Volume 8
Capítulo 14: Chefe do Oitavo Andar
O oitavo andar subterrâneo.
Prosseguindo através das passagens em forma de canais do Labirinto, nós navegávamos no Miniportador modo barco enquanto seguíamos em frente.
Os lados do bote tinham mecanismos semelhantes a rodas d’água que golpeavam a água enquanto giravam. Eles eram capazes de alcançar uma velocidade considerável.
Nós definitivamente avançávamos, mas nisso, um problema apareceu.
— Realmente é um saco coletar os baús de tesouro.
Eu removi o macacão e capa de chuva, me despindo a praticamente minhas roupas de baixo, antes de descer na água com uma faca em mãos.
O nível da água mal passava do meu peito, e quando vi a protusão brilhante no fundo, nadei até ela.
Usei a faca para bater contra o tesouro submerso. Despedaçando a rocha em sua volta, fui capaz de pegar o tesouro em mãos...
— Com esse são quantos?
Uma gema verde-ervilha: peridoto.
Com as mesmas pedras aparecendo consecutivamente tantas vezes, eu estava mais que certo de que deveria haver algum tipo de significado por trás disso.
A outra possibilidade era a de este Labirinto realmente ser um que cuspia gemas imbuídas de Mana a uma probabilidade ridiculamente alta.
Coletei a pedra, retornei ao bote, e a Aria estendeu sua mão na minha direção. Tomando-a para voltar ao barco, peguei uma toalha, e comecei a esfregar meu corpo.
Quando entreguei a gema para a Miranda, ela abriu um compartimento da sua bolsa de couro e a colocou lá dentro.
— Isso faz sete deles. A essa altura, minha gratidão começou a morrer. Apesar de ter se tornado óbvio que colheremos lucros massivos dessa expedição ao Labirinto.
Consumíveis, pagamentos de cada membro, e os gastos necessários... considerando todos esses gastos, e os lucros que podíamos ganhar do Labirinto, não podemos sair caindo no vermelho.
Se quiséssemos guardar dinheiro, não fazia sentido desperdiçar.
Em torno da popa do bote, a Mônica estava cheia de arrependimentos.
— Se eu tivesse assumido a posição central, então cuidar do Frangote teria sido papel só meu.
Novem olhou para ela com um sorriso um pouco duvidoso. Porém, ela lançou numerosos olhares para as gemas nas mãos da Miranda. Eu fui capaz de captar isso.
Aria falou:
— Se coletarmos mais duas, poderemos dividir perfeitamente entre nós nove, não poderemos? Será uma quantia e tanto, afinal.
E a Miranda falou em um tom cansado.
— Aria, tenho certeza que você não se esqueceu do objetivo deste grupo, certo? Se nós simplesmente dividirmos todos os ganhos igualmente, nunca chegaremos perto de realizá-lo.
Ouvindo isso, a Aria tentou refutar... mas parou. Definitivamente era impossível a Aria derrotar a Miranda com palavras.
Geralmente eu era o único entrando na água, então me envolvi em um cobertor para afastar o frio. E continuamos pelo Labirinto. Como esperado, ter meios de transporte seguros era importante.
Da Joia, o Sexto soltou sua voz:
『Que pena. Se houvessem mais grupos aventureiros aqui em baixo, então você poderia fazer uma fortuna com o MKIII.』
Como em Arumsaas, nós certamente poderíamos lucrar transportando aventureiros e carga. Mas isso seria difícil dessa vez.
Não era impossível, mas do sexto andar em diante havia apenas os aventureiros oficialmente reconhecidos pela guida.
Eles eram poucos. Se tentássemos lucrar com eles, estaríamos melhor matando monstros.
A acima disso.
— Pois bem, parece que nosso destino apareceu em vista.
Murmurei enquanto olhava mais profundamente na passagem. Lá, estava uma entrada muito maior do que a de qualquer um dos túneis até agora.
