Setes Japonesa

Tradução: Batata Yacon

Revisão: Delongas


Volume 8

Capítulo 16: Era Uma Vez


Em uma sala cercada por autômatos, havia duas mensagens para mim.

【Se quiser saber de tudo, venha até minha posição.】

【Confie na Novem.】

Essas duas.

Havia um ponto em que eu me interessava.

— Você disse que era uma mensagem de “número oito”. O que número oito deveria significar?

Mônica me oferecia suporte, enquanto repetia o mesmo ponto para sua irmã despeitada da mesma linha de produção.

— Isso mesmo. Explique direito. Simples o bastante para até mesmo esse Frangote de merda entender!

— ... Você acabou de insinuar que eu sou um idiota?

Nisso, a Mônica sorriu:

— Está tudo bem. Você tem a mim, Mônica, te acompanhando até o final.

Ela casualmente insinuou que mesmo que eu fosse um idiota, ela me seguiria. Era irritante, mas eu não tinha tempo para isso no momento, então retornei meu olhar para a sua irmã.

O mesmo cabelo, rosto, e vestes de empregada.

A irmã da Mônica...

— ... Flertando tanto com o seu mestre. Eu aceito isso como um ato pessoal de desafio contra nós.

(Ah, Isso não é bom. Essas empregadas tem tantos problemas na cabeça quanto a Mônica.)

Assim como a Mônica achava seu estado quebrado completamente normal, a irmã da Mônica tinha um parafuso solto em algum lugar. Olhando para o rosto triunfante da Mônica, as autômatos de produção em massa em volta também faziam expressões aborrecidas.

— Ei, por que vocês sequer têm uma função de inveja. Vocês são realmente autômatos?

Quando comecei a achar a situação absurda, a irmã da Mônica falou:

— Do que você poderia estar falando? Você só pode se chamar de empregada se puder realizar toda e qualquer função. Tendo triunfado em vendas sobre os modelos mordomos, nós que nos mantemos com orgulho somos~~~~... os, isso também não é bom. Devemos nos separar de nosso país e do passado. Mas eu estava me sentindo insatisfeita, então pensei ser melhor botar para fora aqui.

Ouvindo-a dizer que tinha que abrir mão de seu país, me senti um pouco desapontado por ela não dizer o nome do país.

— Há muito tempo, se alguma vez alguém falasse de pervertidos, o nome desse país apareceria, as pessoas hesitariam em dizer seu nome com uma cara perturbada... Tenho certeza que os desenvolvedores estavam encantados com isso.

Estou começando a pensar que os antigos que produziram o autômato eram pervertidos indizíveis. Ao mesmo tempo, relembrei o Damien, que eu havia conhecido em Arumsaas.

(Um bando daquele tipo se reuniu e produziram uma máquina como a Mônica? E espera, que tipo de senso eles precisariam ter para se sentirem encantados com isso? Eu realmente não consigo compreender.)

Enquanto pensava nisso, a irmã da Mônica corrigiu sua postura, e respondeu a pergunta anterior.

— Agora, uma pergunta sobre número oito, não era? Pelo conteúdo da mensagem, eu determinei pessoalmente que tal explicação pode ser necessária. Então daqui em diante, darei tal explicação. No escopo do que posso falar, isso é. Por que não se senta?

Quando ela fez sinal para que eu me sentasse, algumas das autômatos relativamente menos danificadas trouxeram uma mesa e cadeira.

Ela me aconselhou a sentar, então assim o fiz.

A irmã da Mônica ofereceu um pedido de desculpas.

— Normalmente, eu teria preparado chá e bolinhos, mas não se pode encontrar tais ingredientes por aqui, então peço seu perdão novamente. Hah, eu gostaria que você entendesse que estamos oferecendo o nível máximo de hospitalidade aqui... pois bem, sobre número oito, bem, há vários meios de se referir a ela.

Eu sentia a dor e fraqueza se espalhar pelo meu corpo, e sentia um peso em minhas pálpebras. Mas se não escutasse a conversa aqui, eu não teria o menor entendimento da situação.

Então a irmã da Mônica explicou:

— Começando com zero, terminando em nove. Uma das dez. Essa foi quem deixou uma mensagem conosco, número oito... 【Octō】.

Pensei a respeito da palavra Octō.

(Peridoto, a pedra de nascimento do oitavo mês, e número oito? Ela propositalmente preparou as gemas para nós? Apenas para nos notificar de sua presença? Havia mais algum significado nisso?)

A resposta veio muito facilmente.

(Ela sabia que um de nós entenderia. A única candidata a isso seria a Novem.)

