Um Alquimista Preguiçoso Brasileira

Autor(a): Guilherme F. C.


Volume 2

Capítulo 187: O Matador de Santos

Como em todas as cidades administradas por figuras extremamente influentes, Porto Verde dispunha de áreas tão lindas e atrativas que despertava a inveja de turistas, enganando seus sentidos com uma utopia de uma sociedade equilibrada e igualitária, em que os cidadãos desfrutam de serviços excelentes e de um estilo de vida bastante favorável.

No entanto, como em todas as cidades administradas por figuras extremamente influentes, Porto Verde também dispunha de uma parcela à margem, escondida dos olhares dos visitantes, precária e miserável, esquecida por seus administradores. Uma região instável, tomada pela incerteza e pobreza, apenas lembrada quando a parte visível é afetada.

Esse era o caso do povoado do Mato Alto, com seus prédios e casas em ruínas, os arredores tomados por lixo, ruas precárias, incapazes de permitir a passagem de veículos, e uma população pequena, mas vulnerável a doenças, fome e outros males tratáveis. As pessoas que compunham aquele agrupamento, no geral, eram fugitivas e famílias desafortunadas que perderam suas casas e não tiveram outra escolha senão se isolarem.

Ainda assim, Mato Alto era um lugar cheio de vida, com crianças brincando pelas ruas e adultos conversando em frente às suas casas. No geral, os dias naquela região não dispunham de grandes surpresas. Mas esse não era um dia comum.

Algumas horas depois do almoço, quando faltava muito para o cair da noite, o povoado se transformou em um local fantasma. As ruas ficaram vazias. As portas das casas foram trancadas e o barulho alegre de crianças se divertindo desapareceu. A única pessoa que permaneceu do lado de fora foi um homem de cabelo curto e barba por fazer. Ele estava sentado em uma cadeira de balanço, olhando para um ponto da mata que escondia aquele lugar.

Shin, um sujeito de expressão cansada, que aparentava ter quarenta e poucos anos de idade, segurava um cachimbo longo na ponta dos dedos enquanto balançava como um velho aproveitando sua aposentadoria de maneira despretensiosa, admirando a quietude de seu local de descanso. Logo a sua frente, escorado no parapeito de madeira quebrado que delimitava os limites da varanda, encontrava-se uma Katana, cuja bainha dispunha de flores de cerejeira e a empunhadura apresentava o que parecia ser fios dourados e rosas trançados.

Sozinho, ele continuava olhando para o mesmo ponto sem piscar ou desviar a atenção. Permaneceu daquela maneira por algum tempo, até que algo provocou uma mudança.

Aos poucos, um barulho crescente de uma marcha coordenada foi se intensificando, quebrando o silêncio fantasmagórico que havia tomado conta do lugar. Não demorou muito, e um grupo fortemente armado, trajando uniformes pretos, surgiu no meio da estrada que levava à entrada de Mato Alto. Liderando o batalhão, estava Masao, responsável por trazer Ning ao Reino da Lua Verde e um praticante Espirituoso da 4ª Camada.

Juntos, eles se deslocaram até a entrada do povoado e quando se aproximaram do centro, pararam. Neste momento, um dos homens compondo o regimento se adiantou e, em alto e bom tom, anunciou:

― Por ordem do Comandante da Ordem Pública, todos os moradores locais devem deixar suas casas e se apresentarem. Mulheres e crianças não são exceção. Aqueles que desobedecerem, estarão vulneráveis a receber punições perante o rigor da lei.

Sua voz reboou por todo o aglomerado, alcançando até mesmo os cantos mais distantes. Porém, diferente do que era de se esperar, ninguém apareceu. Passou-se algum tempo e nem uma única pessoa se apresentou como fora ordenado. Sem escolha, o soldado foi obrigado a, mais uma vez, repetir seu aviso, usando um tom ainda mais autoritário.

Após o segundo aviso, demorou alguns instantes até que algumas das portas começaram a ser abertas. Mas, de novo, a coisa não seguiu como era esperado. Apenas poucas pessoas se apresentaram e elas não aparentavam ser nada amigáveis.

