Volume 1
Capítulo 15: Meu orgulho não é tão pequeno!
Xiao Ning foi guiado até um enorme balcão de madeira, que ficava em um canto do galpão e se estendia de uma parede a outra. Na parte de trás, era possível ver diversas Ervas sendo exibidas, expostas em prateleiras de ônix e havia também alguns recipientes de vidro contendo coisas como coração, olhos, fígados, entre outros, mergulhados em um líquido viscoso esverdeado.
― Por favor, coloque o que deseja vender sobre o balcão e se for grande demais, pode deixar no chão mesmo. ― disse o atendente.
E, como lhe foi dito, Xiao Ning colocou o pote contendo as Ervas sobre o balcão. Em seguida, tirou a pele do Javali de Pelos Vermelhos e estendeu sobre a madeira. Por fim, foi a vez das presas.
Primeiro, o atendente pegou a pele do javali e a levantou. Puxou para lá, esticou para cá e a acariciou com os dedos, aproximou bem perto do nariz e cheirou.
― Boa pele de Javali de Pelos vermelhos. ― elogiou. ― Não há lacerações visíveis. O esfolamento foi feito com precisão e não há partes com muito pelo faltando, que chame a atenção. Muito bem preservada. ― assentiu, parecendo um tanto impressionado. ― Não se vê muitas iguais a essa em tão bom estado. Ainda mais, levando em conta que o Javali já estava na 5ª Camada.
― Quanto vale? ― questionou Xiao Ning, que estava mais interessado em quanto iria ganhar.
― Por estar em tão bom estado, vale pelo menos vinte moedas de bronze.
Quando ouviu o preço, Xiao Ning não pôde deixar de exclamar em voz alta:
― Só isso!
Em todo o Continente Central, as três moedas usadas eram o bronze, a prata e o ouro. Uma prata era equivalente a cem bronzes, um ouro era o mesmo que cem pratas.
Com essas míseras vinte moedas de bronze, ele não tinha nem metade de uma única moeda de prata e, de acordo com que havia previsto, um Caldeirão Encantado do Tipo Normal e de baixa qualidade, valeria pelo menos cinco, talvez sete moedas de prata. Recebendo tão pouco assim, seria preciso matar muitos javalis para poder comprá-lo.
― Em outro lugar, essa pele até valeria mais, mas aqui, na Cidade da Fronteira do Caos, o comércio de monstros e Ervas é grande. ― O vendedor fez um gesto com a mão, mostrando a Xiao Ning o grande número de pessoas que estavam ali para fazer exatamente o mesmo. E de fato, havia dezenas de cultivadores vendendo sua mercadoria. ― O normal seria esse tipo de produto valer apenas quinze moedas de bronze. Só estou oferecendo vinte, devido à ótima qualidade.
― Bem, se é assim, tudo bem! ― desistiu Xiao Ning, dando de ombros. ― E as presas, quanto vale.
― Hm... ― O atendente deu uma breve olhada. ― Posso oferecer sete moedas de bronze pelo par.
Sete! Outro preço baixo. Xiao Ning estava cada vez mais desanimado. Se continuasse desse jeito, teria de se esforçar muito para conseguir um novo caldeirão. Mas, pelo menos, ainda tinha as Ervas.
― Há alguma planta venenosa? ― questionou, enquanto colocava um par de luvas.
― Não. ― respondeu Xiao Ning, ao mesmo tempo em que espalhava as Ervas pelo balcão.
Com as luvas já vestidas, o atendente começou a avaliar:
― Três Damas Clementes, um Cogumelo Ladrão e uma Falsa Prata. ― Terminando de contar, ele tirou as luvas e comunicou. ― Posso oferecer vinte e quatro moedas de bronze pelas Damas Clementes, duas pelo cogumelo ladrão e cinco pela Falsa Prata.
― Então, contando com a pele e as presas são cinquenta e oito moedas de bronze. ― calculou de cabeça, com uma expressão desanimada. Ele tinha ganhado muito menos do que havia pensado.
Porém, como esse era o único lugar que conhecia no qual poderia vender essas coisas, Xiao Ning, que não era um bom negociador, não tentou barganhar ou coisa do tipo, simplesmente as vendeu. E assim, sua fortuna aumentou de zero para cinquenta e oito moedas de bronze.
