Volume 1 – Arco 2
Capítulo 142: Xeque-Mate
Um sorriso surgiu nos lábios de Nina enquanto as mãos seguravam a cintura de Nathaly com firmeza, guiando-a com pressa para dentro do box. Sshhhuaa... a água quente caía sobre elas. Shhbam... Nina usou magia de vento para fechar a porta de vidro. As mãos estavam ocupadas colando pele em pele. O beijo mais que intenso, Nathaly ainda abraçada no pescoço da Primordial.
Em um movimento rápido, Nina deslizou as mãos, descendo pelo corpo até as pernas. Segurou as coxas e Nathaly deixou-se ser erguida. Nina as envolveu em sua cintura. Nathaly as prendeu firmemente, sentindo as mãos da Herdeira apertando sua bunda enquanto a penetrava, Plop-Plop! apoiando suas costas contra o vidro do box.
Plop-Plop-Plop!
O ritmo era constante, os movimentos do quadril de Nina intensificando a cada segundo, enquanto Nathaly se movia em sincronia, seus corpos se encontrando em um ritmo perfeito do prazer. Plap!-Plop-Plop! Os lábios não mais unidos, rostos um no outro, bocas entreabertas suspirando enquanto se encaravam e a água quente em seus rostos substituía o suor.
Após algum tempo de arfadas e penetradas, Nathaly desprendeu as pernas, e Splash... Nina a soltou de pé no chão, ainda dentro da garota. Plop-Plop!-Plop! Nathaly mantinha-se na ponta dos dedos, como uma bailarina, para facilitar a penetração, mas Nina levantou um pouco a perna direita dela, "prendendo-a" na lateral do seu corpo, e continuou... Plop-Plap-Plap! enquanto Nathaly, Scrrreech... arranhava as costas da Primordial, deixando marcas escuras do sangue preto logo desaparecendo pela regeneração que já começava a voltar com eficácia.
— Slurrp!
Nina começou a chupar o pescoço, sua respiração ofegante enquanto Nathaly inclinava a cabeça para trás, apoiando no vidro, os olhos fechados em êxtase. O som de suas respirações ecoava no espaço apertado.
Quando Nina afastou o rosto, seus olhos encontraram o de Nathaly descendo o rosto, e com um olhar de desejo mútuo, ShluuurBlob... retirou o pau de dentro, Splash... abaixando novamente a perna da menina ao chão.
Nathaly leu o desejo dos olhos que demonstravam cansaço, virou-se e empinou um pouco. As palmas bem abertas se apoiando no vidro embaçado. Corpo molhado. Entradas rosadas das estradas da pele clara. Nina posicionou-se na entrada do caminho menos apertado porém mais molhado. ShluurrrpPlap! e a penetrou novamente, desta vez com mais força, segurando a cintura com uma das mãos enquanto a outra se fechava ao redor dos seios.
Plap!-Plap!-Plap!
Embora já fosse normal aquela coisa entrando e chegando nas profundezas do seu corpo — muita das vezes com Nina aumentando um pouco mais sem que a jovem percebesse, para alcançar a parede da barriga — Nathaly sempre enlouquecia sentindo aquela "anomalia" entrando com imponência dividindo seu interior apertado.
Com o sangue que Nina deixava sempre durante e após as relações, para cuidar da "namorada", fazia com que a vagina — ou ânus — "voltassem" ao normal. Nina sempre sentia o mesmo aperto, abraço em seu pau de quando perderam a virgindade, Nathaly também.
Era como perder a virgindade sempre, todas as vezes — sem os lados ruins como o hímen romper — sentindo todo o prazer que o membro pulsante poderia lhe oferecer, alongando-a internamente antes de deixá-la apertadinha novamente.
