Sessão 4
Capítulo 90 — A Última Glória do Conselheiro Kondo
— Perspectiva do Pai Kondo —
Então esse é o tal Kitchen Aono de que falavam.
Quando cheguei ao local, tratei de perceber que se tratava de um restaurante ocidental de longa tradição.
Pelas informações, o pai do Eiji Aono, antigo proprietário, faleceu há alguns anos, e agora a mãe e o irmão administravam o lugar. Boa notícia. Numa família assim, dinheiro costuma faltar — e, mesmo que à primeira instante resistam, se eu lhes oferecer uma quantia… tenho certeza de que aceitarão um acordo.
Abro a porta.
“Bem-vindo... Como posso ajudar? …Ora! Conselheiro Kondo?”
Era a mãe do Eiji Aono quem vinha atender.
Como ela sabia quem eu era, presumi que fosse ela quem havia denunciado o crime do meu filho.
“A senhora é a mãe do Eiji Aono?”
Primeiro, ser cavalheiro e educado.
“Sou, mas… o que diabos quer?”
Havia ali um tom claro de rejeição. Complicado.
“Peço desculpas pelo transtorno que meu filho causou. Acabo de tomar ciência da tolice dele. Deveria ter vindo antes pedir desculpas, mas peço perdão pelo atraso.”
Curvo-me profundamente.
“Não tenho nada a discutir. Vamos deixar a polícia investigar a fundo.”
“Por favor, não diga isso. Peço, retirem a queixa? Meu filho tem torneios importantes do clube e exames de ingresso na faculdade. Pensem nisso...”
“Meu precioso filho foi agredido! Perdoá-lo? Não seja ridículo!”
Ela se exaltou. Que confusão.
“Sim, claro. A senhora tem razão em se indignar. Então não direi que seja de graça. Pago uma quantia e assim por diante. Por favor, por favor!”
Numa situação assim, falar em dinheiro costuma mexer com o ânimo das pessoas.
“O senhor acha mesmo que dinheiro me comove? Que falta de noção!!”
Hmmm... ela é dura. Tudo bem. Vai ser uma luta.
“Mas a senhora precisa de dinheiro, não precisa? Até o Eiji-kun está prestes a fazer os exames vestibulares. Ter uma quantia não faz mal a ninguém.”
Viu? Provavelmente está se confrontando com a realidade que a atingiu. Vamos ver no que dá.
“Não seja insolente. Não me provoque, ou eu chamo a polícia!”
Ugh! Essa foi a última cartada dela. Me tirou do sério, sua velha.
“Aono-san. Sou conselheiro municipal e empreiteiro. Se possível, gostaria de resolver isso discretamente. A senhora é adulta o suficiente para entender do que falo, não é?”
“Está me ameaçando?!”
“De jeito nenhum. Só estou me apresentando.”
Claro que é ameaça. Como conselheiro, eu posso pressionar a prefeitura, interferir em licenças e por aí vai. Além disso, eu tenho dinheiro.
“Você...”
A situação começou a complicar um pouco. Vou pressionar.
“Este restaurante é um legado importante deixado pelo seu falecido marido. Não deveria transformar isso numa grande confusão. Se eu fosse decidido, poderia até 'resolver' algo com um restaurante assim.”
Vamos resolver logo: pegue o dinheiro, feche o caso e todo mundo fica satisfeito.
Quando já tinha quase certeza de que havia vencido, ouvi palmas vindas do fundo do restaurante.
O som de palmas secas e passos aproximando-se. Quem seria — o filho mais velho da família que veio agradecer?
“Que belo discurso, Kondo-kun.”
Uma voz enrugada chamou meu nome de forma amistosa. A possibilidade de ser o filho mais velho desapareceu na hora. Quem era? Conhecia aquela voz.
O dono da voz apareceu devagar. O gesto de tirar o chapéu, como um ator, dava-lhe uma presença.
“Ah... você...”
Minha voz vacilou diante da aparição inesperada.
“Não fazia ideia de que um conselheiro tinha tanto poder. Vejo que preciso estudar mais. Então ensine este velho aposentado, por favor.”
O prefeito Minami sorriu e sentou-se em frente a mim. Faz anos que está aposentado, mas ainda é uma figura de grande influência — respeitado por funcionários e conselheiros, com forte prestígio na política local.
Impossível!
“Diga-me outra vez, Kondo-kun. O que você pode realmente fazer?”
Traduzido por Moonlight Valley
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