Vendo o semblante desanimado do garoto, o atendente, em uma tentativa de consolo, disse:
― Se você está tentando juntar dinheiro rápido, porque não caça mais Bestas Demoníacas?
― Eu tentei, mas não encontrei nenhuma na Montanha Ancestral de Jade. ― respondeu, arqueando os ombros.
― Nesse caso, vá para a Floresta das Mil Perdições. Você só precisa pedir permissão a Família Zhan ou a Família Qin. ― informou.
― Porque preciso pedir permissão? ― Xiao Ning era desinformado em relação às coisas envolvendo as quatro Famílias. Tirando o fato de ele pertencer aos Xiaos e sua ex-noiva aos Xus, não sabia de mais nada.
― Ora, o jovem não sabe? Sendo assim, deixa que eu te explico. Você provavelmente é da Família Xiao ou Xu, certo? ― perguntou o atendente. E Xiao Ning balançou a cabeça, afirmando que sim. ― Como você deve saber, essas duas Famílias são responsáveis pela Montanha Ancestral de Jade, enquanto os Zhans e os Qins cuidam da Floresta das Mil Perdições. Os membros de nenhuma das Famílias são proibidos de ir nesses lugares, mas é uma questão de cortesia avisar com antecedência.
― Então, se eu quiser ir à Floresta das Mil Perdições, tenho que pedir a Família Zhan ou Qin com antecedência? ― confirmou, apenas para ter certeza.
Xiao Ning ficou interessado na proposta do atendente. A Floresta das Mil Perdições era um lugar conhecido pelo seu incrível número de monstros. Se fosse caçar por lá, com certeza ganharia um bom dinheiro. E mais importante, iria aprimorar suas Chamas da Essência.
― Exato! ― afirmou o atendente. ― Se você conhecer alguém de uma dessas Famílias, será bem mais fácil.
― Entendo. ― murmurou Xiao Ning. Ele não conhecia ninguém de nenhuma das duas e para ser sincero, não se importava com a cortesia, mas antes de ir, ao menos avisaria ao tio Chang.
Sentindo-se grato pelas dicas, Xiao Ning o agradeceu. E já estava para partir, agora com a bolsa de pano e o pote vazio, quando se lembrou:
― Você conhece algum lugar onde eu possa encontrar um Caldeirão Encantado? ― Ele estava longe de conseguir o dinheiro necessário para um artefato novo, mas queria ter uma noção do preço, para poder se planejar melhor.
Porém, essa, que era tão simples, pareceu uma pergunta extremamente difícil, pois o atendente ficou por um longo tempo pensando, tamborilando os dedos no queixo, balançando a cabeça de um lado para o outro, até que por fim respondeu:
― Eu não tenho certeza, mas se há um lugar em que você possa encontrar um é na: Artigos Encantados e Runas Antigas.
― E onde fica isso? ― indagou Xiao Ning, que nunca ouvira falar de tal lugar.
― Ah, mas isso é muito simples. ― respondeu, com um sorriso no rosto. ― Você só precisa seguir em frente, na Rua da Desordem, então...
Depois de sair do Armazém do Caos, Xiao Ning vagou pela cidade, a procura da loja que talvez vendesse Caldeirões Encantados, a “Artigos Encantados e Runas Antigas”. Graças à informação dada pelo atendente, que precisou explicar mais de uma vez e sem usar os nomes das ruas, ele tinha uma ligeira noção de qual caminho seguir.
Depois de andar por um tempo, ele se viu em uma avenida diferente de todas que havia estado até então. O chão era coberto por lajotas perfeitamente retangulares de duas cores diferentes, marrom e cinza, que eram muito bem organizadas, formando um tapete liso e chamativo. Não se via barraquinhas nos cantos, nem comerciantes se esgoelando. As poucas lojas nas redondezas, tão grandes quanto mansões, possuíam letreiros discretos, com nada mais do que o nome escrito. E algumas, as mais modernas, exibiam seus produtos através de um painel de vidro transparente.