A Novem falou:
— Lyle-sama, nós iremos desafiá-lo imediatamente?
Ou assim ela perguntou, e eu sacudi minha cabeça:
— Não, deveríamos descansar um pouco primeiro. E estamos sendo aproximados por trás, então melhor resolvermos isso primeiro.
Aria e Miranda pegaram suas lanças em mãos, e a Mônica puxou uma maça de sua saia reposta à força.
Nós estávamos em uma formação onde a Novem, a Maga, era a vanguarda, mas não havia o tempo de folga para virarmos o barco.
Sahuagin e Homens-sapo... embaixo d’água, eles eram um bando problemático.
Mas...
— Eu cuidarei do primeiro ataque. Flecha de Gelo!
Produzindo várias dúzias de flechas de gelo, a Novem as disparou nos monstros iminentes, levantando uma onda.
As flechas de gelo desceram sobre eles, e os únicos a resistirem e saltarem da água foram dois Sahuagin.
O Sahuagin restante e homens-sapo flutuaram para a superfície. Alguns dos lugares na superfície da água por onde os projéteis de gelo haviam passado estavam congelados.
As partes dos corpos dos monstros flutuando onde as flechas haviam atingido estavam similarmente congeladas.
Os dois que saltaram foram batidos na parede pela Mônica. Eu levei o barco para mais perto, e a Miranda e Mônica deram os golpes finais neles.
Eu observei a batalha, enquanto me focava no cajado da Novem.
O Quinto na Joia falou:
『Huh? Isso daí definitivamente é uma Ferramenta Mágica. A saída dela aumentou, ou melhor dizendo, essa é uma velocidade maior do que ela mostrou até agora. Apesar de parecer que de certo modo ela está suprimindo a saída...』
O Sétimo:
『Entre as Ferramentas Mágicas possuídas pela Casa Forxuz, havia um cajado, não havia? Talvez seja esse.』
O Quinto resmungou.
『Certamente havia um. Mas sua forma era diferente.』
Eu também pensei que se parecia com o Cajado relíquia de família da Casa Forxuz na primeira vez que vi. Sua forma diferia um pouco, mas eu tinha visto a relíquia pendurada na parede uma vez quando passei pela Casa.
(A Novem disse que havia comprado, mas é só uma Ferramenta Mágica comum?)
Era possível ser apenas uma Ferramenta Mágica normal, mas o Quinto parecia estar sob a impressão de que a Novem estava escondendo algo.
O Terceiro e o Quarto não duvidavam tanto.
Quando a Miranda e a Aria começaram a coletar as Pedras Mágicas, eu olhei em volta.
— Após um pouco de descanso, entraremos na sala do Chefe. Se não der certo, daremos meia volta e encerraremos nisso. Isso é, se pudermos fugir.
Falei de brincadeira enquanto esperava a coleta das pedras terminar, e movi o barco na direção de uma sala próxima.
—
—
—
Após a pausa, conferimos nossos equipamentos mais uma vez. Inseri um Miniportador, e nossas Pedras Mágicas e gemas preciosas na Caixa.
Apenas um barco estava para fora.
E nesse barco, descarregado de toda a bagagem desnecessária, partimos rumo à sala do Chefe.
Com as pausas que havíamos dado, minha Mana havia se recuperado até certo ponto.
Após derrotarmos o chefe, eu queria dar uma espiada rápida no nono andar, antes de retornar à superfície. Viver em um barco não era ruim, mas para ser bem franco, eu queria ser liberado desse espaço apertado e duvidoso.
(Eu nunca desafiarei um Labirinto de novo com esses membros.)
Decidi em meu coração.
Quando movi o barco, uma mudança aconteceu na atmosfera do grupo. Um senso de tensão coincidiu com a curva para dentro da sala.
Em suas profundezas.
Nós olhamos para a entrada ao nono andar, e descobrimos que estava em solo firme.