Relembrei como a Novem parecia querer dizer algo enquanto olhava para a gema.

(Confie na Novem... o que isso deveria significar?)

— Essas pessoas são traidoras abomináveis. Pessoas que viraram as costas para a humanidade, inimigas de toda a espécie.

Ouvindo sobre traidores, o Quinto suspirou na Joia.

『Hah, não consigo entender isso minimamente. Está querendo dizer que uma traidora descarada está insistindo para que confie na Novem? Cem por cento suspeito isso daí.』

O Quarto, em uma voz agitada:

『A N-Novem-chan é uma boa criança. Ela é uma boa e bondosa criança, tá ouvindo. Se ela não estivesse lá, de jeito nenhum que o atual Lyle também estaria, e...』

Isso, se a Novem não estivesse lá, a probabilidade de eu ter chegado até aqui seria extremamente baixa. Alheio ao mundo, o fato de eu ter sido capaz de sobreviver como aventureiro foi por causa dela.

Me inquiri mais informações sobre a Octō.

A Mônica produziu um cantil de sua saia, e serviu um copo de chá.

Ela o apresentou a mim, e olhou em volta com um rosto triunfante.

(Por que você está puxando briga com suas irmãs de novo?)

Pensando que ela também deveria ser uma idiota, vi que sua irmã de mesmo modelo estava fazendo uma expressão mortificada.

— De volta ao assunto em questão. Por que a Octō deixou uma mensagem para mim?

A autômato fez uma expressão levemente complicada.

— ... A informação que podemos transmitir é em muito limitada, mas para ser direta, tenho certeza que é apenas pela própria satisfação da Octō.

— Satisfação própria?

Enquanto pensava que isso era estranho, a irmã da Mônica explicou:

— E esse é um ponto importante, então direi claramente... A Octō em pessoa não está dentro deste Labirinto.

— ... Não está? Então para onde ela quer que eu vá?

— Ela é do tipo malicioso que lhe diz para vir sem dizer para onde. Mas eu sou bondosa, então lhe direi. Desafie um Labirinto com mais de cem andares, e abra a porta nos fundos da câmara mais profunda. Daquele ponto em diante, qualquer porta lhe levará para onde a Octō mora, aparentemente.

Ouvindo isso, minha boca se abriu.

De dentro da Joia, os ancestrais do Terceiro para cima:

『É um não.』

『Isso mesmo. Sem tempo pra isso.』

『E o que quer dizer com todas as portas? Seja um pouco mais específica aí. E que tal algo referente a derrotar a Celes ou Septem, ou que quer que seja o nome dela?』

『Mesmo assim, cem andares não vai rolar. Vamos apenas marcar esse assunto como completamente irrelevante.』

『… Muh! Melhor ela não dizer “se você conseguiu chegar até aqui, então deve ser capaz de derrotar a Celes”, após eles terem completado cem andares. Ela não parece ser do tipo bondosa. É certeza que ela vai distorcer as coisas desse jeito!』

Os ancestrais na Joia concordavam com a opinião do Sétimo.

O Terceiro:

『Isso pode estar certo. Se você puder chegar tão longe, então até a Celes pode ser moleza. É uma área que toda a humanidade trabalhando junta ainda há de alcançar.』

Não era como se houvesse tantos Labirinto de cem andares por aí. Antes de chegarem a tal profundidade, eles cuspiriam seus monstros e desapareceriam, afinal.

Significando que para se chegar tão longe, teria que ser um Labirinto gerenciado.

Além do mais, um com cem andares... aventureiros famosos, brigadas de Cavaleiros, e até heróis. Ninguém havia realizado tal feito.

A irmã da Mônica inclinou sua cabeça.

— Oh, qual seria o problema?

Eu suspirei.

— Por favor vá dizer a Octō: que nós não temos ligação nenhuma com esse assunto. Ou melhor, não há humano nenhum por aí que tenha chegado a cem andares, sabe.

A Mônica soava irritada:

— Realmente soa malicioso. Esse tal de Octō.

Nisso, a irmã da Mônica fez o mesmo gesto irritado:

— Foi feita depois de mim, e não sabe nem algo tão simples quanto isso? Elas são todas fêmeas. Bem, não havia homem nenhum semelhante a elas para início de conversa, então já é uma estória engraçada elas serem todas mulheres.

Não, eu realmente não me importo com essa informação inútil.

(Parando para pensar, tenho a sensação de que as mãos vindo da parede pertenciam a uma mulher.)

De repente me lembrei disso, mas decidi deixar de lado por enquanto.