Ao contrário das outras partes da cidade, nesta rua em particular não existia multidões se apertando para andar. As poucas pessoas que por ali estavam, trajavam vestes elegantes e chamativas. Aquela, sem sombra de dúvida, era a área nobre, reservada para os mais ricos.
Xiao Ning, com suas roupas sujas e poucas moedas de bronze, atravessou a Rua da Ordem arrastando o saco de pano pelo chão, parecendo tanto à vontade quando desanimado. Apesar de ser um cultivador, capaz de correr cinco quilômetros sem parar, ele já estava cansado de ficar andando por essas ruas bagunçadas de nomes estranhos.
Enquanto passava pela Rua da Ordem, hora ou outra parava em frente a uma vitrine que lhe chamava a atenção. Por mais que os preços fossem absurdos, passando de vinte moedas de ouro, olhar era gratuito.
Foi quando parou em frente a uma dessas lojas, para admirar uma garra que se dizia ser de Qilin, que ela apareceu.
Trajando um longo vestido verde, elegante e sofisticado, tecido em seda, uma linda garota, de cabelo dourado e olhos verde-claros, desfilava com elegância, deslizando pelo chão de lajotas, quase como se estivesse flutuando. Ao seu lado, igualmente refinado, um rapaz, que parecia ter a mesma idade ou um pouco mais velho, usando um espalhafatoso manto dourado, tentava entretê-la, fazendo gestos com as mãos e dando sorrisos calorosos, mas a garota mantinha sua expressão apática e nariz empinado.
Xiao Ning, quando a viu, logo a reconheceu. Aquela era sua ex-noiva, Xu Xia. Não fazia muito tempo que a Família Xu havia rompido com o acordo de casamento, há muito proposto pelo seu falecido pai.
No geral, nesse tipo de situação, outras pessoas fariam uma careta e iriam embora. A humilhação de ser dispensado pela própria noiva já era grande demais para suportar, sem precisar encontrá-la desfilando junto a outro homem.
Porém, Xiao Ning era descarado e não se importava nem um pouco com o rompimento do noivado. Então, colocando um sorriso descontraído no rosto e assumindo uma atitude desavergonhada, ele caminhou ao seu encontro, arrastando os pés pelo chão do seu jeito mais preguiçoso possível.
Quando notou seu ex-noivo se aproximando, o semblante arrogante de Xu Xia se transformou em uma expressão soturna. Era o seu desprazer encontrar tal sujeito neste lugar.
Percebendo a expressão sombria no rosto da acompanhante, o garoto de manto dourado perguntou:
― O que foi, senhorita Xia, aconteceu algo?
Mas ela não lhe respondeu.
Nesse momento, Xiao Ning, arrastando o saco de pano pelo chão, parou em frente aos dois e brincou:
― Pequena Xia, continua bonita como sempre. ― elogiou, dando um sorriso um tanto provocativo. Ele, então, coçou o queixo e continuou. ― Só que ficaria ainda mais se sorrisse um pouco. Essa carranca não combina nada, sabe? Parece que vive com dor de barriga. Ahahaha! ― brincou.
Ouvindo tais injúrias, a expressão de Xu Xia se contorceu ainda mais. Desde quando esse vagabundo tinha tanta intimidade para falar com ela dessa forma?
O garoto parado ao seu lado também fez uma cara feia. Ele deu um passo à frente e estava pronto para questionar intrometido, quando...
― Eu já falei para não me chamar de pequena Xia. ― sibilou Xu Xia, com rispidez. De repente, uma Energia opressiva emanou de seu corpo e atingiu Xiao Ning. Ela queria obrigá-lo a se desculpar por suas palavras.
― Oh, você já atingiu o Reino do Despertar? ― exclamou Xiao Ning, que não foi nem um pouco afetado pela Energia Espiritual. Pelo contrário, apenas o ajudou a perceber que ela já se encontrava na 1ª Camada do Reino do Despertar. Uma evolução recente, parece. ― Impressionante! Eu não tinha reparado na última vez.
Na Cidade da Fronteira do Caos era comum, independente a qual Família pertencem, os jovens entre quinze e dezessete anos estarem na 5ª ou 6ª Camada do Reino Mundano. No entanto, aqueles que atingiam a 7ª na mesma idade, eram chamados de gênios. E os que entravam no Reino do Despertar, antes dos dezoito, eram gênios entre os gênios.
