Um Alquimista Preguiçoso Brasileira

Autor(a): Guilherme F. C.

Revisão: Dante


Volume 1

Capítulo 48: Sempre preguiçoso

Enquanto contornava certa colina, evitando uma subida íngreme que levaria até uma área de mata fechada, Xiao Ning seguia com sua explicação. Após falar a respeito do porque é mais fácil para cultivadores no Reino do Despertar usarem o Sentido Espiritual, ele passou para a parte de ensinar Xiao Shui a aprimorar seus sentidos.

― Eu não sei se você sabe ― enunciou ele, sem se apressar ―, mas a Energia Espiritual está presente em tudo nesse mundo. Nos seres vivos, obviamente, como nós seres humanos, nas plantas, nos animais, nas Bestas Demoníacas, e por aí vai. Porém, também está presente nas pedras, no ar, na terra. Em algumas coisas essa Energia é mais forte, por isso determinadas espécies de plantas têm a capacidade de se tornarem Ervas Espirituais, adquirindo características especiais, ou, certas pedras de tão sólidas são inquebráveis.

― É claro que eu sei todas essas coisas. ― afirmou Xiao Shui, sentindo-se subestimada. ― Os professores contratados pela Família ensinam isso quando estamos começando a cultivar.

― Bem, nesse caso... ― Xiao Ning caminhou até a sombra de uma árvore e parou. Depois, virou-se para Xiao Shui e disse. ― Eu quero que você se lembre de como é cultivar. Pense na sensação que sente quando está cultivando. Lembre-se do sentimento de ter a Energia Espiritual irrigando a Árvore Anima, atravessando sua pele, penetrando em seus poros. Consegue fazer isso?

― Consigo. ― garantiu Xiao Shui. Em seguida, parada embaixo da sombra da árvore, tentou se concentrar, resgatar aquele sentimento único que sentia o cultivar. Porém, foi mais difícil do que imaginou a princípio, pois ela não conseguia focar em outra coisa senão a sua vontade de aprender a usar o Sentido Espiritual. Então, fechou os olhos e se isolou do exterior.

Enquanto se concentrava, Xiao Shui, aos poucos, teve a sensação de algo vindo do fundo de suas entranhas. Era uma sensação gelada que se espalhava por suas extremidades, atravessando seus poros e cobrindo sua pele, igual a um manto etéreo que caía sobre seu corpo como um véu frio feito de gelo. Contudo, não era desconfortável. Longe disso! Passava um sentimento aconchegante, tranquilizadoro e até mesmo pacífico.

Com um tom de voz sereno, como de quem alcançou seu objetivo, ela anunciou:

― Pronto. ― disse. ― Eu consigo sentir como se estivesse cultivando.

Dizendo isso, ela esperou com os olhos fechados pela próxima instrução. Porém, Xiao Ning não falou nada.

Quando Xiao Shui tornou a abrir os olhos, para ver o motivo pelo qual a outra parte havia se calado, deparou-se com um Ning sonolento, a boca escancarada em um profundo e interminável bocejo, enquanto seus olhos, lutando para se manterem abertos, lacrimejavam pelos cantos.

Vendo Xiao Ning com aquela expressão lenta, que sempre tinha durante a tarde quando se preparava para se esgueirar em um canto do pátio de sua casa e dormir, Xiao Shui teve um mau pressentimento. Reconheceu que se não fizesse algo logo iria perdê-lo para a preguiça e não teria mais sua aula sobre Sentido Espiritual.

Então, abriu a boca para dizer algo, mas foi interrompida quando ele começou a falar de repente.

― Este lugar é tão agradável. ― comentou, murmurando por meio de uma fala arrastada de sonolência.

― O que você disse? ― indagou Xiao Shui, que não conseguiu entender direito sua balbucia.

