Volume 8
Capítulo 5: A Força de Subjugação de Beim em Partida
Com as preparações para a partida terminadas, nos reunimos no portão oriental de Beim. Nossa escala era de algumas centenas.
Não chegava a milhares, mas ainda era um número considerável.
(Ouvi que o nível de dificuldade era baixo, mas...)
O maior grupo individual era o dos Cavaleiros da Alette Baillet. Eles tinham mais de trinta combatentes, e apenas cerca de o mesmo número de suportes.
Mas talvez eles ainda não possuíssem suportes o bastante para início de conversa, já que alguns deles eram temporários.
Entre os outros grupos, até os maiores tinham cerca de seis lutadores, e dez suportes. Meu grupo não era o menor.
Se fosse para selecionar o grupo absolutamente menor, era o grupo levemente protegido liderado por aquele 【Albano】 que o homem de olhos estreitos havia falado sobre. Apesar de eles terem alugado uma carruagem a cavalo também, tinham apenas seis membros em total.
【Creit Benini】 que havia provocado aquela bagunça de duelo, liderava um grupo de seis homens de armaduras organizados ao pé das regras, e um número maior para dar-lhes suporte.
Eles tinham quatro vagões, e apesar de seus equipamentos não serem padronizados, se pareciam com um exército em marcha. Não, eu participei de uma marcha de exército em Centralle, e em questão de habilidade, a desses homens era maior.
Olhando em volta, vi alguns grupos irrelevantes se reunindo também.
— O quê, então você pode simplesmente se juntar se quiser?
Quando pensei nisso, a recepcionista despachada pela guilda caminhou até a comandante atual, Alette-san.
Era a Tanya-san.
Eu havia terminado de checar os bens guardados no Portador, então acabei prestando atenção na conversa delas.
Nós havíamos chegado bem cedo pela manhã, então nosso grupo estava em algum lugar por volta do centro da multidão. Por causa disso, o Portador era parte, mas o agrupamento de mulheres também se destacava.
Entre os outros aventureiros, um até comentou, “pensando em abrir a loja quando chegarmos lá?”, ou algo assim enquanto levantava sua cabeça indecentemente.
Parece que se necessita de uma certa variedade para se realizar uma Subjugação de Labirinto em Beim.
(Acho que estou entendendo algo errado aqui, mas... oh, elas começaram a falar.)
As vozes que ouvi eram cortadas pelos barulhos circundantes, então não era como se eu pudesse captar tudo. Mas o que captei foi...
— Pois bem, esses são todos os regulares que estarão participando dessa vez.
— ... Isso ajuda bastante, Tanya.
— Você não parece muito bem. Algum problema, Alette-san? Ah, é mesmo. Na verdade, tem um grupo que eu recomendei entre eles, então quando você voltar, tem como dizer como eles foram?
—... Eu realmente vejo problema? Qual o nome que eu deveria ficar de olho?
— O grupo dele se destaca, então você irá vê-los muito facilmente. O garoto com o cabelo azul assistindo dali, o grupo do Lyle-kun.
Parece que ela me notou espiando.
E quando a Alette-san olhou na minha direção, seu rosto empalideceu. Eu acenei, e a Tanya reciprocou o movimento com um sorriso.
Alette-san abaixou sua cabeça, e pôs suas mãos por cima.
Quando a papelada terminou, Tanya-san veio até mim.
Observando a Alette-san escapar na multidão para desaparecer intencionalmente do meu campo de visão, fui tomado por um certo sentimento indescritível.
(Certo. É difícil porque você se lembra de cada pedacinho disso... eu entendo totalmente. Eu totalmente entendo sua reação, Alette-san.)
De dentro da Joia, a voz do Terceiro soava como se estivesse tentando desesperadamente conter sua risada:
『Ei, Lyle... certifique-se de perguntar direito se ela carrega aqueles papéis por aí regularmente. Ou que tal perguntar bem na frente da própria: “Já achou alguém?”!?』
(... O Terceiro de algum modo parece o mais sombrio aqui.)
Ofereci meus cumprimentos à Tanya-san que se aproximava:
— Bom dia. Então você me notou?
— Você possui um meio de transporte bastante chamativo. E espera, isso não é uma carruagem, é um Portador, não? Nunca pensei que você possuiria o modelo de um item tão falado de Arumsaas.
Enquanto todos dirigiam seus olhares ao Portador, Mônica estufou seu peito com orgulho.
