamejava na ponta afiada e por último Zabuana, com seu báculo em forma de machado de duas faces em uma mão. Empunhando na outra seu escudo impenetrável por qualquer arma feita pelas mãos humanas.

Bem acima deles, em um dos muitos dos salões da torre. O jovem feiticeiro negro os observava pelo sombrio poço místico.

— Venham, conhecerão a face da morte! — disse ele dando uma risada que ecoou pela torre, chegando até onde os cavaleiros estavam.

Com aquela risada sinistra e perversa, deixou o grupo ainda mais alerta e prontos para revidar qualquer ataque.

Em seu quarto, presa, a sacerdotisa sentiu que eles estavam próximos.

Ela se colocou em uma oração fervorosa. Pedindo auxilio da deusa das Três Luas, para com os portadores dos artefatos místicos.

O grupo após passarem pelo salão principal estava diante de outro.

Era mais iluminado que o anterior: com estranhos símbolos nas paredes, na cor laranja.

O chão era amarelo e os pilares dourados.

O cheiro suave vinha de ervas aromatizantes queimadas em pequenos potes suspensos por correntes prateadas presas no teto. Era tão alto que mal dava para ver onde estavam presas.

No centro, havia uma esfera escura, sobre um simples suporte metálico, pulsava como se houvesse vida própria.

— Não há nada aqui neste salão, tirando essa estranha bola! — comentou Ferrety surpreso.

— Passem longe dela! Temos que tomar todo o cuidado! Vamos continuar subindo... temos de encontrar Niara! — respondeu Walery.

Foram para a outra extremidade do salão, onde havia mais uma escadaria e começaram novamente a subir.

Com suas armas apostos.

Zabuana, que era o último da formação, olhou para trás, viu que a escada havia sumido e disse:

— Esperem!

Todos pararam e olharam para trás.

— O que foi Zabuana? — perguntou Darion surpreso.

— A escada desapareceu! — respondeu o príncipe das Tribos do Oeste.

Eles olharam na direção onde estava a escada e viram que realmente havia desaparecido.

— Temos que continuar! — afirmou Walery sem dar muita atenção ao fato.

Os outros concordaram com ele e, cuidadosamente continuaram a galgar os degraus.

Chegaram a um terceiro salão: tão grande e belo quanto os dois anteriores, este, porém, estava cheio de ouro por todos os lados.

Havia algumas portas por trás das quais a sacerdotisa ou as criaturas do feiticeiro poderiam estar.

Nas paredes, havia vários cadáveres pendurados. Alguns deles vestiam formidaveis armaduras.

Dessa forma mostrava que muitos também haviam conseguido penetrar na amaldiçoada torre.

— Este lugar é o salão da morte! — exclamou Zabuana.

Inesperadamente, todos ouviram:

— Tem razão, invasor! Um lugar de morte. Aqui será a morte de vocês! — respondeu o feiticeiro negro. — Morram todos agora! Pela ousadia em desafiar-me. Morram todos!

O jovem feiticeiro, utilizando sinais das mãos, invocou misticamente energias antigas e malignas.

Eram como relâmpagos negros que saíam de suas mãos para atacar.

Atingiu primeiro Ferrety que, mesmo com seu escudo erguido. Foi jogado contra a parede violentamente. Fazendo um barulho estrondoso ao chocar seu corpo revestido com a armadura contra ela.

O jovem portador do escudo místico caiu quase desacordado ao chão.

Igor respondeu atacando-o com suas estrelas prateadas místicas, porém elas o atravessaram, deixando o príncipe de Vanires surpreso.

— Seu tolo! É improvável cortar algo sem existência!! — comentou Vahad. Ele riu e atacou o cavaleiro com seus raios de energia, mas Igor, com grande agilidade, rolando pelo solo, conseguiu desviar do ataque do feiticeiro.

O raio atingiu a parede e provocou uma rachadura e trincas por boa parte dela.

Todos se haviam separado: por trás, Darion tentava atingi-lo com uma das suas flechas em chamas, mas não obteve sucesso.