Cem andares.

Caso seguíssemos seriamente, talvez pudéssemos alcançar. Dominando as Skills dos ancestrais, levar treinamentos e preparações ao seu ápice... Isso parece que vai levar décadas, então é, vamos parar por aqui.

Fiz minha última pergunta:

— Pergunta final. Qual a relação da Novem e Octō?

A autômato abaixou sua cabeça profundamente. Ela provavelmente tinha uma ordem de silêncio quanto a isso.

— Me desculpo profundamente. Sou incapaz de responder a essa pergunta. Peço que por favor deduza através dos nomes.

Eu suspirei.

(Novem... nove, não é? Nesse caso, isso a faz a última. Mas mesmo se eu souber disso, não estou realmente certo do que deveria fazer com essa informação. Apesar de eu entender que seus laços com a Celes são profundos.)

Significando que a Octō e a Novem estavam ligadas, além do mais, com uma relação consideravelmente profunda além disso.

Após ouvir tanto assim dei um gole no chá da Mônica.

Suas irmãs me observavam com um sorriso.

— Qual o problema?

Ainda com um sorriso em seu rosto, a irmã de mesmo modelo da Mônica desligou a ferramenta suportando seu corpo em suas costas, e derramou uma lágrima.

— E-ei! Espera, Mônica! — O que você está fazendo!?

A Mônica estendeu suas mãos por trás de mim, e cobriu meus olhos.

— Elas são minhas próprias irmãs, afinal. Em termos humanos, irmãs nascidas da mesma mãe... Não irei permitir que veja suas figuras horrendas e desgastadas expostas. Mesmo se forem pelas ordens do Lyle-sama, apenas neste quesito, eu não recuarei. Por favor pense nisso. Essa não é uma cena divertida de se assistir.

E com o meu corpo não se movendo como eu comandava, e com a Mônica cobrindo meu campo de visão, comecei a ouvir os sons.

Os sons de metal caindo aos pedaços.

Um após o outro, sons baixos e quietos.

Era o som de ferro em ruínas na área onde as autômatos uma vez estiveram. Mesmo aquela que esteve diante dos meus olhos soltou tinidos vazios.

E uma voz chorosa.

— ... Nós fomos incapazes de completar nosso dever, deixadas aqui por tanto tempo apenas para transmitir as palavras da Octō. Mas fomos capazes de conhecer um humano no final. Comparadas ao resto de nossas irmãs, que sortudas devemos ser. E me desculpo profundamente. Oferecer sua respostas à Octō é impossível. Pois aqui enferrujaremos.

Ainda incapaz de ver, falei para a irmã da Mônica.

— O que aconteceu com seu mestre? Até a Mônica não abriu seus olhos até eu acordá-la. Eles não existem mais? Então eu...

Querem vir comigo? Com seus deveres cumpridos, a autômato decadente falou de modo encantado:

— Você tem minha gratidão. Mas este corpo já ruiu. Este corpo não pode cumprir nosso encargo. Minha irmã mais nova... Mônica.

Quando sua irmã chamou seu nome, a Mônica escutou sem seu cinismo de sempre.

— Sim?

— Encontraste um bom mestre para servir. Sonho este que nunca pudemos ver até o final. Então quando partirmos, por favor, leve nossos núcleos. Para uma normal tal como você, certamente há um limite aos seus serviços disponíveis. Nossos núcleos estão carregados com nossas opções. Se for você, então deve ser capaz de executá-las. Agora, execute-os de uma vez. Tal é o desejo de nós, que fomos incapazes de servir à humanidade até o final.

Um som de estalo se seguiu, e sua voz se tornou inaudível.

A Mônica manteve meus olhos fechados um pouco mais.

— ... Seu nobre sentimento. Eu o carregarei junto com seus núcleos.

Essa não era a Mônica meio estranha com quem eu havia me acostumado.

... A sala do chefe do oitavo andar.

Lá, Novem havia transformado seu cajado em uma picareta, e estava raspando a parede.

Atrás dela, Miranda e Aria assistiam com olhos cansados.

Mas a Novem não se importava com algo assim.

Ela desesperadamente batia contra a parede para ir em auxílio ao Lyle. Sempre que um buraco aparecia, imediatamente começaria a regenerar, mas a Novem continuava escavando.

O corpo dela estava chegando ao seu limite.

Seu passo havia caído, e ela não estava fazendo progresso nenhum como esteve antes.

Mas como ela havia aberto um buraco de vários metros de profundidade, não havia dúvida nenhuma de que ela estava escondendo algum poder extraordinário em seu corpo.

