Volume 1
Capítulo 10: Repaginadas
O homem ao ver toda situação, apenas pediu para entrarem de volta na cabana.
Ao entrarem, cada um dos quatro sentou em uma das cadeiras empoeiradas e surradas.
Dentro da cabana, ele compartilhou sua história. Bem, tudo que podia revelar; ele não era o pai biológico de Astrid, na verdade, a havia adotado quando a encontrou abandonada mais ao norte de Estudenfel. Seu retorno à cabana foi motivado pelas ações repugnantes do reino ao qual servia.
— E qual seu nome? — perguntou Alaric, ainda na defensiva. Estava sentado na cadeira à frente do homem.
— Meu nome é Aldebaram, Ex-soldado real de Astot — ele disse isso claramente abatido. Mantinha o braço esquerdo em cima da mesa, enquanto o outro braço usava para gesticular.
Alaric percebeu o abatimento do guerreiro, mas decidiu não se intrometer. Gideon sentado em uma cadeira, próximo ao seu avô, colocou a mão na testa do ancião.
— Alaric! — gritou Gideon desesperado. — O vovô está queimando!
Ele olhava para Alaric com os olhos azuis arregalados.
Alaric e Aldebaram, levantaram-se das cadeiras e foram em direção ao Dolbrian. O guerreiro colocou a mão em sua testa e confirmou as notícias de Gideon.
— Escutem, vocês dois. — Aldebaram olhou os dois de cima a baixo. — Não sei o motivo de estarem aqui, mas pela situação… De suas roupas e tantos ferimentos, imagino que seja sério.
Gideon abaixou a cabeça e respondeu:
— Sim...
Aldebaram olhou para sua filha adotiva. Que assentiu com a cabeça, o fazendo no mesmo instante aceitar ajudar os garotos. Assim, pediu para os jovens, mesmo cansados depois de tanta luta, caçarem lobos ou ursos para fazer roupas quentes para eles próprios. Já que ali estava muito frio.
Os dois aceitaram, obviamente pedindo para o guerreiro ajudar seu avô. Após confirmarem, partiram na caçada. Astrid ficou na cabana para ajudar Aldebaram.
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"Eu matei um homem na batalha… Eu sou um assassino?" se questionou mentalmente Gideon, enquanto caminhava ao lado de seu irmão, em busca dos animais.
— Alaric... — Ele olhou para seu irmão. — Somos assassinos, por matar tantos soldados?
— Era eles ou nós, Gideon. Era uma guerra.
— Mas você mesmo matou tantos, eles tinham família Alaric!
— A sério? Bom, os soldados que foram cruelmente massacrados ao nosso lado também tinham.
— Mas-
— Gideon, em uma batalha — Alaric falava de uma forma calma e inexpressiva. — Mortes ocorrem, não tem o que fazer.
Ele falava tudo isso com naturalidade e sempre neutro, mas as próximas palavras de Gideon, mudaram um pouco o cenário.
— Então você não sente nada por ter matado Galdric? — foi uma fala inocente, sem qualquer intenção de atacar seu irmão.
Após ouvir isso, Alaric parou e colocou a mão no ombro de Gideon.
— Gideon, olhe em meus olhos…
Gideon sem entender olhou e ao olhar viu algo horrível; uma expressão monstruosa, mas ao mesmo tempo triste.
— Ala- — Ele foi interrompido.
— Nunca mais fale o que você falou, Gideon.
Gideon deu um tapa na mão de Alaric, ainda no seu ombro, e o empurrou para trás.
— Eu queria… que você sentisse a mesma coisa! Por todas as vidas que você tirou!
— Quer que eu chore por cada pobre alma que envio para o inferno? Me poupe Gideon. — Após a morte de Galdric por suas mãos, ele começou a não se importar com a vida de seus inimigos, mas ainda se culpava muito pela morte de seu mestre.
Um vulto passou entre as árvores locais, assustando Gideon.