Enquanto duvidava se realmente havia alguém a elogiando, continuei a falar com a Tanya-san:
— Parando para pensar, que coisa é essa sobre membros regulares?
— Eh? Oh, aquilo? Certo, você não saberia muito sobre algo assim. É sua primeira subjugação, então talvez seja melhor se familiarizar com como as coisas são.
O que a Tanya-san explicou:
Além dos grupos especificamente selecionados para se juntarem, esses grupos podiam contratar outros ou solos como ajuda temporária.
Para aqueles com muito mal o número mínimo, era comum contratar alguns aventureiros a mais para suporte extra.
É claro, havia outros casos, e não seria bom a menos que eles pudessem confiar nos temporários que contratavam.
Mas mesmo se soubéssemos desse fato antecipadamente, seria bastante difícil para nós contratarmos em apenas uma semana.
— Além de aventureiros, há mercadores que também fazem a viagem. Pessoas indo na mesma direção geral também acompanhariam por parte do caminho, e há até algumas trupes fazendo performances. Vê, apenas olhe para lá.
Olhando de perto, vi um agrupamento de elfos confirmando seus instrumentos.
Havia uma boa distância, então eu não tinha notado.
(Eles também têm armas, então achei que fossem aventureiros.)
Observei em volta, e vi alguns mercadores conduzindo o equivalente a vários carros de mercadorias. Mulheres bem vestidas, socialmente olhavam em volta deles.
Então entre essas pessoas, alguns abririam lojas para atender aventureiros.
Além disso, havia alguns jovens aventureiros que provavelmente imploraram com outro grupo para ser levado junto.
— É uma coisa de tempo limitado, e uma pequena cidade se forma em volta por um período de tempo. Certamente entretenimento é uma necessidade. Enquanto nos movemos, os contratados temporários realizam os deveres de guarda, afinal. Os membros regulares podem desafiar o Labirinto com tudo o que têm.
— Mas os temporários não tem permissão de entrar?
Tanya falou com um sorriso torto:
— Não tenho certeza se uma recepcionista como eu deveria ser quem fala isso, mas não tenho ideia do que acontece enquanto não estou olhando. Há alguns membros da guilda que seguirão junto, mas eu mesma retornarei à Filial Leste quando tiver confirmado os participantes. É melhor você ver como essas coisas acontecem por conta própria.
Enquanto eu aceitava isso como sendo simplesmente como as coisas eram, a Tanya-san prosseguiu:
— Normalmente, realizar trabalho temporário assim é uma tarefa importante para se obter conexões com pessoas competentes. E lembre-se, seu grupo é um dos competentes.
— ... Agora há pouco, você disse à Alette-san que foi você quem nos recomendou.
Quando falei isso, ela assentiu:
— Sim, então certifique-se de não trair minhas expectativas.
Ela disse isso com um sorriso, antes de sair caminhando para confirmar os membros dos outros grupos.
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... O grupo que partiu chegou em seu destino com o grupo da Alette na liderança.
Miranda começou a entender o significado das palavras de Tanya enquanto caminhava em volta da base.
(É realmente uma cidadezinha aqui. Não acredito.)
No começo, era apenas um grupo abaixo de mil, mas dado tempo, as pessoas começaram a se reunir, e a população facilmente ultrapassou essa linha.
Após um tempo se movendo, aqueles com destinos separados, separaram-se.
E no final, o número a chegar aos seus pontos de destino após seis dias de viagem foi apenas cerca de seiscentos.
O nível de dificuldade não era alto. Mas com a escala sendo de mais de dez andares, e um chefe a cada andar, pensava-se que demoraria algum tempo.
Os grupos realizando a limpeza ativamente tinham cerca de cento e cinquenta membros.
Uma força carregando números cerca de várias vezes isso se baseava em uma metodologia diferente das normais forças de subjugação de Cavaleiros e soldados.
Após chegar, o pessoal da guilda imediatamente começou a confirmar se todos estavam presentes.
E os magos que vieram junto começaram a construir a base.
Eles nivelaram a terra, construíram paredes, e formaram estradas.
Assim como Tanya havia dito, uma cidade estava realmente se formando.
E assim que eles chegaram, os mercadores descarregaram as mercadorias, eles se dividiam entre aqueles que ficariam e os que retornariam, muitos voltando com guardas aventureiros.
Havia mais mercadorias a caminho, mas quando perguntada, ouviu que outro grupo mercante estava a caminho. Eles chegariam alguns dias depois.
