Volume 1
Capítulo 118: Miséria
Certo dia, o 1º Ancião Dong recebeu um grupo de visitantes bastante peculiar que era composto por três homens. O líder era um sujeito de corpo esguio e chamava a atenção por seu cabelo comprido preso nas costas em um simples penteado de rabo de cavalo.
Quando os três chegaram na mansão da maneira mais discreta possível, guiados em pessoa pelo dono da casa, uma ordem foi passada para todos os funcionários: deveriam parar suas atividades e ficarem longes do Quarto Branco enquanto os visitantes estivessem presentes.
Ninguém ousou desobedecer o 1º Ancião. Os funcionários se trancaram na cozinha, no salão de festa, na biblioteca e durante o tempo que passaram juntos, nem mesmo uma única palavra a respeito do que acontecia foi dita. Embora muitos estivessem curiosos para saber o que se passava, ninguém ousou proferir o que matutava em suas mentes ou desobedecer as restrições impostas... Bem, quase ninguém.
Existe uma parte na vida em que a curiosidade supera qualquer sentimento de medo ou talvez fosse apenas a ignorância acompanhada da imaginação fértil de uma criança, mas quando soube de figuras misteriosas chegando para ver seu avô, Xiao Bai acabou cedendo à tentação e se espreitou pelos corredores do casarão na busca de ter um vislumbre dos rostos enigmáticos dos sujeitos.
Ele foi direto para o lugar que sabia ser o único considerado adequado por seu avô para receber visitas importantes; o Quarto Branco. Mas ao chegar lá se deparou com as portas fechadas, para sua infelicidade. Até tentou espiar pelas frestas que existiam nas laterais e na parte de baixo, porém não conseguiu enxergar nada significativo. E apenas quando estava pensando em desistir, pois não queria ser pego, escutou a característica voz áspera e envelhecida do Ancião.
― Coo, o que você está fazendo aqui? ― O tom usado indicava não somente a surpresa pela aparição repentina como também o descontentamento que sentia. ― Se alguém o ver, isso pode colocar meus planos em risco.
Tomando muito cuidado para não fazer barulho, Xiao Bai encostou o ouvido na porta.
― A situação é grave e eu não tive tempo de me preocupar com assuntos menores ― respondeu uma voz desconhecida, mas que julgando pelo contexto Xiao Bai pensou pertencer ao sujeito chamado Coo. ― Acredito que você saiba do ataque ao imperador.
― Aquilo não tem qualquer relação com... ― O timbre da voz do Ancião quando voltou a falar era nervoso e instável.
― Não importa ― ralhou Coo, cortando-o ― se era alguém do ramo principal ou secundário, se era amigo seu ou de Enlai. O que importa é que ele carregava o sobrenome Xiao e tentou assassinar o imperador.
O que se seguiu foi uma longa pausa que deixou até mesmo Xiao Bai desconfortável. Seu avô não era um homem de ficar sem palavras e muito menos do tipo que deixa outra pessoa o interromper, mas o silêncio falava muito a respeito da situação encontrada dentro do Quarto Branco e isso gerou um profundo incômodo.
― A Família Imperial ― Coo voltou a falar ― queria vingança pelo atentado e estavam planejando enviar uma tropa para atacar os Xiaos. Mas devido ao nosso acordo, meu Patriarca conseguiu convencê-los de esperar.
― Isso é bom ― disse o Ancião Dong. Era possível notar a tensão em sua voz.
― Porém ― continuou o visitante ―, as coisas irão mudar um pouco de agora em diante. Em troca da ajuda da minha Família, além de nosso antigo trato, quando tudo isso terminar, você deverá nos dar... ― Houve uma pausa prolongada. ― A criança nos espionando é parente seu?
Quando escutou isso, Xiao Bai levou um grande susto e se afastou aos tropeços da porta. Como aquele homem o descobriu sendo que não estava fazendo barulho? Ele sinceramente não sabia e nem se importava em tentar descobrir a resposta, pois se fosse pego levaria a maior surra da vida.