Homens e mulheres surgiram carregando Katanas e lanças. Em seus rostos, máscaras de diferentes aspectos ocultavam suas identidades. Notava-se, sem muito esforço, que nenhum deles receberiam o grupo de soldados com receptividade.

Diante da hostilidade implícita, os soldados redobraram a atenção. Contudo, não se alarmaram. Já esperavam tal recepção. E assim, mais uma vez, o responsável por dar o aviso anterior se adiantou e voltou a falar:

― Larguem as armas, tirem o disfarce e mostrem o rosto. Qualquer ato de insubordinação será tratado como crime contra os agentes a serviço do Xogum Taishi.

― Você fala como se devêssemos alguma lealdade ao Xogunato. ― Neste momento, um homem usando máscara de corvo abriu a boca e deu uma resposta incisiva.

― O que estão fazendo aqui? ― Encorajada pelo colega, uma mulher segurando uma lança longa se adiantou e vociferou: ― Este não é o lugar para gente como vocês. Vão embora!

Logo, uma agitação se espalhou entre os locais. Livres do medo de enfrentar um combate contra soldados treinados, as pessoas começaram a apresentar suas queixas à medida que soltavam ofensas ocasionais e exigiam a partida dos invasores.

Por outro lado, a postura afrontosa desagradou profundamente os combatentes que sacaram suas espadas e se prepararam para o combate.

Em poucos instantes, a tensão e hostilidade escalaram de tal maneira que um confronto parecia inevitável. Entretanto, antes que uma das partes fizesse um movimento, uma voz calma, porém firme, se levantou, roubando a atenção para si.

― Por que estão tão surpresos por não serem bem-vindos? Por um acaso, esperavam uma recepção calorosa?

Sentado em sua cadeira de balanço, mantendo a mesma expressão pacífica de sempre, Shin olhava para o batalhão que entrou no povoado com uma expressão calma enquanto segurava seu cachimbo na ponta dos dedos.

― Vocês vieram bem preparados para um conflito ― continuou ele. ― Mas eu me pergunto: qual é a causa de tudo isso?

O soldado de antes se adiantou, aproximando-se do sujeito estranho que se intrometeu na discussão, e falou:

― Estamos procurando por uma mulher chamada Aika ― anunciou. ― Ela é suspeita de atacar o Comandante Masao e seus convidados. Ouvimos rumores de que ela tem se escondido neste lugar e apreciaríamos se alguém tivesse qualquer informação sobre seu paradeiro. Obviamente, daremos uma recompensa justa para quem nos ajudar.

Oh! Que coisa assustadora ― comentou Shin, que levou o charuto à boca e mordiscou a ponta enquanto franzia a sobrancelha. ― Espero que vocês a peguem logo. Que medo, que medo ― murmurou em um tom ansioso, embora não parecesse estar de fato preocupado.

Sentindo que havia conseguido ganhar alguma atenção de uma pessoa que não aparentava ser hostil a sua presença, o soldado, encorajado, acrescentou:

― Essa pessoa é uma inimiga do Xogum Taishi, responsável por causar diversos incidentes. Ela é perigosa e deve ser encontrada antes que cause mais problemas. É por isso que... ― Sentir que existia alguém disposto a escutá-lo, deu a ele motivação para continuar.  No entanto, antes que conseguisse concluir sua declaração, foi interrompido bruscamente.

― Não diga besteira! ― Uma voz grave e autoritária se levantou de repente, obrigando o rapaz a se calar. Masao, que até o momento não havia dito uma única palavra, decidiu enfim se manifestar. Com uma expressão severa e uma postura resoluta, avançou em direção a casa em ruínas. Logo atrás, seus subordinados o seguiram de perto. ― Você sabe muito bem de quem estamos falando. Onde ela está?

― Sem graça como sempre, hein? ― comentou Shin, que não se deixou intimidar. ― Você deveria se aposentar e levar uma vida mais calma.

― Desta vez, aquela garota foi longe demais ― ralhou Masao, mantendo o tom rígido. ― Ela atacou um convidado importante e colocou sua vida em risco.

