(WEB NOVEL) Reviravolta da Vida: Fui Traído e Falsamente Acusado, Mas Agora a Garota Mais Bonita da Escola está se Aproximando de Mim Japonesa

Sessão 10

Capítulo 239 — O Romance e a Memória

 

   Eu estava voltando sozinho da escola.

   Meu romance estava quase terminado. Só saber disso já me enchia de uma onda de energia.

   Mas então, uma viatura policial parou bem à minha frente. Um homem de terno saiu do carro.

“Você é Aono Eiji-kun, correto? Sou Furuta, o oficial responsável pelo seu caso. Posso tomar um momento do seu tempo?”

   Ele era alguém que já havia conversado comigo em várias ocasiões antes.

“É sobre a investigação?”

“Não, é um assunto diferente. Mas… há algo que preciso que você ouça.”

 

— Perspectiva de Ugaki —

   O confronto com o Primeiro-Ministro havia chegado ao ponto de ebulição. O líder do partido e seu segundo no comando estavam envolvidos em uma luta completa pelo poder. A mídia estava em polvorosa, incapaz de falar sobre qualquer outra coisa.

   Quem perdesse aqui perderia tudo — a vida política inteira.

   A disputa havia se resumido à aprovação do nosso projeto de lei.

   O grupo do Primeiro-Ministro estava determinado a destruí-lo, custasse o que custasse. Como o estávamos submetendo como proposta legislativa da própria Dieta, o gabinete não tinha participação na sua introdução. Mesmo assim, quase certamente usariam sua maioria numérica durante a deliberação para votá-lo contra.

   Se conseguissem derrubar o projeto, então tudo que eu suportei para permanecer vivo até agora seria em vão.

   Eu os destruiria — por quaisquer meios necessários. Ainda assim, a mídia incessantemente publicava manchetes nos colocando em desvantagem.

   Meu telefone vibrou. Era Eiji-kun. Ele havia enviado um PDF.

   Deve ser o romance que ele mencionou antes.

   Não havia tempo a perder.

   Mesmo assim, eu sabia — eu precisava lê-lo.

   Baixei o arquivo e abri o manuscrito sem demora.

   Lia-se como uma memória pessoal — uma história que traçava a vida de seu pai. A pesquisa era meticulosa, a escrita impregnada de cuidado. Embora os nomes tivessem sido alterados, era imediatamente claro que seu pai era a figura central.

   Enquanto eu lia, senti como se estivesse viajando de volta no tempo… de volta àqueles dias em que as pessoas que eu amava ainda estavam vivas, e a vida ainda não havia perdido seu calor.

   Cheguei à parte sobre o uísque — como havíamos conversado em abri-lo quando nossos filhos completassem vinte anos. Ele havia comprado garrafas dos anos em que nossos filhos nasceram, e aguardava ansioso o dia em que beberiam juntos.

   Uma garrafa, imagino, foi aberta. Mas a outra… talvez nunca fosse destampada.

   Também não consegui jogá-la fora. A escondi bem no fundo de um armário, plenamente ciente de quão obstinado eu poderia ser.

   Então, a história mudou — para a manhã em que ele faleceu.

   Embora fosse feriado, e apesar de como a vida já estava ocupada, ele havia se levantado cedo para ajudar a preparar a comida para a cozinha comunitária.

   Mas então, sem aviso, ele desabou de dor. Enquanto estava ali, lembrando da família, pensou — mesmo diante da morte — que havia vivido uma vida feliz. E gradualmente, sua consciência se desvaneceu.

“Se ao menos ele pudesse ter compartilhado aquele uísque com seu filho…”

   Essas foram suas últimas palavras — e com isso, a história chegava ao fim.

   No momento em que terminei de ler, desliguei meu telefone.

   Fui tomado pela emoção. Não — ele não teria dito algo assim. É apenas ficção, disse a mim mesmo, tentando aquietar os sentimentos que borbulhavam em meu coração. Mas a verdade — que fora Eiji-kun quem escreveu aquilo — apertou meu peito como um torno.

   Ele havia me dito que queria compartilhar uma bebida comigo, no lugar de seu pai.

   E só ouvir isso… já era suficiente. Suficiente para fazer sentir que algo dentro de mim havia sido salvo.

   Quando liguei novamente o telefone para escrever uma resposta, percebi que uma nova mensagem me aguardava.