E então, sem pensar muito, virou-se e saiu correndo, desesperado para ser confundido com um fantasma que bagunçou os sentidos do estranho. No entanto, assim que começou a se afastar, conseguiu escutar os passos pesados de seu avô ecoando na parte de dentro do salão. A porta se abriu e um velho carrancudo, furioso, bufando pelo nariz, saiu.
Xiao Bai já havia conseguido correr uma boa distância e já estava quase desaparecendo no corredor, mas Dong o alcançou em um instante e, sem demonstrar a mínima misericórdia pelo neto, agarrou sua nuca e afundou sua cara no chão. Sangue verteu do nariz do pequeno, manchando o piso, e um talho profundo se abriu em sua testa.
Livre de compaixão, o 1º Ancião surrou o garoto e teve a certeza de que ele esqueceria qualquer assunto que tivesse escutado, qualquer rosto que tivesse visto. No final sua sentença foi impiedosa; o neto deveria ficar um mês trancafiado, sem comida ou água.
Naquele dia, Magali estava fora, aproveitando um de seus raros dias de folga. Ela não ficou sabendo de nada a respeito do incidente até a manhã seguinte, quando voltou ao trabalho. A primeira coisa que fez ao chegar na mansão foi ir checar como estava seu querido Jovem Nobre e depois de encontrar o quarto vazio, acreditou que ele já tivesse ido para o Salão Espiritual ter suas aulas. Mas não demorou muito para descobrir do acontecido através das fofocas das outras empregadas.
Quando ficou sabendo de toda a história, a empregada não foi à procura de Xiao Bai, como era de se esperar. Ao invés disso, ela foi direto se encontrar com o 1º Ancião que, sem surpresa nenhuma, estava em seu cômodo predileto da casa, sentado em seu trono, suntuoso, poderoso.
Assim que chegou no local, Magali nem ao menos pediu permissão para entrar. Determinada a colocar um fim na crueldade do patrão, escancarou as portas que permitiam ao velho ficar isolado do resto do mundo e avançou através do piso branco numa marcha resoluta. Em sua face existia uma firmeza inflexível, seus olhos exibiam um brilho desafiador e sua marcha em nada indicava uma postura subserviente.
Ela parou de frente para o trono e por alguns instantes encarou o 1ºAncião, revidando a expressão feia que ele exprimiu ao notar sua chegada. E então, reunindo toda a coragem que tinha para enfrentar alguém cuja autoridade se sobrepunha em muito a sua própria, falou:
― Solte-o agora mesmo! ― Sua voz era pesada e severa.
― Eu entendi direito? ― O Ancião se remexeu em seu trono, parecendo incomodado. ― Você está me dando uma ordem?
― Você é o avô daquele menino ― argumentou ela, tentando alcançar a parte humana do homem na sua frente. ― Não sente nenhuma empatia por ele? É só uma criança!
― Aquele bastardo não é meu neto ― retrucou o velho, calmo, mas áspero em cada palavra. ― Eu já fui misericordioso o bastante quando decidi o trazer para este lugar.
― É isso que chama de misericórdia?! ― Magali estava enojada. Já esperava por isso, mas ver aquela criatura agir com tamanha indiferença era algo que perturbava sua sanidade. ― Você o tirou da mãe e o trata como se fosse um animal de rua. Isso não é piedade, é desumano!
O Ancião Dong se levantou de seu trono e calmamente desceu até parar de frente para sua confrontadora. Ela, por sua vez, não recuou, sequer retrocedeu um passo. Continuou encarando-o com igual intensidade, sem ao menos esconder a aversão que sentia.
― Eu tolerei sua permanência nesta residência, pois assim eu não tinha que lidar com aquele bastardo. No entanto... ― Sua voz se agravou, as rugas em seu rosto aumentaram de volume e sua expressão no geral se tornou mais sombria. ― Escolha bem suas palavras ao falar comigo. Nunca fui um homem de muita paciência.