Perdida na sensação, Nathaly moveu as mãos de apoio no box e as colocou para trás, segurando o quadril de Nina enquanto sentia cada penetrada que parecia querer varar seu corpo. Plap!-Plap! seus seios tocavam o box embaçado. Seu corpo sendo visto de forma indecente do outro lado. Somente o rosto quase colado e os seios molhados sendo visíveis com nitidez.
Plap!-Plap!
O abraço ficou um pouco mais ereto. Nina forçou o corpo da menina a subir, ficando mais em pé. O braço esquerdo passava por entre os seios, subindo a mão imponente que ficou presa no pescoço da jovem de rosto empinado deixando-se ser guiada.
As mãos com as unhas quase cravadas na cintura de Nina. Nathaly sentia o interior ser alargado, e as mãos de apoio ficando fracas como suas pernas em cada vez que Nina empurrava o colo do útero e saía um pouco, fingindo que deixaria-o descansar, para tentar perfurá-lo novamente.
— Mua-Mua...
Começou a beijar o pescoço.
— Sslurrp!
Os lábios e língua deslizando pela pele úmida como se fosse um animal experimentando sua presa capturada. Os olhos se mantinham fechados como portas de aço blindado presente em bunkers governamentais estadunidenses. Rostinho ainda empinado com a boca entreaberta soltando fumaça dos seus arfares quentes. Gemidos sensuais e baixos. Sua cicatriz realçada no corpo nu.
Pá!
— Aihhmnnm...
A mão posicionada na cinturinha só mantendo o controle da área saiu de forma indecente, pegando um impulso saliente, descendo e tatuando sua palma na bunda da amante. O vermelho roubou a cena, só não mais que o gemido arrastado de prazer, ecoando no box que guardaria o segredinho safado para si.
Nathaly não aguentou.
Ainda nas pontas dos pés, sentindo o movimento da pele, o movimento das nádegas e coxas balançando com cada estocada e batida de cintura, voltou as mãos para o vidro, enquanto ria ofegante sentindo o abraço apertado do braço entre os seios e a mão no pescoço querendo quebrá-lo, mas não o fazendo. Apertando-o com brutalidade demoníaca e assassina, mas com controle, cuidado e carinho quase obsessivo.
Era viciante a sensação de segurança e perigo que aquele ser conseguia lhe transmitir simultaneamente. O prazer de se sentir vulnerável mas ter a certeza que nada de ruim lhe seria feito. O equilíbrio perfeito.
Plap!-Plap!-Plap!
Tentava manter as pernas o mais eretas que conseguia. Mas nem conseguia notar quando começava a bambear e dobrar os joelhos de fraqueza pelo estímulo impiedoso. Só os olhos fechados e o lábio inferior ser mordido não estava sendo efetivo para segurar sua erupção divina. Nina era o abridor de coco e Nathaly o coco. Furava em furava, mas o coco resistia e não queria entregar sua aguinha doce.
Plop!-Plap!
Nina chegou com o rosto ao lado do dela. Os lábios entreabriam deixando um arfar rouco, quase como um grunhido sair bem baixinho, entrando no ouvido da menina como uma ordem silenciosa. Nathaly agiu como uma gata no cio ao escutar uma voz masculina, empinou mais a bundinha, sentindo o seu brinquedo favorito parecer que entrava ainda mais fundo na sua bucetinha.
Nina murmurou intencionalmente, quase como um segredo rouco, entre suas respirações baixas:
— Tá mais molhada que o normal hoje — brincou.
Nathaly, com um sorriso provocador, respondeu entre risos e gemidos trêmulos:
— Por que será, né?
O sorriso de Nina se alargou.
— Por que será... né?
Pá!
O desenho da tatuagem vermelha foi atualizado. Mais dedos surgiram naquela nádega macia e empinada. Nina soltou o abraço, Nathaly tendo que segurar "sozinha" seu corpo trêmulo, no tempo que seu gemidinho gostoso deslizava pelos lábios que desejavam degustar uma bebida espessa que passou o dia inteiro preparando, dando sorvete e coisas doces para um ser se alimentar... Nina segurou com força a cinturinha definida, olhos cravados no quadril. Aquela bunda não era do bem. Aquelas entradas despertavam o pior que havia dentro da Primordial, sua fraqueza: seu desejo de foder "sua" menina.