— Os canais acabam aqui? Bem, esse é o melhor para todos nós, realmente.
De pé naquele pedaço de terra estava um enorme monstro.
Com a lanterna amarrada no bote eu podia apenas ver sua sombra.
Ele parecia quadrúpede. E sua cabeça era esbelta e longa. Sua cauda também era longa, e a ponta dela era agraciada por algo semelhante a uma enorme nadadeira.
Durante o nosso tempo descansando, eu havia lido o livro da Clara. Mas só com base no que eu podia ver, havia um número de candidatos, e eu não podia identificar.
— Deveríamos ter iluminado mais.
Eu reclamei, enquanto puxava meu sabre, e sinalizava a todos para prepararem suas armas. Eu também tinha a necessidade de mover o bote, então queria restringir meu uso de magia tanto quanto pudesse.
Utilizei minhas Skills:
【Ao Máximo】
【Seleção】
【Cima&Baixo】
【Dimensão】
【Especificações】
Adquirir as informações do inimigo me deixou um pouco cansado.
A água também era mais profunda do que havia sido até agora. Quatro metros até o fundo.
— Vocês não serão capazes de tocar o fundo se caírem, então cuidado. E também, o inimigo parece ser do tipo que relâmpago não terá efeito. Além do mais, ele usará relâmpago.
Se fosse na água, não podíamos eletrocutá-lo com magia do tipo relâmpago? Eu tinha esse simples processo de pensamento em mente, mas entre todas as coisas, um chefe com resistência a eletricidade havia aparecido.
A Miranda falou muito tranquilamente:
— Então se ele te puxar para baixo, é o fim. O plano é...?
Apontei para o pedaço de terra nos fundos.
O chefe submergiu seu corpo enorme, e começou a vir em nossa direção.
— Primeiro, vamos nos mover para lá para termos chão firme. Quando ele emergir, acertem-no com tudo que tiverem... olha, está vindo!
Virei as rodas d’água para movimentação, e no momento seguinte, o chefe apareceu enquanto saltava da água.
Nós fomos capazes de evitá-lo, e enquanto se aproximava, pudemos captar um vislumbre de sua forma.
Mônica falou:
— Ora merda, o bagre aqui cresceu pernas. Puxa vida, nunca há um momento maçante neste mundo. Com esse tamanho, eu gostaria de usar meu martelo maior, então pode nos dar chão firme de uma vez, Frangote?
Me virei, guardei o sabre, transformei a Joia para sua forma de arco, e comecei a contra-atacar.
Eu tinha que dirigir o barco simultaneamente, então não pude evitar a redução de força do meu ataque.
— Não seja doida. Apesar da aparência, eu estou dando meu máximo aqui.
Eu tinha a sensação de que não seria impossível derrotá-lo sozinho. Mas nesse caso, as outras membras não cresceriam.
Quando mudei a trajetória do barco, a Aria perdeu seu equilíbrio, e caiu de bunda.
— Ei! Não comece a fazer movimentos estranhos de repente!
No lugar em que estávamos antes, o chefe havia saltado como se estivesse tentando nos cabecear. Quando disparei uma flecha de luz, ela se afundou em sua carne, e gerou uma explosão.
Gerou uma, mas...
— Esse cara...
Novem levantou seu cajado: Ela foi para a frente, e...
— Escudo Mágico.
Uma parede luminosa semitransparente se formou, e cercou o bote em sua totalidade.
Cutucando metade de seu corpo para fora d’água, o chefe soltou uma descarga elétrica, violentamente iluminando os arredores.
Miranda puxou uma faca, e se preparou. No momento que a descarga terminou, e a Novem desfez o escudo, ela a jogou.
Mas não perfurou o corpo do chefe. Como se deslizando em uma superfície lisa, a faca alterou seu curso. Apesar de ser verdade que a superfície do inimigo era escorregadia, isso foi em grande parte devido a sua constituição.
