Volume 1 – Arco 3
Capítulo 50: Um Simples Dia Na Praia
【キ】【ス】【シ】【ョ】【ッ】【ト】
O céu está claro, sem nenhum sinal de alguma nuvem, o calor beira os trinta e dois graus. A maresia provoca um som relaxante a volta da areia limpa da praia, não tem muitos banhistas por essa área, somente duas pessoas.
Deitada em uma cadeira de praia junto a um guarda-sol, está uma garota de cabelos verdes claro como a água de um rio, usando um maio azul e óculos escuro junto a um chapéu longo colorido.
— Certamente, vocês humanos tem uma sorte primordial por poderem aproveitar algo tão belo quanto isso... como se chama mesmo? — diz a garota, esticando pegando um copo com gelo que está ao seu lado.
— Isto é uma praia, fico feliz que esteja gostando Koi! — diz Amon ao seu lado, cobrindo seu corpo incansavelmente de protetor solar, a ponto de sua pele pálida se tornar completamente branca.
Koi mudou um pouco desde o último encontro com Erisu e Oinari, antes o que era uma criança agora se tornou uma adolescente por completo, seus cabelos cresceram ainda mais, no entanto o que não mudou foi seu jeito de falar.
— Isso, praia, devo admitir que tu és uma caixinha de surpresas meu servo, por que não me trouxeste aqui antes? — Koi bebe o conteúdo do seu copo.
— Acredito que seja porque estávamos procurando as suas partes perdidas, deveria me preocupar por estarmos aqui ao invés disso?
— Não diga asneiras, tenho todo o tempo do mundo para recuperá-las — Ela se levanta da cadeira da praia, pisando novamente na areia, se agachando pegando uma bola de praia do qual Amon trouxe.
Ela se afasta de seu guarda-sol, pegando uma distância considerável enquanto admira o mar cristalino, — Servo, vamos atirar essa bola para o alto como a brincadeira do qual vi fazerem.
— Você quer jogar vôlei? Não podemos esperar até o sol abaixar um pouco? — questiona Amon, com preocupação em sua voz — podemos acabar nos queimando com sol.
— Quem tu pensas que sou? Como uma bola de fogo irá me ferir?
— Tudo bem, aiai... deveria me preocupar?
Amon se junto a ela, estendendo os braços, para em seguida de forma delicada Koi jogar a bola para o alto em direção a ele que rebate em sequência devolvendo a ela.
— Pequena, eu soube que está acontecendo uma confusão tremenda nas regiões da capital.
— Já lhe disse que deverá me chamar somente de soberana ou Koi meu servo — diz levemente irritada, rebatendo a bola para ele novamente.
— Hehe, perdoe-me!
— Mas qual é essa confusão do qual está ocorrendo em tais locais?
— Parece que os humanos iniciaram uma guerra contra Numens como eu, houve conflito em ambas as partes — Amon se agacha devolvendo a bola para ela outra vez — deveríamos nos preocupar?
— Não quero me envolver em tal conflito, pois é uma completa perda de tempo — Koi pula batendo na bola jogando para Amon — da última vez do qual um deus se envolveu algo do tipo, atos problemáticos ocorreram.
— Está se referindo a grande guerra?
— Oh, tu não cansas de me surpreender meu nobre servo, o que sabe sobre?
— Nada muito complexo, apenas sei que houve um tempo do qual Numens não existiam e uma guerra entre humanos e deuses ocorria, ao menos é isso que vi nos livros de mitologia — Amon suspira segurando a bola — os motivos e quantos dias essa guerra durou não tenho ideia, mas a consequência foi quase a extinção da humanidade, porém tudo sobre foi queimado.
— Eu não diria dias, mas sim anos ou eras, talvez milênios de conflito.
— Você estava na guerra pequena?
— Obvio que não! Não iria perder meu tempo com isso... ao menos não no começo — exclama Koi, estendendo os braços novamente — vamos jogue a bola novamente.
Amon bate na bola jogando para ela, suspirando fundo com um breve sorriso, — E se a situação ficar tão ruim nesse conflito quanto no passado?
— Eu duvido muito disso, caso estejas preocupado com a vossa segurança eu lhe protegerei meu amável servo, duvido que qualquer um dos lados nesse conflito teria capacidade de me tocar — diz Koi calmamente.
Amon devolver com um sorriso alegre tal resposta, assim continuando a jogarem vôlei por mais um tempo até que Koi se enjoe por completo.
— Cansei me servo — Ela volta seu olhar para o mar — agora iria adentrar as águas do mar realizando a atividade do qual denomina-se nadar.
Ela deixa a bola no chão, caminhando lentamente até a areia mais húmida da praia, até ser impedida por um grito de Amon, que corre em direção ao guarda-sol pegando algo.
— Espere, não esqueça disso! — exclama Amon, entregando a ela duas boias de braço infantis para ela.
Koi pisca lentamente sem entender, tombando a cabeça para o lado, — O que são essas tais coisas infláveis do qual me trouxe.
— É para sua segurança, não questione apenas coloque elas em seu braço.
Assim Koi começa a nadar, com toda segurança de duas boias de braço do qual seu servo lhe entregou. Mais um tempo se passa e o pôr do sol começa a surgir, deixando todo o céu laranja vivido.
Amon com uma tolha começa a secar os cabelos de Koi como um pai prestativo enquanto ela vê o céu abraçando seus joelhos.
— Escute meu servo, qual o significado da praia?
— Desculpe, não entendi.
— Vocês Numens e humanos costumam a dar significado a tudo que veem, até mesmo coisas supérfluas do qual não precisam de um.