— Satisfeito? — Alaric olhou para Gideon irritado. — Sua falação, provavelmente chamou a atenção dos lobos da região.
Logo, já se pôs em guarda.
Eles estavam em uma estrada de terra compactada, formada pela passagem de caçadores e outros seres, no local.
— Desculpe. — Gideon foi para trás de Alaric — Bom, pelo menos os lobos vieram até nós.
Logo, ele também se pôs em guarda.
Os vultos ficavam cada vez mais frequentes, entre as árvores, através dos arbustos.
Espadas de luz, apareçam — após proferir essas palavras nada ocorreu. — Aí! Meu peito dói!
Alaric caiu de joelhos, após os gemidos de dor intensa.
— Alaric? — Gideon ficou preocupado e se aproximou rapidamente de seu irmão, colocando a mão em suas costas — O que ouve!?
— Não sei. — Alaric colocava as mãos em seu peito. — As espadas não apareceram e meu peito começou a latejar.
Gideon, logo já entendeu a situação.
— São espadas mágicas Alaric, provavelmente sua mana esgotou, com a luta de mais cedo. — Gideon sabia disso, pois tinha tido um breve estudo com seu avô sobre magia, e à alguns dias atrás havia lido um livro sobre algumas questões mágicas.
Sob o peso do estresse, Alaric desferiu golpes contra o chão. Antevendo que seu irmão ficaria incapacitado, Gideon adotou uma postura de combate, empunhando a espada e posicionando-se como um escudo humano para proteger Alaric. Apesar de confrontos prévios nos dias anteriores, Gideon ainda carecia de experiência.
Os vultos cessaram subitamente, um silêncio pesado e denso tomou o local. As folhas das árvores balançavam conforme o leve vento gelado, a neve caía, a respiração dos dois desregulada. Mesmo sob a luz lunar brilhante, a noite espalhava uma escuridão profunda pela região.
Como um espírito maligno emergindo de repente, um lobo surgiu na estrada à frente dos dois, seguido rapidamente por mais dois. Eram monstros enormes, de presas imensas, uma mordida e dilacerava qualquer ser. Um dos lobos exibia uma pelagem completamente branca, enquanto os outros dois eram de um tom marrom ameaçador.
Gideon fitava intensamente as criaturas, desafiando-as com seu olhar. Os lobos, por sua vez, respondiam ao desafio, e o tempo parecia desacelerar. Uma folha, iniciando sua queda de uma árvore, conduzia consigo uma atmosfera de suspense, conforme o tempo se estirava a cada centímetro em direção ao chão. Todos mantinham uma concentração palpável. No momento em que a folha tocou o solo, os lobos avançaram impiedosamente.
— Cuidado Gi! — Alaric gritou desesperado ainda no chão ajoelhado.
O lobo branco claramente tinha velocidade superior aos demais, chegou primeiro, e Gideon instintivamente desviou. Fazendo o lobo passar ao seu lado, o animal mesmo sofrendo a esquiva tentou o acertar e obteve sucesso. As garras enormes do lobo abriram um talho em seu braço esquerdo.
Após o golpe, Gideon foi arremessado para longe, chocando-se contra uma árvore e desmaiando. Os outros dois lobos aproximaram-se de seu corpo imóvel no chão.
— Gideon!!! — Alaric estava desesperado, de novo vivendo a mesma situação, observando imóvel seu irmão prestes a ser morto. — Maldição!!
Seus gritos foram ouvidos por alguém… O vento começava a soprar ao norte, e a noite que outrora estava tomada pela densa escuridão, deu lugar ao brilho intenso da lua. Com isso, algo veio à mente de Alaric, eram palavras, palavras que ele nunca havia ouvido antes, mas por algum motivo ele sabia o que precisava… recitar.
— Pela lua que ilumina o céu, pelo vento que sopra ao norte, ó deusa da noite, Luna, te peço com toda minha alma; venha em meu socorro e em socorro de meu irmão…!
