Volume 8
Capítulo 6: Alette Baillet
Convidado pela Miranda, fui até o local onde a tenda do grupo da Alette-san estava.
Eu estive confirmando o Miniportador com a Clara, mas não importava o que fizéssemos, ainda havia coisas que tínhamos de resolver, então decidi vir aqui, mas...
— Como pensei, realmente não estou interessado.
Nisso, a Miranda falou com uma expressão irritada.
— Você não pode dizer isso depois de vir todo o caminho até aqui. Normalmente, você teria cuidado desses assuntos quando deu os cumprimentos iniciais.
As palavras da Miranda estavam corretas, e eu certamente fui dar meus cumprimentos à Alette-san. Mas acabei testemunhando algo ridículo.
Até mesmo eu tinha alguma misericórdia por dentro.
— ... Não consigo endurecer meu coração tanto assim.
— Do que você está falando? Olha, vamos apenas entrar de uma vez!
Miranda se aproximou da pessoa de vigia, e declarou nossos negócios. Após olhar meu rosto, o guarda fez uma cara confusa, então uma complicada, antes de entrar na tenda.
Miranda olhou para mim:
— O que você fez?
— ... Eu não fiz nada.
Isso era tudo o que eu podia dizer. Mas de dentro da Joia, os ancestrais riam...
『É, verdade isso; você não fez nada. Nenhuma mentira aí. Mas... você finalmente está ficando cara a cara com a Alette-chan! Me pergunto o que será feito da donzela sonhadora!』
『A fim de obter terrenos favoráveis para se negociar, estou começando a acreditar que a frase de “Já achou alguém” do Terceiro pode ser necessária. Lyle, está tudo no sorriso, no sorriso! Certifique-se de sorrir para abalar sua oponente!』
『Ei, isso é só depois de determinar que tipo de pessoa ela é. Ela pode ter um lado delinquente. Provoque demais, e ela pode acabar como a esposa de um certo alguém. Aquela lá era assustadora.』
『... Quinto, poderia você possivelmente estar falando de mim? E espera, eu realmente acho que você deveria seguir as palavras do Quarto, e abalar ela para obter alguns termos favoráveis...』
『O Sexto realmente fez muito disso na época dele, Lyle, certifique-se de não aprender do exemplo dele.』
Deixei as opiniões deles deslizarem como normal, enquanto observava o guarda de antes sair com uma expressão dúbia, e nos permitir entrada.
— ... Parece que ela está disposta a se encontrar com você.
Sentindo a atmosfera circundante, Miranda para comigo:
— Ei, por que o ar está tão tenso? Você realmente não fez nada, não é? Ou será que foi em você que fizeram coisas?
Em resposta à preocupação dela, eu falei:
— Você vai entender quando encontrá-la.
E dizendo isso, pusemos os pés no interior da barraca.
Dentro dela, estava a Alette-san, e o alto Cavaleiro que lidou comigo na primeira vez.
— H-hm... faz um tempo.
Quando falei isso, o Cavaleiro cortou a conversa com um “faz mesmo”. A Miranda também ofereceu um “prazer em conhecê-los” como cumprimento, mas...
Alette-san estava sentada na frente de uma mesa com seus olhos abaixados.
E...
— M-me mate!
— … Eh?
A atmosfera cercando a área ficou estranha. Ela de repente pediu que alguém a matasse.
Não só isso, ela começou a segurar sua cabeça com ambas as mãos, e a bater sua testa contra a mesa.
— Apenas me mate logo! Qual a diversão de me torturar assim!? Isso mesmo, eu sou só uma mulher que deixou seus anos para casar escaparem! Digo, não tinha outro jeito! Nunca pensei que iria ser promovida! Nunca pensei que o trabalho fosse ocupar que semblante de tempo livre eu tivesse sobrando! Não teve outro jeito... é tudo culpa do trabalho...
Miranda estava sorrindo, mas sua expressão estava apertada.
O Cavaleiro que olhava para seu ajudante silenciosamente levou sua mão ao rosto.
— Não, eu estou aqui por um outro assunto hoje—
— ... — Um outro assunto? O quê? Então vocês está dizendo que eu nem mesmo valho provocar!? Se você não veio para rir... então que propósito então você poderia ter aqui, merda!?