― Faça a ameaça que quiser ― retrucou Magali, decidida. ― Eu não vou mais deixar você tratar o Jovem Nobre daquela maneira. Irei me encontrar com o Patriarca Enlai agora mesmo e contarei tudo o que você tem feito para aquela criança. ― Era o tipo de coisa que não deveria ter falado em voz alta e sim concluído em silêncio, mas sua raiva era tanta que não conseguiu controlar a emoção. ― Aproveite o seu “sofá” enquanto ainda consegue se sentar. Em breve será você que irá levar uma surra!
Quando terminou de falar, suas mãos tremiam de tal forma que precisou agarrar o vestido para se controlar. Seu sangue pulsava com tamanha revolta e indignação, que ela conseguia ouvi-lo zunir em suas orelhas, dizendo-a para continuar o ataque verbal. Nesse momento, o nojo que sentia daquele homem era algo que jamais imaginou sentir por alguém. O rosto vermelho, os pensamentos flutuantes, a língua solta, todo o seu corpo compunha um conjunto furioso de asco e revolta.
Magali se virou e começou a se afastar. Porém, antes que fosse longe demais, uma fala do Ancião a fez parar.
― Acredita que Enlai terá tempo de ouvir os problemas de uma lacaia e o aborto de uma prostituta!? ― O desdenho estava implícito em sua voz. ― Mesmo ele deve ter algo melhor para fazer. ― Exibiu um sorriso vulgar.
Tais palavras perfuraram os ouvidos de Magali como se fossem agulhas. Não era o termo “lacaia” que a incomodava, mas sim todo o resto. Sua raiva atingiu o ápice do suportável e então, perdendo a racionalidade, marchou de encontro ao velho maldito e num impulso repentino deu-lhe um tapa no rosto.
“Paff!”
― Você é um monstro! ― acusou. Em seguida, ela se virou e voltou a avançar em direção a saída.
Xiao Dong ficou parado por um segundo, sem reação. Colocou a mão na bochecha, no lugar em que foi estapeado, e mirou as costas de Magali. Seu rosto foi tomado por uma expressão sombria ao passo que os olhos se estreitaram revelando uma abominável condição perversa.
― Eu não sou um monstro ― disse ele, assistindo a empregada se afastar. ― Eu sou o 1º Ancião dos Xiaos...
***
Um mês se passou desde o começo da punição e enfim o dia de libertar Xiao Bai chegou.
Fazia algum tempo que ninguém se aproximava dos fundos da mansão e mesmo o praticante incumbido de vigiar a “prisão” já não suportava ficar lá, pois há muito o cheiro intragável de fezes, urina e outras coisas podia ser sentido a longas distâncias e quando o sol era forte e o vento se ausentava, tudo ficava pior. Centenas de moscas voavam livres pelo lugar, insetos de diversos tipos começaram a aparecer com o decorrer dos dias e tudo era atraído para aquele quartinho.
Quando chegou o dia de abrir a cela, o vigia, que não era Shun, demonstrou sua extrema alegria ao quebrar a corrente e sair o mais rápido possível de perto daquele fedor insuportável. Porém, mesmo depois da porta ter sido aberta, ninguém saiu.
Apesar do tempo de punição ter acabado e a passagem estar livre, Xiao Bai permaneceu no quartinho por um longo tempo sem dar o menor sinal de vida. O lado de dentro estava quieto, tirando pelas moscas que se agitaram quando a claridade invadiu o recinto sem janelas e as baratas que fugiram para debaixo da terra.
Foi neste ponto que uma voz chamou:
― Saia, Jovem Nobre.
A resposta não veio de imediato, mas depois de alguns segundos uma voz fraca e debilitada se manifestou.
― Magali... é você?