O vento se intensificou ao ponto de árvores mais podres à volta desabarem. Um feixe da luz lunar caiu sobre Alaric, era uma luz poderosa, junto a ela, palavras divinas soaram:
— Oh, meu filho, venho em teu socorro. Pois teu pedido é do fundo de tua alma.
Uma mulher desceu dos céus. Uma deusa inexplicável, sua pele brilhava como a lua, seus cabelos eram escuros como céu, estrelas eram espalhadas por teu corpo, seu olhar era de uma caçadora e sua imponência era a de uma deusa. Dessa vez Alaric não desmaiou, surpreendendo a divindade.
— Meu filho. — Luna colocou a mão sobre os cabelos vermelhos de Alaric. — Vejo que ficaste forte desde nosso último encontro.
"Porque eu me sinto tão bem com o toque dela? É como uma mãe..." pensou Alaric.
— Venha jovem — uma luz começou a emanar das mãos da deusa, essa luz começou a tomar a forma de um arco, ao terminar de criar o arco. Ela o entregou nas mãos de Alaric —, e tome as rédeas de teu destino
Analisando o arco em suas mãos, questionou:
— O arco de Ártemis?
— Como sabes que arco é este e como sabes quem és, Ártemis? — perguntou a deusa perplexa.
Olhando nos olhos da deusa, ele respondeu:
— Não sei, só senti isso. — Seus olhos mudavam, evocando o fatídico dia da morte de Galdric. Suas íris gradualmente tomavam a cor branca fraca, irradiando brilho — E as palavras e respostas vieram à minha mente.
"Óbvio que tu sabes de tudo isso, meu Jovem", pensou Luna, com a mão em seu queixo. Ao observar os olhos de Alaric, sorriu.
Alaric concentrava sua energia, fazendo com que o arco brilhasse intensamente, enquanto uma flecha se materializa. Um poder imenso se acumulava na ponta da flecha, e o garoto encarava os lobos à frente dele com frieza. Seus cabelos vermelhos se agitavam, enquanto uma aura divina irradiava dele.
"Ala… ric, sua dualidade humana e divina", pensou a deusa, enquanto ainda sorria e observava a aura divina irradiando dele.
Alaric soltou a flecha, que cortava o ar em direção a um dos lobos. Contudo, sua tentativa inicial parecia ineficaz, pois, ao atingir um lobo, os outros se preparavam para atacar Gideon. Movido pela determinação de acertar ambos, a flecha se dividiu em três, atingindo os três lobos com incrível velocidade simultaneamente.
Os lobos marrons morreram instantaneamente, o lobo branco continuou vivo agonizando. Luna, caminhou até ele, abaixou-se, colocou a mão em sua cabeça e disse:
— Ó, ser forjado por meu amigo divino, que agora repousa entre as estrelas. Descansa eternamente ao lado dele, nos recantos celestiais do paraíso — com tais palavras, o lobo parou de gemer e morreu, uma expressão tranquila adornava seu rosto.
Luna pegou Gideon no colo e o levou até Alaric. Entregando o garoto em seus braços, tomando o arco das mãos de Alaric no processo.
— Deusa… poderia me dar algumas respostas? — perguntou Alaric, que tinha tantas dúvidas em mente.
— Ó, meu filho, ainda possuo tempo, porém apresse-se, pois a barreira em breve se cerrará.
Alaric com um tom apreensivo em sua voz, perguntou: — Galdric está bem?
— Ó, meu filho, teu amigo está em paz. Ele repousa no que os mortais chamam de paraíso, e eu mesma o conduzi pessoalmente até lá. — respondeu a deusa, como sempre benevolente.
Alaric sorriu com a notícia.
— Bom, é… e porque todo esse carinho comigo e Gideon? Eu sei que você é uma deusa, mas parece ter mais que só isso. — Alaric questionava, ele nunca entendeu o porquê da deusa sempre ajudar eles.
— Bom, isso é porque-
A deusa foi interrompida, ela começou a levitar e ser levada em direção aos céus.