― Este lugar é tão confortável. A brisa soprando, a sombra da árvore protegendo do sol escaldante... ― Xiao Ning parou de falar no meio da frase e abriu a boca, soltando um longo e renovado bocejo. ― Eu ainda não tirei nenhum cochilo sequer hoje. Talvez, se eu escorar aqui e fechar os olhos só um pouquinho...

Com uma voz preguiçosa, ele começou a se escorar no tronco da árvore e deixar o corpo cair lentamente rumo ao chão. Aconchegou-se no solo gramado e ajeitou suas costas, ficando de uma maneira mais confortável. Por fim, deixou as pálpebras descerem aos poucos, mergulhando em um cochilo plácido.

Xiao Shui o assistiu se deitar com uma expressão de pura descrença no rosto. A sensação acolhedora do frio, que sentiu brotar de suas entranhas, foi substituída por um calor que subiu ao longo de seu peito e se transformou em uma raiva abafada. Como aquele maldito poderia pensar em tirar um cochilo enquanto os dois estavam conversando?

Ainda naquele dia, ela havia dito a si mesma que tentaria ser mais afável. Passou tanto tempo odiando-o, culpando-o pelos problemas enfrentados por seu pai que, mesmo após descobrir a verdade, ainda possuía certo ressentimento guardado, impedindo-a de ter uma conversa longa e duradoura sem a presença de ofensas e insultos. Por isso, movida pela culpa de guardar uma mágoa inexistente, decidiu tentar ser um pouco mais branda ao interagir com ele.

Porém, vendo-o ali, tão preguiçosamente deitado, bocejando e se aconchegando no tronco da árvore, quando deveria estar lhe ensinando algo de extrema importância, a fez perceber que sua raiva e ressentimento não eram em vão. Ele era, de fato, um maldito vagabundo, que não assumia qualquer compromisso ou levava a sério suas obrigações. Não se dedicava a nada, nem mesmo se esforçava para cumprir o objetivo que os levou até a montanha. Então, por que deveria tratá-lo tão bem e com tanta educação?

Esquecendo toda aquela bobagem de gratidão pelas coisas boas que ele havia feito por ela, Xiao Shui se adiantou e agarrou a orelha de Xiao Ning com uma pinça de dedos e começou a torcer e puxá-la para cima.

― Acorda, seu maldito vagabundo! Você prometeu que iria me ensinar sobre Sentido Espiritual! ― exasperou, transferindo toda a frustração para aquele aperto de orelha.

Xiao Ning, que estava começando a entrar no mundo dos sonhos, foi desperto ao sentir uma dor aguda seguida por uma queimação na região da orelha. Sem se dar conta do que estava fazendo, levantou-se, ficando nas pontas dos pés com a cabeça virada de lado, enquanto rugia de dor:

Ai! Ai! Ai! Me larga! ― grunhiu ele, com uma voz esganiçada. ― Você vai arrancar minha orelha, sua pirralha tirana.

― Não me chame de pirralha! ― bufou Xiao Shui, com aspereza, puxando e torcendo a orelha dele ainda mais forte.

― Tudo bem! Tudo bem! Eu vou ajudar! Agora me larga. ― pediu Xiao Ning, rendendo-se antes mesmo de lutar.

Xiao Shui olhou com desconfiança para ele, mas logo o soltou.

― Qual o problema do povo dessa Família. Primeiro me arrancam duas unhas e agora querem uma orelha? ― resmungou Xiao Ning, olhando de cara feia para Shui, enquanto esfregava a orelha. ― Eu parei em qual parte mesmo? ― perguntou, após se recompor um pouco.

― Você me disse para lembrar como é a sensação que sinto quando estou cultivando. ― respondeu ela, em um tom seco e pouco amigável.

Ah, isso mesmo. ― confirmou Xiao Ning. ― E você conseguiu recordar? ― Xiao Shui assentiu, dizendo que sim. ― Conseguiu reviver tais sentimentos nos mínimos detalhes? Quanto mais preciso for, mais fácil será entender as partes seguintes.

― Eu já falei que consegui! ― exasperou, demonstrando impaciência.

