Super Gene Chinesa

Volume 8

Capítulo 748: Trapaceiro de Segunda Geração

Sem ter outra escolha, Han Sen levou rapidamente Zhou Yumei de volta ao abrigo.

Embora a Arcanja conseguisse distrair a fada maníaca, a criatura não lhes daria um segundo de descanso caso tentassem continuar a viagem sendo perseguidos. E como essa era uma jornada que exigiria paradas, não dava para prosseguir com a fada logo atrás. Além disso, Han Sen agora era responsável pela vida da Zhou Yumei, então precisava se preocupar com ela também.

Por isso, decidiu voltar ao abrigo e elaborar um plano; seja para matar a fada ou pelo menos despistá-la. Se não resolvessem isso, jamais conseguiriam sair dali.

Após alguns dias, Han Sen já tinha pensado em várias formas de lutar contra a fada. Mas se não pudesse matá-la, também não conseguiria se livrar dela.

“Essa coisa quer mesmo lutar até a morte comigo?”, pensou Han Sen, achando a situação um tanto absurda.

Felizmente, a fada não ousava entrar no abrigo. Por isso, decidiu ficar por lá por mais tempo e ver se ela desistiria no fim. Por mais que o odiasse, ela não poderia vigiar esse lugar para sempre.

Mas não tinha muito o que fazer dentro do abrigo, então Han Sen voltou à Aliança e começou a pesquisar o pedaço de couro e sua escritura. Queria descobrir qualquer informação possível sobre o Pulso de Sangue no exército.

Han Sen já tinha visto o Pulso de Sangue da Legião de Sangue antes, e aquilo parecia mais uma doutrina religiosa cheia de mitos e lendas. Nunca tinha ouvido falar de ensinarem habilidades por meio dela. Mas o Pulso de Sangue que ele possuía agora era completamente diferente.

— O que será que isso significa? — Han Sen ficou remoendo essa dúvida por um tempo, até decidir perguntar para Qin Xuan. Queria saber se tinha alguém chamado Qin Huaizhen na sétima equipe do Serviço Secreto.

Depois de pensar e hesitar um pouco, Han Sen entrou em contato com ela e disse: — Capitã Qin, lembro que você comentou certa vez que tinha um parente no Serviço Secreto.

— Sim, e o que tem? — Qin Xuan pareceu um pouco confusa com a pergunta.

— Recentemente ouvi falar de um homem chamado Qin Huaizhen. Esse nome é familiar? — perguntou Han Sen.

Qin Xuan assentiu e respondeu: — Sim, havia um Qin Huaizhen na nossa família. Mas por que está perguntando isso? Quem mencionou esse nome?

"Esta obra é traduzida e postada na novel mania."

— Estava a caminho do Abrigo do Cristal Azul quando encontrei um senhor que dizia ser amigo de Qin Huaizhen. Ele contou que costumavam viajar juntos no Segundo Santuário de Deus, e que seu último contato com ele foi numa expedição ao Deserto Negro. Depois disso, nunca mais teve notícias. Achei que deveria comentar com você! — explicou Han Sen.

Qin Xuan soltou uma risada e disse: — Você deve ter caído numa história inventada! De fato, tivemos um parente chamado Qin Huaizhen, e ele foi membro da sétima equipe do Serviço Secreto. Provavelmente foi um dos primeiros a pisar nesse mundo. Mas morreu pouco depois de retornar. Como poderia ter morrido naquele mundo? E como poderia ser no Segundo Santuário de Deus? Na época, os santuários tinham acabado de ser descobertos. Nem se sabia da existência de níveis diferentes entre eles.

Han Sen ficou paralisado por um instante, porque nunca tinha pensado nisso antes. Quando Han Jingzhi entrou, os santuários ainda eram novidade. Nem mesmo ele saberia sobre os níveis diferentes. E, mesmo que soubesse, não teria estado lá tempo suficiente, muito menos alcançado o Segundo Santuário de Deus.

Após retornar dos santuários, as pessoas morreram uma a uma. Não voltaram mais para lá, então era impossível morrerem de novo dentro deles. Muito menos no Segundo Santuário.

Mas isso só tornou tudo ainda mais confuso para Han Sen.

“Se aquele homem não era Qin Huaizhen, então quem era ele? E por que tinha a licença de trabalho do Qin Huaizhen?”

— Hmm... então fui enganado. Peço desculpas! — Han Sen tossiu, tentando encerrar o assunto.

— E onde você está agora? — Qin Xuan sorriu, sem pressionar mais.

— Ainda estou no Deserto Negro — respondeu Han Sen, sem coragem de contar que tinha encontrado o corpo daquele homem. Se não fosse Qin Huaizhen, isso só confundiria ainda mais.

Depois que encerrou a conversa com Qin Xuan, Han Sen se viu diante de um enigma difícil. Descobrir a identidade daquele homem seria complicado, e entender o que aconteceu ali parecia ainda mais impossível.

Porém, Han Sen não era alguém obcecado pela verdade. Se o quebra-cabeça ficasse complicado demais, preferia deixá-lo de lado do que continuar se frustrando.

Han Sen também não pretendia aprender o Pulso de Sangue. Afinal, seu Sutra Dongxuan era uma das melhores artes de Qigong existentes. Não queria perder tempo com algo novo que talvez nem trouxesse benefícios.

Ele estava estudando o Pulso de Sangue apenas para ver se havia algo especial nele.

Mas, com o tempo, Han Sen começou a perceber que o Pulso de Sangue tinha uma profundidade ainda maior do que a Pele de Jade.

Embora ele só tivesse desbloqueado um nível, a Pele de Jade possuía nove níveis no total.

O Sutra Dongxuan possuía dez níveis.

E o Pulso de Sangue também tinha dez níveis possíveis de desbloqueio, colocando-o no mesmo patamar do Sutra Dongxuan.

Durante suas pesquisas, Han Sen descobriu uma função no Pulso de Sangue que achou particularmente impressionante.

Praticar o Pulso de Sangue permitia ampliar os poderes adquiridos, e esses poderes também se tornavam genéticos; ou seja, poderiam ser transmitidos aos filhos no nascimento.

Falando de forma mais científica, ao praticar o Pulso de Sangue, ele passaria a fazer parte do seu código genético. A geração seguinte herdaria essas habilidades naturalmente ao nascer.

Era um pensamento assustador. A tecnologia humana tinha avançado ao ponto de modificar genes e curar doenças genéticas hereditárias. Mas transmitir habilidades por herança genética era algo considerado impossível.

Os genes humanos mudavam após algumas ou dezenas de gerações, algo conhecido como evolução.

Esse tipo de evolução era lento, mas os resultados ficaram mais evidentes com a descoberta dos Santuários de Deus. Cada nova geração dos habitantes dos santuários já nascia com níveis maiores de aptidão física.

Esses aumentos não eram gigantescos. E só se tornavam visíveis depois de várias gerações. Mas aprender o Pulso de Sangue e transformá-lo num dom genético natural para os filhos era um feito realmente chocante.

Esse tipo de poder era mais assustador do que uma simples modificação genética. Os herdeiros dessa técnica poderiam ser considerados verdadeiros trapaceiros. Para quem nascesse com esse talento, seria uma vantagem absurda desde o primeiro dia de vida.

Era como estar várias gerações à frente dos demais.

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