O Cavaleiro não pôde mais ficar em silêncio, descendo seu golpe sobre a cabeça da Alette-san.
— Capitã, supera logo isso. Se você estiver assim durante a subjugação, então não será estranho se algumas vidas forem perdidas.
Alette-san corrigiu sua respiração que havia se agitado, e limpou sua garganta.
— D-desculpe. Foi só que aquilo foi embaraçoso demais para mim... pois bem, que negócios você têm, Lyle-kun?
Tendo se acalmado com algumas respirações profundas, ela se parecia com uma pessoa totalmente diferente.
Com uma expressão de negócios rapidamente formada, ela sinalizou para que sentássemos. Se ela tivesse me tratado desse jeito na primeira vez que nos vimos, eu teria tido uma impressão inquestionavelmente favorável dela.
Mas o sentimento que o meu eu atual tem para com essa mulher...
(O que poderia ser, esses sentimentos inquietos.)
..., tenho certeza que era simpatia.
Ela era minha compatriota que havia passado pelos mesmos trágicos sintomas de pós-Crescimento. Decidi não provocá-la por causa disso.
Sentei-me defronte a ela na mesa, e enquanto ela se acalmava, tive a folga de absorver parte dos meus arredores.
O Terceiro:
『Huh! Você não vai dizer nada sobre aquilo? Mesmo quando é certeza que será interessante?』
Ele soltou uma voz desapontada, mas eu ignorei.
O interior da tenda tinha o que parecia ser os pertences da Alette-san, sua cama, sua armadura, e outras coisas do tipo. A mesa no exato centro era larga, e tinha várias ferramentas de escrita espalhadas em volta.
Um tipo de Ferramenta Mágica, uma lanterna emanava uma corrente constante de luz para o interior escuro.
E em questão de equipamentos, ela havia obtido alguns confiáveis.
O que mais se destacava entre eles era provavelmente sua enorme espada de duas mãos. Não havia quase dúvida nenhuma de que era o trabalho de um mestre artesão.
O Quinto:
『Ao invés de aventureira, parece que ela é uma genuína Cavaleira. O que exatamente são esses caras? Por que razão eles estão se aventurando?』
Tudo o que eu sabia era que eram uma Brigada de Cavaleiros de algum lugar ou algo assim. Eles estavam realizando trabalho como aventureiros para treinar a geração seguinte, e desde que estivessem lucrando alguma coisa, não se importavam realmente com as recompensas.
Miranda explicou a situação para ela:
— Um aventureiro chamado Albano disse que eu entenderia algumas coisas se viesse até você. Alguma coisa sobre não entrar no caminho do trabalhos dos outros.
Alette-san escutou e assentiu.
— Pensei que falaria amanhã, mas entendo. Albano... Ele deve ter aprendido uma lição daquela briga com o Creit. É um bom remédio de vez em quando.
O tom dela era meio áspero, mas passava uma impressão bondosa.
E ela começou a explicar a situação para nós.
— Nós somos aventureiros, mas quando retornarmos para casa, seremos Cavaleiros. Pode ser estranho de chamar isso de treinamento, mas meramente viemos à Beim para acumular experiência. Bem, é algo como uma tradição. Treine sua habilidade em combate real, e vá arrumar seu próprio vale refeição.
Ela disse isso de modo brincalhão, mas o Quarto na Joia reagiu:
『Que agradável~ Essa é uma boa~.』
Após explicar sua própria situação, começou a entrar em detalhes sobre a situação com o Albano.
— Há várias razões, mas acho que temos uma relação favorável com o grupo do Albano. Na verdade, eles são bastante confiáveis em reconhecimento, detecção de inimigos, e remoção e colocação de armadilhas. Não é algo que não seríamos capazes de lidar sozinhos, mas passamos a deixar com eles.
Parece que o Albano-san estava dizendo a verdade quando disse que tinha permissão.
A Miranda estava um pouco insatisfeita.
— Significando que vocês dão a linha de frente para eles, e os deixa em paz? Vocês simplesmente deixam eles ficarem com todas as partes boas?