― E você tem alguma prova de que foi ela?

― Eu sou a prova! ― afirmou o Comandante.

― Como esperado do Xogum e seus homens. Vocês são a justiça em pessoa. ― O sarcasmo era tão forte na voz de Shin que levou alguns dos soldados a exprimir uma cara feia. ― Esse Alquimista de quem ouvi falar deve ser mesmo alguém importante ― insinuou.

Embora estivesse mantendo uma reação neutra, tais palavras fizeram Masao franzir a testa. O fato dos inimigos do Xogum terem conhecimentos sobre informações confidenciais de maneira tão fácil o incomodava.

― Vocês são bem rápidos em descobrir as coisas ― comentou o Comandante em tom de provocação. ― São como ratos se esgueirando pelo castelo. Pena que ainda não esmaguei nenhum atrás de uma porta. Mas você está equivocado em uma coisa. A pessoa que aquela garota atacou, é na verdade um Grã-alquimista.

Neste momento, o rosto de Shin passou por uma profunda transformação. Seus olhos se arregalaram e uma sombra de espanto cobriu seu semblante. Isso era mesmo verdade? Um Grã-alquimista tinha surgido depois de tanto tempo? E, acima de tudo, essa pessoa estava se dedicando para curar Taishi?

Ele não foi o único a se surpreender. O pessoal do povoado e até mesmo os soldados se espantaram com a descoberta. Essa era uma entidade cuja existência havia ficado perdida nos últimos séculos. Incontáveis Alquimistas tentaram alcançar tal status, mas ninguém conseguiu.

― Você entende as consequências do ataque agora? ― continuou Masao. ― O Grã-alquimista possui um contrato com a Seita Ebúrnea. Se algo tivesse acontecido a ele, poderíamos ser atacados por uma força que não podemos lidar nesse momento. Vou pedir apenas uma vez: entregue Aika.

Se tudo o que ele disse for verdade, de fato, esse era um inimigo que eles não poderiam lidar. E Shin entendia isso muito bem. Mesmo assim, sua atitude não mudou.

― Eu me recuso! ― declarou de maneira firme.

Para Masao, a negativa já era esperada. Tanto que, não demonstrou desapontamento ou coisa do tipo. Por outro lado, os homens que o acompanhavam ficaram enfurecidos. Ir contra a ordem do comandante era um crime imperdoável.

― Seu insolente! ― rugiu um soldado portando uma lança longa. ― Se você sabe onde a criminosa está, diga agora mesmo ou... ― o sujeito parecia pronto para entrar em combate. Mas antes que fizesse seu movimento, Masao estendeu a mão e gesticulou para que ficasse parado.

― Eu tenho me perguntado algo já faz algum tempo ― disse o Comandante. ― Por que você não fugiu quando soube que estávamos vindo, Aburaya Shin? ― Ao pronunciar o sobrenome e nome do homem sentado na cadeira de balanço, o tom de sua voz se agravou à medida que sua expressão se tornou mais séria. Ao seu redor, no instante em que ouviram sua declaração, os soldados se agitaram.

Aqueles mais corajosos, que antes estavam prontos para desafiar o sujeito sentado e de postura pacífica, congelaram. Os mais prudentes, recuaram um passo e sacaram suas armas. Enquanto os demais, assustados, começaram a suar.

― Não pode ser... ― balbuciou um dos combatentes, com um rosto pálido. ― Aquele Aburaya Shin? O Demónio da Lâmina Invisível, o Matador de Santos?

― O primeiro general a servir o Xogum Taishi? ― murmurou outro. ― O que o homem mais forte do Reino da Lua Verde está fazendo neste lugar?

Obviamente, todos eles haviam sentido a incrível Energia emanando de Shin. Mas diante de sua postura tranquila, nenhum daqueles guerreiros treinados sentiu estar em perigo. Porém, a revelação da identidade do antes desconhecido, que continuava sentado em sua cadeira de balanço, trouxe grande impacto para todos.

― Homem mais forte? Hunf! ― desdenhou Masao. ― Uma pessoa decadente não merece um título tão pomposo.

