Setes Japonesa

Tradução: BatataYacon

Revisão: Delongas


Volume 18 (Final)

Capítulo 5: O Jeito de Lutar do Lyle


Dentro da câmara de audiências.

Ali, os humanos que tinham se tornado monstros, os demônios nos amontoavam.

Enquanto nos olhava de cima no trono próximo, a Celes não parecia que faria qualquer coisa pessoalmente. Ela realmente não se importava com quantos aliados perdesse. Para a Celes, o importante não eram seus aliados, mas a vitória. Sua própria vitória.

Precisamente por ela ser forte demais, não tinha interesse nenhum em outros. A este ponto, até os pais que a amavam tanto eram entidades que ela achava que conseguiria trazer de volta a qualquer momento.

— ... Modelo de Mapa, Especificações Reais.

Sussurrando os nomes das duas Skills, reproduzi a câmara de audiências em três dimensões em minha mente. E com Especificações Reais, obtive uma leitura detalhada de todos os inimigos em volta.

— Não é hora de ser mesquinho... Seleção... Estouro de Limites, Cima&Baixo.

Usei uma Skill atrás da outra. As Skills que os ancestrais me deixaram, usei-as em todas conectadas a mim.

Todas tinham um entendimento da situação, e tinham recebido aprimoramentos físicos das Skills.

— Estão no caminho!

Aria deu um corte à frente. Balançando sua lança horizontalmente para lançar uma onda de choque, ela lançou alguns demônios voando enquanto os cortava. Na armadura vermelha que vestia, seus movimentos eram afiados e extremamente poderosos.

Correndo adiante, Miranda fazia o golem ao seu lado a seguir. Nas costas do golem estava a Shannon montada, a visão dela estava sendo compartilhada com todos.

O fluxo de mana que eu não conseguia compreender sozinho, ela suplementava. Por causa disso, até o posicionamento dos homens há muito mortos, eram captados adequadamente como inimigos.

— Só preciso rasgar eles, não é?

Dizendo isso, Miranda sorriu, lançando fios em sua mão esquerda para prender os inimigos, antes de apertá-los para rasgá-los em pedaços.

Era uma cena bem grotesca.

— Nossa, que terrível.

Recuei.

Um demônio lançou magia contra nós quando abriu sua boca enorme.

Recuamos, e a Novem se adiantou. Levantando o cajado que era relíquia dos Forxuz, ela empregou um escudo mágico para bloquear completamente o ataque.

Logo após o escudo se dissipar, três saltaram.

Eva estava no suporte. Quando ela disparou uma flecha na têmpora de um demônio pulando em nós, a flecha explodiu.

— Isso é o bastante para acabar com eles, não é?

Quando Eva disse isso, confirmei que sim. As que tinham saltado eram Ludmila, Gracia e Elza. Essas três... sendo direto, mesmo sozinhas, cada uma era uma força problemática.

Ludmila balançou sua enorme lâmina vermelha de lado.

— Melhor eu corresponder às suas expectativas.

A lâmina vermelha parecia estar brilhando. Se curvando e atingindo os demônios com movimentos afiados, os desmembrou. Será que o que ela estava usando na verdade era um chicote? Pelo menos era essa a impressão que a onda de choque tinha me dado.

— Sumam.

Gracia estocou a lança em suas mãos contra eles, os queimando com chamas pálidas. Quando o fogo irrompeu, os demônios que tinham saltado contra nós o espalharam enquanto eram reduzidos às cinzas.

— Congelados são todos iguais.

Dizendo isso, Elza deu uma forte batida no chão com seu cajado. Os movimentos dos demônios desaceleravam conforme se aproximavam dela. Havia gelo se espalhando em seus pés, e não conseguiam mais se mover. O gelo eventualmente os cobriu totalmente.

Os demônios que tentaram seguir à força se quebraram da cintura para baixo, os deixando em estados terríveis. Quando tudo foi envolto em gelo, Elza começou a destroçá-los com seu cajado, os deixando em pequenos fragmentos.

— Que insignificantes. São apenas um pouco mais fortes que humanos.

Apesar de eu achá-la assustadora quando disse isso, sua amiga, Shannon, estava torcendo por ela.

— Esse é o espírito, Elza!

Elza deu um leve aceno para Shannon.

