Super Gene Chinesa

Volume 8

Capítulo 749: Relíquias

O pergaminho de couro que Han Sen estava lendo dizia que, para iniciar a prática do Pulso de Sangue, era necessário possuir uma relíquia do Pulso de Sangue. Só seria possível começar de fato a aprender a técnica ao obter uma dessas relíquias. Tentar praticá-la antes de conseguir uma dessas relíquias seria pura perda de tempo.

Han Sen continuou investigando cada vez mais sobre a Legião de Sangue e encontrou algumas informações sobre essas relíquias. Infelizmente, ninguém sabia ao certo o que elas realmente eram. Tudo que se dizia era que as relíquias da Legião de Sangue eram presentes concedidos aos humanos pelo Deus de Sangue. Normalmente, essas relíquias eram passadas de geração em geração entre as famílias devotas à Legião. Estranhos jamais tinham acesso a elas, e nem mesmo membros de baixo escalão da seita podiam vê-las. Eram reservadas apenas aos membros de alto escalão da Legião de Sangue.

Embora Han Sen quisesse muito garantir uma vantagem para seu futuro filho, ele não fazia ideia de onde encontrar uma relíquia dessas. E, sendo honesto consigo mesmo, nem sabia se aquela exigência escrita no pergaminho era verdadeira. Parecia algo duvidoso demais para ele.

Depois de tomar banho, Han Sen pensou em comer alguma coisa. Mas ouviu batidas na porta antes de sair. Era Ji Yanran.

— Minha capitã, como conseguiu tempo na agenda para visitar meu humilde quarto? — Han Sen brincou, sorrindo.

Contudo, Ji Yanran parecia estranha nesse dia. E não parecia nem um pouco no clima para brincadeiras. Ela o olhou de um jeito esquisito, como se quisesse dizer algo, mas algo a impedia.

— Yanran, o que aconteceu? — Han Sen raramente via Ji Yanran daquele jeito, e isso o deixou preocupado. Imediatamente segurou sua mão e a puxou para perto.

— O que foi, meu amor? Não me assusta assim... — ele falou com aflição, já que nunca viu essa expressão no rosto dela.

Ji Yanran cerrou os dentes. Depois do apelo do Han Sen, ela se virou e disse, com uma voz baixa e tensa como um mosquito: — Meu avô quer te ver...

A voz dela sumiu no final da frase, como se tivesse apertado um botão de mudo. Seu rosto ficou vermelho, como se estivesse pegando fogo.

— Seu avô? Por que ele quer me ver? — Han Sen ficou surpreso.

— Nada demais. Tudo bem se não quiser ir. Nesse caso, vou voltar! — Ji Yanran respondeu com pressa, virando-se e saindo correndo, sem olhar para trás.

Han Sen ficou parado, estarrecido, sem conseguir processar o que tinha acabado de acontecer.

— O que está acontecendo? O avô dela quer me conhecer? O avô dela é um dos poucos Semideuses! Por que ele quer me ver? Seria por causa da Essência de Vida ou por causa do meu anjinho? — Han Sen se perguntou, enquanto tentava correr atrás da Ji Yanran. Mas ela já estava longe, de modo que ele não conseguiu mais alcançar, depois que ela virou um corredor.

— Dá até pena da Ji Yanran, namorando um idiota como você! — disse Annie, que estava parada na porta, olhando friamente para Han Sen.

— Como é? — Han Sen franziu a testa, devolvendo o olhar.

— Como assim "como é"? Você é homem, e ela é uma mulher de verdade. Está com você esse tempo todo e até agora nada de pedido de casamento. Como ela vai explicar isso pra família? — Annie rebateu com frieza.

O rosto do Han Sen corou. Ele até abriu a boca para responder, mas nenhuma palavra saiu.

— Ou está esperando que ela te peça em casamento? — Annie falou com frieza.

— O avô dela quer conversar comigo sobre casamento? — Han Sen perguntou, estarrecido. Ele realmente não tinha experiência com esse tipo de coisa.

— Conversar sobre casamento? Ele vai te matar! — disse Annie, olhando para Han Sen como se ele fosse um completo idiota.

— Annie, você sabe que eu não manjo dessas coisas... Me dá uma força! Prometo que vou te retribuir! — implorou Han Sen, desesperado por orientação.

Annie até parecia mais calma, mas ainda falou friamente: — Se continuar com a Ji Yanran desse jeito, sem mostrar nenhum sinal de compromisso, não vai ser só os velhos tradicionais que não vão com a sua cara. Nem eu vou conseguir te aturar. Se você quer mesmo ficar com a Yanran, então no mínimo fique noivo. Isso já seria um sinal para a família dela. Já parou pra pensar na pressão que ela vem enfrentando por sua causa? Ainda mais sendo de uma família como a dela?

— Foi negligência minha... — Han Sen respondeu rapidamente.

— O senhor Ji ama muito os filhos, e é um cara bem tradicional. Se for encontrá-lo, é melhor já ir preparado para propor o noivado. Se enrolar ou falar besteira, ele te mata! — Annie falou com seriedade.

Ela fez uma pausa e completou: — Mas antes disso, você tem que pedir a Ji Yanran em casamento. Se não pretende fazer isso agora, então não tem motivo para visitar a família dela.

Depois disso, Annie virou as costas e foi embora, ignorando completamente Han Sen.

Ele ficou tenso. Até então, seu relacionamento com Ji Yanran tinha sido leve, sem preocupações. Nunca tinha parado pra pensar seriamente no futuro, nem em como tudo terminaria.

Até pensava nessas coisas de vez em quando, mas achava que ainda era cedo. Queria primeiro terminar seu serviço militar. Nunca tinha considerado de verdade a pressão que Ji Yanran podia estar sofrendo com a família.

— A culpa é toda minha. — Han Sen se culpou.

Ele realmente queria viver e ficar com Ji Yanran. Havia muitas garotas bonitas, mas estar com alguém com quem você podia ser você mesmo, com quem o silêncio não era desconfortável... poucas pessoas proporcionavam isso.

Às vezes, só um olhar ou um gesto já bastava para saber o que o outro estava pensando.

Han Sen gostava muito da Ji Yanran e sabia que o sentimento era recíproco. E não havia nada de errado nisso.

Han Sen tinha certeza de que queria se casar com ela. Mesmo que a família Ji não aprovasse, ele ainda daria um jeito de se casar com ela.

— Uma mulher dessas... Tenho que colocar meu nome nela antes que outro coloque. — Han Sen coçou o queixo, pensando em como fazer o pedido.

Mas esse pedido de casamento não seria só entre os dois. Precisavam do apoio dos pais. Han Sen teria que conversar com Luo Sulan.

Como não sabia bem como lidar com isso, Han Sen ligou para sua mãe e contou que queria ficar noivo da Ji Yanran.

Ele já falou sobre Ji Yanran com sua mãe antes, então não foi surpresa nenhuma para ela.

Luo Sulan ouviu tudo e ficou em silêncio por um momento, por fim, falando: — Tem certeza de que é essa a mulher que você quer?

— Sim. Quero me casar com ela! — Han Sen respondeu, convicto.

— Então marque uma data para conversar com os pais dela. Resolva isso de uma vez — Luo Sulan falou com um sorriso.

— Obrigado, mãe! — disse Han Sen, muito feliz. Apesar de Luo Sulan nunca ter conhecido Ji Yanran, ela aceitou na hora. Era realmente uma mulher compreensiva.

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