Por isso, alguém como Xu Xia, que possuía apenas dezesseis anos e tinha conseguido alcançar com sucesso o Reino do Despertar, era considerada uma verdadeira gênio. Percebendo isso, Xiao Ning enfim entendeu do porque a Família Xu estar disposta a desonrar um acordo de casamento. Não se tratava dele ser um vagabundo fracassado e sim dela ser preciosa demais para ser entregue a qualquer um.
Percebendo que o abusado do ex-noivo não estava sendo afetado por sua Energia Espiritual, Xu Xia deixou transparecer uma cara de surpresa. Ele era apenas um 4ª Camada do Reino Mundano, então como conseguia resistir?
Foi quando, o garoto de manto dourado, querendo entender o que estava acontecendo, manifestou-se:
― Eu não sei quem seria você, mas está incomodando a Srta. Xia. Poderia nos fazer o favor de sair da frente? Não temos tempo a perder com alguém... ― ele fez uma pausa, e sem nenhuma sutileza, olhou de cima a baixo as roupas de Xiao Ning ― como você. ― disse, em um tom de repulsa.
Xiao Ning olhou para o rapaz de manto dourado por um tempo e depois se virou para Xu Xia:
― Quem é o pomposo? Seu namorado? ― perguntou, apontando um dedo.
Ao ouvir a pergunta dele, Xu Xia virou a cabeça, tentando esconder a aversão em seu rosto.
― Seu inferior sujo! ― O garoto de manto dourado explodiu. ― Saiba que eu sou Zhan Hao! E uma ofensa a mim, é uma ofensa a minha Família. Tenha em mente que matá-lo ou deixá-lo vivo, um ninguém igual a você, por desrespeitar a Srta. Xia, é meramente uma escolha minha! ― bradou, cheio de orgulho e raiva.
Apesar de Zhan Hao ter falado que poderia matar Ning quando quisesse, isso não era bem verdade, pois existiam regras restritas proibindo o conflito entre as Famílias dentro da cidade. E a punição por quebrar tais regras eram severas.
― Zhan Hao... ― coçou a cabeça de um modo preguiçoso. ― Nunca ouvi falar. Além do mais, eu não sou um ninguém, eu sou Xiao Ning, o ex-noivo dela. ― apontou para Xu Xia.
Quando Ning falou que nunca tinha ouvido falar dele, Zhan Hao exprimiu uma careta feia. Quem na Cidade da Fronteira do Caos não o conhecia? Mas assim que o ouviu se apresentar como o ex-noivo de Xu Xia, seu rosto se contorceu em um profundo e pungente desprezo.
― Hunf! De fato, um ninguém. ― bufou, com desdém. ― Não. Seria mais adequado chamá-lo de vagabundo sem qualquer honra. ― Seu tom de voz irritado se transformou em descaso e deboche à medida que continuou. ― Dizem que a Família Xu o dispensou por estar preso na 2ª Camada do Reino Mundano desde os treze anos. Fico impressionado por ter coragem de sair de casa após receber tal humilhação. Ser rejeitado pela Família Xu, mesmo seu pai tendo feito um acordo... Ha! Ha! Ha! Que vergonha. Se fosse eu, teria me matado.
― Bem, eu não sou tão fraco quanto você. ― disse Xiao Ning, dando de ombros. E Zhan Hao apertou os punhos de raiva. ― Além disso, você não deveria falar assim. Faz parecer que o término foi uma decisão exclusiva da Família Xu e a pequena Xia não teve escolha, a não ser aceitar. Mas saiba, ela é livre para fazer o que quiser.
Quando ouviu Xiao Ning falar isso, a mesma coisa que falou antes, Xu Xia, por um instante, olhou para ele com um certo interesse e uma intriga oculta. Mas, de repente, percebeu:
― Eu já falei para não me chamar de pequena! ― protestou enraivecida.
― Ahaha! Não ligue pra pequenas coisas. ― Xiao Ning deu um sorriso despreocupado.
― Tsc! ― Zhan Hao estalou a língua, aborrecido. ― Até quando você pretende ficar no nosso caminho? Não percebe que a Srta. Xia e eu estamos tentando ter um passeio agradável? Ou melhor dizendo, o que um fracassado feito você está fazendo num lugar igual a esse? Duvido que tenha sequer uma míseria moeda de ouro. ― zombou.
