Reviravolta da Vida: Fui Traído e Falsamente Acusado, Mas Agora a Garota Mais Bonita da Escola está se Aproximando de Mim Japonesa

Sessão 6

Capítulo 144 — Takayanagi Vs. Pais

 

— Perspectiva de Takayanagi —

   Quando eu estava prestes a voltar às minhas tarefas diárias depois de entrevistar os membros do Clube de Literatura, de repente recebi uma visita.

   Era a mãe de um integrante do time de futebol e uma conhecida dirigente do PTA. Normalmente, o diretor teria tratado da situação, mas ele está em uma viagem a trabalho ao escritório da prefeitura agora.

   Então caberia ao vice-diretor e a mim lidar com isso. …

“Como assim? Não há nenhuma razão para meu filho ser suspenso de uma hora para outra. Por que não me avisaram antes?”

   Ela veio até nós de forma arrogante. Uma voz estridente ecoou na sala de atendimento.

“Isso se deve ao envolvimento do seu filho em um caso de bullying. …”

   Quando o vice-diretor tentou explicar, ela o interrompeu e se enfureceu.

“Eu sou membro do PTA desta escola, sabia? É um ato de arbitrariedade por parte da escola impor sanções disciplinares sem qualquer aviso prévio. Esse fiasco manchou a imagem da instituição. O senso de justiça equivocado de certos professores prejudicou a imagem inteira da escola. Entende? Isso é uma quebra de confiança, e vou levar o caso ao PTA. Tenho certeza do que pode acontecer com todos vocês se eu fizer isso. Podem esperar por uma mudança na equipe.”

   Ela estava em chamas e disparava suas colocações como metralhadora.

   Senti um ligeiro desconforto por dentro. Sou grato por ter dirigentes como o diretor e o vice-diretor que até agora vêm absorvendo essas críticas.

   Mas…

“Com todo respeito, Sra. Aida…!”

   Não pude evitar soltar algumas palavras.

“O quê?”

   Ela fez uma careta com o inesperado contraponto. Minha verdadeira personalidade — dita “brusca” nos tempos de clube — veio à tona com força.

“O PTA é uma organização que ajuda no desenvolvimento saudável das crianças, não é? Acho inadequado que interfira para obstruir uma ação disciplinar nesse caso.”

   Ao ouvir minhas palavras, ela explodiu em contra-ataque.

“Takayanagi-sensei. Isso é uma declaração problemática. O senhor está diminuindo a importância do PTA. Antes de tudo, não é lamentável que tantos alunos sejam punidos para proteger um só? Sim, eles fizeram algo questionável. Mas mesmo o aluno culpado tem um futuro. Se vocês tentarem tirar isso dele, então teremos de reagir.”

   Soou lógico por um momento, mas era puro emocionalismo descontrolado.

     Não posso perder aqui. 

   Com essa determinação, prossegui.

“Isto é ridículo. Que tipo de educação é essa que não protege os alunos inocentes? O bullying é um câncer neste país e, pior ainda, seria um crime humano se a maioria no poder o ignorasse e passasse a intimidar os estudantes mais fracos. E talvez tenham deixado cicatrizes que jamais se apaguem. Sim, o aluno culpado tem um futuro. Mas esse futuro só pode vir depois que ele assumir a responsabilidade pelo bullying, certo?”

   Ela ficou sem reação ao meu contra-ataque. Mas...

“Bem, isso é... mas isso não significa que a punição de tantos alunos seja aceitável…”

   Em situações assim, quem ataca primeiro vence. Especialmente contra pessoas que atacam com força, mas são fracas na defesa.

“… Dado o propósito original do PTA, como poderiam deixar passar esse crime? Isso ajudaria os alunos a se desenvolverem de modo saudável? Se não fizermos as crianças reconhecerem seus erros, elas crescerão corrompidas. Seria uma abdicação do papel original de nós, professores, e de vocês, pais. Não concorda?”

“…”

   A dirigente do PTA, que até alguns minutos antes falava com tanta desenvoltura, ficou sem palavras.

   E o vice-diretor, que estivera em silêncio até então, encerrou a discussão com a conclusão.

“Infelizmente, o que eu queria dizer foi dito pelo Takayanagi-sensei. Mas concordo com a professor. A senhora pode achar que usar seu título como dirigente do PTA para intimidar os professores e talvez encobrir o problema seria eficaz... mas isso é presunção. Sra. Aida, me incomoda que alguém tão egocêntrico fale em nome da ‘educação saudável’...”