Miranda estava curiosa quanto ao que os mercadores estavam pensando em planejar as coisas deste modo, mas sua fonte de informação lhe deu um vago sorriso, e desviou do assunto.
Os bens à venda se inclinavam mais a armaduras, vinho e comida. Itens feitos para durar um longo tempo.
Alguns haviam trazido ingredientes para cozinhar em fornalhas de pedra construídas com magia.
Após distribuírem bagagem para os membros importantes, as recepcionistas da guilda partiram para suas tendas preparadas, e começaram a lidar com a papelada.
Elas tinham cavalos preparados, e era claro que estariam entrando em contato com a guilda regularmente.
Enquanto Miranda caminhava de volta para o local dado ao seu grupo, um número de aventureiros imediatamente fizeram caminho para as tendas das rameiras.
— Ei, cinco pratas não é demais? Que tal três?
Para com o aventureiro barganhando, o homem recebendo em volta das garotas sorriu:
— Sr, a gente também arriscou nossas vidas pra vir a essas terras distante e fazer negócios. Não faz mal nenhum subir os preços um pouco. E só trouxemos as melhores das melhores.
O aventureiro não recuou.
— Para de mentir! Chegar até aqui com um exército te protegendo, não tenta vir com essa, amigo!
Mas o homem.
— Que seja. Nós vamos só atender os outros clientes. E acabamos de chegar, nem terminamos de montar a loja. Se você ajudar, não me importo de aliviar um pouquinho na sua carteira.
Alguns olhares de relance do homem, e o aventureiro expressou sua disposição em ajudar com a construção e outros trabalhos.
Quando ela virou seus olhos para um lugar diferente, uma trupe de artistas cantava suas canções e tocava suas músicas.
— Realmente é bem animado aqui.
Quando ela disse isso, uma voz a chamou.
— Bem, é claro que é. Quando aventureiros ganham dinheiro, mercadores, artesãos e rameiras também ganham. Não somos diligentes o bastante pra lutar por dias seguidos sem nenhum entretenimento.
Quando ela se virou, viu um homem loiro com olhos de pálpebras caídas. Na sua cintura pendia uma espada de uma mão com um cabo chamativamente longo.
Com pouca armadura, e dando uma aura de mulherengo com apenas uma olhada. Miranda lidou com ele com um sorriso:
— Que negócios você têm comigo?
Ele também a cumprimentou sorrindo. Pondo uma mão na cintura, cerrou sua direita, levantou seu polegar, e apontou para si.
— Eu sou Albano. Eu estava bem no clima pra conhecer uma bela mulher. Bem, enquanto isso, também tenho algo a falar com o seu líder.
Quando a Miranda soltou seus braços, e tomou uma postura como se para puxar sua arma, seu parceiro de conversa agitadamente insistiu que era uma piada.
— Não fique tão zangada! Eu realmente quero conhecer seu líder! É sua primeira missão de Labirinto, não é? Não quero que as coisas acabem em bagunça, então quis tomar a iniciativa e conversar a respeito.
Quando ela moveu suas mãos para longe de suas armas, seu oponente pareceu aliviado.
(Ele parece ser bem desleixado, mas realmente reage rápido. E pode ser bem forte.)
Miranda deu esse julgamento, e ele começou a explicar a situação.
— A chefe Alette está aqui fundamentalmente para treinar seus homens. Em questão de dinheiro, ela ficará bem desde que não entre no vermelho. Eu seguirei as ordens dela, mas mais que isso é desnecessário. Para nós, ela é uma comandante a se apreciar.
Após ver o homem dar sua explicação, Miranda falou:
— E o que exatamente você quer de nós? Se estiver aqui para cortar nossos lucros, eu realmente não quero ter que te dar uma referência.
Albano balançou sua mão indiferentemente.
— Tô te dizendo que não é isso. A chefe Alette é seriamente orientada a batalhas. Nós somos a mobilidade, ou como devo colocar, especializados em reconhecimento. Bem, bem, tenho certeza que pode dizer, você dá a mesma impressão.
Olhando para ele, Miranda pôde dizer que ele era do mesmo tipo de unidade. Um monte de ferramentas em seu porte, hábil na remoção e armação de armadilhas. E trajes leves, fáceis de se movimentar...
(Parando para pensar, todos os homens estavam extremamente com pouca proteção. Então o grupo todo dele é especializado para coisas assim.)
