A Voz das Estrelas Brasileira

Autor(a): Altair Vesta


Volume 3 – Parte 3

Capítulo 65: Sem Fim

Com a mente dominada pela escuridão, vozes fracas estremeceram seus ouvidos. Sussurros em meio ao vazio.

De pouco em pouco, o chamado passou a ganhar entonação, de modo a quebrar as paredes do sono que se recusava a terminar.

— Bianca... ei, Bianca...

Com cuidado, mexeu no ombro da menina, deitada na beirada da cama.

Os olhos verdes se abriram, vagarosos. Virada de lado, toda encolhida, virou o rosto até a responsável por despertá-la.

A turbidez da visão, aos poucos, foi esvanecendo. Passou a reconhecer os detalhes do cômodo, tal como a feição da jovem de emaranhado cabelo castanho.

Sem perceber a saliva escorrida pelo canto da boca, levantou-se no modo automático, extremamente sonolenta.

Esfregou as vistas recheadas de remela, seus lisos fios brancos dispunham-se bagunçados e pareciam mais volumosos do que o normal.

Através de um gemido arrastado, ela murmurou:

— Helenzinha... Já é... é de manhã?... — Soltou um bocejo demorado.

Bem de manhã. Você está um pouco atrasada. — Helen cruzou os braços, ainda com um sorriso plácido.

Bianca pouco se importou com o fato de ter perdido o horário de acordar para ir à escola.

Recobrando os sentidos em seu tempo, logo entendeu a posição que se encontrava. E ver que tinha adormecido bem ao lado de Norman a deixou fora do ar por alguns segundos.

Olhou para si mesma, com o pijama caído à quase metade do braço esquerdo. Enfim despertada, trocou olhares entre si mesma e o garoto, até que compreendeu o cenário total.

O rosto corou inevitavelmente, as sobrancelhas se arregalaram e uma das mãos cobriu a boca aberta.

— Acho melhor você se apressar um pouquinho. Não se preocupe, eu preparo seu café e levo o Norman lá pra baixo.

A universitária não pareceu compreender o momento introspectivo da menina, abismada por ter simplesmente apagado ao lado dele na última noite.

E Bianca tentou esconder ao máximo possível.

Em curto-circuito interno, se levantou do colchão sem dizer uma palavra e passou pela amiga do rapaz, em direção à porta já aberta ao corredor do andar de cima.

Dirigiu-se ao banheiro e se trancou lá, a fim de neutralizar o próprio estado envergonhado.

Respirou fundo até retomar o fôlego. Só então se lembrou do atraso que precisava compensar em prol de chegar à escola.

Dito isso, deixou o cômodo e regressou ao quarto para pegar suas roupas. Esse meio tempo foi o suficiente a favor de que os dois mais velhos descessem ao piso inferior.

Ver o vazio silencioso do recinto, iluminado pelos raios solares e preenchido pela brisa fresca da primavera, varreu todas as suas preocupações.

Observou a cama dele, em total silêncio. A dor permanecia, pensou consigo, ao levar uma das mãos sobre o peito.

Depois de tomar um banho rápido e se arrumar em frente ao espelho sujo, desceu as escadarias e reuniu-se com Norman e Helen para o café da manhã.

Sentou-se à mesa e, apressada, apanhou as torradas prontas. Passou manteiga sobre elas e começou a comer como um roedor.

Pegou a jarra com suco de laranja, derramou o líquido dentro de um corpo e passou a beber na velocidade do pensamento.

Helen observou, boquiaberta, a correria da menina, ao mesmo tempo que alimentava o rapaz ao lado.

Bianca até se engasgou com m pedaço de pão, a induzindo a beber com desespero o resto do suco. Livre da asfixia, sugou todo o oxigênio possível pela boca.

Gastou segundos preciosos até reequilibrar o fôlego, embora ainda sentisse uma leve dor arranhar seu peito.

Pensou o quão idiota tinha sido, tanto pelo atraso inconsequente quanto pela cena protagonizada numa hora inoportuna.

Restou-lhe a lamentação pesada, exprimindo as emoções conturbadas graças ao princípio de dia onde tudo parecia dar errado.