Por mais que Zhan Hao zombasse dele, Xiao Ning não se irritava. Ele apenas dava um sorriso descontraído e entrava na brincadeira.
― Verdade, tudo o que tenho são essas moedinhas de bronze. ― Enquanto sacudia o saco de pano fazendo um som de metal se chocando contra vidro tilintar, ele balançou a cabeça e soltou um suspiro pesaroso. Era muito pobre.
― Aqui... ― Zhan Hao tirou uma pequena bolsa, que retinia com barulhos de metal, de sua cintura. Pegou duas moedas de prata e as deixou cair no chão. ― Pegue e suma da minha frente!
O sorriso no rosto de Xiao Ning desapareceu. Ele olhou para o dinheiro caído no chão e depois para Zhan Hao. E então, sem dizer uma única palavra, abaixou-se e começou a catar as moedas. Com uma conta rápida percebeu, se estivesse certo quanto ao preço, agora só faltavam mais três ou quatro moedas de prata para poder comprar um caldeirão novo.
― Ha! É mesmo um fracassado. Pegando os restos dos outros. Ha! Ha! Ha! ― Olhando Ning de cima, Zhan Hao zombou e gargalhou alto, fazendo questão de sua voz ecoar pela avenida. ― Não tem qualquer orgulho! Ha! Ha! Ha!
Xu Xia também olhou para ele com uma expressão estranha, mas não disse nada.
Porém, sem se importar com a zombaria, Xiao Ning apenas pegou as moedinhas. E ainda agachado, fitou Zhan Hao e contestou:
― Sou eu que não tenho orgulho ou você que é idiota por jogar dinheiro fora? Se quiser jogar mais eu aceito. Joga umas de ouro aí que eu estou precisando. ― Ouvindo isso, Zhan Hao pensou em dizer algo, mas Xiao Ning continuou. ― Sem falar que, meu orgulho não é tão pequeno para ser ferido por algo desse tipo... Ah, falando em dinheiro... ― Mudando de assunto, no meio da frase, ele virou o olhar para a ex-noiva.
― O que você quer comigo? ― disse ela, com aspereza.
― Aquele Caldeirão Encantado que a Família Xu me enviou era uma porcaria.
― Ha! Um lixo como você tentando fazer Alquimia? ― Zhan Hao desdenhou, mas foi ignorado.
― Hunf! Aquilo era o suficiente para alguém igual a você! ― bufou Xu Xiao, com frieza.
― Mesmo que você diga isso, aquele caldeirão explodiu na primeira vez em que eu tentei fazer uma Composição Alquímica. ― Xiao Ning balançou os braços, tentando se fazer de vítima e continuou. ― Eu quase morri, sabia? ― dramatizou.
― Diga logo o que você quer! ― rufou Xu Xia, que já estava perdendo a paciência.
― Não poderia me emprestar algum dinheiro? Você é rica, não é? Prometo que devolvo um dia. ― pediu Xiao Ning, dando um sorriso desavergonhado.
Se era falta de vergonha ou de dignidade, não se sabia, porém, quando se tratava de Alquimia, ele estava disposto a fazer de tudo, até mesmo pedir dinheiro para a mulher que o chutou. Quem vê, pode até dizer que é um homem idiota sem qualquer orgulho. Mas para esses, Xiao Ning apenas sorriria e diria, “meu orgulho não é tão pequeno”
― Você já ganhou suas duas moedas. ― ralhou Xu Xia, com sua expressão fria e nariz empinado de sempre, em seguida, contornou o ex-noivo e foi embora.
E apesar de querer dar uma boa surra naquele fracassado, Zhan Hao à acompanhou, conforme olhava para trás, com um semblante repleto de raiva e desprezo.
Vendo-a se afastar, Xiao Ning deixou escapar um sorriso divertido. O que se passava na cabeça dela era um mistério. Porém, tinha a impressão de que Xu Xia não era uma simples esnobe. Seja como for, pelo menos, estava duas moedas de prata mais próximo de conseguir um novo caldeirão.
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