PLAP!-PLAP!-PLAP!
Penetrou com muito ódio. O furador queria executar rapidamente o seu trabalho... e o coco cedeu. Nathaly sentiu uma fraqueza insana no quadril. As pernas começaram a tremer sozinhas. O corpo reagindo. Seu rosto franzindo. O gemidinho contido como um grunhido erótico...
Squiirtt!
Nina sentiu a "lava" divina cobrindo seu pau pelo caminho estreito, fofo e apertado. Fez o básico, ShluurrrpPAH... penetrou com tudo, abraçando-a e grudando seu peitoral nas costas delicadas. Prendendo e dando um novo membro para o corpo mole da jovem. Virou uma rolha e Nathaly uma garrafa de vidro. Aprisionou o líquido dos Deuses, somente permitindo-se apreciar as contrações involuntárias e o calor absurdo dos corpos unidos queimando mais que a água quente caindo sobre os corpos dos dois amantes luxuriosos.
Shhhuua...
Permaneceram abraçadas por alguns segundos... Haff... Haff... respiravam pesadamente, deixando a água cair ao redor, enquanto a fumaça que subia não era apenas de suas respirações maliciosas.
Plopsh... Plossp...
Nina voltou a penetrar, mas dessa vez com movimentos lentos e controlados, liberando o líquido e ouvindo os pingos mais fortes na pequena poça de água que se formava no piso. Erguia-se um pouco na ponta dos pés, fazendo com que Nathaly sentisse cada centímetro de forma diferente.
— Hnmaff...
Um suspiro escapou dos lábios de Nina, seguido de um gemido suave... Nathaly abriu um sorriso. Sabia exatamente o que aquele som significava. Recebeu energia do nada. As pernas bambas, quase cedendo e deixando a dureza e a força pau deixá-la "em pé", para continuar fodendo-a, se firmaram um pouco. Virou o rosto para trás, conseguindo ver o de "Nino", e murmurou com muito erotismo, um gemidinho safado:
— Coloque tudo na minha boca...
As palavras de Nathaly foram como um xeque-mate.
Nina sentiu um arrepio de excitação percorrer seu corpo, quase jorrando dentro.
ShluurrrpBlop!
Nathaly virou-se de repente. O pau deslizou de dentro, provocando-a uma tremidinha rápida e grosseira, do arrepio que sentiu daquilo desconectando do seu corpo... Mas a conexão logo iria voltar. Splash! se ajoelhou no chão molhado do box.
O mastro sujo dos seus líquidos apontado para o rosto. As mãos indo ao encontro da rola maior que sua cabeça. Em meio ao estímulo visual que aquilo provocava, Nina se encontrava no seu lado protetor.
Preocupada com o conforto de Nathaly, os estímulos das mãos deslizando em sua pele sensível mais embaixo eram ignorados, no tempo que abaixou a potência do chuveiro, para que a fumaça da água quente não dificultasse a respiração da "sua" menina.
Ajoelhada com as coxas formosas juntinhas, Nathaly ergueu o olhar para Nina, um sorriso safado iluminando seu rosto avermelhado, com os cabelos encharcados caindo sobre os ombros. Com um gesto provocante, Tlik-Tlik! bateu o pau duas vezes contra seu rosto molhado, fazendo as gotas de água espirrarem.
Nina não aguentou.
O extremo de não sentir nada até sentir-se segura por estar proporcionando a segurança da menina, com o extremo do tesão que sentia por ela foi demais. Não sentir nada, logo olhá-la e sentir tudo ao mesmo tempo combinado com aquela visão perfeita, do membro batendo...
Spluurrrt!