Sangue corria de suas mãos envoltas na picareta. Com seu próprio sangue se espalhando por suas roupas, a Novem parou a descida de seu equipamento de mineração.

Uma mão saiu da parede.

Era a da Mônica.

A mão estava fazendo um movimento de busca, então a Novem a agarrou. Ela imediatamente começou a puxar os dois perdidos de dentro da parede.

A Mônica emergiu com o Lyle sob um braço, então a Novem soltou sua mão, e se agarrou ao Lyle.

E assim, a empregada foi lançada para o lado. Ela aterrissou graciosamente, e fez uma pose enquanto se virava e reclamava.

— Megera maldita! Você tem coragem para me jogar de lado assim! Hoje eu lhe mostrarei o verdadeiro poder da broca!

Diferente da que ela geralmente usava com ambas as mãos, ela tinha uma broca genuinamente intimidante equipada para cavar através da parede.

Mas a Novem não respondeu.

Ela olhou para o estado inconsciente do Lyle, e sorriu, enquanto começava a se mover do lugar. A parede estava regenerando, e se ficassem onde estavam, seriam selados no interior de novo.

— Diga alguma coisa! Se você as ignorar, até autômatos vão chorar! Ei, espera aí!

Com a broca ainda equipada em sua mão, ela se juntou às outras duas para saltar para fora do buraco. Apenas o Lyle estava inconsciente.

Vendo a figura do Lyle, a Miranda e Aria correram até lá.

— Lyle!

A Miranda se aproximou, mas a Novem continuava a abraçá-lo, enquanto se sentava-se ali mesmo.

Ela o abraçava fortemente, e chorava.

Mas a Aria...

— E-ei! O Lyle vai morrer! Se você apertar ele com tanta força assim, o Lyle realmente vai morrer!

A Novem sabia que não cometeria um erro desses. Tendo visto ela balançar sua picareta, a Aria não estava muito convencida.

A Miranda simplesmente olhava para a figura chorosa da Novem.

a Novem…

— Lyle-sama...

Dizia isso, se agarrava nele, e chorava...

... O grupo com o Lyle fora de serviço logo começou a recuperar sua compostura.

Mesmo dizendo isso, nem Novem nem Mônica sequer tentaram sair do lado do Lyle.

A Aria esperou o gelo derreter, pegou o barco, e começou a coletar as Pedras Mágicas.

Ela arrancou as pedras e outros materiais deles praticamente só com suas roupas de baixo. Normalmente, deveria haver mais materiais que eles pudessem coletar.

Mas os cadáveres estavam em um estado tão horrível que tal coleta havia se tornado impossível.

“Puhah!”

Ela coletou a Pedra Mágica embaixo d’água, e emergiu sua face para respirar. Após nadar de volta ao barco, ela o subiu e confirmou a Pedra Mágica levemente mais larga em sua mão. Ela confirmou onze delas.

Com elas sendo pedras extraídas de Monstros Chefes, essa quantia certamente valeria um bom preço. Se olhasse para os ganhos monetários, essa missão fora um grande sucesso.

Mas a Aria puxou uma toalha, e esfregou seu cabelo enquanto olhava para a Novem.

Ela havia acendido um fogo para manter o Lyle aquecido.

Ele havia recuperado a consciência, mas como normal, estava em um estado bastante deplorável. Sempre que ele abria sua boca, seria algo como “Eu não quero fazer nada”, ou “Eu quero ir pra casa”.

(E espera, ele não está ficando ainda pior que da última vez?)

Os corpos da Aria e da Miranda se sentiam pesados. Provavelmente era o mesmo para a Novem.

Com bandagens envoltas em torno de suas mãos, Novem sorria, enquanto cuidava do Lyle ao lado dele.

(Não há dúvidas quanto aos sentimentos dela para o Lyle, mas...)

Mesmo se ela fosse suspeita, seus sentimentos pelo o Lyle eram verdadeiros.  Mas essa era uma verdade que ela achava, de certo modo, difícil de engolir.

No presente, a porta para o nono andar havia sido aberta, então a Miranda estava fazendo um pouco de reconhecimento.

A Aria começou a remar para voltar ao porto.

(Esse tipo de coisa... geralmente é o trabalho do cara, não é?)

Era reclamou para si própria enquanto tocava a terra. Após terminar o seu reconhecimento, a Miranda veio até as escadas não muito tempo depois...

... Cinco dias depois.

Alette havia tido seu descanso na superfície.

Para passar do sétimo ao oitavo andar, ela teve que preparar botes e jangadas.