Diante da provocação, Shin, o Matador de Santos, exibiu um meio sorriso. Em seguida, passou o cachimbo apagado para a mão esquerda, mordiscou a ponta e falou:

― Eu até pensei em sair depois que me falaram que um comandante do Xogum estava vindo para cá. Mas então, eu descobri que era só você ― deu de ombros.

O rosto de Masao se afundou, revelando um sentimento crescente de fúria. Sua mão, que sempre se apoiava sobre a espada, agarrou forte a empunhadura. Ele se adiantou, ficando alguns passos à frente de seus homens. E, por fim, murmurou:

― Parece que eu não tenho outra escolha. ― Tão logo as palavras saíram de sua boca, a Katana foi sacada e uma lâmina de Energia condensada foi atirada.

O ataque avançou com força e precisão, espantando quem assistia de longe. Em resposta, Shin, mantendo sua admirável postura relaxada, agarrou o punho da espada que se encontrava escorada e se atirou contra a Energia densa que o tinha como alvo. E através de um movimento tão rápido que os soldados sequer conseguiram acompanhar, ele contra-atacou.

Houve um estampido forte que arrancou algumas das telhas cobrindo a varanda, seguido de um tinido metálico agudo. E então, como se não representasse um grande desafio, a lâmina de Energia foi destruída.

Segurando seu cachimbo na mão esquerda e a Kanata na direita, o sujeito de aparência desleixada, com sua barba por fazer, não satisfeito por ter conseguido se defender, avançou contra o seu inimigo. Sua arma desenhou um arco horizontal, mirando o pescoço de seu oponente. Em contrapartida, o Comandante da Ordem Pública balançou sua espada e bloqueou a investida.

Faíscas voaram devido a colisão entre as armas. Os dois se empurraram, determinados a não ceder espaço. E enquanto se encaravam, Shin provocou:

― Você fez a escolha errada vindo aqui sozinho, garotinho.

― Qual o problema, “General”? ― retrucou Masao com um tom de deboche. ― Sua lâmina ainda é capaz de cortar algo?

A expressão do sujeito relaxado se tornou momentaneamente severa. Com uma explosão súbita de força, ele empurrou o oponente para trás.

― Você continua arrogante como sempre ― rosnou Shin em tom de ameaça. ― Mas sua fraqueza é vergonhosa. ― Assim que terminou de dizer tais palavras, lançou uma nova investida, mais feroz do que a anterior.

A luta entre aquelas duas potências do Reino da Lua Verde logo se tornou mais intensa e o nível de perigo escalou quando Técnicas de Combate passaram a ser usadas. Os soldados, que no começo ficaram sem reação ao ver o ex-general e o Comandante da Ordem Pública se enfrentando, assim que recobraram a compostura se juntaram para repelir a ameaça. Em resposta, os moradores da isolada aldeia brandiram suas armas e entraram no confronto.

Embora não fosse a primeira disputa violenta entre a força de segurança da cidade e os exilados daquela vila isolada, o envolvimento do Comandante da Ordem Pública era algo inédito, desde que o Xogum ficou doente. Para os soldados, ter seu líder no campo de batalha era animador. Por outro lado, os moradores encaravam tal ação com apreensão, pois isso poderia significar que uma resposta ainda mais dura viria no futuro.

Enquanto isso, de volta ao castelo...

Apesar de ser o primeiro dia em um território estrangeiro e totalmente desconhecido, o grupo vindo da distante Cidade da Fronteira do Caos preferiu passar o seu tempo dentro da caprichosa moradia do Xogum. É claro que estavam muito empolgados para sair e explorar a cidade, mas nenhum deles se sentiam confortáveis para fazer isso. Existia uma estranha sensação de censura que os impedia. Talvez fosse uma impressão implantada em suas cabeças por uma imaginação forte, porém sentiam que seria errado sair sem pedir permissão ou avisar com antecedência. Além do mais, depois de o ataque de mais cedo, deixar o castelo por conta própria não parecia uma grande ideia. No caso de Ning, por outro lado, ele decidiu se isolar para poder começar a investigar a causa da doença do líder local.

