Super Gene Chinesa

Volume 8

Capítulo 762: Reivindicando a Fada

Han Sen ficou chocado quando viu a Arcanja segurando a concha em forma de vieira. Ela estava meio aberta, e a fada estava viva dentro dela. Um sopro de ar gélido foi liberado.

A temperatura ao redor caiu abruptamente. Os mosquitos claramente eram vulneráveis ao frio, visto que ficaram atordoados e congelados ao entrarem em contato com o frio.

Com medo do frio, o enxame de mosquitos agora parecia hesitante em continuar a perseguição.

A fada continuou soprando seu ar gélido, repelindo os mosquitos. E lançou um olhar piedoso para Han Sen, enquanto fazia isso.

Ele nunca esperou que a fada possuísse tal qualidade humana, de perdoar rancores passados e estar disposta a trocar sua própria vida pela segurança dele e de seus companheiros.

Han Sen pegou a concha das mãos da Arcanja. A fada ainda estava bastante assustada, então só abria a concha o suficiente para expelir o ar gélido.

Han Sen segurou a concha e continuou caminhando em direção aos insetos. Os mosquitos mantinham distância, e sua aversão ao frio era evidente.

Han Sen usou o Sutra Dongxuan para simular o fluxo de energia da fada. A temperatura do seu corpo caiu e, após isso, os mosquitos o evitaram completamente.

Contudo, não conseguia lançar o ar gélido como um projétil. Se quisesse manter Zhou Yumei viva, teria que continuar usando o poder gélido da fada. Eles prosseguiram sua jornada, mantendo os mosquitos afastados e aumentando a distância entre eles e os insetos sedentos por sangue.

Após alcançarem um ponto fora do campo de visão dos mosquitos, a fada cessou a exalação de ar gélido. Ela já estava gravemente ferida, e o poder que acabou de usar a esgotou. Sua condição parecia mais grave do que nunca.

A fada juntou as mãos diante do rosto, como se estivesse orando para Han Sen. Seu olhar sugeria que ela implorava para ser libertada.

Mas isso não condizia com o desejo de Han Sen. Era difícil conseguir uma Super Criatura de segunda geração, e havia uma Essência de Vida bem diante dele. Talvez até uma Alma de Besta também. Han Sen não estava disposto a deixar uma recompensa dessas escapar.

— Olhe para ela! Parece tão miserável. Por que você não a deixa ir? Afinal, ela acabou de salvar nossas vidas — disse Zhou Yumei, após aplicar algum medicamento nos ferimentos dela. Ela começou a se sentir melhor quase que de imediato, e a coceira diminuiu.

Ao olhar novamente para a fada abatida e apodrecida, sentiu uma grande compaixão. Ela decidiu opinar esperando que Han Sen a deixasse livre.

— Você precisa entender algo aqui: ela te salvou. Não salvou a nós dois! — Han Sen disse. Ele sabia que ainda teria conseguido sair com vida sem a fada. Zhou Yumei teria sido a única vítima, caso não conseguissem escapar por conta própria.

— Mas ela está implorando pela sua misericórdia. Apenas a deixe ir! — Zhou Yumei não ousava ser rude com Han Sen, mas se sentia obrigada a ao menos apoiar a fada, depois do que ela tinha feito.

— Mulheres são tão cabeça dura. Sim, você está certa; essa criaturinha realmente parece miserável. É até bonita. Mas isso é o que você vê por fora. Por dentro, ela pode estar planejando um jeito cruel de se vingar. Vingança está na natureza dela. Agora que está em apuros, espancada e exausta, finge essa aparência de tristeza e implora por perdão só para ser libertada. E quando estiver curada, pode muito bem voltar para me atacar novamente — Han Sen ignorou o apelo da Zhou Yumei e continuou encarando a fada dentro da concha.

Neste momento, o cabelo da fada começou a secar. Seu corpo estava apodrecido e suas asas, desprovidas de energia. Ela continuou olhando para Han Sen com um olhar suplicante.

— Se eu deixar você ir, vai voltar para se vingar? — Han Sen perguntou, olhando para a fada.