Vahad virou-se e atacou Darion com a mesma força. Usando um raio de energia vinda de sua mão, jogou-o longe.

Ele bateu forte na parede e ficou inconsciente por um curto período de tempo.

No mesmo instante, Zabuana aproximou-se rapidamente e atingiu o feiticeiro com seu báculo na forma de uma lança comprida e pontiaguda, atingindo-o no ombro, pois se encontrava distraído.

— MALDITO SEJA! — gritou o feiticeiro, sentindo um pouco de dor.

Disparou contra Zabuana: mesmo defendendo-se com seu escudo, ele foi jogado violentamente contra a parede e caindo ao solo atordoado, mas ainda consciente.

Damário atingiu, com um golpe violento, o feiticeiro negro, que gritou de dor.

Sem se mover do lugar e, com um gesto ágil das mãos, invocou seus poderes das trevas para revidar e lançou um raio magnético arremessando-o contra a parede.

O jovem príncipe de Damarys caiu ao solo com força, desorientado, mas ainda conciente.

Rapidamente, Walery tentou atingir o feiticeiro com sua espada, mas este desapareceu antes que o golpe o atingisse.

Voltando a aparecer por trás de Damário que se encontrava em pé novamente.

Foi atingido por um novo golpe, muito mais forte do que o primeiro, fazendo o príncipe do deserto cair muito atordoado.

Vahad se virou e começou a disparar contra Walery, com agilidade, desviava dos ataques e tentava ganhar tempo até que os outros se recuperassem.

O feiticeiro andava pelo salão e continuava a atacar Walery que se defendia com sua espada: refletindo os raios mortais, atingindo as paredes e os pilares, fazia-os trincar e rachar de fora afora.

— AGORA! — gritou Walery.

Damário lançou uma pesada mesa de pedra que estava no local contra o feiticeiro, que pareceu ser esmagado contra parede, mas ele a atravessou como se fosse um espectro e disse, com muito ódio em seus olhos:

— Malditos... Morram todos!

Ergueu suas mãos fazendo estranhos gestos com as mãos.

As tochas diminuíram a intensidade, com isso diminuindo a claridade do salão.

Os ventos começaram a circular pelo ambiente aumentando gradativamente.

Em cima do feiticeiro, uma estranha nuvem negra se formou: girava em sentido anti-horário.

Um pequeno furacão ia aumentando conforme as palavras de encantamento eram pronunciadas.

Raios começaram a cortar o ar dentro de pequenas nuvens que se formaram em volta.

Os cavaleiros, que se encontravam acordados, ficaram temerosos com tamanho poder do feiticeiro, mas em seus corações reinavam a coragem e o desejo de salvar a sacerdotisa Niara.

Em suas as mãos erguidas, via-se uma esfera de energia sobrenatural.

A intenção do maldito era de usar contra Damário.

Entretanto, quando ia dar o golpe final, Ferrety tomou a frente com o seu escudo místico, que refletiu o raio contra o próprio feiticeiro, sem lhe causar dano algum.

O feiticeiro negro olhou à sua volta e viu que todos já haviam se reerguido, mas continuavam feridos.

Ele invocou seus poderes místicos do Submundo. Ergueu as mãos ao alto novamente e, com uma grande quantidade de energia.

Atacou-os disparando vários raios, fazendo-os cair desmaiados, um a um, inclusive o príncipe Walery, na qual foi o último a cair, sem consciência.

— Malditos sejam! Incrível a persistência de vocês, mas a coragem e as armas místicas que levam foram insuficientes. Eu sou superior a vocês. — disse ele rindo.

Nesse instante, Vahad foi surpreendido por um terrível abalo que a torre sofreu.

Pedaços do teto, das paredes e dos pilares de sustentação começaram a cair de todas as partes, especialmente daquelas atingidas pelos raios de energia do próprio feiticeiro.

— O que é isto? — disse surpreso, o feiticeiro negro.

Um segundo abalo ainda mais forte sacudiu a torre.

