Volume 1 – Arco 1
Capítulo 19: Arias
【キ】【ス】【シ】【ョ】【ッ】【ト】
— Que fascinante!!! — diz Amon em surpresa pelo que o Bakemono de Erisu se torna.
O teto somente com o bater daquela asa estremece, desmoronando de pouco a pouco, Yoshiaki tenta recuperar sua balança, mas seja o que for o sangue de Oinari é pesado demais para ser levantado.
Koi desce ficando ao lado de Amon, vendo que a única alternativa do Numen monstruoso a sua frente é enfrentar seu réu frente a frente.
Com sua espada quebrada ele faz seu ataque, mas antes mesmo de atingi-lo, seu braço inteiro junto a espaça se desfaz em pó frente a Erisu.
Um grito de dor tão alto e grave sai da garganta de Yoshiaki, enquanto a passos curtos seu adversário caminha em sua direção com a cabeça baixa.
Os olhos de Erisu foram cobertos pelo material de seu Bakemono e escamas de cristais surgem de sua asa, algo belo ao mesmo tempo que assustador.
Com outro braço novamente tenta acertar Erisu, que salta contra o soco, girando no ar esquivando por completo do golpe, pegando impulso no teto que se racha ao simples toque, caindo escombros em cima de ambos.
Por seu tamanho Yoshiaki afasta com seu corpo as pedras que caem em cima de si, no entanto jamais poderia esquivar de um ataque direto como uma lança, quebrando por completo parte do crânio, o fazendo cair.
— Isso é pela Himeno... — diz Erisu, estalando seu pescoço.
Com outro ataque rápido perfura todo o tórax de Yoshiaki com sua asa, que antes não havia efeito algum agora esmigalha cada centímetro de seu Bakemono como se não fosse nada.
— Isso é por todos que enganaram!
Por fim Erisu estende sua asa em um impulso certeiro no centro do crânio onde fica o cérebro, destruindo-o por completo retirando de dentro do imenso esqueleto o Yoshiaki, com o Bakemono se esfarelando em pó.
No ar, Yoshiaki em seu corpo real sangra apenas com o impulso de Erisu, que estende sua asa o alvejando com diversos disparos de seus cristais que perfuram e atravessam o corpo dele o queimando com a intensidade.
— E isso é por mim, seu merda.
Yoshiaki cai em pleno ar, quase sem vida, com toda a estrutura caindo sobre sua cabeça pela cena de demolição extrema de tudo a sua volta.
Ao perceber, Amon acena para Oinari, — Nos vemos quando sairmos daqui! Até!
Toda parede e teto desmorona, não somente na sala de reunião, mas de diversos caminhos e túneis, com a poeira cobrindo toda visão e destroços pontiagudos e pesados caindo por todos os lados como um filme de ação.
Erisu toca com seus pés sobre o chão, com seu Bakemono trincando enquanto se desfaz em um líquido vermelho, mesmo que curado de golpes fatais, ele ainda sente todo o cansaço de dores pelo qual passou.
Oinari puxa o braço de Erisu, colocando entre seu ombro o ajudando a caminhar.
— Temos que sair daqui ou vamos ser esmagados Risu!
— Eu...fui bem?
— Você mandou bem pra caramba! — gargalha Oinari, o guiando o mais rápido do que podia para a saída, antes que fechasse por completo.
A destruição em massa causa danos não somente pelo subsolo, mas os asfaltos, prédios e estradas acima da terra se quebram e rompem junto com o solo afundando pelo caos causado nas batalhas.
Koi e Amon ficam para trás, enquanto eles correm escapando dos tuneis que desmoronaram.
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Minutos após tudo cair, ensanguentado quase perdendo sua consciência alguém se arrasta no chão, tentando de algum modo fugir de tudo, enquanto murmura meio as dores de como ele perdeu.
Yoshiaki continua vivo, com todos seus órgãos perfurados, suas dores são tão intensas que faria até mesmo o mais resistente Numen desmaiar, mesmo assim prosseguia.
Até ser parado ao ver a mesma garota poderosa que enfrentou, com os braços cruzados e olhos de julgamento.
— Veja seu estado inseto, quase sinto pena de como terminou — diz Koi em bom tom.
— Veio terminar o serviço herege? — questiona Yoshiaki engasgado com seu sangue.
— Herege? — ela se agacha frente a ele — Seu deus é falso banhado em mentiras, mas vejas, tu estás a frente de um deus de verdade.
Yoshiaki firma seus braços, a encarando com mais clareza em seus olhos.
— Lhe darei uma morte rápida, o perdoando de sua dor, bastas somente responder-me uma pergunta — exclama Koi, aproximando seu rosto dele — como conseguiu o meu filho perdido?
Yoshiaki parece ter entendido a situação, percebendo que a garota a sua frente é o filho perdido que daria para o Avô voltar a vida.
— Entendo... — ele vomita ainda mais sangue, com sua visão nublosa — foi o A...
Antes mesmo de dizer sua informação, um som de osso se quebrando é escutado, em uma fração de segundos, o pescoço de Yoshiaki sangra, fazendo a cabeça dele cair no chão enquanto gira.
Koi arrega-la seus olhos, procurando tal responsável, vendo a sua frente um pequeno garoto segurando um travesseiro em sua mão esquerda enquanto em sua mão direita uma coberta suja de sangue.