― Não. Ela não está aqui ― respondeu a mulher que possuía certa indiferença em seu tom. ― Agora saia ou seu avô irá se irritar.
A ameaça surtiu um grande efeito, pois no mesmo instante algo começou a rastejar do lado de dentro. E embora fosse esperado que o prisioneiro demonstrasse uma grande disposição para deixar aquela cela fedorenta, demorou um tempo considerável para que ele conseguisse atingir o limite da saída e o que se revelou após isso foi uma cena deplorável.
Xiao Bai estava tão desnutrido que parecia ter perdido toda a carne. E a pele ressequida havia grudado em seus ossos, empurrando os órgãos à beira do colapso para dentro da caixa torácica, a qual podia ser vista de um vão horrível em sua camisa folgada.
Os braços e pernas do garoto estavam tão finos que era como olhar um conjunto de gravetos podres, apenas esperando uma brisa para se partirem em diversos pedaços. Seus olhos haviam afundado para dentro do crânio, revelando uma aparência desgastada e de noites mal dormidas. Os lábios se achavam rachados e sangrando, com cascas repugnantes e estranhas secreções brancas amareladas escorrendo.
Toda sua pele se encontrava coberta por bolhas e caroços provocados pelas picadas de insetos, alguns dos quais demonstravam um volume anormal, como se um verme estivesse morando ali.
Ele estava abominável, fétido feito uma fossa séptica. Seu rosto havia definhado de um modo repugnante, deformando todos os seus contornos e dando-lhe uma aparência miserável. A única coisa que preservava sua identidade, indicando que aquele continuava sendo o mesmo Xiao Bai, era o broche dourado em forma de folha que permanecia preso em sua camisa folgada.
O Jovem Nobre saiu do quartinho engatinhando feito um bebê; de quatro, arrastando-se. Seu corpo inteiro tremia. Os braços convulsionavam descontroladamente, incapazes de sustentar com perfeição aquele saco de ossos e pele, sem nenhuma carne. Enquanto rastejava, ele sequer conseguia tirar o joelho do chão que raspava na sujeira abrindo feridas novas.
― Onde... está... Magali? ― Sua pergunta foi vacilante e custosa. Não tinha forças nem para levantar a cabeça.
― Não sei ― respondeu a mulher, direta. ― Agora volte para a mansão e não faça bagunça, antes que seu avô decida deixá-lo aqui por mais alguns dias.
Em um esforço momentâneo, Xiao Bai se arrastou por mais alguns centímetros, mas quando sentiu a respiração pesar, parou e esticou um braço.
― Me ajuda a levantar... por favor. To muito fraco. ― A tremedeira em sua mão se tornava mais intensa a cada instante que permanecia erguida, tentando encontrar algum apoio. Enquanto seu corpo, fraco demais para conseguir se equilibrar, ameaçava tombar.
― Você está fedendo! ― disse a mulher com certo desprezo, recusando-se a ajudar. E demonstrando que não ofereceria nenhum tipo de auxílio, ela contornou o menino e avançou em direção a entrada da mansão. Mas na metade do caminho parou e falou. ― A hora do almoço já passou, então você terá que esperar até o jantar. Vá tomar um banho e depois espere no seu quarto. ― Terminando de dizer isso, ela saiu.
Xiao Bai precisou engatinhar para conseguir entrar na mansão e isso não foi uma tarefa fácil e nem rápida. Experimentou uma grande dificuldade no momento de cruzar a porta dos fundos que se encontrava fechada e depois rastejou por um longo caminho até encontrar um lugar que pudesse se limpar. Diversas foram as vezes que pensou na possibilidade de morrer pelo mero esforço de se deslocar de um lugar a outro e diversas foram as vezes que caiu no chão.