— Não precisa correr tanto assim — comentou, apontando o garfo a ela. — Chegar uns minutinhos atrasada vai te prejudicar tanto?

Dado o questionamento da morena, a alva engoliu uma nova mordida no pão torrado e respondeu:

— Vou receber um aviso... — Soou cabisbaixa e, antes de completar, deu a golada derradeira no suco. — Se receber três, posso receber uma suspensão!

— Mas então seria só o primeiro...

— Mas ainda é início de semestre! — Agarrou a próxima torrada e arrancou um bom pedaço com os dentes. — Prucuso evutar u guunto pudur atu mutadi du uno.

Embora ao expressar-se de boca cheia, Helen pôde entender o significado da frase.

Prendeu uma fraca risada e a ofereceu um guardanapo dobrado, apontando o indicador na direção da própria boca, a fim de indicá-la onde havia se sujado.

Aceitou a dica e começou a limpar as migalhas grudadas no canto dos lábios. Com a boca livre para soar compreensível, procedeu:

— E o ônibus demora muito se eu perder a hora! Então tenho que sair logo!

Engoliu o restante do alimento e, em disparada, foi ao banheiro. Quebrou o próprio recorde de tempo na escovação dos dentes, vestiu os sapatos e pegou a mochila no sofá.

Por meio de saltos velozes, aproximou-se do jovem na cadeira de rodas e o fitou, quieta, por alguns segundos. Ainda encabulada pelo ocorrido de há pouco, assentiu consigo ao tomar sua decisão.

Levantou a franja cacheada dele e levou os lábios até sua testa, num rápido beijo de despedida.

— Tchau, maninho! — Quase sussurrou, só para ele. — Daqui a pouco estou de volta, a Helenzinha vai cuidar de você.

— Vá com cuidado e se concentre nas aulas. O almoço estará pronto quando chegar.

— Obrigada, Helenzinha! ‘Tô saindo!

Com pressa, a menina deixou a residência e disparou pela calçada.

Helen se prontificou a fechar a porta, para que ela não perdesse mais tempo e pudesse seguir rumo ao ponto de ônibus na esquina do quarteirão.

Por sorte, chegou um minuto antes de perder o horário.

Levantou o braço num sinal para que o transporte parasse, subiu os degraus, mostrou o bilhete de passagem e enfim atravessou a catraca.

Outro acaso lhe favoreceu: os assentos vazios, principalmente no local onde mais apreciava viajar, os bancos do fundo.

Repousou ao lado de uma das janelas. Deitou a mochila retangular sobre as pernas, apanhou o pequeno celular que carregava na bolsa frontal e puxou os fones de ouvido.

Colocou a playlist favorita, antes de apoiar a cabeça no vidro. As inesperadas ocorrências de mais cedo martelariam em sua mente por algum tempo.

Graças à condução vazia, não demorou muito para que Bianca chegasse no colégio. Apesar disso, precisou acelerar o passo a fim de não se deparar com as portas fechadas.

Levou poucos minutos até alcançar a entrada do estabelecimento, respirando aliviada no momento da passagem.

Sem maiores problemas, entrou no local e se viu no pátio praticamente vazio.

A grande maioria das turmas já se dirigia até suas respectivas salas, então a menina resolveu pegar a escadaria mais próxima, no intuito de cortar o caminho.

Nos corredores do segundo andar, encontrou alguns colegas na iminência de entrarem na classe.

Correu um pouco e conseguiu se unir à pequena multidão na reta final do acesso, infiltrando-se no intuito de mascarar o leve atraso.

Falou com algumas pessoas no processo, então encontrou a dupla de amigos nas carteiras mais ao fundo do recinto.

— Ei, Doherty! — Acenou o garoto de cabelo ondulado. — Pensei que não ia vir hoje quando não te vi na fila!

— Se atrasou, amiga? — A menina, de cabelo cacheado, a encarou com um sorriso levemente vultuoso.

— Eu perdi a hora, por um instante. Mas consegui chegar com muita correria! — Bianca sentou-se à carteira encostada na parede.