— Então não quero que vocês acabem indo longe demais e causem problemas. Haverá algumas armadilhas e muitas coisas que terei que deixar pra vocês, e vocês não querem me fazer de inimigo, ou a Alette. Há lucro nisso para todo mundo. Você pode até confirmar se quiser. Estou bem em encontrá-lo quando terminar.
Pensando que ele era um homem diligente incongruente à sua aparência, Miranda confirmou algo:
— Você vai fazer isso tudo? Se quiser que confirmemos, posso mandar o Lyle pra sua área.
Albano fez uma expressão relutante.
— Agora seria realmente problemático. Eles não são todos tão educados quanto eu. Mesmo se não tiverem más intenções, tem algumas coisas que agitam eles. Por causa disso, nós nos metemos em uma briga e tanto com aquele Creit. E o humor da chefe deu uma virada para pior.
Parece que ele tinha suas razões para vir sozinho.
(Não que eu também possa te chamar de muito bem educado. Mas qualquer coisa pior que isso realmente será um problema. Talvez ele seja decente se está pelo menos prestando atenção a isso.)
Miranda não sentiu que ele havia contado mentira nenhuma, mas decidiu checar de qualquer jeito.
— Eu irei até a área da Alette-san para confirmar. Depois disso, nos veremos de novo. Tenho certeza que posso te encontrar nesta base se procurar o bastante.
Não era uma cidade grande.
Era meramente um lugarzinho com a funcionalidade adequada. Não que houvesse qualquer outro vilarejo com o qual se comparar.
— Por mim tudo bem. Então vamos marcar para amanhã de manhã. Eu vou estar assistindo aos artistas amanhã. Teremos trabalho logo depois disso, e quero entrar no Labirinto após ter explicado as coisas com ele. Por falar nisso, qual o seu nome?
Miranda sorriu.
— É Miranda. Pois bem, se tudo o que você disse é verdade, então nos encontraremos amanhã. Trarei o Lyle junto.
Após seu negócio ter terminado, Albano partiu.
Apesar da aparência de má índole, ele parecia ter pelo menos habilidade o bastante para a guilda reconhecê-lo.
(Vai ser diferente daquela Subjugação de Grifo em Centralle. Dessa vez, as pessoas em nossa volta já estão acostumados a isso, e seremos nós aprendendo uma coisa ou outra. Ainda assim...)
Miranda caminhou rumo a onde o Portador estava estacionado.
A tenda preparada lá era o lugar onde o grupo do Lyle deveria dormir. Dessa vez, o Portador não seria capaz de entrar no Labirinto em si, então seria usado como abrigo.
Quando se aproximou, encontrou os outros membros inspecionando os suprimentos que receberam da guilda.
Esses eram rações alimentícias, pão, carne seca, e coisas do tipo.
Mônica estava pensando seriamente sobre como iria cozinhá-los.
Lyle estava ajudando a Clara checar o mímico do Portador, Mini-Portador.
May estava deitada sobre o teto do Portador, e soltando um bocejo.
Eva demonstrava interesse nas canções vagando pelo ar, e Novem a estava advertindo enquanto se remexia inquietamente.
Cansada só pela viagem, Shannon estava molemente balançando suas pernas para fora do vagão de carga do Portador.
Novem estava reconfirmando suas bagagens com a Eva.
E Miranda olhou para o cajado da Novem:
(Comprado em Beim, ela diz? Por que a necessidade de ela mentir sobre algo assim?)
O cajado de cor prata metálica gabava-se de uma forma bastante simples. A área de agarro era entalhada de madeira tingida de preto.
Prata se estendia da madeira nas duas pontas, e a porção superior dele também tinha um desenho simples no que se tratava de cajados de magos.
Ela se lembrou da reação do Lyle na primeira vez que viu.
『Ah, esse daí se parece com o cajado antigo da Novem.』
Que parte dele? Miranda não fez uma pergunta dessas para confirmar, mas sabia pelo negociante de informações que ela havia aceitado algo na forma de um cajado de sua família.
(Há a possibilidade de ser algo diferente, mas o tempo corresponde bem demais.)
Miranda não podia deixar de ficar alerta à Novem.
E a Novem calmamente virou seu rosto para ela.
Era como se ela a houvesse notado desde o começo.
(... Algum dia, eu vou arrancar essa sua pele humana, monstro.)
Enquanto retornava aos seus companheiros com um sorriso em seu rosto, Miranda tinha tal coisa em sua mente...