Alette-san deu um sorriso amargo:
— Por favor não diga isso. E eu quero completar rapidamente os cinco primeiros andares para deixar os grupos temporários entrarem. Depois disso, vocês podem se responsabilizar por si próprios, e fazer o que bem entendem.
Ouvindo isso, Miranda cerrou seus olhos:
— ... Os grupos sem permissão dentro do Labirinto?
Alette-san sorriu à sua fitada. Se eu não tivesse aquela imagem infeliz dela em minha mente, certamente estaria genuinamente admirado pelo quão confiável ela parecia.
E era assim que eu desejava pensar.
— Até o quinto andar, sim. Eles foram tão longe para nos protegerem, então ficariam insatisfeitos em retornar sem lucro nenhum. E também o fato de que estão aqui significa que são indiretamente aventureiros que aprovamos. Haverá pouca chance de eles falharem miseravelmente e nos atrasarem.
Mas ela não diz que não há chance nenhuma.
— Então em geral devemos ficar seguindo atrás do grupo do Albano?
Alette sacudiu sua cabeça.
— Os três primeiros andares já foram completados, aparentemente. O “aparentemente” é porque ainda há de ser determinado se esse é um onde os chefes revivem, ou se não aparecerão de novo. Nós faremos o grupo do Albano investigar isso. E é um trabalho bastante perigoso. Mesmo se eles tiverem as partes suculentas, não acho que é injusto.
Eles estavam seguindo mais à frente, e informando o resto do perigo. A aptidão deles em mergulhar em um lugar perigoso desses era algo que a Alette-san precisava reconhecer.
Com essa sendo minha primeira missão de Labirinto, onde eu estou mais aprendendo o jeito que as coisas funcionam em Beim, não haveria significado em eu refutar nada aqui.
Eu sorri:
— Entendido. Tentaremos nosso melhor para evitar quaisquer ações que possam atrapalhar ou possam causar problemas para os seus grupos. Bem, nós somos os novatos, então há um bocado de coisas que espero que nos ensinem, então estaremos seguindo suas palavras.
Alette-san também sorriu, e me elogiou:
— Tenha certeza de valorizar esses sentimentos. Ser diligente demais é um problema por si só. Bem, se estiver procurando pelos peculiares, entre nós, teria que ser o Albano, Creit, e a Marina, talvez?
Ela jogou três nomes.
(Eu tinha escutado eles antes. E espera, peculiares? Ainda mais que a Alette-san?)
Miranda pressionou por mais informações sobre os três.
— Então esses três são um perigo? Se eles forem inimigos, eu apreciaria alguma informação sobre eles.
Alette-san, com um sorriso:
— Infelizmente, aventureiros, além do mais, conhecidos, não estão na minha lista de pessoas a vender. Vamos apenas deixar isso como peculiares; não há muito perigo a se achar. Isso é algo a se confirmar com seus próprios olhos.
(... Se ela normalmente é equilibrada assim, isso apenas torna o estado patético dos pós-Crescimentos dela mais proeminentes. Se ao menos eu não tivesse visto aquilo, ela teria parecido tão mais legal...)
Achei isso um pouco lamentável enquanto encerrava a conversa.
–
–
–
No dia seguinte, eu arrastei meus pés de manhã cedo para onde a trupe de artistas estava revelando seu ato.
Eu havia vindo junto com a Miranda, mas...
— Não seja enganado, Lyle-kun! Aquele cara é um homem terrível!
De cabelos pretos penteados para trás, com uma aparência asseada, 【Creit Benini】 apontava seu dedo ao homem com quem eu estava me encontrando: Albano.
Mas eu só estava aqui realmente para discutir sobre não ficar no caminho do trabalho dos outros.
Albano-san tinha uma expressão de desagrado em seu rosto também.
O grupo liderado pelo exageradamente sério Creit-san era o oposto polar do grupo do Albano-san.
O equipamento deles consistia de peitoral, manopla e sapatos de ferro de metal. As armas que eles carregavam incluíam não só lanças e espadas, mas machados e maças também.
Albano-san vestia um robe, e os protetores que ele tinha em si eram todos apenas de couro no melhor dos casos. Ao invés de armadura, talvez ele possuísse mais ferramentas de trabalho? Esse era o tipo de impressão que seus trajes davam.