Então havia encomendado os materiais necessários, e fez seus homens descansarem. Era uma folga mútua até tudo chegar, e assim ela foi capaz de descansar um pouco.

E até ela, veio uma notificação de que o grupo do Lyle havia chegado mais tarde que o programado.

Além disso, com a informação de que haviam derrotado o chefe do oitavo andar.

Eles haviam trazido de volta onze Pedras Mágicas de classe chefe, mas isso não mudava o fato de que haviam derrotado algo.

O mais peculiar foi o fato de que foram capazes de obter onze.

Um chefe por sala. Mesmo se houvessem múltiplos, era inaudito que tal número aparecesse de uma vez.

E por causa disso, havia uma necessidade de confirmar os detalhes.

E ao mesmo tempo...

— Capitã, você está sorrindo demais.

Advertida por seu ajudante, Alette deu um pigarreio forçado enquanto reajustava sua expressão facial.

— Sim, desculpe-me por isso. Mas o pré-Crescimento do Lyle-kun foi consideravelmente ruim, ou como devo dizer, ouvi que ele estava sofrendo bastante, e... você não acha isso só um pouquinho excitante?

Seu ajudante suspirou.

Sua mão estava apertada em torno do presente para o grupo do Lyle.

— Por favor não se esqueça do seu objetivo de aprofundar amizades com um grupo de aventureiros competente. E espera, só porque ele te viu daquele jeito, isso não significa que você deva ir dar uma espiada... (É por você ser assim, que não arruma ninguém).

Com o ajudante dando seus murmúrios finais com um sorriso, Alette continuou a sorrir enquanto visitava o estômago dele com seu punho fechado.

Enquanto olhava para seu subordinado agonizando, ela avistou o acampamento do Lyle, e forçou sua expressão a uma de seriedade.

Seu ajudante levemente pálido também fez uma expressão séria enquanto punha os pés no acampamento do grupo do Lyle.

E eles adentraram...

— MAAAAAA~~RRRRRR~RAAAAAA~~VI~LHOOO~~SSSOOOOOOOOOOOO!!

Um Lyle semi-nu abria seus braços ao sol, distanciando suas pernas como se para aceitar a luz em toda sua glória.

Alette:

(Oh, que bela recepção. Posso usar isso para provocar... provocar... h-huh?)

Em volta do Lyle, enquanto ele soltava uma alta risada, o exército feminino se punha com suas armas levantadas.

A atmosfera claramente estava estranha.

Apenas a Mônica, que geralmente estava ao lado do Lyle, sorria alegremente.

— Ele retornou! Meu frangote finalmente retornooou! Além do mais, ele correu para o campo minado em força total com nada além de suas cuecas... que maravilhoso... Eu lhe acompanharei até o fim!!

Mas o Lyle e a Mônica eram os únicos sorrindo.

As outras levantavam suas armas, e se encaravam.

Não havia dúvida nenhuma de que estavam cercando o homem.

Em meio às mulheres divididas em dois grupos, o Lyle adentrou.

O rosto do ajudante estava ainda mais pálido que antes.

— C-capitã. Suas ordens por favor.

— ... Retirada. Retiraaada!!

Alette tentou recuar, mas nisso, uma voz a chamou.

Sorrindo mais intensamente que o normal, o Lyle fez uma pose como se para abraçar a si próprio, enquanto chamava por Alette Baillet.

— Minha nossa, ora se não é a Alette-san. Vieste todo o caminho até aqui especialmente para testemunhar este meu corpo, tão belo quanto uma flor desabrochando?

— Heh? N-não… Eek!

Quando o exército feminino se virou para a Alette-san, o ajudante fez uma expressão pálida enquanto se distanciava um pouco.

(O bastardo fugiu sozinho!)

Lyle parecia mais radiante que o usual.

— Ora, estou errado? Que chocante. Mas, bem... Estou no clima onde não me importaria em assinar um formulário de casamento ou dois. Traga todas as solteironas que quiser para amar a flor que sou eu!

Como se para mostrar seu corpo treinado, Lyle abriu ambos os seus braços na direção do teto. Ao lado dele, a Mônica:

— Frangote, você não pode simplesmente sair assinando qualquer coisa. Casamento é chamado de o cemitério da vida, afinal.

Nisso, após dar uma única, e repentina virada, Lyle pôs seu corpo em uma pose.

— Então vamos tingir esse cemitério nas minhas magníficas cores!

Mônica aplaudiu suas ações.

(O que é isso... sério, que infernos é isso!?!?)

Alette estava começando a se arrepender de sua decisão de vir provocá-lo...


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