O feiticeiro, com alguns gestos de uma das suas mãos, abriu uma janela na parede do enorme salão e viu.

Era uma enorme criatura de pedra criada a partir de encantamentos e poções místicas.

Golpeando a torre, certas partes da construção começaram a trincar e a rachar, inclusive a base e os alicerces.

— De onde que você veio, maldita criatura de pedra? Pouco me importo! Acabarei contigo agora! — disse o feiticeiro negro, com muita raiva.

— Você está enganado, jovem feiticeiro! — falou uma voz conhecida por Vahad.

Surpreso: ele olhou para cima e viu seu antigo mestre.

O feiticeiro Hamared, montado em uma linda águia com plumagem azul-reluzente que brilhava como uma pedra preciosa e tinha uma linda safira azul entre os olhos.

Algumas aves misticas eram criadas a partir de feitiços específicos e feitos somente por grandes feiticeiros ou são animais de grande estatura e beleza. Onde muitas das vezes sendo usadas por jovens feiticeiros.

Pai de Damário conseguiu penetrar na torre por uma janela mística, uma vez que a barreira sobrenatural que a protegia a torre estava muito enfraquecida pelos ataques do próprio servo das sombras.

O recém-chegado atacou rapidamente, usando seus poderes místicos contra o feiticeiro negro.

Ao ser atingido, o jovem mestre das artes das trevas recuou e a janela por trás de si se fechou rapidamente.

Ferido pelos ataques dos cavaleiros e agora pelos ataques de seu antigo mestre.

Com um gesto de sua mão, Vahad fez aparecer seu báculo das sombras: que possuía em sua ponta um crânio de serpente, de cujos olhos saía fogo do vasto Submundo.

A ave em que Hamared estava pousou rapidamente no salão.

Usando seu poder, o homem flutuou até o piso para desmontar do enorme pássaro e, com vários gestos de suas mãos, fez a águia voltar à sua forma original, transformando-a em seu báculo místico.

Começou, naquele salão, uma batalha mística entre os feiticeiros, que invocavam seus poderes com gestos e sinais de suas mãos.

Raios de energia místicas de várias cores e aspectos eram disparados para todos os lados.

Emitindo sons, alguns como se fossem de trovões ao longe. Outros diferentes do que estavam acostumados a ouvir na natureza.

Quando os raios atingiam as paredes, o impacto fazia a torre estremecer por inteira.

Em meio à luta, os cavaleiros seis começaram a recuperar a consciência e prepararam-se para atacar o feiticeiro negro, mas o pai de Damário disse:

— VÃO! Libertem a sacerdotisa... eu o deterei! Saiam logo e a encontrem!

Os jovens, ainda meio atordoados, escoraram-se pelas paredes e pelos pilares do salão até chegarem à escadaria. Onde se seguraram nos corrimões dourados para manter a sustentação de seus corpos doloridos pelos combates.

Saíram daquele lugar com a maior pressa, dando as costas para a árdua batalha mística que ocorria.

Subiram rapidamente pela escada prateada que se encontrava no canto do salão.

No meio dela, Igor disse:

— Como vamos encontrá-la? Essa torre é muito grande!!

Walery olhou mais uma vez para dentro do Olho de Cristal. Viu uma porta diferente das demais e, por trás dela estava sacerdotisa se encontrava sentada orando, mas feliz por saber que seus salvadores estavam chegando.

Assim, revelou-se o local onde estava Niara.

— Eu a encontrei! Venham comigo, rápido! — disse Walery, feliz pela descoberta.

Eles subiram mais alguns degraus enfim chegaram a outro salão, diferente em todos os aspectos dos anteriores.

Era cheio de portas: cada uma diferente da outra, guardando do outro lado todos os tipos de surpresas nada agradáveis.

— Qual dessas portas? — perguntou Igor.

— Está! — respondeu o príncipe Walery, apontando com a espada para a porta de madeira, com símbolos talhados e detalhes dourados.