— Espere! E minha família!? — gritou Alaric, querendo a resposta desesperadamente.
— Você é filho de R- — Luna não completou a frase e desapareceu em meio aos céus.
Alaric ficou sem muitas respostas e com muitas novas questões, mas com uma certeza reconfortante, Galdric estava bem. Ele chorava ao pensar nisso, mas era um choro de felicidade e alívio.
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Voltando ao presente. Alaric e Gideon, ainda caminham em direção à cabana.
— Você acabou ficando conhecido como “Lobo Branco” por caçar e capturar alguns bandidos, vestindo a pele do lobo — falou Gideon, admirado e com um pouquinho de inveja de seu irmão.
— Haha! verdade Gi, não vou mentir, eu gosto de ser chamado assim — Alaric ria, enquanto falava isso, sentindo-se respeitado pelo seu novo título.
Os dois caminhavam para a cabana com as lenhas em mãos, enquanto continuavam a lembrar de toda a sua jornada.
Chegando próximo à cabana, avistaram Aldebaram com um cervo em suas costas. Provavelmente o mesmo acabava de caçar.
— Aldebaram! — gritou Gideon, acenando.
Ao ouvir os chamados, Aldebaram acenou de volta, chamando-os para entrar na cabana.
— Vejo que caçou um grande cervo, Aldebaram — pontuou Alaric impressionado, enquanto colocava a lenha no chão de madeira envelhecido da cabana.
— Sim. — Aldebaram olhou para Gideon. — Que dure uma semana pelo menos.
— Ei! Porque tá me olhando, enquanto fala isso? — questionou Gideon, com as lenhas nas mãos ainda.
— Porque será irmãozinho? — Alaric ironizava e caçoava de Gideon.
De repente alguém apareceu pelas costas de Gideon, colocando a mão em seus ombros.
— Ah, Gideon, você sempre foi um esfomeado, desde bebê.
— Vovô! — Gideon soltou as madeiras e o abraçou forte.
O ancião havia se curado de seus ferimentos uma semana após chegarem à cabana, mas Gideon sempre que o via, fazia questão de o abraçar como na primeira vez.
— Vo-vocês aí, vão tomar ba-banho! — Astrid falava irritada, pois os três Gideon, Alaric e Aldebaram estavam sujando a cabana que ela havia acabado de limpar.
— Eu estou limpinho, poxa — disse Aldebaram, sorrindo com uma mão na cabeça e outra na cintura.
— Não está não pai. — Com os braços cruzados, ela o olhou de cima a baixo. — Suas roupas estão todas ensanguentadas!
— Banho!? Nesse frio? — questionou Alaric, não querendo fazer.
— Vamos logo, seu nojento. — Gideon saiu puxando Alaric pelo braço.
— I-isso, vão logo. — Ela virou seu olhar para o ancião, com uma expressão séria. — Dolbrian irá preparar um assado delicioso.
Ele entendeu o recado.
— Vamos logo, Gideon! — exclamou Alaric, que ao ouvir sobre o assado, mudou de ideia bem rápido sobre o banho.
Os três desceram, em direção a um riacho. Que nascia do topo da montanha, graças à grande quantidade de neve que derretia por lá.
Graças a isso a água era extremamente fria. Ao chegarem à margem do riacho, viram animais bebendo água, que logo ao notarem a presença humana fugiram.
Aldebaram rapidamente tirou toda a roupa e pulou na água.
— Venham garotos, quanto mais pensam, menos coragem terão — falou Aldebaram, olhando para os jovens, que ainda tentavam reunir coragem.
“Lá vou eu!” pensou Gideon, que começou a correr e pulou na água.
— Vem, Alaric!
— O que? O grande “Lobo branco” tem medo de uma aguinha? — Aldebaram tirava sarro de Alaric, obviamente provocando seu ego.
“Ei… A mais a água está tão gelada minha deusa… Seja corajoso Alaric, vamos…3,2,1”, ao final da contagem mental, Alaric avançou em direção a água, pulando ao chegar próximo a margem.