— Hm... parece mais feliz. — A amiga inclinou a cabeça e a repousou sobre o dorso da mão.

— Pareço?

— Ontem você ‘tava meio pra baixo! — O garoto apontou o lápis a ela. — Um pouco avoada por causa das provinhas, não foi?

— Ah, sim... Me desculpem por isso. — Inclinou a feição encabulada, os encarando de soslaio.

— Não precisa se desculpar. Fico feliz que esteja melhor!

Afagada pela gentileza daqueles dois, Bianca permitiu-se a esquecer parte dos problemas e devolveu um sorriso genuíno a eles.

As primeiras aulas seguiram seu curso natural. A seriedade se manifestou por toda a turma, vista a reta de chegada para as primeiras provas do semestre, um dos reais motivos de preocupação da garota.

Focada nas revisões que os professores disponibilizavam, sequer sentiu a rápida passagem de tempo até o toque do sino.

As turmas do ensino médio desceram ao pátio para o descanso. A maioria se dividia em seus pequenos ou médios grupos.

Alguns permaneciam no pátio e só batiam papo, outros dirigiam-se ao refeitório e se uniam nas bancadas com suas refeições matinais.

— Nossa, essas matérias já ‘tão pesadas demais pra um início de semestre — resmungou o garoto, enquanto brincava com uma das batatas frias entre os dedos.

— Fico surpreso que você nunca engorda, mesmo comendo tantas besteiras na escola — cutucou a garota, satisfeita com seu prato de frutas e saladas.

— Tenho meus segredos! — Comeu a batata e partiu para a pizza de calabresa, num pratinho menor ao lado.

Enquanto os dois debatiam sobre padrões de alimentação, Bianca se aproveitou de seu suco de caixinha, sem ter nenhum prato em sua parte da mesa.

Bebia do líquido no canudinho, observadora da dupla com a cabeça levemente inclinada ao lado.

Tinha vontade de dar risadas, mas se o fizesse, traria a atenção de ambos e encerraria o debate.

Por isso escondia-se no olhar tacanho e agradecia por não ser o centro das atenções do grupo — apesar de possuir característica para tal.

Era divertido, de muitas maneiras. Se sentia grata pelo fato de tê-los ao seu lado, capazes de fazê-la esquecer grande parte dos problemas diários...

No entanto, do absoluto nada, um calafrio fez sua espinha se atiçar. Quase chegou a engasgar com o suco, mas o engoliu num ímpeto estranho, a ponto de destroçar os planos de manter-se isolada da discussão à frente.

Quando seus colegas viraram o rosto, constataram sua face paralisada. As sobrancelhas arregaladas eram a entrega do tom espantoso, com as vistas trêmulas na direção da mesa sem sequer piscarem.

Sem perceber, apertou com força a caixa da bebida nutritiva com as duas mãos, a esmagando de forma gradativa.

— Bianca!?

Ao chamado da amiga, Bianca pareceu despertar num pequeno salto sobre a cadeira.

Levantou a atenção e encontrou a feição inquieta dos dois, incapaz de dizer qualquer coisa a respeito da súbita mudança.

Só ela sabia o que tinha experimentado. Todas as possíveis palavras de ponderação ou explicação travaram em sua garganta.

O foco correu até o braço direito, coberto pela manga do uniforme escolar de coloração azulada. Suor frio começou a se formar em seu rosto, só aumentando a preocupação dos amigos adiante.

Eles trocaram olhares dúbios. De súbito, o som dos pés da cadeira arrastados no solo lhes chamou de volta a atenção.

Bianca tinha as mãos apoiadas sobre a mesa e o rosto completamente voltado a ela. Mediante arquejos em progressiva elevação de intensidade, enfim soltou uma voz rouca:

— T-tenho que ir ao banheiro...

Sem permitir algum pronunciamento por parte da dupla, ela disparou do refeitório.

Havia banheiros ali, mas ela preferiu ir além.

Atravessou quase todo o pátio até chegar nos sanitários do outro lado do colégio, pois esses tinham as maiores chances de estarem vazios.

E de fato os encontrou assim.

