Super Gene Chinesa

Volume 8

Capítulo 788: Quem Você Quer Matar?

Han Sen revisou as informações que recebeu da Ji Yanran sobre o Terceiro Santuário de Deus. Os dados detalhavam quais abrigos espirituais eram conhecidos, e o que se sabia sobre eles e seus ocupantes.

Ele leu o material algumas vezes, mas não conseguiu encontrar nada sobre o espírito que tinha levado o rinoceronte branco.

A marca ainda permanecia no centro da testa do Han Sen, e ele se preocupava com a possibilidade de ser teletransportado diretamente para o abrigo daquele espírito ao chegar no Terceiro Santuário de Deus.

Os humanos não tinham controle sobre onde surgiam no Terceiro Santuário de Deus, e não se sabia se esses destinos eram ou não determinados pelos espíritos.

O total de Pontos de Super Gene do Han Sen já tinha alcançado cinquenta e cinco, e não faltava muito para maximizar. Ele precisava começar a se planejar, porque estava se aproximando da ascensão ao Terceiro Santuário de Deus.

— Se eu realmente acabar no abrigo daquele espírito, é melhor obedecer. Só tenho uma vida... — Han Sen disse, destruindo as informações após terminar de lê-las. Depois, continuou refletindo: — Há muitos prós e contras em aceitar o contrato de um espírito. Mas ser contratado por um de nível baixo seria inútil. No entanto, se for um abrigo escudeiro ou cavaleiro, talvez eu consiga escapar e conquistar minha liberdade. Ou até mesmo tomar o abrigo para mim.

Como não tinha ouvido falar de nenhuma Super Criatura adicional na região onde estava, Han Sen decidiu viajar. Escolheu o distante Rio San Dao como seu próximo destino, pois ouviu rumores sobre monstros aterrorizantes habitando aquela região, só teria que atravessar vastas extensões de floresta para chegar lá.

Não havia mais nada em particular que Han Sen desejasse no Segundo Santuário de Deus, então tudo o que queria agora era acelerar a obtenção de Pontos de Super Gene para poder ascender.

Com a Raposa Prateada ao seu lado, Han Sen atravessou as florestas até chegar à região do Rio San Dao. Lá, ele se deparou com um panorama de diversos lagos e rios entrelaçados. Era uma região grandiosa de água doce.

Havia muitas criaturas vivendo ali, das mais variadas espécies e formas. Han Sen estava a caminho do Lago Esmeralda, onde diziam que uma criatura parecida com um dinossauro costumava aparecer. Diziam também que ela cuidava de um filhote.

Após chegar ao local, não demorou para que Han Sen encontrasse um grupo de pessoas lutando. A princípio pensou se tratar de um grupo de caçadores enfrentando as criaturas locais, mas deu uma olhada melhor e percebeu que os humanos estavam tentando matar um único homem.

Embora os atacantes parecessem fortes, o homem que era o alvo da caçada era ainda mais assustador. Cada golpe que ele desferia deixava alguém ferido. Mas, infelizmente, seus inimigos eram numerosos demais. A luta já durava um bom tempo, pois ele estava gravemente ferido e coberto de sangue. Seu estado era deplorável.

— Quem ousar desafiar a Gene Angelical será esfolado vivo! — o líder do grupo gritou, mais uma vez ordenando que matassem o homem.

Os combatentes sob seu comando também não estavam bem. E o rosto do líder estava vermelho de raiva e frustração.

“Gene Angelical?” A mente do Han Sen começou a trabalhar quando ouviu isso.

Certa vez, Han Sen foi atacado por um estranho Asura de chifre ensanguentado, e desde então suspeitava que a Gene Angelical estivesse por trás da tentativa de assassinato. Ele investigou o caso, tentando descobrir quem queria sua morte, mas todas as pistas levaram a um beco sem saída. Agora, tudo parecia ainda mais suspeito.

Mesmo que não fossem eles os responsáveis pelo ataque anterior, Han Sen não gostava da Gene Angelical. E vendo aquele homem sendo cercado por capangas da empresa, teve a impressão de que ele não merecia tal tratamento. Não parecia uma pessoa má. A atitude do grupo da Gene Angelical o incomodava bastante.