Confirmei que os demônios tinham sido eliminados completamente sem que eu fizesse nada enquanto olhava para o trono.

— E agora o quê, Celes? Você é a única aqui.

Dando um sorriso provocador, aticei a Celes. Sem mais que um leve estremecer de sua sobrancelha, Celes deu um passo tranquilo adiante... desaparecendo logo após isso.

Quando notei, ela estava segurando a bainha-cajado em sua mão esquerda, e agarrando o florete em sua direita. Ela tinha encerrado a distância entre nós em um instante, tentando atravessar meu peito com seu florete. A lâmina do florete emanava uma luz vermelha. Certamente alguma Skill que a Agrissa tinha preparado.

Mas eu dei uma risada.

— ... Embaralhar.

A Skill de terceiro estágio do Sétimo. Troca de posições.

Celes tentou me penetrar, mas troquei minha posição com a da Ludmila. Ela entendeu minhas intenções, e usou sua própria espada para parar o golpe da Celes.

Em termos de esgrima, eu estava abaixo da Celes. E abaixo da Ludmila. Entre nós, a pessoa com a maior habilidade com a espada era a Ludmila.

— Deixa comigo. Agora, hora de ser punida, cunhada.

Celes abriu seus olhos um pouco mais, mas não pareceu muito surpresa. Ela apenas...

— Rainha de Cartaffs, acredito. Parece que coletou umas peças bem habilidosas. Mas... você realmente aprendeu a ficar soltando a boca enquanto se esconde atrás de mulheres, seu lixo. Então vou começar acabando com essa.

Celes imediatamente se afastou de Ludmila, soltando ataques com seu florete melhorado. Mas Ludmila riu:

— Ela definitivamente é forte. Mas... ao nível de eu não conseguir vencer.

Em puros termos de esgrima, Ludmila não perdia para a Celes. Também havia a influência das Skills elevando suas habilidades em algumas vezes, permitindo que ela lutasse.

Celes acelerou e deu a volta pelas costas de Ludmila.

— Não deixe isso lhe subir à cabeça!

Mas agora, com mira clara, Eva disparou uma flecha. Celes a aparou com seu florete, mas a flecha explodiu, fazendo ela pular para trás.

Quando Ludmila preencheu a distância, Celes dirigiu sua mão esquerda com o cajado para ela.

Vi essa ação, e com a informação ganha dos olhos da Shannon, pude prever que ela estava prestes a disparar algo.

— Embaralhar... Elza, parede.

Troquei as posições da Ludmila e da Elza, e Elza balançou seu cajado de lado. Uma enorme parede de gelo se manifestou, reduzindo a temperatura da sala em um instante.

E do outro lado do gelo, pude ver fogo irrompendo.

Elza ficou um pouco surpresa.

— Isso é incrível. Essa força se aproxima das chamas da Gracia.

Significando que seu poder de fogo era menor que o da Gracia. Compreendendo que não conseguiria derreter a parede de gelo, Celes a quebrou à força.

Quando ela a cortou em pedaços com seu florete, levantei minha mão esquerda e a desci.

— Todas ataquem de uma vez.

Com minha mão direita, puxei meu revólver do coldre nas costas da minha cintura, e atirei na Celes quando ela pulou contra mim.

Novem, Miranda, Gracia e Elza usaram suas magias.

Aria e Ludmila, suas ondas de choque.

Eva e Clara usaram flechas e as armas de fogo no Portador.

Tudo concentrado em um único ponto. Nossas miras estavam travadas com a Skill Seleção, então não iríamos errar. Mas a Celes levantou seu Escudo mágico e bloqueou.

Apesar de ter bloqueado, o impacto ainda a mandou voando.

Arremessada, ela bateu na parede. Ela deslizou pela parede para aterrissar, e quando se pôs de pé, me encarou.

— ... Se escondendo atrás de mulheres, e que bela atitude grandiosa que você tem aí. Será que achou que conseguiria vencer só porque tem tantas aliadas em volta?

Ignorando o medo que senti com sua fitada, guardei a arma em seu coldre.

— E aqui estamos: vencendo. Não tem nada de vergonhoso nisso. É verdade que eu perco para você, mas só não consigo vencer no um a um. E acima de tudo, a culpa é sua de ter se cercado só de fracotes. Por acaso achou que isso daqui seria mano a mano?

Aticei ela. Aticei a Celes. Porque assim era melhor.