― Agora, você precisa entender que essa “sensação” é a maneira com que você se relaciona com a Energia Espiritual, é como você a imagina, mesmo inconsciente. Cada cultivador tem um sentimento, um modo de se relacionar diferente, mas a Energia é a mesma para todos.

― Então, aquele frio que eu senti é como eu acho que a Energia Espiritual seja? ― questionou Xiao Shui, apenas para ter certeza.

― Fria, é? ― indagou, franzindo as sobrancelhas. ― Bem, tanto faz. ― balançou a cabeça. ― É exatamente isso. Agora que você tem uma imagem, eu quero que deixe sua Energia Espiritual fluir. Deixe-a interagir com o ambiente ao redor.

Xiao Shui fechou os olhos. E como foi instruída, permitiu a sua Energia Espiritual fluir para fora. Em sua mente, viu o manto frio que antes a cobria se desfazer, transformando-se em uma névoa gélida, que se espalhou aos poucos pela área circundante, abaixando a temperatura.

No entanto, embora tenha visualizado uma cena fantástica em sua imaginação, ela não vislumbrou nada que a fizesse pensar em “Sentido Espiritual”. Frustrada, balançou a cabeça e disse:

― É só isso? Eu não estou sentindo nada. Tenho que fazer mais alguma coisa?

― Como eu disse antes, tudo ao nosso redor possui Energia Espiritual. Faça a sua Energia interagir com as outras, sinta ela se chocar contra o ar, deslizar pelas pedras. A primeira vez que usamos o Sentido Espiritual é similar à quando conseguimos cultivar com sucesso pela primeira vez. Aquele “brilho” ganhando força em meio a escuridão, a presença única e indescritível, você precisa “encontrá-lo”.

Deixando as palavras de Xiao Ning invadirem seus ouvidos, Xiao Shui permaneceu de olhos fechados tentando seguir as instruções dadas. Deixou sua Energia Espiritual emanar de seu corpo, envolvendo a área ao redor. Porém, tirando a névoa gélida que flutuava em sua mente, não conseguia ver ou sentir mais nada.

Ela deixou o ar que estava prendendo nos pulmões escaparem, enquanto balançava a cabeça, frustrada consigo mesma. Queria tanto aprender a usar tal habilidade antes do Festival, mas, talvez, não tivesse o talento necessário.

Notando sua impaciência, bem como a ansiedade aflorando, Xiao Ning aconselhou:

― Tente se sentar da maneira que achar mais relaxante e não se apresse. Eu disse que não seria fácil.

Ouvindo seus conselhos, Xiao Shui se sentou de pernas cruzadas, coluna bem reta e o topo da cabeça apontada para o céu. Com os olhos fechados, concentrou-se mais uma vez, transformando o manto frio em uma névoa gélida e fina.

― Nossa, é isso que você chama de relaxado? ― comentou Xiao Ning, vendo sua postura rígida e ereta. Se fosse ele no lugar dela, estaria deitado com os braços e boca aberta, roncando alto e babando.

No entanto, desta vez, Xiao Shui o ignorou. Ela permaneceu sentada na mesma posição, sem mover um único músculo. Quanto tempo havia se passado, não sabia, mas aos poucos sentia que estava conseguindo controlar melhor aquela bruma misteriosa e enregelante. Tinha a impressão que ela já não mais se espalhava como bem quisesse; se virava um leque ou mudava de direção, era seguindo suas instruções.

Contudo, não conseguia sentir nada além do que já tinha sentido. Recusando-se a desistir, continuou tentando se concentrar em um nível mais profundo. Deixou sua mente mergulhar nas profundezas sombrias de um abismo álgido e ser envolvida pelo frio. Foi quando, de um canto escuro, desprovido de qualquer brilho, uma luz se acendeu. Era pequena, como um facho perdido e esquálido no meio de uma floresta assombrada por uma noite sem lua, porém era vibrante e cintilava uma presença única e indistinguível.