Sua pele era grossa, e além disso, talvez tivesse um excesso de banha, mas não parecia que o ataque realmente havia atravessado.
Eu me apressei para colocar o bote em terra, mas o outro lado tinha a vantagem da velocidade.
Quando ele estendeu seu braço da água para tentar emborcar o barco, Aria balançou sua lança para mandar esse braço voando.
Ao mesmo tempo, seus fluídos corporais choveram sobre nós.
Grudentos, escorregadios e... o pior tipo de sensação.
Miranda pegou uma ferramenta da bolsa e a pendurou em sua cintura. Um pequeno tonel, também se parecia com o tipo de recipiente de onde se despejaria birra no bar.
— Oy, isso daí...
— Não se preocupe com isso. Agora, de onde ele virá a seguir?
Usei as Skills para determinar de onde ele surgiria e apontei.
Mudei o curso do bote para evitá-lo. Miranda jogou o pequeno tonel, e invocou uma magia.
No momento que o chefe saltou.
— Exploda. Bala de fogo.
Da ponta de sua mão direita uma bola de fogo disparou e acertou o tonel bem no alvo. Uma enorme explosão eclodiu, e o choque por ela causado à enorme estrutura do chefe fez a superfície da água, e até o barco, balançar violentamente.
Mônica falou:
— Mais uma vez, você escondeu um truque bastante chamativo nas suas mangas. Uma bomba, não é? Sem um pavio, você teve que acendê-la através de magia...
Miranda balançou sua mão desdenhosamente.
— Bem, ferramentas são completamente sobre como você as usa, não é? E essa era a única que eu possuía, então não espere nada na próxima. Essa daí foi bem cara.
Parecia estar carregada com pólvora, mas individualmente, a Miranda não era capaz de acumular uma quantidade muito grande.
Aria falou:
— Estou surpresa que você carregou isso junto. Não vai explodir?
Miranda ofereceu uma explicação.
— Não há monstro nenhum aqui que use fogo, afinal. Bem, havia a possibilidade de ficar molhada demais para se usar, mas o resultado final funcionou, então não está tudo bem?
Se ela estava carregando algo perigoso por aí, eu apreciaria se ela anunciasse. Parece que a Novem sentia o mesmo.
— Miranda-san, se você estiver carregando uma coisa dessas, deveria ter dito ao Lyle-sama propriamente.
Os lábios da Miranda se curvaram.
— Um bom ponto aí. Então não acha que é melhor você contar propriamente sobre esse seu cajado?
A Mônica bateu suas palmas duas vezes, e berrou:
— Vocês aí, não comecem uma briga aqui, e escutem as ordens do Frangote! Agora, você também Frango! Pra fora com suas ordens de uma vez!
Eu olhei para frente, e vi que estávamos nos aproximando da terra.
— Todo mundo se agarre em algo. E fechem as bocas. Vamos bater em terra.
Eu também me preparei, e me agarrei no corrimão do barco. Igualmente, todas agarraram alguma parte dele, enquanto a ponta do barco encalhava na terra nas profundezas da sala.
Me senti prestes a cair devido ao impacto, mas segui a utilizar as pernas instaladas no barco para continuar subindo em terra.
Desmontando, olhei em volta.
Talvez pelo chefe ainda haver de ser derrotado, a entrada para o nono andar estava firmemente fechada.
Todas saltaram do barco, pegaram suas armas em mãos, e observaram o inimigo se mover através da água.
A Mônica jogou o remo em suas mãos de lado, produziu um martelo gigante de sua saia, e o segurou em ambas as mãos.
— Não usei isso desde Arumsaas! Vou bater a merda dele todo com isso!
Enquanto olhava para seu rosto alegre, retornei o arco à sua forma de Joia, e o guardei em meu pescoço. O gasto de Mana havia sido maior que o esperado, e eu não queria usá-lo mais aqui.
E eu desejava deixar isso para as minhas companheiras.