Aproveitou a completa privacidade para apoiar-se na primeira pia que veio pelo caminho. Abriu a torneiro de modo a deixar que a água corresse livre e encarou-se no espelho recheado de ínfimos arranhões.

Ficou assustada com a própria expressão de vistas esgazeadas, pálida e tomada por calafrios.

Tentou controlar a respiração, mas ansiedade só aparentava piorar.

“Por que... eu senti isso?”, levou a mão até o braço e levantou o tecido escuro, revelando a marca da Constelação do Cisne.

Embora não irradiasse qualquer brilho, conhecia bem até demais aquela sensação congelante.

A Seleção Estelar havia terminado há três anos.

Desde as consequências da batalha final, vivenciadas até o presente dia com o estado de Norman e o desaparecimento de Layla, o símbolo permanecera em seu braço.

Como se fosse conduzida por uma energia invisível, sentiu-se tentada a despertar seu Áster adormecido há tanto tempo.

Engoliu em seco na iminência de fazê-lo.

Aquele falso alerta podia ser tudo, exceto algo normal. Nem mesmo pensou em algum acaso, prosseguido de possíveis confusões mentais.

Tudo em que conseguia pensar naquele momento era seu maninho, portador das maiores sequelas daquele combate irreal.

Talvez, só talvez, aquilo fosse um sinal de esperança.

Ou de desespero...

Incapaz de definir, agarrou-se à única forma — ao menos em sua cabeça — de desvendar a situação.

Fechou os olhos e concentrou-se como podia.

A influência abrasante que surgiu do novo brilho sobre seu símbolo espalhou-se em questão de segundos pelo corpo.

A exemplo do despertar de uma fagulha, diversas vozes invadiram a mente da Marcada de Deneb.

Num raio responsável por envolver o colégio inteiro, rangeu os dentes e forçou as vistas cerradas, à medida que se conectava aos pensamentos dos alunos.

Não suportaria as dores, mas empenhou-se a esticar o limite até onde fosse cabível. Havia o medo de, com aquela confusão inacabável, não perceber a entrada de alguém no banheiro.

Ainda assim tomou coragem em prol de manter-se no ato de utilização da Telepatia.

Prestes a sucumbir na imersão do poder místico...

O som de um sino impactou seus ouvidos.

Finalmente retornou. Estava cansado de esperar.

A específica voz soou mais alta do que as demais, além de servir como um claro recado à marcada. Isso a fez reabrir os olhos, em desfeita ao poder adquirido pelas estrelas.

A respiração tornou-se tão pesada quanto o incômodo que latejava em sua cabeça. Mais estremecida em comparação a chegada do primeiro sinal, foi invadida por uma onda de pânico.

Não pôde reconhecer o dono da gélida voz — masculina e de tom um tanto quanto agudo.

O sino do colégio voltou a tocar, determinando o final do intervalo entre as aulas.

Depois de se atrasar um pouco — tomou bom tempo a fim de se recompor — reencontrou-se com os amigos na sala de aula, mas não ofereceu explicações a respeito das atitudes de mais cedo.

Apenas sentou-se na carteira, dominada por um semblante amedrontado, em busca de cogitar todas as hipóteses acerca da aterradora experiência.

Diferente das primeiras aulas, o tempo passou devagar. A agonizante introspecção não lhe permitiu prestar atenção no conteúdo disseminado pelos professores.

Sequer percebeu a extrema inquietação dos colegas ao lado, sem desgrudar os olhos arregalados das folhas brancas do caderno.

Ela sentia-se como se estivesse de baixo d’água, desconexa de todos os sons da superfície. Na iminência de se afogar, uma dor insólita tornou a afetar-lhe o peito.

Pensou ter escutado algo, mas estava absorta demais para identificar as palavras proferidas.

Aquilo persistiu durante alguns segundos, como se batidas profundas insistissem em chamá-la a atenção...

— Bianca Doherty!? — A voz grave ecoou pela sala de aula, despertando a menina do transe pessoal. — Você não está ouvindo? Estou fazendo a chamada.

