Sessão 6

Capítulo 145 — Perseguição ao Conselheiro Kondo

 


— Perspectiva do Conselheiro Kondo —

   Tudo o que eu havia construído estava prestes a desmoronar.

   Minha posição, minha honra, meu dinheiro e minha família — tudo seria perdido. Eu estava a ponto de suceder meu falecido pai como prefeito. Para conquistar esse cargo, lutei com todas as forças: arrecadei fundos, subornei o alto escalão e fiz tudo o que fosse necessário para garantir a posição.

“Por quê? Eu só tentei encobrir o problema de bullying do meu filho, por quê, por quê, por quê?”

   Eu estava em ruínas mentais. Se perdesse meu cargo público, minha empresa também acabaria.

“Não se preocupe, os figurões do centro devem me ajudar. Eles também devem temer a mim, afinal, sou quem guarda seus segredos. Se as coisas apertarem, vou levá-los todos comigo.”

   Seria um grande escândalo. Contarei tudo ao público. Não — vou ameaçá-los. Só isso já deve surtir efeito.

“Kondo-san, o senhor tem uma visita. Normalmente, apenas advogados são permitidos, mas desta vez é um caso especial.”

   Bem na hora em que pensei nisso, ele apareceu. Alguém tão influente que conseguiu distorcer até as regras da prisão. Devia ser o meu assistente. Eu sabia — o céu não havia me abandonado…

   Apressadamente, fui até a sala de visitas.

   Havia um rosto familiar, mas não o que eu esperava.

“Olá, Kondo-kun. Está confortável no centro de detenção?”

   Era ele — o homem que me havia trazido até aqui. O Secretário-Geral Ugaki me esperava com um sorriso maligno.

“Por quê... é você…”

“Oh, eu costumava ser o presidente da Comissão Nacional de Segurança Pública. Você sabe disso. É um cargo que supervisiona a polícia. Então, conheço muitas pessoas aqui.”

   Fiquei aterrorizado com o sorriso maléfico dele. O homem à minha frente detinha o poder sobre a vida e a morte.

     E se ele mandasse seus homens me matar? E se envenenasse minha comida? Ou fingisse meu suicídio para me eliminar…

   Silêncio forçado. Esse homem faria isso. Ele já me via como nada mais do que um inseto.

   ‘Não diga mais nada.’ — era o que diziam seus olhos. Se ele podia distorcer as regras daqui, qualquer esforço meu para sair seria inútil.

   Mesmo que eu morresse aqui, ninguém choraria por mim. [Ele era um inimigo do povo. Quando seus crimes foram expostos, desesperou-se e morreu na prisão.] — Já posso ver todos aplaudindo e celebrando minha morte.

     Alguém me ajude, eu não quero morrer, eu não quero morrer.

   Caí da cadeira, bati a cabeça na parede e comecei a gritar por socorro. Meu espírito esgotado finalmente havia atingido o limite.

“Ei, tenho certeza de que você não será condenado à morte por corrupção. Acalme-se. Tudo bem, da próxima vez trarei algo para você. Talvez umas frutas?”

     Comida? Eu sabia.

     Ele provavelmente vai tentar me envenenar. Não serei enganado. Vou sobreviver. Vou contar tudo. Não irei para o inferno sozinho!

   O Secretário-Geral, com um sorriso torto, levantou-se da cadeira e disse:

“Bem, isso não está nada bom…”

     Absolutamente, absolutamente, eu vou sobreviver.

“Idiotas são fáceis de usar. Eles inventam suas próprias histórias e acabam se destruindo.”

   Ele disse isso, rindo, para o secretário ao seu lado.

“Está falando do Conselheiro Kondo? Ou do Primeiro-Ministro…?”

“Bem, quem sabe qual dos dois? De qualquer forma, tudo está indo conforme o plano.”

 

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