Celes agarrou sua arma e me encarou. Uma Mana amarela brilhou, a cobrindo e elevando suas habilidades.

— Lixo maldito. Só porque não consegue vencer, não ache que vai escapar só se escondendo nos fundos.

Celes usou uma velocidade ainda maior que antes enquanto se aproximava de mim. Aparei seu golpe com a Katana.

Celes fez uma expressão surpresa.

— Foi mal. Cresci um pouco em comparação a antes. E...

Enquanto a Celes pulava para cima de mim, a Aria a estava seguindo de trás. Em posição com sua lança, ela a balançou horizontalmente, notando sua aproximação, Celes usou seu cajado para se aproximar. Mas como sua postura fraquejou, chutei ela para longe.

Meu chute a acertou bem na barriga, lançando ela longe.

— Ela é dura demais. Foi como se eu estivesse chutando uma pedra.

Sentindo dor no pé que eu tinha dado o chute, reclamei enquanto olhava para a Celes no ar. Ela corrigiu sua postura no ar, inexpressiva enquanto aterrissava. Seus olhos se moveram, repousando na Shannon.

— ... Então é você.

Parece que a Celes notou. E se moveu para esmagar nossos olhos extras que era a Shannon.

— Não dessa vez. Embaralhar.

Troquei a Gracia com a Shannon para ficar na frente da Celes. Ela produziu chamas no meio do trajeto de avanço da Celes. Desistindo de um assalto frontal, Celes parou, apenas para Eva disparar uma flecha lá.

Preocupada com uma explosão, Celes saltou para fora do caminho, só para Ludmila circular para lá.

Mesmo em silêncio, nós compartilhávamos uma habilidosa coordenação. Esse era o poder da Conexão.

— É verdade que minhas chances caem consideravelmente no um a um. Mas todos nós podemos resistir ao seu charme, e são todos fortes. Não é como se eu precisasse ficar fixado em fazer a vitória ser só minha. Essa foi a resposta a qual cheguei, Celes.

É verdade que foi a Novem quem iniciou as preparações originalmente, mas agora isso também era a minha resposta. É burrice eu me machucar tentando fazer o impossível.

Tenho certeza que um herói de verdade teria enfrentado a Celes sozinho e obtido a vitória. Mas era meu jeito de fazer as coisas.

Celes ficou furiosa.

— Seu lixo. Eu realmente te odeio. Mesmo depois de ter tudo tomado, ainda se atreve a se opor a mim. Eu sabia, eu deveria ter apenas te apagado!

Dizendo isso, Celes avançou contra nosso suporte de longo alcance, Eva, sem rodeios. Então, estalei meus dedos.

— Embaralhar... Novem.

Quando troquei as posições da Eva e da Novem, Novem pegou o florete com seu cajado.

— Não permitirei, Celes-sama.

— NOVVEEEEMMM!!

O rosto da Celes se distorceu enormemente. Graças aos olhos da Shannon, eu conseguia ver o ódio e as emoções complexas rodopiando nela.

E a atmosfera da Celes mudou.

— Cada um de vocês é uma peste maldita!

Celes soltou massas de Mana em forma de feras. Uma vez manifestadas, começaram a investir contra nós.

Shannon berrou:

— Elas explodem!

Eram bombas de mana condensada. Era magia produzida pela Agrissa? Guardei a Katana, agarrando a Joia para preparar o arco. Quando disparei as flechas de luz, Celes pulou ao teto da sala de audiências.

— Até parece que vou deixar, imbecil!

Dizendo isso, ela balançou seu florete, fazendo chover partículas de fogo para destruir as flechas, impedindo a destruição das feras.

— Kuh! Todos, interceptem individualmente!

Todas tentaram destruir as feras, mas elas se esquivavam dos ataques e magias enquanto se aproximavam de seus alvos. Algumas delas explodiram, exibindo um poder considerável.

E Miranda berrou:

— Shannon!

— … Eh?

Um monstro da Mana que tinha pulado pela explosão tentou derrubar a Shannon com suas presas. Estendi minha mão às pressas, mas a distância era considerável.

Tentei Embaralhar, mas havia um monstro vindo em minha direção também, e eu estava disparando flechas com meu arco. Celes manteve-se colada no teto enquanto soltava risadas.

— Ahahaha... olha só, lá vai a primeira!