Lá dentro, em uma profunda oração, estava a sacerdotisa Niara. Mesmo sentindo os abalos que ainda estavam ocorrendo na torre pelos impactos da batalha dos feiticeiros e pelos ataques da criatura de pedra.

Tudo desmoronava, caindo escombros do teto e das paredes, ela continuava a orar.

Os vasos de flores quebravam ao atingir o chão.

Os pedestais das tochas desprendiam das paredes e, ao cair no chão, geravam fumaça que se misturava com a poeira. Quase sufocando a princesa.

Para se proteger, a sacerdotisa cobria o nariz com parte de sua capa, mas não parava de suplicar ajuda da deusa das Três Luas.

Enfim, com um murro Damário derrubou a porta. Niara se levantou da cama assustada.

Vendo que eram os seus salvadores, tranquilizou-se enquanto todos entravam no aposento. Ela abraçou Walery e seguida os demais.

— Eu sabia que vocês viriam! — falou ela, sorrindo de alegria.

Olhou para Damário e disse — Nós nos encontramos!

— Sim, sacerdotisa. — respondeu ele, curvando-se.

Nesse momento, a torre começou a rachar e a tremer muito mais.

Pedaços maiores do teto caíam, denunciando que logo a construção maléfica desmoronaria.

— Vamos, temos que sair daqui rapidamente! Está tudo desmoronando! — disse Walery.

Eles correram na direção da escadaria, começaram a descer rapidamente.

Chegaram ao salão onde os feiticeiros se enfrentavam.

Quando o feiticeiro negro viu a sacerdotisa, gritou de ódio.

— NÃOOOO! Vocês não a levarão de mim!

Ao se distrair, Vahad foi atingido por um raio que Hamared disparou de seu báculo místico, jogando-o contra uma parede distante.

O inimigo ficou desacordado por um curto tempo.

— VÃO! Tirem-na daqui! — disse o pai de Damário.

— Meu pai, eu ficarei para ajudá-lo! — anunciou o príncipe do deserto.

— Vá, meu filho! Eu cuidarei dele!

Olhavam-se com os olhos cheios de lágrimas, mas Igor puxava o portador dos braceletes e do cinturão místico.

— Vamos! — insistiu o mais novo do grupo, puxando-o com toda a sua força.

Correram na direção da escadaria e desceram-na novamente, enquanto pedaços da torre caíam sobre eles.

Ferrety o último da fila, protegia-os com seu escudo místico evitando que fossem feridos pelos destroços que despencavam de todas as partes.

Chegando ao térreo, viram que um grande buraco havia sido formado pela criatura de pedra.

Todos passaram pela abertura feita rapidamente e fugiram da estrutura maligna.

Ao saírem da torre, afastaram-se mais apressadamente possível do local.

Foi quando o pequeno grupo viu a construção ruir lentamente, por causa dos ataques a sua força mística que a sustentava enfraquecia. Fazendo-a desabar como se fosse feita de areia do deserto.

— PAI! — gritou Damário, desesperado.

Ele caiu ao solo em pranto de dor pelo pai que não conseguiu sair da torre.

Ficaram todos em silêncio ao seu lado, inclusive a sacerdotisa Niara.

O grande sol começou a se pôr, e todos tentavam consolar Damário com palavras gentis e confortantes.

— Damário, temos que partir antes que escureça ainda mais!

Sabemos da sua dor. Mas há pessoas que precisam de nós, nossa caminhada de volta será longa. — disse Walery, muito triste, sentindo a dor do príncipe do deserto.

Ele olhou para Walery com os olhos cheios de lágrimas, com um gesto de cabeça, concordou e levantou-se.

Foram até os Minênios que se encontravam atrás da grande duna.

Com dificuldades para subirem, demoraram em encontrar com os animais.

Quando chegaram ao topo, viram que os animais haviam se afastado um pouco mais, se assustaram por conta da mudança do tempo e do som das explosões.

Ao alcançarem os animais, montaram e partiram de volta para a cidadela de Damarys.

O caminho de volta foi longo, muito triste e sem uma única palavra de nenhum deles, pois sabiam da dor de Damário.