A fada se comportou como se entendesse o que ele dizia, e negou com a cabeça vigorosamente.

— Sério? — Han Sen perguntou, com um tom mais sério.

A fada continuou balançando a cabeça, parecendo sincera.

— Tudo bem, então. Saia daí. Vamos esquecer o que aconteceu no passado. Mas nem pense em fazer isso de novo, porque não vou perdoar outra vez —Han Sen disse para a fada.

A fada parecia ser bem inteligente, visto que abriu a concha e voou para fora depois que ele terminou de falar. Em seguida, pousou na palma da mão dele.

Han Sen a segurou ali e sorriu por dentro. Um sorriso diabólico adornou seus lábios, enquanto pensava: “Ah, Fadinha... agora você está nas minhas mãos, e eu vou acabar com você.”

Han Sen nunca pensou que a fada, antes vingativa e enlouquecida, seria tão fácil de enganar. Parecia que ela acreditou em cada palavra dele sem questionar. E agora permitia que ele a segurasse. Mal sabia ela que ele planejava pôr fim nessa trégua.

A fada permanecia desprevenida, deixando Han Sen segurá-la, alheia ao olhar assassino dele. Sem sombra de dúvida, confiava completamente na promessa do Han Sen de não a matar. Sua postura calma e relaxada na mão dele refletia isso.

Seus braços brancos e lisos seguravam os dedos do Han Sen, e ela esfregava a cabeça neles. Parecia tão indefesa e apontava para seus ferimentos, como se estivesse pedindo que ele a curasse.

“Ah, fadinha... como ousa me pedir ajuda para se recuperar? Deve estar sonhando!” Han Sen, segurando a fada no lugar, planejava usar o Soco Trovejante Sônico nela. Com o estado lamentável do corpo dela, ele não acreditava que ela resistiria a mais um golpe daqueles. Mesmo que não a matasse, certamente tiraria metade da sua vida. Ou metade do que restava, pelo menos.

Em seguida, Han Sen canalizou os elementos de raio e som, sem que ninguém percebesse. Logo lançaria o Soco Trovejante Sônico e aniquilaria a fada de uma vez por todas.

Mas ao ver a fada indefesa apertar seus dedos com força, com aqueles olhos de cachorrinho pidão, Han Sen não conseguiu fazer isso.

“Não. Não posso deixar que a aparência da fada me engane. Ela é um demônio vingativo e não posso permitir que viva. Preciso acabar com ela!” Han Sen começou cruelmente a conjurar o Soco Trovejante Sônico.

Mas parou... pouco depois de começar.

— Arcanja! — Han Sen chamou a Arcanja.

A Arcanja, com a espada grande nas mãos, aproximou-se de Han Sen sem demonstrar emoções. Ele olhou para a fada na mão, depois para a Arcanja. Suspirando, mandou a Arcanja embora de novo.

Han Sen ainda não conseguia matá-la, pois não era um assassino. Seu coração era sensível e fraco diante daqueles que necessitavam de ajuda. A fada parecia tão humana e tinha feito o possível para ajudar contra os mosquitos. Agora que estava na sua mão, ele não conseguia matar algo tão indefeso.

— Vai me obedecer daqui pra frente? — Han Sen segurou a fada na mão e lançou um olhar tão afiado quanto uma lâmina.

A fada assentiu. Segurou os dedos do Han Sen e os beijou com seus lábios vermelhos. Depois voltou a encarar com olhos suplicantes.

— Se é assim, vou acreditar em você uma vez. Isso é uma oportunidade única na vida. Não me decepcione, ou então, não terei misericórdia — Han Sen suspirou, relaxou a mão e deixou que a fada se sentasse na sua palma.

A fada bateu suas asas de borboleta e voou alguns círculos ao redor dele. Parecia radiante de felicidade, mas seu estado de fraqueza era evidente. Logo, caiu de volta na mão dele.

Embora Han Sen estivesse disposto a curá-la, ainda não confiava nela completamente. Secretamente, observava cada um de seus movimentos. Se ela fizesse algo suspeito, não hesitaria em mandar a Arcanja matá-la.

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