Empolgada, ainda de olhos fechados, Xiao Shui abriu um largo sorriso e anunciou:

― Eu consegui! Acho que consegui sentir algo! ― disse, alegre pela conquista. Mas de repente. ― Ah, sumiu! ― ficou triste e deixou o sorriso desaparecer.

Ahahaha! ― Xiao Ning gargalhou, vendo a expressão dela mudar de alegre para tristonha, feito uma criança que ganha um doce, mas deixa-o cair no chão. ― É assim mesmo. ― consolou ele. ― Quando se está no Reino do Despertar, essa sensação parece algo natural, mas, por enquanto, você precisará se concentrar muito para “visualizar” a Energia Espiritual.

― Eu vou tentar de novo. ― anunciou Xiao Shui, apertando os olhos e tentando mais uma vez mergulhar naquele abismo profundo.

No entanto, Xiao Ning à despertou:

― Tente quando voltarmos. Nós precisamos terminar o que viemos fazer antes que anoiteça. ― disse ele, em um tom prudente. ― Não quero encontrar outra besta perigosa e levar uma surra.

Xiao Shui se sentiu desapontada. Estava tão animada para começar seu treinamento. Entretanto, ele estava certo. Ficar na Montanha Ancestral de Jade até anoitecer não era uma boa ideia. A maioria das Bestas Demoníacas preferem caçar a noite, sem falar que seu pai a colocaria de castigo novamente se voltasse muito tarde. Assim sendo, levantou-se e mais uma vez os dois partiram em busca de Ervas Espirituais.

Enquanto subiam a montanha, Xiao Shui ficou o tempo todo tentando se concentrar, mas fazer isso andando era difícil. Agora ela entendia o porquê de Xiao Ning ter dito que seria uma tarefa trabalhosa aprender a usar o Sentido Espiritual. Era algo que demandava concentração e fazer isso durante uma batalha não seria nada fácil. Ao menos, enquanto ainda estivesse no Reino Mundano.

Os dois subiram em uma ligeira inclinação e adentraram em uma área de mata fechada. O matagal possuía uma vegetação densa, de difícil acesso. O teto era coberto, com as copas das árvores se escorando umas nas outras. Dos galhos mais elevados, cipós pendiam, deixando as extremidades mais baixas se arrastarem pelo chão.

O motivo para terem entrado em um local de tão difícil acesso era para procurar o Agafanhador de Luz; provedor de um dos ingredientes usados para fazer a Pílula da Borboleta Monarca.

Com dificuldade, Xiao Ning abria caminho, quebrando alguns arbustos usando as mãos nuas. Em certo momento, pediu Xiao Shui sua espada emprestada para cortar a mata e poder atravessar com mais facilidade, mas ela lhe lançou um olhar fulminante, berrando um severo “não”, sem a necessidade de dizer uma única palavra.

Não deixaria ninguém usar sua espada. Ela mesma faria isso. Dessa forma, assumiu a liderança e começou a cortar a vegetação.

O Agafanhador de Luz é uma Besta Demoníaca bastante peculiar. Trata-se de uma espécie de réptil gigante que passa seus dias em lugares de vegetação densa ou em cavernas ― locais com um clima húmido ― e sai apenas faltando poucos instantes até o pôr do sol, para pegar os últimos vestígios de claridade.

O motivo para ele evitar o contato prolongado com o sol ― apesar de não poder sobreviver sem se expor ao menos alguns minutos por dia a luz solar ―, devia-se a uma característica peculiar envolvendo suas escamas, que são capazes de absorver a radiação e convertê-la em uma vitamina essencial para sua existência.

O problema é que o efeito de absorção é tão drástico que acaba sobrecarregando seu fígado, por isso, uma exposição demorada ao sol pode matá-lo em questão de poucas horas.