Luas se passaram: enfim chegaram à cidadela de Damarys no meio da noite.

Como as sentinelas da muralha reconheceram o príncipe da cidadela, os portões foram abertos de imediato.

Seguiram direto para casa de Damário.

Lá, foram recebidos pela irmã que sentia a mesma dor, pois já sabia que o pai havia falecido em um combate fervoroso.

Os dois se abraçaram, choraram muito e assim ficaram por um breve período.

Logo depois, todos entram na casa.

Tarde da noite, quase no início da madrugada, estavam todos reunidos no jardim para realizar uma cerimônia de despedida.

Com muita dor e lágrimas que escorriam pelo rosto dos dois irmãos e da sacerdotisa.

Ouvia-se o choro alto da irmã de Damário.

De madrugada, longe dali, nas ruínas da torre, uma grande explosão de luzes jogou destroços das ruínas para todos os lados.

O jovem feiticeiro negro: cheio de ferimentos, alguns bastante graves dos quais escorria seu sangue negro e frio como o inverno rigoroso.

Ele estava vivo, gritou de ódio, com um olhar de vingança e sedento por morte.

Dizendo palavras antigas, palavras que nenhum homem entenderia, ficou sozinho com seus pensamentos malignos ao longo daquela madrugada.

No dia seguinte: depois que todos haviam-se alimentado, estavam prontos para partir.

Se encontravam montados em seus cavalos, esperavam Damário despedir de sua irmã com muita tristeza em seus corações.

— Meu irmão, por favor, cuidado! Eu te amo! — disse Damarys muito triste.

— Eu terei! Eu também te amo. Se precisar de mim, chame!

A sua linda irmã com um gesto de cabeça e um sorriso singelo concordou.

— Vão! Tenham boa viagem! — falou Damarys para os outros cavaleiros e para a sacerdotisa.

Todos concordaram com gestos de cabeça e sorrisos.

Damário subiu em seu cavalo, deu uma última olhada para a irmã e partiu, seguindo um caminho agora escolhido pela sacerdotisa.

Para trás, havia ficado uma linda princesa, com olhar e coração tristes, mas Darion, que foi o último a partir. Deu uma última olhada para trás e acenou para ela.

Para confirmar se segurava o que havia deixado em suas mãos: um lindo pingente dourado em forma de duas flechas e, no centro, um coração feito de pedra preciosa na cor azul.

Em outra parte de Téryna, na cidadela de Nincira, o comandante dos exércitos entrou na sala do trono, com afeições desesperadas. Trazendo más notícias para a rainha.

— Minha Senhora! A cidade de Tíceres foi atacada e está totalmente em chamas. Todas as casas e plantações foram destruídas. Há muitos mortos, feridos e outros que conseguiram fugir estão vindo para cá! — disse ele aterrorizado com o que contava da cidade que havia dito a primeira sacerdotisa do Templo das Três Luas e assim sendo dado o nome.

— Preparem tudo para recebê-los! Onde se encontra meu exército? — perguntou a rainha com coragem.

— A cavalaria estará aqui em duas luas. O restante, em pouco mais, minha senhora! — respondeu o comandante.

— Soem as tubas e preparem a defesa da cidadela! Temos que nos preparar para o pior. — disse a rainha Andinara, com ar de coragem, mas, ao mesmo tempo, preocupada.

O comandante saiu rapidamente da sala do trono para cumprir as ordens da sua rainha, deixando-a pensativa: perguntando-se onde estaria sua amada filha.

Longe dali, Niara estava apreensiva e o cavaleiro Walery, percebendo, perguntou:

— O que houve sacerdotisa?

— Estou preocupada! Já estamos há tanto tempo longe e temo pelo meu povo. Tenho medo de chegarmos tarde para salvá-los!

— Fique calma! Chegaremos a tempo! — respondeu Igor que havia se aproximado dela pelo outro lado.

A jovem sacerdotisa sorriu para os dois e continuaram a cavalgar por aquela terra estranha, pois já estavam quase saindo do deserto...

 



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