Volume 1
Prólogo
— Meninas, por favor, façam as pazes. E você também Gamz, sai do mundo da lua e vê se fala alguma coisa pra elas duas pararem com isso.
Em um quarto mal iluminado, há um homem murmurando alguma coisa sozinho para um monitor de computador - a única fonte de luz do local.
Não é como se ele estivesse nervoso com alguma coisa e nem nada do tipo, na verdade, o homem parecia estar sorrindo de felicidade.
Seu cabelo está bagunçado, como se ele não o penteasse há muito tempo. Ele continua usando a mesma camiseta que ele estava vestindo no começo da semana, mas não é como se ele estivesse fedendo ou algo assim, apesar de estar vestindo a mesma roupa suada ele ainda tomava banho diariamente, a sua cueca foi a única vestimenta que ele trocou todos os dias após terminar o banho. Ainda assim, mesmo que ele estivesse fedendo, ele não se importaria tanto com isso.
Seu quarto era bem simples, tinha uma mesa com um computador e um monitor. Uma escrivaninha cheia de mangás e light novels. Um futon no chão, que permanecia no mesmo lugar durante o ano todo. E por fim, alguns halteres estavam espalhados no canto do cômodo.
Esse cara tinha o costume de dormir quando o sol nascia e acordar quando a lua iluminava o céu. Mas recentemente ele largou este hábito, e começou a acordar de manhã cedo.
O motivo disso tudo era um jogo chamado “Village of Fate” que o homem tinha começado a jogar recentemente.
Dá para dizer que desde que ele começou a jogar Village of Fate, ele havia se tornado um completo viciado. Agora, ele não faz praticamente nada além de jogar esse jogo e as outras atividades que ele começou a ter nos últimos dias também são por causa do jogo.
O monitor está exibindo algumas pessoas cortando árvores para, talvez, começar a construir um vilarejo no local que estão - uma floresta rica em fauna e flora.
Neste jogo, realista até demais, diversos personagens estão trabalhando duro para atingir um objetivo em comum. A inteligência artificial implementada no game é extremamente avançada, os diálogos dos personagens são tão diversificados e realistas que o homem nunca viu falas repetidas além dos comprimentos mais comuns no nosso dia a dia.
— Pessoal, venham, acabamos de receber a nossa profecia do dia!
Assim que uma bela jovem moça, vestida em roupas de sacerdotisa, abre uma bíblia que estava emitindo um brilho incomum, os outros aldeões ansiosamente se juntam ao redor dela.
— Vamos dar nosso melhor hoje também!
Por mais que o homem soubesse que fosse apenas um jogo e que ele não pudesse se juntar a eles, ele parecia estar bem feliz mesmo assim.