Completamente desnorteada, percebeu todos os olhares voltados a seu silêncio.

Até recobrar a consciência, estreitou as sobrancelhas elevadas e executou um aceno cabisbaixo.

— M-me desculpa... — Levantou o braço direito. — Estou aqui.

O professor anotou sua presença e, desse modo, prosseguiu com a chamada dos demais alunos através de uma bufada.

Enquanto todos retomaram suas posturas na direção dele, os dois companheiros ao lado não deixaram de encará-la.

Incapaz de esperar qualquer coisa, Bianca foi agraciada com o toque do sino que anunciou o fim do dia letivo.

Acompanhada da dupla, foi caminhando a passos lentos até o ponto de ônibus que a levaria para casa.

Urgia por um bom descanso após a ocorrência enigmática.

O caminho ainda seria longo. O estado de alerta deveria ser ainda maior a partir daquele ponto, onde estaria completamente vulnerável.

Chegava a ser irônico pensar que sentia falta daquilo. Como se uma gigantesca lacuna voltasse a ser preenchida, quando menos esperava.

E então, a impaciência da oposição enfim venceu...

— Ei, Doherty. — O garoto à frente cessou a caminhada e corrupiou-se a fitá-la. — Aconteceu algo ruim com você, não foi?

— Hã? — Bianca pegou-se surpresa num primeiro momento, então abriu bem os olhos.

— Pode nos contar o que está acontecendo — disse a outra garota, de vistas entrefechadas. — Somos amigos, não somos? Estamos aqui pra te ajudar. Mas se você não contar...

Ela não conseguiu terminar, mas sequer seria necessário.

Por um momento, a luz regressou à íris esverdeada de ambos os olhos da alva. De todas as saídas possíveis, aquela jamais fora cogitada.

Não conte a ninguém sobre seus poderes.

Foi o que Helen disse, logo após o fim das grandes batalhas da seleção.

Deveria manter sua promessa e não divulgar, nem a amigos mais próximos, sobre a trajetória surreal dos últimos três anos.

Queria recompensar a preocupação e confiança deles. Queria compartilhar o peso que carregava há um longo período.

Encontrava-se por um fio de revelar. Depois das experiências de outrora, o desejo criou uma chama próxima do incontrolável em seu âmago.

Levou uma das mãos a apertar o peito, divagou muito e, por fim, chegou a sua decisão.

De rosto erguido, a feição cerrada a ponto de transmitir uma poderosa carga emocional aos colegiais, prontificou-se a falar.

No entanto antes de conseguir proferir qualquer sílaba da frase, já engatilhada na ponta da língua, o vento mudou.

Tão forte, capaz de fazer os fios de seu cabelo dançarem com agressividade pelo espaço, trouxe consigo uma austera presença.

De súbito, os colegas de classe perderam a consciência. Sem que pudesse reagir, os viu sucumbirem de encontro ao solo asfaltado.

Mas antecipando a queda deles, dois braços os envolveram.

Os fios do ondulado cabelo azul-escuro, amarrado num coque na altura da nuca, também meneavam impetuosos.

Após evitar a queda dos adolescentes, sua face pálida levantou as vistas de mesma coloração.

— Você demorou muito a renascer seu Áster. — Era a mesma voz que escutou anteriormente... — Não se preocupe com seus colegas. Eles estão apenas dormindo.

Atormentada da cabeça aos pés, Bianca cambaleou dois passos para trás de forma inconsciente.

A natureza congelante a dominou, como se correntes lhe envolvessem por todos os membros.

Num ato de coragem forçada, pôs-se a gaguejar:

— Q-quem... é você!?...

— Eu? Tem razão... — mussitou para si, antes de encontrar uma resposta. — Pode me chamar de Lúcifer. Estava a sua procura... Cisne Branco.

Ao ter a constelação de sua estrela nomeada, o coração da menina gelou.

Sua intuição parecia se confirmar naquele momento; aquela história ainda estava longe de encontrar seu fim.

Opa, tudo bem? Muito obrigado por ler mais um capítulo de A Voz das Estrelas, espero que ainda esteja curtindo a leitura e a história! 

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