Han Sen refletiu sobre o que fazer por um bom tempo antes de tomar uma decisão. Por fim, ordenou que a Raposa Prateada e a fadinha se afastassem dali. Em seguida, invocou sua armadura e assumiu a aparência do Dólar, aproximando-se dos homens da Gene Angelical.

Embora odiasse essas pessoas, ele não podia se dar ao luxo de entrar em conflito com elas com sua identidade verdadeira, considerando sua associação familiar. Por isso, voltou a usar o disfarce de Dólar.

— Isso é um assunto oficial da Gene Angelical. Cai fora! — um dos brutamontes gritou quando Han Sen se aproximou.

Sem dizer nada, Han Sen desferiu seu Soco do Elefante-Disco. O homem foi lançado pelos ares, deixando um rastro de sangue.

Han Sen não era alguém que gostava de matar. O que queria mesmo era salvar o homem e descobrir o motivo de ele estar recebendo tal tratamento. Apesar de desprezar a Gene Angelical, ainda havia a possibilidade de que o sujeito merecesse aquilo.

— É o Dólar! — Assim que Han Sen se aproximou, não demorou para alguém reconhecê-lo. Afinal, ele estava mais famoso do que nunca, porque foi o primeiro a conquistar o título de Filho de Deus no Segundo Santuário de Deus.

— Dólar, a Gene Angelical não tem conflito com você. Por que se opor a nós?! — um dos homens gritou, claramente relutante em entrar em conflito com o lendário Dólar.

Han Sen não respondeu. Apenas correu em frente, e os demais deram passagem para que ele chegasse até o homem ferido, como se estivesse abrindo um mar.

— Amigo, me siga! — Han Sen disse, forçando uma voz mais rouca. Em seguida, virou-se e fugiu do local.

Os capangas da Gene Angelical ficaram furiosos, mas nenhum deles ousou levantar um dedo contra Han Sen, de modo que ele conseguiu levar o homem em segurança para longe dali sem resistência.

Eles claramente teriam reagido se fosse qualquer outro. Mas a reputação do Dólar era alta demais, ao ponto que enfrentá-lo seria pedir para morrer.

— Chefe, tantos de nossos irmãos morreram pelas mãos daquele cara. Agora ele praticamente escapou. Como vamos explicar isso? — um deles perguntou, visivelmente desanimado. Não queria ser punido pelo ocorrido.

— Vamos apenas relatar a verdade. Dólar veio salvá-lo, e não havia nada que pudéssemos fazer. Tenho certeza de que vão entender nosso lado. Afinal, estamos falando do Dólar! — o líder respondeu, com um tom confiante.

Após Han Sen deixar a região e escapar com sucesso, o homem que ele havia resgatado desmaiou e caiu no chão.

Han Sen se agachou para examinar seus ferimentos e ficou surpreso ao ver que o sujeito ainda conseguia lutar, dado o estado grave em que se encontrava. Sua força de vontade para viver e lutar era incrível.

Han Sen aplicou um pouco de medicamento nos ferimentos e o levou para o interior da floresta, onde ninguém poderia observá-los. Afinal, queria conversar com o homem assim que acordasse.

— Foi você quem me salvou? — Quando o homem despertou, não demonstrou choque nem pânico. Seus olhos, claros e brilhantes, encararam Han Sen.

— Mais ou menos — Han Sen respondeu, enquanto o analisava. O homem tinha um rosto de bebê adornado por um bigode. Han Sen não sabia o que estava sentindo, mas tinha certeza de que esse não era o tipo de pessoa que se esquecia facilmente.

— Quem você quer que eu mate? — o homem de rosto infantil perguntou.

— O quê? — Han Sen ficou surpreso com a pergunta, sem saber se tinha escutado direito. Afinal, por que ele perguntaria uma coisa dessas?

— Eu te devo uma vida, e meu talento é tirar vidas. Se quiser que eu mate alguém, farei isso como forma de pagamento pelo favor que me prestou — o homem disse, parando por um instante antes de continuar: — Claro, criaturas também contam nessa equação.

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