A espera para a hora do jantar não poderia ter sido mais longa. Por um instante acreditou ter voltado para dentro do quartinho e passado mais um mês inteiro lá. Sua barriga roncava tanto que os urros famintos de seu estômago ecoavam pelo casarão feito um animal selvagem furioso ― ou ao menos, foi isso que pensou. Beber a água do banho bastou para disfarçar o imenso apetite e também o ajudou a hidratar, além de recuperar parte de suas forças, mas isso não durou por muito tempo.
Quando uma empregada chegou enfim trazendo a refeição, ele devorou tudo sem deixar cair uma única migalha. Ficou decepcionado por não ser Magali quem apareceu em sua porta, mas estava feliz de poder sentir o gosto da comida de novo.
Depois de repetir o jantar cinco vezes, rendido pela exaustão, caiu no sono.
Na manhã seguinte, assim que acordou, Xiao Bai prendeu o broche na camisa da mesma maneira que havia aprendido e saiu andando pela casa, escorando-se pelos corredores. Seu corpo ainda estava muito fraco e mal conseguia aguentar em pé.
― Magali! ― chamava enquanto passava pelos numerosos cômodos. ― Magali!
Por mais que ele chamasse o nome de sua benfeitora, nenhuma resposta satisfatória era dada. Os poucos funcionários que se dignaram a lhe responder diziam que não sabiam da empregada e os outros apenas o ignoravam.
Xiao Bai continuou vagando pelos corredores gigantes por algum tempo, mas não encontrou sinal de Magali. Depois de muito procurar, sua confusão aumentou. Não entendia por que não conseguia encontrá-la, sendo que ela sempre aparecia quando ele a chamava.
No entanto, apesar da falha constante, continuou insistindo, passando de uma ala a outra da casa. E foi enquanto cruzava a parte sul da residência que viu alguém que não desejava ver. O 1º Ancião estava saindo do salão de visitas, sozinho. Sua postura era severa como sempre, os passos firmes e decididos, do tipo que se nota em alguém tentando alcançar um objetivo.
Quando o viu surgir de repente, Xiao Bai deu meia volta e tentou se afastar o quanto antes, mas suas pernas estavam fracas demais para conseguir tirá-lo dali antes de ser encontrado.
― O que você está fazendo aqui? ― A voz autoritária de Xiao Dong soou, impedindo a fuga do garoto.
Xiao Bai sentiu um calafrio percorrer seu corpo, provocando medos que sequer sabia explicar. Tremendo, ele se virou e abaixou a cabeça, curvando o corpo para frente.
― Me desculpe, vo... 1º Ancião ― apressou-se em se corrigir. ― Eu estou procurando a Magali.
― Ela foi embora. ― A resposta foi seca e direta.
Aquelas palavras fizeram o coração do Jovem Nobre parar por um segundo. Naquele momento, ele experimentou uma fraqueza que não sentiu nem mesmo quando passou o mês trancafiado no quartinho. A tremedeira, instigada pelo pânico, aumentou e seus olhos se encheram de lágrimas que se recusavam a cair, pois ainda se recusavam a acreditar no que tinha sido dito.
― O que... por que? ― Seu tom era hesitante, inseguro, e embora existisse uma parte que acreditasse numa possível mentira, a possibilidade daquilo ser verdade o deixava apavorado. ― Eu não fiz nada de errado! ― balbuciou.
― Por que? ― repetiu o Ancião usando de uma voz desdenhosa. ― Veja só você. ― Olhou o menino de cima a baixo. ― Patético, miserável. Ela se cansou de aturar um bastardo tão imprestável e voltou para casa. ― O velho de cabelo e barba branca sequer esperou para ver o efeito de suas palavras. Ele se virou e partiu, deixando o neto sozinho.
Xiao Bai rastejou de volta para seu quarto, chorando as poucas lágrimas que seu corpo debilitado e desidratado era capaz de produzir. Daquele dia em diante, nunca mais usou o broche.
Niveis do Cultivo: Mundano; Despertar; Virtuoso; Espirituoso; Soberano do Despertar; Monarca Místico; Santo Místico; Sábio Místico; Erudito Místico.
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