Nathaly nem havia começado os trabalhos com sua boquinha bem treinada pela "namorada".
— AaahGlub!
O prazer transbordou. A chuva sujando o rosto, franja e cabelo. Nathaly, sem perder tempo, o enfiou na boca, e Nina gemeu profundamente, suspirando de prazer enquanto se entregava à sensação, observando Nathaly indo e voltando sem parar no pau.
— Glup-Glup-Gluhm-Grk-Ugh...
As pernas fracas. Apoiou as palmas, uma na parede e outra no box, buscando sustentação.
As pálpebras dando tremeliques, fechando e abrindo rapidinho sem controle. Nina segurando o tremor que combinava com a fraqueza que ainda sentia da dor recebida com o som no shopping.
Não conseguia fechar os olhos para aguentar com mais força e efetividade. Ver Nathaly daquela forma era uma droga mais que viciante. Aquela boquinha de sucção, com o rostinho vindo e voltando fazendo o membro arrastar pela garganta dilatada que fechava do nada, contraindo quase como embalagem a vácuo, combinada com os olhos cravados nos seus, sem piscar um único segundo, recebendo a proteção de Nina, que cobria a água de cair sobre o rosto da menina, com as costas do irmão.
Quando terminou de gozar, relembrando que precisava forçar-se a parar, se não o sangue continuaria produzindo esperma sem parar, Nathaly parou de mamar, tirou o pau da boca e olhou para Nina, Aaaaahf... mostrando sua língua lasciva quase limpa. Um fio soltando-se da ponta, caindo nas coxas sujas da chuva anterior.
— Mwah!-... Mwwaah!
Continuou dando beijinhos...
— Slurp-Sslurp...
...e algumas chupinhas bem lentas na cabecinha, enquanto olhava para cima com um sorriso e uma risada travessa. Ficou um pouco mais doce que o normal. O plano dos doces deu certo, afinal. Ainda provocando o "menino", namorando em beijos o membro flácido.
A Primordial colocou com carinho a mão direita na cabeça dela, Nathaly deixou-se ser guiada, abriu a boquinha e Nina forçou-a, Mm-Gurp... enquanto Nathaly ia e voltava com a língua, subia e descia a cabeça, envolvendo-a lentamente com uma mistura de ternura e luxúria. Glup-Hm-Hum... Nina somente aproveitava tudo, mas estava cansada demais, e Nathaly sabia disso, pelo brilho no olhar do "menino" e as olheiras marcadas, algo que não era comum.
Olhando para o seu brinquedo preferido, Plaki! o apoiou inteiro no rosto, espirrando algumas gotas de água, fazendo-a abrir um sorriso sapeca e imenso, com Nina conseguindo ver, embora o pau estivesse na frente.
O membro flácido ganhou o formato de concha no rosto/cabeça da jovem. Mesmo com o "parceiro" cansado, sua safadeza queria um pouco mais, e decidiu tentar conseguir essa casquinha extra. Desceu com os lábios até as bolas, Sssssliiick! e subiu com uma lambida em toda a extensão, até chegar na ponta do míssil, onde desceu com a garganta. Grk-Gurp... Aaaaahhff... retirou-o de dentro após engoli-lo completamente. Olhando-o de frente, Mwaah! se despediu com erotismo.
Levantando-se, ainda segurando, com as duas mãos, a piroca que sua mão não conseguia fechar-se no entorno, Fwaaap-Fwaaarp! começou a estimulá-la enquanto as duas garotas safadas trocavam olhares intensos, enchendo o box com fumaças de suas respirações entrecortadas. H-haff...Huff...
— Você sabe bem como me deixar louco — murmurou Nina, os olhos brilhando de desejo e admiração.
Nathaly deu uma risadinha suave, ficou na ponta dos pés e Nina desceu um pouco o rosto, Mua-Mwaah! Fwaap! e depois de mais alguns momentos calientes, começaram a realmente tomar banho.