As presas da fera mágica se afundaram profundamente na Shannon enquanto Miranda berrava.

... A cidade de Centralle.

Embora esfarrapada, Marina batia seus punhos em Rummel repetidamente. Seus punhos estavam cobertos de sangue, e suas manoplas de metal tinham sido destruídas.

— Morre... de uma vez, merda!!

Mesmo recebendo os golpes poderosos o bastante para abalar o ar em volta da Marina, Rummel se regenerava instantaneamente, balançando sua mão enorme de lado, para jogar Marina de lado.

Marina atravessou a parede de um edifício, disparando para dentro. Rummel regenerou as partes surradas e esmagadas, e onde a carne tinha sido arrancada.

— Gfu, gufufufu.

Com as regenerações contínuas, mudanças sutis ramificavam de sua forma original. Algumas partes estavam estranhamente inchadas, e outras tinham espinhos brotando.

No meio de tudo isso, com sua testa cortada, e com um olho incapaz de abrir devido ao sangue, May se punha frente a Rummel.

Sem fôlego, May e Rummel se encaravam.

Em sua volta, havia menos edifícios ainda de pé. O braço direito de May emanava uma fraca luz.

— Fiz a Marina ganhar algum tempo, mas finalmente terminei as preparações. Puxa vida, você é dura demais. Por causa disso, me forçou a usar meu trunfo.

Dizendo isso, May formou um punho.

Os dois olhos grandes demais de Rummel se focaram no punho da May.

— Curiosa? Quer saber? Entendo... então vou mostrar!

Quando pisou no chão, ele foi escavado. Tanto Rummel quanto May saltaram à frente para se encontrarem, a qilin negra abrindo sua boca para engolir May. Já que havia menos soldados mortos em volta, ela estava tentando comer a May para se regenerar.

Mas essa era a situação mais favorável.

(Então valeu a pena sair esmagando os soldados.  Sinceramente, mas aquilo foi um saco.)

Enquanto pensava isso, May enfiou seu braço direito na boca de Rummel. Quando ela agarrou a língua ominosa da qilin negra, Rummel fechou sua boca com vigor.

O braço direito de May foi decepado no cotovelo.

Segurando seu ombro, May aguentou a dor.

— ... Agora exploda por dentro.

Com um falso estoicismo, ela riu. Quando ela pulou para trás, Rummel, que não conseguia entender uma palavra dita, engoliu seu braço. O engoliu todo.

E May segurou seu ferimento aberto com sua mão esquerda.

— Se ao menos você tivesse sido um pouquinho mais esperta. Mas talvez você apenas seja tão forte porque não tem cabeça para pensar.

Logo depois, o torso de Rummel explodiu. Sangue espirrou, e os pedaços de carne se espalharam pelos edifícios restantes.

Os corpos das duas, May e Rummel, estavam tingidos vermelhos de sangue, mas May instantaneamente produziu um pouco de água com magia para se lavar.

E mancando lentamente de um edifício, Marina ofegava fortemente com sua boca enquanto golpeava a parte inferior restante do corpo de Rummel no chão.

Ambas as mulheres ofegavam fortemente.

Quando se sentaram, May olhou na direção do palácio. Ela ainda conseguia ouvir o som de armas de fogo e canhões, e sentiu os tremores algumas vezes.

Vendo uma porção do palácio explodida, May murmurou.

— ... Shannon.

Abrindo seus olhos, May se levantou vacilante. Ela caminhou lentamente adiante, rumo ao palácio real.

Marina se levantou apressadamente e agarrou os ombros de Marina.

— Idiota, você precisa fechar esse ferimento imediatamente. É perigoso ignorá-lo só porque é uma qilin.

May olhou para o rosto de Marina vagamente.

— Está certa. Mas eu preciso ir...

Já que a May iria mesmo assim, Marina lhe ofereceu um ombro, e pelo momento, decidiu ir até um lugar onde sabia que encontrariam aliados...


Agora que está aqui, isso significa que finalmente a tradução está terminada lá no blog, o Batata Traduções. Já que sempre se manteve 1 volume à frente, mas sei que tem gente que prefere esperar aqui. Então vamos lá!

Também não se esqueçam que comentários e interação são o combústível que movem a tradução adiante, deixem seus feedbacks dizendo o que estão achando da história e da Tradução. 


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