Contudo, a despeito das restrições impostas por eles próprios, o grupo ainda se deu liberdade o bastante para passar o tempo de outra forma. Xiao Shui decidiu conhecer o lugar um pouco melhor e, contrariando as broncas que dava em Ning, até mesmo se aventurou a entrar em locais que aparentavam ser restritos. Corina também desfrutou de uma breve visita guiada. E o 5º Ancião Qiao, bastante ansioso e arrependido de ter aceitado fazer a viagem, permaneceu em seu quarto, andando de um lado para o outro.

O dia passou e a noite chegou. Parecia que nada de especial aconteceria, afinal o castelo estava bem calmo. No entanto, quando se aproximou das oito horas da noite, Xiao Shui e os demais receberam um convite para comparecer à sala de jantar principal para um jantar oferecido por More Taishi, com o intuito de comemorar a chegada dos novos hóspedes.

Ning estava em seu quarto, sentado de frente para uma mesa que continha alguns frascos cilíndricos de vidro que dispunham de porções de sangue diluído ou misturado com alguns tipos de ervas enquanto excitava um por um usando sua Chama da Essência de cor rosa. Ele se mostrava bastante concentrado em seu trabalho, livre da expressão relaxada costumeira. Foi neste ponto que Raijin chegou.

― O Xogum solicitou a sua presença e de seus amigos para um banquete ― disse ele, parado na entrada do quarto, assistindo com certa curiosidade o trabalho do Alquimista.

― Achei que não haveria nenhum tipo de recepção ― comentou Ning, que continuou focado em seu dever.

― Meu irmão de fato não está em condições de participar de um jantar acompanhado no momento, mas ele está muito animado com a sua presença aqui.

Oh! O grande Xogum está ansioso para desfrutar de um jantar em minha companhia? Que honra ― Xiao Ning parou de usar o fogo rosa e se virou para olhar para Raijin. ― Ser um Grã-alquimista realmente abre algumas portas por aqui.

― Bem, esse é de fato um título destinado a poucos e, portanto, merece uma atenção especial. Mas isso não é a única coisa que comove meu irmão. Ele é um admirador fervoroso do Império Dourado e tem profundo respeito pela Família Imperial e pela Seita Ebúrnea. Seu sonho é construir uma cidade tão impressionante quanto Reluzente. E ter alguém aqui que possui relação com essas duas organizações gigantes e que já esteve na grande capital, acabou se tornando um poderoso estimulante.

― Lamento dizer, mas eu só conheço o pessoal da Seita Ebúrnea ― comentou Ning. ― E então, quando vai ser o jantar?

― Em poucos minutos ― respondeu de forma direta. ― Como foi uma decisão de última hora, não tivemos tempo de dar um aviso com antecedência. Mas não se preocupe, você ainda terá tempo para se arrumar.

― Me arrumar? ― Xiao Ning franziu a sobrancelha e, pela primeira vez, reparou que Raijin estava carregando algo nos braços, envolvido por uma capa protetora.

― Sua amiga me disse que você não dispõe de um vestuário adequado, então tomei a liberdade de conseguir algumas roupas apropriadas, afinal se trata de um jantar ao lado do Xogum. ― O sujeito vaidoso, com seu cabelo bem cuidado, esticou o braço e entregou o embrulho que carregava. ― Tenho certeza que será de seu agrado. Nós temos uma variedade significativa de vestimentas tradicionais de seu império.

Embora achasse um exagero se aprontar tanto para um simples jantar, Ning pegou as roupas e disse que ficaria pronto em um minuto. Preferia continuar com os exames médicos, mas não achava tão ruim assim a ideia de uma pequena pausa.

Enquanto se afastava para um canto em que pudesse se trocar com privacidade, ele deu uma breve espiada no que Raijin havia trazido. Então, parou e falou:

― Já que vou ter de usar esse tipo de roupa, você pode pegar algo para mim? Acho que vai combinar muito bem.

 


Niveis do Cultivo: Mundano; Despertar; Virtuoso; Espirituoso; Soberano do Despertar; Monarca Místico; Santo Místico; Sábio Místico; Erudito Místico.

 


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