— Creit, você não pode parar logo com isso? Eu estou aqui falando de negócios. A chefe nos disse para completar o quinto andar tão rápido quanto pudermos!
Para com a face irritada do Albano, Creit-san dirigiu alguma vexação.
— Aquela pessoa realmente... uma esplêndida Cavaleira como ela, para não proteger as regras mais básicas da Guilda...
Miranda falou para mim em uma voz quieta:
— Ei, parece que esse homem admira Cavaleiros.
O Sexto estava um pouco irritado:
『Ah, é, você acha esses tipos aqui e ali. Às vezes, é ridiculamente cansativo lidar com alguém sério demais. Não é uma mentalidade ruim, mas não é assim que o mundo gira.』
Como pensei, ele era um indivíduo problemático.
Eu:
— ... O que exatamente você espera que eu faça a respeito?
Hoje era o dia em que genuinamente começaríamos a conquistar o Labirinto, e em volta da cidade havia aventureiros caminhando por aí com todo o seu equipamento trajado.
Os artistas estavam nos olhando com expressões excitadas.
(Esses daí são iguais a Eva. Então não é como se ela fosse uma anormalidade.)
Quando formei tal opinião, Creit-san me alertou.
— Escuta só, Lyle-kun! Esses caras são ex-bandidos! Além do mais, eles são do tipo que acham que quebrar as regras é natural. Você tem que ficar de olho nas suas costas no Labirinto.
Dizendo isso, Creit-san saiu caminhando levando seu grupo junto.
Albano-san por outro lado.
— Tsc, eu tinha que encontrar esse cara numa manhã escaldante dessas. Mesmo quando minha tensão estava alta por ter uma beldade para conversar.. Estamos partindo, homens.
— Entendido.
— Mas aquele maldito Creit, ele ainda tá guardando rancor.
— Hahaha, na próxima, bora infiá um monstro nele por trás.
Diferentemente do Albano-san, seus companheiros tinham más intenções mais claras.
Abaixando sua voz, o Albano-san:
— ... Tá, tá, só andem logo. Se estão procurando por grana pra farrear, então tudo vai depender do quão rápido vocês conseguem terminar a merda do trabalho.
Apesar de parecer desinteressado, ele tinha ares ameaçadores o bastante para liderar um grupo de personalidade tão forte.
(Estou com um pouco de inveja.)
Decidi retornar à estação do Portador com a Miranda.
— Deveríamos sair logo. Se bem que hoje estaremos apenas vendo que tipo de Labirinto esse é.
Caminhando ao meu lado, a Miranda...
— Com isso, tudo o que falta é a solista, Marina-san. Que tipo de pessoa você acha que ela é?
Tendo dito isso, eu sacudi minha cabeça.
— Quem sabe?
Eu podia apenas rezar que ela não fosse mais peculiar que os outros dois.
–
–
–
Após retornar ao Portador, a Eva imediatamente se aborreceu ao saber que houve alvoroço.
— Por quê!? Por que você não me levou junto!? Que frustrante... deve ter sido um show bastante interessante!
Ela tinha que cuidar da casa hoje, e pelo seu cabelo bagunçado, parecia que ela estava realmente frustrada.
— Não, não teve nenhuma briga ou nada assim.
Quando dei uma desculpa, ela me fitou.
— Tudo tem uma razão! É o acúmulo desses pequenos eventos que darão luz à significados em algum lugar mais à frente na estrada! Ah~ como pôde? Talvez eu devesse soltar uma canção para aliviar o estresse~.
Os olhares de relance que ela me lançava pareciam estar me implorando para negociar o palco para ela.
Enquanto conversava com a Eva, Novem pigarreou:
— Eva-san?
Um sorriso caloroso foi dirigido à ela, Eva relutantemente começou a recuar.
— Uuuh, entendido.
No primeiro dia, eu Clara, Aria e Miranda iríamos testar as águas.
Novem, Eva, May, Shannon, e Mônica ficariam aqui.
Novem me dirigiu um sorriso:
— Pois bem então, Lyle-sama... por favor tome cuidado.
— Farei meu melhor para não me machucar. Novem, deixo as outras com você.
Dizendo isso, levei a Aria e companhia para a entrada do Labirinto.