Com a água desligada, Nina esfregou as costas de Nathaly, e Nathaly fez o mesmo por ela. Ensaboaram-se completamente antes de ligarem o chuveiro novamente para enxaguar o corpo uma da outra.
Enquanto a água escorria, se olhavam e alisavam mutuamente o corpo para retirar o sabão, até que, inevitavelmente, começaram a se beijar intensamente sob o fluxo da água quente.
Shhhuua...
Depois de terminarem o banho, Nathaly envolveu seu corpo com uma toalha branca e se posicionou em frente ao espelho, Whhhhhh... secando os cabelos com um secador. Nina, por sua vez, se secou rapidamente com uma toalha, deixando o cabelo meio úmido.
Vestiu suas roupas de sangue jogadas, mas antes de colocar a blusa, se aproximou de Nathaly por trás. Pá! deu um belo tapa na bunda que parecia esperar empinada justamente por aquilo, seguido de um abraço pela cintura, pressionando fortemente a virilha contra o quadril empinadinho dela. Wwoooushh... Nathaly desligou o secador por um momento, virando-se para olhar Nina com um sorriso.
Mwah!
Nina deslizou as mãos pelo corpo, subindo pela cintura até o rosto, e moveu o quadril, Paff-Paff! com duas encoxadas safadas. Afastou o rosto dela e a segurou firme pelo pescoço, mantendo suas bocas próximas, encarando os lábios uma da outra. Nina brincava com o tesão de Nathaly.
Esta abriu um sorriso, e Nina a puxou, Mwah! mas logo se afastou, com as duas se olhando fixamente, Nathaly com um sorrisinho e Nina mantendo um carão. Vestiu a blusa sem tirar os olhos dela, se aproximou novamente, e, Mwaah! no beijo, pegou o secador das mãos da humana, Whhhhhh... começando a secar o cabelo dela com carinho.
— Hummm... Não imaginava que sabia fazer isso.
"Puta que pariu... Ééé..." — Às vezes minha irmã me pede pra ajudar ela com isso...
— ...Você não me parece que ajudaria ela com isso.
— Não é porque eu a irrito todo dia fora de casa que em casa é a mesma coisa. "É a mesma coisa sim."
— Entendi... legal saber disso.
Depois de um tempo, terminaram. Nathaly vestiu um pijama leve e Nina colocou o colar em seu pescoço. Nathaly, então, foi para o quarto e se sentou na cama, esticando os braços para cima e se espreguiçando como uma gatinha manhosa. O tecido da pequena blusa subindo e revelando a pele da barriguinha que roubou toda a atenção do olhar de Nina.
— Vai dormir comigo hoje? — perguntou quase "chorando". Fez um rosto tão fofo que Nina quase mandou seu irmão ir se foder em dez línguas diferentes dentro de sua mente, para não ter que ir entregar o lanche a ele, e sim passar a noite dormindo junta com sua amada.
— Hoje não dá, mas amanhã quem sabe...
— Aahh... Fica aquiii! — Nathaly segurou a mão de Nina e tentou puxá-la para a cama, mas Nina permaneceu imóvel, apesar do forte esforço de Nathaly. "Ele é feito de chumbo, é?" pensou sentindo um teor de tesão a mais, vendo a força do homem que lhe pegava de jeito, de fato podendo matá-la.
— Não tem como hoje. Eu e minha irmã discutimos mais cedo, se eu dormir fora, ela vai se irritar comigo. Também tenho que levar o lanche pra ela, apesar de já estar frio uma hora dessas. — Nina se aproximou dela e, Mwah! deu um selinho lento. — Amanhã eu prometo que vamos dormir abraçadinhos.
— Amanhã vai demorar muuuuuitu...
Sorriu ao ver Nathaly fazendo birra.
— Já são umas 8h da noite, garota. Amanhã tá logo aí.
— Tá bom, então... Vou esperar — resmungou.