— Ah! Que preguiça...Você ia dar com a língua nos dentes Yoshiaki? Que decepção... — diz a voz de Mineto, chacoalhando sua coberta para limpar do sangue.
Ao lado de Mineto, está uma garota de capuz que gargalha timidamente.
— Ao menos não precisamos mais fingir que somos religiosos.
— Bem, pelo menos isso Baiko! Mas pensa no problema que ia dar se ele contasse o que não devia?
— Coragem a de vocês para se intrometerem onde não foram chamados — diz Koi, cerrando seus punhos.
— Ah, mil perdões, eu estou tão cansado que era a única escolha que eu tinha... afinal nem mesmo se eu lutasse com tudo que tenho conseguiria vencer de um deus menor.
— Então tu sabes quem sou, é melhor você responder minhas perguntas! — exclama Koi, pisando de maneira firme sobre o chão fazendo tudo tremer.
A garota de capuz joga em direção a Koi um pequeno frasco de vidro, que pega percebendo ao toque se tratar de outro filho perdido seu.
— Malditos sejam... então foram vocês? — Koi ergue seu olhar com raiva em direção aos dois novamente.
Mas para sua surpresa, no pequeno instante onde desviou a atenção para o frasco, ambos desapareceram bem a sua frente.
— Koi! Você está tudo bem? — pergunta Amon, ofegante a encontrando finalmente.
— Está sim... — Koi guarda em seu vestido o pequeno frasco, olhando para ele — no entanto tenho um questionamento a ti meu servo..., podemos comprar um crepe doce na volta?
Amon sorri, afagando os cabelos de Koi, — Claro que podemos!
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Enquanto isso, em um túnel distante Oinari continua a ajudar seu amigo a caminhar, enxergando ao fundo finalmente a luz da saída.
— Risu, meu sangue tem um gosto bom, né?
— Que merda de pergunta é essa?
— É só uma pergunta, afinal foi extremamente romântico!
— Não tem nada de romântico em beber sangue sua raposa esquisita! — grita Erisu a encarando.
— Haha! Claro que tem, afinal você me obedeceu certinho! — Ela fecha seus olhos, com um sorriso confortante — Eu realmente estou feliz por você está aqui, finalmente vamos poder descansar na casa da Himeno!
— Acha que ela vai ficar de boa mesmo depois de tudo o que aconteceu?
— Shiu! Ela não precisa saber!
— Psicopata!!!
— Estou brincando Risu! Hahaha! — Oinari ajeita o braço de Erisu em seus ombros — a conhecendo bem, ela vai nos dar uma bronca das bravas, para falar a verdade eu estou até sentindo saudades disso.
Erisu concorda com a cabeça, sentindo ainda a dor de sua perna quebrada que não se curou por completo, — E seu ombro? Está doendo?
— Morrer eu não vou por causa de uma mordidinha, então relaxe.
Conforme ainda mais se aproximam da saída, eles veem três silhuetas contra a luz a distância paradas conversando, enquanto saem do subterrâneo.
— Quem raios são eles? É o Amon e aquela garota? — questiona Erisu.
— Talvez, mas não tenho nem ideia de quem seria a terceira pessoa.
— Se forem inimigos, te vira, eu to mais fudido que cego em tiroteio.
Cada passo a frente, a visão dos dois melhora enquanto se acostumam com a luz, com a imagem das três pessoas a frente deles sendo mais detalhada.
Foi então, que Erisu ao perceber se afasta de Oinari de maneira incrédula e ofegante, entrando em uma crise de ansiedade e medo.
Do lado direito está Mineto com seu travesseiro, do lado esquerdo está Baiko com seu capuz, mas o que deixou Erisu em seu estado catatônico foi a figura do centro, com seus cabelos loiros que brilham em contraste com o sol, seu rosto era difícil de se enxergar, mas algo dentro de Erisu o fez se movimentar em direção a ele mancando, com seus cortes e machucados voltando a se abrirem.
— Arias!!! — grita com todas suas forças, machucando sua garganta.
A figura loira vira seu rosto para Erisu, revelando seus belos olhos com heterocromia, sendo um deles azul tão forte e radiante como cristal, enquanto o outro um dourado cintilante como ouro.
— Arias!!! É você?! Eu sei que é você Arias!!! — os olhos de Erisu lacrimejam, fazendo até mesmo cair no chão, enquanto se arrasta em direção a pessoa.
A figura jovem então sorri para Erisu, um sorriso tão amigável, que em suas memorias fez o recordar de todos os momentos que viveram no passado, as memórias agora estão claras, todas as peças encaixadas, um destino fazendo com que os dois se reencontrassem novamente.
— Bom te ver meu grande amigo — diz Arias, com sua voz suave — logo nos encontraremos de volta Erisu.
Com um giro de mãos, um brilho surge da garota com capuz, tão forte e grande fazendo com que Erisu fechasse seus olhos.
Quando sua visão se recuperou, os três já haviam partido.
Trêmulo Erisu, Oinari abraça seu amigo, mesmo sem entender o que havia acontecido a frente de ambos, com lagrimas escorrendo de seu rosto, ela limpava e o reconfortava.
— Arias!!!
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