E embora Xiao Ning não tivesse a intenção de se envolver em batalhas, o Agafanhador de Luz é uma Besta Demoníaca fraca, cujo cultivo, apenas em raras ocasiões, atingia o Reino do Despertar ― nunca além disso ―, sendo a maioria Mundanas.

Ele procurou pelo monstro por um longo tempo, mas não encontrou nada. Então, decidiu passar para o próximo ingrediente: As Pétalas de Fagulha Ilusória. Contudo, também não teve sucesso nessa busca. Tinha a suspeita que encontraria ambos na Floresta das Mil Perdições, mesmo as Pétalas sendo uma Erva Espiritual; o ecossistema por lá parecia ser propício ao seu desenvolvimento. Porém, não queria voltar naquele lugar tão cedo, portanto, desistiu da procura.

A despeito do pouco sucesso, não estava chateado por não ter feito uma grande colheita. Já bastava descobrir o que podia ser encontrado naquele lugar e conhecer um pouco mais da vegetação.

Agora só havia mais duas coisas que ele queria procurar na Montanha Ancestral de Jade. Uma delas, só aparecia de tarde, durante o pôr do sol. A outra, precisaria da ajuda de Xiao Shui para encontrá-la. Virou-se para ela e perguntou:

― Conhece algum lugar que tenha um campo de cinamomos?

Xiao Shui pensou um pouco.

― Eu conheço apenas um. ― respondeu ela, chegando a uma conclusão. ― Ele fica longe daqui, a leste da montanha. Mas é um pouco perigoso, porque faz divisa com as bordas da Floresta das Mil Perdições. Não é tão perigoso quanto o lugar que fomos da última vez, porém, mesmo assim, costuma aparecer algumas Bestas Demoníacas.

Quando ouviu falar na floresta, Xiao Ning estremeceu. Não queria voltar lá sem um bom motivo e nem chegar perto. Entretanto, ao que parece, ele não tinha escolha.

― E aparecem muitas Bestas Demoníacas por lá? ― indagou, apenas para ter certeza.

― Não muitas. ― respondeu Xiao Shui, com sinceridade. ― Mas meu pai disse que de vez em quando surgem bestas do Reino do Despertar por aquela região.

Xiao Ning com toda a certeza não desejava encontrar uma Besta Demoníaca Despertada. Porém, realmente precisava fazer uma visita ao campo de cinamomos, afinal, o que buscava não era algo do qual pudesse abrir mão.

É claro, sempre existe a opção de voltar e pedir a ajuda de alguém mais forte. Entretanto, ao olhar para um canto coberto por arbustos densos, localizado a alguns metros de distância, não achava que isso seria preciso.

Pedindo Xiao Shui para mostrar o caminho, os dois tornaram a descer a montanha.

No entanto, antes de tudo, Xiao Ning fez uma segunda parada no canteiro de Videz-fusco. Queria colher mais algumas Cabaças Amarelas e este parecia ser o seu dia de sorte. Precisou procurar um pouco, mas, no fim, conseguiu encontrar mais três das Frutas Espirituais. Todas pareciam ter por volta de quatro a cinco anos de idade e o som abafado que exprimiam ao terem suas cascas golpeadas indicavam ter uma quantidade considerável de líquido em seu interior.

Também foram encontradas outras frutas mais jovens, porém, decidiu deixá-las envelhecer por mais um ano, para se tornarem ainda mais ricas. A Cabaça Amarela comprada pelo tio Chang tinha sido uma boa aquisição; sua essência era refinada e com pouca impureza.

Entretanto, era uma Fruta Espiritual jovem e com pouco conteúdo. Ele desejava, no futuro, obter mais algumas como as colhidas hoje.

E assim, quando enfim terminou a colheita das Cabaças Amarelas, os dois seguiram rumo ao leste, com Xiao Shui liderando a busca.

 


Niveis do Cultivo: Mundano; Despertar; Virtuoso; Espirituoso; Soberano do Despertar; Monarca Místico; Santo Místico; Sábio Místico; Erudito Místico.

 


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