— ...Tchau — respondeu com dor, querendo muito ficar.
— ...Tchau — respondeu dramaticamente, tentando fazê-la ficar.
Mas Nina foi firme e virou-se para sair. Pegou o lanche no balcão da cozinha, abriu a porta e foi para o elevador. Quando o elevador chegou ao seu andar, ela, cansada e com preguiça, caminhou lentamente até a porta do seu apartamento.
Nino estava perto da cozinha e ouviu sua irmã chegar.
Nina entrou com a aparência dele e, após fechar a porta, voltou para sua aparência normal.
Levantou a mão perto do cabelo e o secou instantaneamente com uma pequena emanada de fogo escuro.
— Me avise quando for fazer isso, sua retardada — reclamou ele.
— Teoricamente, eu te avisei — argumentou.
— ...Avise antes de fazer.
— Desculpa. Eu tava animada para sair com ela, e você me irritou dois dias seguidos, estava merecendo.
Nina tirou o colar do pescoço e o estendeu para Nino.
— O que é isso?
— Comprei um colar de casal para usar com ela. Quando eu não estiver com sua aparência, é pra você usar isso, tá?
— Ah, tranquilo. E o que é essa sacola aí?
— Trouxe um lanche pra você. Já deve estar frio, então esquenta aí rapidinho no micro-ondas. — Entregou a sacola.
Nino pegou e a abriu.
Era um burrito acompanhado de uma porção de nachos, além de molho. Pegou um prato no armário, Pi, Pi, Piiii... colocou o burrito para esquentar e, enquanto esperava, Frsrrs pegou uma tigela e colocou os nachos nela. Pegou também um refrigerante de limão da geladeira.
Enquanto fazia isso, Nina se lembrou do que aconteceu no shopping.
— Ah, tem mais uma coisa.
— Hãm? — perguntou, enquanto servia refrigerante em um copo e olhava para ela. — Quer?
— Não, tô de boa.
— Tá, fala aí. — Nino terminou de encher o copo e colocou o litro de volta na geladeira.
— Eu tava no shopping e uma sirene disparou do nada, pensei que ia perder o controle de tanta dor que senti.
Pi. Pi. Pi.
— Som de sirene? Nhami! — perguntou, enquanto retirava o lanche do micro-ondas dando uma mordida bem generosa.
— Sim... Sei lá. Perai! — Nina pegou seu celular no bolso do short e pesquisou na internet por um som de sirene.
Abriu um vídeo e estendeu o celular:
— Aqui.
Piiiiiiiiiiiiiii...
Um som agudo saiu do celular, mas nem Nina nem Nino sentiram dor. Somente um incomodo bem pequeno, quase menor que o som que os "Pi" do micro-ondas os faziam sentir bem nas profundezas do sangue de seus corpos.
— Não senti nada.
— ...Eu também não. — Nina olhou para seu celular e clicou em outro vídeo de uma sirene diferente.
Piiii! Piiii! Piiii! Piiii!
— Tá, chega de mentir por hoje.
Nina não mudou a forma que o olhava. Manteve o mesmo rosto cansado, meio desanimado que Nino, sim, notava algo estranho.
— Mas eu não estou mentindo. Só não está funcionando. Será que é porque é gravado?
— Se fosse isso, o micro-ondas já teria ido de óbito.
— ...
Nina não entendeu o porque não funcionou. Mas Nino tinha razão. O mesmo quase quebrou o celular naquela manhã pelo som, já teria destruído o micro-ondas se aquilo o provocasse uma dor semelhante com o que Nina sentiu.
— Para de mentir. Uma sirene a machucou? Sério? Tsi... Palhaçada. Só avisa quando for fazer essas coisas. Não precisa ficar arrumando desculpa.
Nina ergueu o pulso na direção do irmão.
— Toque — mandou, olhando-o sem nenhuma alteração em seu rosto ou voz.