Uma voz também veio da Joia:
O Terceiro, casualmente:
『Nunca enfrentei monstros assim antes. Os monstros no lago não cresciam tanto assim também.』
O Quarto falou:
『Sim, parece ser um saco, mas o que você acha de esfolar esse daí... Posso apenas rezar que venda caro.』
Até o Quinto tinha seus limites:
『Quando cresce tanto assim, não posso realmente chamar de fofo. Se quiser mantê-lo, precisará de um lago enorme, assumo.』
O Sexto, irritado.
『Eh~? Você planeja ficar até com essa coisa? Eu estive pensando nisso faz um tempo, mas você tem um gosto terrível.』
O Sétimo estava...
『É bastante comum que artefatos peculiares vendam por preços maiores que os úteis. E espera, se for de monstros de terra, enfrentei minha porção, mas... sim, é verdade que nunca enfrentei um monstro desse tipo antes.』
Como sempre, eles soavam bastante relaxados. Esse relaxamento deles provavelmente vinha do fato de que eu era aquele lutando aqui.
Eu realmente não tinha isso.
Puxei meu sabre de novo. Enfurecido pelo ataque anterior da Miranda, o chefe corria em nossa direção.
A Novem começou a preparar magia. A Aria…
— O ataque da Miranda irritou ele? Está soltando uma voz ainda mais estranha que antes.
Quando o chefe mostrou seu rosto de dentro d’água, estava estalando com eletricidade. Era um pouco peculiar para chamar de rugido, mas estava soltando algum tipo de som.
Era quase como o mugido de uma vaca. Esse tipo de gemido.
Mas estava repercutindo pela sala, era realmente alto.
Miranda falou de brincadeira:
— Nesse caso não está tudo bem? É importante irritar os outros, e fazer eles criarem uma abertura pra você. Apenas para que saibam, eu não tenho nenhum ataque mais decisivo do que aquele.
A Miranda também havia começado a preparar magia. A Aria avançou à frente, enfiou sua lança no chão, e usou sua própria magia.
— Então eu vou segurar esse daqui.
Ela usou Escudo Mágico. Não estava no nível da Novem, mas era capaz de impedir o relâmpago do chefe de alcançar o grupo.
Eu também preparei uma magia.
— Aria, quando você tiver bloqueado o ataque, saia do caminho.
Quando o relâmpago acabou, eu, Novem, e Miranda soltamos nossas magias.
— Agulha de Pedra!
— Agulha de Gelo!
— Onda de fogo!
Um número de espinhos de pedra brotaram da água e, imediatamente a seguir, pilares de gelo subiram das brechas nas rochas.
Atravessado pelo gelo, o chefe perdeu sua habilidade de se mover, e foi incapaz de evitar a onda de fogo que o inundou.
Olhando para a cena, a Mônica guardou seu martelo com uma expressão desinteressada.
— Que merda é essa!? Magia! Até eu, dada as opções certas de modificações, poderia realizar um feito desses... certo, se eu tivesse as opções instaladas!
Vendo seu rosto aborrecido, dei um sorriso amargo.
(Mas eu queria economizar Mana dessa vez. Se possível, eu gostaria de ter economizado um pouco mais, mas... h-huh?)
As rochas desmoronaram, e os pilares de gelo derreteram. As chamas ainda queimavam o corpo do Chefe sobre a superfície da água. Eu caí de joelhos.
Uma repentina exaustão no meu corpo. E a dor... me cobriu.
— Lyle-sama!
Novem correu até mim, mas no instante seguinte.
— Frangote!
Mônica saltou adiante, como se para me proteger das paredes da sala. Eu me virei para ver o que tinha acontecido, apenas para ver incontáveis mãos se estendendo da parede. Além do mais, cada uma delas era grande o bastante para me agarrar inteiro.
Por alguma razão, eu tive uma impressão meio feminina dessas mãos.