— Oh, fascinante... você está interessada na cultura humana! — diz Amon gargalhando, terminando de secar os cabelos dela.
— Eu não estou interessada coisíssima nenhuma! Apenas uma dúvida repentina que me cercou!
— Está tudo bem pequena, a praia né? — Amon fica pensativo por alguns instantes — acho que a praia é um lugar tranquilo para compartilhar sua felicidades, um lugar do qual você pode esquecer de todos os problemas que existem e sorrir com os amigos enquanto se diverte.
— Então a praia somente deve ser aproveitada junto a um grupo de indivíduos?
— Não, eu não diria isso... afinal você a praia também é um ótimo lugar para pensar e aproveitar a solitude, talvez seja a brisa do vento ou o barulho do mar!
— O que é essa solitude?
— Solitude é ficar bem enquanto está sozinho, um momento do qual você aprecia tudo a sua volta por si mesmo sem depender de ninguém — diz Amon calmamente, se levantando.
— Me parece solitário.
— Afinal de contas é um pouco solitário sim, mas os humanos e até mesmo nós Numens precisamos de um tempo a sós, isso nos ajuda a evoluir.
— Contraditório eu diria.
— Hehe, é realmente, mas afinal não me surpreende, humanos não se influenciam somente do ponto “A” ao ponto “B’’, existem muitos outros caminhos e esse é um deles.
— Essa conversa foi satisfatória — exclama Koi, se erguendo da cadeira de praia.
— Fico feliz! Mas agora precisamos retornar, está anoitecendo.
— Muito bem, aceito partir desde que um crepe me aguarde no caminho de volta.
— Tudo bem, iria providência a você — Amon gargalha, guardando todas as coisas do qual trouxeram para praia.
Alguns poucos minutos depois, ambos caminham sobre o escurecer, Koi está segurando seu precioso crepe doce enquanto mastiga cantarolando em felicidade.
— Escute Koi, sei que não quer se envolver, mas fico preocupado com o jovem Erisu e a Oinari, você não se importa com eles?
— Por que me importaria com pessoas do qual somente vi uma vez? além disso não gosto daquele tal Erisu, ele me atacou em um momento do qual não estava preparada.
— Mas foi ele também que hesitou quando foi te dar o último ataque, deveria ser grata a ele.
— Não de justificativas boas para uma deusa meu servo! — exclama Koi, levemente irritada — mas tenha certeza, acredito que não deva se preocupar tanto com os dois.
— E por que diz isso?
— Aquele Numen que me bateu me pareceu bem normal para os padrões de vocês, no entanto bem forte — Koi suspira, mordendo o crepe novamente e falando com a boca cheia — em contrapartida, aquela Numen do qual chamou de Oinari não é uma Numen, ao menos não uma comum.
— Disso eu meio que já sabia, mas o que te faz pensar nisso?
— É simples, quando olho para um humano é como se fosse uma massa de crepe sem recheio, é muito gostoso, porém sem nada de especial e quando vejo um Numen é como um crepe com um grande recheio dentro — Koi engole o pedaço que mastigava — porém, quando olho para a tal Oinari sinto como se fosse o inverso, uma imensa camada de recheio com a massa de crepe dentro, é diferente.
— Fascinante... — Amon ergue seu polegar dando um joinha para Koi — excelente analogia usando crepes pequena!
— Ficou muito bom né? Sempre fui boa nessas coisas — exclama Koi animada.
— De todo modo, não consigo deixar de me importar com eles, acho que sou sentimental demais as vezes — diz Amon, coçando o rosto.
— Como eu lhe havia dito meu querido servo, não precisa se preocupar, além disso temos algo mais importante para dar atenção.
— Encontrar as suas outras partes?
— Acredito que até isso devemos esperar...
— Como assim pequena?
A expressão de Koi se torna mais séria, atravessando a rua completamente em direção a um beco escuro sem dizer nada.
— Ei espera aí, o que houve? — Amon a segue, sem entender.
— Lembra sobre a grande guerra do qual perguntou? Somente existem duas formas de fazer o que é divino sair pela porta e entrar no mundo humano, uma delas é o...
Antes que pudesse continuar Amon completa sua frase, — Pacto?
— Eu diria que laço se encaixa melhor nesse quesito, mas está correto, um humano com desejo e fé faz o divino que ouvir atravessar sem problema algum, já o outro...
Ao adentrarem no beco escuro, a humidade e um intenso sentimento de perigo cerca ambos, que param frente a uma parede mal iluminada.
— A outra forma é arrombar a porta, deixando qualquer coisa sair para fora — Koi coloca sua mão sobre a parede, com uma expressão séria.
Os olhos de Amon se surpreendem ao ver que nada parede a marcas e símbolos estranhos como escrituras cobrindo totalmente o beco.
Os mesmos símbolos que Erisu viu antes do massacre do colégio Yoko Mikasa, antes de perder seu melhor amigo.
— Está correto meu servo... esses símbolos são um ritual de invocação — Koi vira seu olhar para Amon — e todo ritual de invocação tem um sacrifício para destruir a porta que separa os mundos.
— Então quer dizer que...
— Provavelmente deuses assim como estão por aí, caçando ou fazendo o que lhe for de agrado.
— Isso com toda certeza é algo de se preocupar... — exclama Amon, mordendo a ponta de seu dedo maior.
— Não se esquente com isso meu servo — Koi segura a mão de Amon o confortando — vocês Numens e humanos tem sorte de algo...
— E o que seria essa sorte pequena?
Koi vira seu olhar com um sorriso esnobe para Amon, — Eu odeio minha própria espécie.
Fim...
OBRIGADO A TODOS!
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