Nino olhava-a... mas agora não era ela escondendo algo, era ele escondendo o que aconteceu naquele dia com Alissa.
"Ela vai me xingar todo se souber que eu contei o que somos..." Por parte, isso era o que queria evitar, mas por outra, era não querer ser zoado por chamar Alissa de mamãe e ainda ter pedido um abraço para ela todo fofinho, fora da sua constante paranoia de se manter: "inabalável", "o mais forte", "invulnerável", "o maior de todos".
— Vamos, toque — mandou, mais uma vez.
— Você é um pouco burra. Sei que acredita que eu sou mais, mas uma das coisas que fazia eu saber exatamente quando você estava mentindo para mim, dizendo que estava indo matar algum inseto, e na verdade estava indo transar, era o seu cheiro. Da mesma forma que eu sentia todos os dias que você voltava dizendo que torturou aqueles humanos de merda, e na minha vez, eu tinha que ir caçar os mesmos para de fato torturar e matar, você está fedendo, exalando com força o cheiro de Nathaly. Não vou me misturar com você, não quero me ver transando com aquela garota. Coisa nojenta. Me deixe pelo menos comer meu burrito em paz.
Nina abaixou o olhar. Seu cansaço não a deixava sentir se Nino estava falando a verdade ou não. Queria cair na cama e dormir. Recuperar as forças — como seu pai precisava fazer nesse mundo. O tom de Nino... Nino falou a verdade, mas sua ocultação da outra verdade exalava mais que o cheiro forte de Nathaly vindo da irmã — que somente saia quando Nina se secava com fogo escuro.
O braço abaixou logo depois. Dois passos na direção do quarto. Passou em silencio ao lado do irmão, mas Nino segurou o pulso de Nina — sem se misturar — e Nina... não o olhou, muito menos Nino olhou-a. Olhavam para os lados opostos, e Nino falou:
— Só tava enchendo o saco... Sei que não tá mentindo pra mim. Você viu. Volta na memoria da minha luta contra o pássaralho lá. O grito dele agitava o meu sangue. Acredito que não foi como você sentiu, mas consigo dizer que sei exatamente do que você tá falando. Eu realmente não quero assistir você transando com a menina. Então, vamos deixar acumular as coisas um pouco até nos misturarmos de novo. Assim, ao menos eu sofro uma única vez, e não uma vez por dia que vocês acabarem fazendo qualquer coisa.
— Tranquilo — respondeu ainda no mesmo tom de quando chegou.
Nino soltou-a e Nina saiu andando até o quarto, sem nenhum olhar para o outro.
Pahfft! 
Nina chegou na cama e não conseguiu nem tirar os tênis. Caiu de rosto, barriga para baixo. Sua reserva energia aguentou até chegar em um ponto seguro — aos cuidados do irmão. Nino comeu bem rápido o lanche. Havia feito comida, mas não iria recusar um lanchão daquele, embora fizesse coisas ainda mais saborosas.
Ainda era cedo. Longe do horário que dormia, mas sentia-se preocupado com Nina. Nem cinco minutos depois de se separarem, Nino já havia lavado o prato e copo usado, desligado as luzes e chegado no quarto. Via sua irmã deitada. Retirou os tênis. As meias. Segurou-a e colocou-a na posição confortável em que dormia.
Cobriu-a, mesmo que normalmente só se cobriam em noites bem frias. Algo dizia que aquilo seria bom. Um cuidado a mais. Um pequeno ato de carinho. Cobriu-a deixando o rosto para fora.
Depois, deitou-se, dividindo do mesmo travesseiro, e, juntando o ritmo de suas respirações, embora nitidamente as delas fossem um tantinho mais pesadas, as testas quase grudadas, dormiu, acompanhando-a no sono, embora tivesse deixado mais da metade do sangue acordado, para despertá-lo sob qualquer perigo que pudesse surgir, para que assim, pudesse cuidar de sua irmã.
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