— Aaaaaaaaaaa!!!! — gritava Alaric, ao sentir a água congelante tocar sua pele.
— Hahaha! Não te vi gritar assim, nem quando levou aqueles golpes dos irmãos magos — Gideon gargalhava enquanto falava.
Alaric olhou para seu irmão, com uma expressão indignada.
— Vocês dois aí homenzinhos, vamos rápido, pois Jajá escurece e as damas irão ficar com medo hahaha! — disse Aldebaram, tirando sarro dos dois.
As três se limparam e também limparam suas roupas, utilizando um sabão feito a partir da gordura dos animais caçados.
Ao terminarem voltam à cabana. Chegando próximo, viram Astrid acenando. Logo eles correram, ao se aproximarem já começaram a sentir o cheiro de carne assada.
— Antes de comerem — falou Astrid, olhando para baixo com as mãos juntas —, vistam as roupas que eu re-costurei.
Ela vivia tendo que re-costurar as roupas deles, pois nunca paravam e viviam às rasgando.
Eles vestiram as roupas.
— O que acha? — perguntou Gideon.
Ele vestia um manto robusto de pele de lobo, com a pelagem marrom e macia envolvendo seus ombros. A peça era adornada com detalhes cuidadosamente costurados com detalhes fofos, ressaltando a figura adorável e amável de Gideon. O tecido era resistente, protegendo-o das intempéries, enquanto adicionava um toque de selvageria e bondade à sua presença.
Por baixo do manto de pele de lobo, Gideon usava roupas funcionais, adaptadas para a vida nas montanhas. Vestia uma calça marrom resistente feita de um tecido durável que oferecia proteção contra rasgos e arranhões. A camisa na cor azul marinho fina e braceletes de couro.
Seus pés eram adornados com um par de botas de couro, feitas a partir da pele de um cervo da montanha. O conjunto inteiro contrastava bem com seus cabelos brancos e olhos azuis.
Astrid entrelaçando os dedos nervosamente, falou:
— Você es-está li-lindo. — As bochechas coradas denunciavam a vergonha.
— O-obrigado — gaguejou ao falar, ficando todo vermelho.
— Aham! — Alaric interrompeu os dois forçando uma tosse. — E, eu?
O manto de Alaric era igualmente impressionante, com a pele do lobo branco envolvendo-o de maneira majestosa. Cada detalhe mostrava habilidade na confecção, revelando uma vestimenta que combinava estilo e funcionalidade. As roupas refletiam não apenas a estética do "Lobo Branco", mas também a destreza de Astrid como costureira.
Por baixo do majestoso manto de pele de lobo, Alaric tinha a vestimenta parecida com a de seu irmão, com a única diferença de sua camisa ser branca e braceletes de aço.
— Está lindo irmão.
— Estiloso, garoto. Não esqueçam dos equipamentos — chamou a atenção, Aldebaram.
Além de todas as roupas, suas cinturas ostentavam cintos largos que suportavam facas e outros equipamentos essenciais, enquanto capuzes ajustáveis fornecem proteção adicional contra o vento cortante das montanhas. Essas peças, embora menos visíveis sob os mantos de lobo, eram essenciais para garantir conforto e funcionalidade durante as atividades diárias.
— Tome, Gideon. — Astrid entregou uma bainha feita a mão com detalhes encravados e seu nome “Gideon” costurado.
— Astrid? Não precisava — Gideon ficou claramente bem envergonhado.
— Precisa sim! — falou séria. — Você anda por aí com essa espada, sem nenhuma proteção é perigoso.
Por algum motivo ela não gaguejou ao falar tudo isso.
— Tá bom, Tá bom. — Gideon pegou a bainha da mão de Astrid, a colocando-a em seu cinto de couro.
— De-desculpe Alaric, ma-mas como você não porta nenhuma espa-
Ela foi interrompida por Alaric.
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Notas:
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