Sessão 4
Capítulo 99 — O Romance de Eiji
Imediatamente verifiquei a notificação.
Havia muitos comentários. O número de visualizações era de 40 mil em um único dia.
Fiquei surpreso — e um pouco assustado. Eu não achava que o que havia escrito fosse algo tão bom a ponto de viralizar. Abri os comentários na hora.
[Mesmo sendo uma história curta, fiquei confuso com meus sentimentos. Mas foi revigorante e realmente interessante. Mal posso esperar pelo próximo.]
[Já li três vezes. Uma obra-prima que continua interessante toda vez que releio.]
[Incrível. Perfeição. Talvez o autor seja um escritor profissional usando outro nome.]
[Um romance que me deixou de bom humor e me inspirou a dar o meu melhor amanhã.]
[Eu estava deprimido porque falhei no trabalho, mas isso me animou totalmente. Aguardando ansioso pela versão em livro.]
A maioria dos comentários era repleta de mensagens calorosas. Também havia vários comentários felizes apontando pequenos erros de digitação na minha história. Fiquei tão emocionado que meus olhos se encheram de lágrimas.
Escrevi esse romance para o clube de literatura, mas nunca imaginei que ele alcançaria tantas pessoas…
Um romance que havia sido jogado fora pela gerente do clube de literatura. Graças à Ichijou-san, consegui o manuscrito de volta e, por recomendação dela, postei-o em um site…
Não consigo mais pensar direito. Acho que tudo isso foi graças à Ichijou-san.
Corri até ela quando a vi sair dos fundos com a minha mãe.
“Ichijou-san, olhe isso!”
Eu sabia que tinha que contar a ela primeiro. Ela foi quem mais me ajudou.
“Eh, o que foi? Ah, esse é o romance do outro dia, não é? Eh, eh! Quarenta mil visualizações?! Incrível. E o ranking está em um dígito só!”
Mesmo sua calma habitual desapareceu — ela estava animada. E ainda bem que notou o ranking, algo que eu mesmo tinha deixado passar.
“É incrível! Os romances do Eiji estão fazendo sucesso. Ei, Onii-chan, Minami-san, olhem!”
Mamãe contou a todos, sem entender muito bem o que estava acontecendo.
“Senpai, o que é essa mensagem?”
Cliquei na mensagem em vermelho enviada pela administração.
Ela dizia:
Prezado Eiji Aono-san,
Aqui é o Maruyomu, um site de envio de romances.
Fomos contatados pela Editora XX sobre sua obra, e eles gostariam de incluí-la em uma antologia de contos que será publicada em breve. Também demonstraram interesse em ler outros romances seus, caso existam.
Por favor, responda a esta mensagem informando se aceita ou não. Caso aceite, entraremos em contato com a editora.
Por um momento, não consegui entender direito o que estava escrito.
Ichijou-san foi a primeira a abrir a boca.
“Uau. Eu sabia que o romance do Senpai era bom! Tanto que uma editora entrou em contato!!!”
Inspirados pelas palavras dela, todos gritamos de alegria ao mesmo tempo. Um momento feliz, que nunca esquecerei, havia começado.
— Perspectiva da Presidente —
Parece que o Kondo-kun foi pego pela polícia. Ainda bem que consegui apagar tudo das redes sociais a tempo. Tenho certeza de que a família do Eiji fez um boletim de ocorrência por causa do recente incidente violento e das falsas difamações que ele espalhou na internet para humilhá-lo.
Graças a Deus, cortei os laços a tempo. Não quero ser arruinada por me envolver com aquele idiota. E que seja assim — a Eri e a Amada podem ir direto pro inferno.
Tudo o que tenho a fazer é aproveitar assistindo de um lugar seguro. Posso observar a melhor situação do melhor ponto de vista.
Então, meu celular tocou. Era um membro júnior do Clube de Literatura.
“Senpai, temos um problema. Por favor, olhe o site do Maruyomu. O romance dele, o romance dele… por algum motivo, está no topo do ranking!!!”
“O que você está dizendo? Maruyomu, certo? Espere um segundo… eh!”
No topo do ranking, encontrei o título de um romance que não deveria estar lá.
Afinal, aquele manuscrito estava na sala do clube — e fui eu quem o jogou fora. Será que havia um backup dos dados do manuscrito? Mas, antes de tudo, não havia como ele ter postado um romance no site… naquele estado mental.
Devia ser outra pessoa. Outra história que, por coincidência, tinha o mesmo título. Não há como um calouro ser reconhecido pelo público antes de mim. Eu não quero que isso aconteça.
Um sentimento de inveja começou a ferver dentro de mim. Sem acreditar que estava tão próxima de encarar minha própria inferioridade desesperadora, abri a página do romance.
E não percebi, naquele momento, que havia aberto a caixa de Pandora do desespero.
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