(WEB NOVEL) Reviravolta da Vida: Fui Traído e Falsamente Acusado, Mas Agora a Garota Mais Bonita da Escola está se Aproximando de Mim Japonesa

Sessão 10

Capítulo 231 — Encontro

 

   A aula havia terminado, e Ai-san disse que iria para casa primeiro antes de nos separarmos.

   Bem, ela ficou na minha casa na noite passada, então provavelmente tem coisas para resolver. Mas como prometemos jantar juntos na minha casa, logo nos veremos novamente. Só de lembrar dos doces momentos da noite passada faz meu coração disparar.

   Um aluno do terceiro ano se aproxima vindo na direção oposta, e nós nos cruzamos. Ultimamente, tenho me acostumado aos poucos a andar sozinho. Ai-san e Satoshi têm se preocupado comigo, garantindo que eu não fique muito tempo sozinho, mas quando acabo assim, não consigo evitar me sentir tenso.

“Ei, é aquele cara dos boatos, né?”

“É… mas ouvi dizer que aquele boato não era verdade, afinal.”

“Quem sabe? Não dá pra ter certeza.”

“É?”

“Dizem que onde há fumaça, há fogo.”

   Eu sabia… era inevitável que as pessoas dissessem coisas assim. Soltei um suspiro baixo sem perceber.

   Uma vez que um boato ruim começa a se espalhar, ele nunca desaparece completamente da mente das pessoas. Por mais que os professores ou as pessoas ao meu redor tentem negar por mim, sempre haverá aqueles que insistem em enxergar tudo de forma cínica.

“Não há fumaça sem fogo...”

[Almeranto: Na verdade, é possível sim fazermos fumaça sem fogo. Se pegarmos uma reação entre amônia (NH₃) e ácido clorídrico (HCl), produzimos o cloreto de amônio (NH₄Cl), que aparece como “fumaça branca”. Curiosidade aí.]

   Parece convincente, e é exatamente por isso que as pessoas tendem a acreditar. Eu já estava preparado para isso — e, mais do que isso, tenho várias pessoas que confiam em mim e se preocupam comigo, então não é como se eu estivesse me afogando em desespero. Ainda assim, isso deixa uma sensação incômoda, como uma pequena espinha de peixe presa na garganta.

   Quando mencionei algo parecido para Satoshi, ele me alertou:

“Fique atento. Aqueles boatos já eram ruins o suficiente… e agora tem outro circulando, dizendo que você conseguiu conquistar a Ichijou-san, a idol da escola. Muitos caras estão com inveja de você. E o pior? Você não fez nada de errado, o que torna tudo ainda mais frustrante pra mim. As pessoas que acreditam nesse tipo de fofoca não ligam pra verdade — quando se apegam a algo que combina com a visão delas, não largam mais, não importa o quanto os outros tentem negar.”

   Provavelmente é melhor manter distância de pessoas que estão decididas a duvidar de mim. Honestamente, ir atrás de alguém só pra fazê-lo ouvir coisas ruins sobre si mesmo é bem doentio.

“Não adianta ficar pensando nisso. Talvez eu passe na livraria pra ver os lançamentos novos.”

   Ultimamente tenho estado tão ocupado que parece irreal lembrar que, nas férias de verão, eu ia à livraria quase todos os dias.

   Acabei comprando bastante coisa. Sempre há tantos livros novos que, mesmo ficando pouco tempo sem ir, fico surpreso com quantos títulos não reconheço.

   Percebendo que estava prestes a me atrasar para o encontro combinado, pensei em correr — mas, nesse instante, um carro preto de luxo parou bem na minha frente.

   Parecia o carro de Ai-san, mas a placa era diferente.

   O vidro se abaixou lentamente, revelando um rosto familiar sorrindo para mim.

“Faz tempo, Eiji-kun.”

   Aquela voz… era nostálgica — gentil, e eu não a ouvia há anos.

   Baixei a guarda e sorri de forma um pouco constrangida.

“Faz tempo, Tio Ugaki.”

   Ele era o melhor amigo e aliado mais próximo do meu pai, alguém que cuidava de mim desde pequeno.

   Um político de alto escalão, uma figura-chave no governo.

   E — o pai da garota que eu amo.

“Vou te dar uma carona pra casa. Gostaria de conversar com você, já faz tanto tempo.”

   Sua expressão não era a severa que usava no trabalho, mas sim o rosto gentil e familiar que eu sempre conheci.

“Tudo bem. Eu também tenho muita coisa que quero conversar, então vou aceitar.”