Volume 15
Prólogo
... era o trono.
Ali onde apenas o rei tinha permissão de se sentar, Celes se acomodava, enquanto repousava suas pernas nas costas de uma ajoelhada Remis.
A pessoa que apareceu adornava-se com a armadura de um Cavaleiro que tinha se oposto a Celes, tendo feito da armadura sua, e com seus cabelos negros mais longos que antes; um jovem cavaleiro com seus cabelos partidos em uma proporção de três-por-sete: 【Breid Vamper】
No passado, ele fora amante da filha da Casa de Viscondes Circry (atualmente uma Casa de Barões), mas no presente, ele era da Guarda Real de Celes, e tinha olhos apenas para ela.
Tendo alcançado a promoção que desejava, ele estava encarregado de trinta mil dos soldados estacionados em Centralle.
— Celes-sama, eu, Breid, partirei para Beim, a terra que a denegriu, com trinta mil soldados de elite. Por favor, espere por boas notícias.
Antes de partir, ele exibia a armadura de que se orgulhava, e reportou a Celes, pensando que poderia fazê-la olhar para ele.
No entanto, Celes tinha Rufus segurando um grande prato por perto... Ela estava fazendo o Príncipe da Coroa a alimentar.
Com uma pose que indicava estar pensando um pouco. Sua boca moveu-se para mastigar, e em volta havia homens cujos rostos ficavam vermelhos meramente com esse gesto. Trajando roupas que perigosamente mostravam demais, não combinando com a sala, esses homens a cercavam...
Eram todos belos, e todos a amavam. Não, eram seus prisioneiros. Tendo abandonado suas esposas e amantes, atualmente, eles eram brinquedos da Celes.
— Beim? É mesmo, parando para pensar, eu falei uma coisa dessas. Recentemente, o número de nobres com disposição de se rebelar caiu, então tem ficado chato. Mas ir todo o caminho até Beim é um saco, então... é, Breid, deixo isso com você.
— Sim! Mesmo se custar minha vida, irei erradicar todos em Beim sem erro!
Enquanto dizia que usaria as vidas deles para redimir o pecado de insultar Celes, a moral da guarda real estava bem alta. Ainda assim, era um grupo cujas vidas já tinham sido abandonadas ao charme dela.
Celes parecia desinteressada.
— Se encontrar qualquer coisa interessante, traga alguns de volta, tá bom? Hoje, um dos reféns que sempre tive interesse finalmente se curvou à mim. Então gostaria de retornar logo ao palácio interno, sabe.
Breid se desculpou.
— M-minhas profundas desculpas! Partirei imediatamente.
Celes simplesmente deu um risinho.
— Espera. Parando para pensar, aquele pedaço de lixo está em Beim. Breid, leve aquele “remédio” consigo em suas viagens. Quando mais nada funcionar, use-o.
Aquele remédio... tinha sido trazido de Zayin, e com repetidos experimentos humanos em Bahnseim, era uma droga capaz de unir pessoas e monstros.
Diante dessas palavras, Breid tomou um susto.
— M-mas Celes-sama, não há necessidade nenhuma de ir tão...
Celes se levantou de Remis, e olhou para Breid de cima.
— Quem pediu para você retorquir? Dessa vez não é um remédio que vai te matar imediatamente. E você não ia arriscar sua vida por mim?
Diante dessas palavras, os arredores fizeram chover malícia sobre Breid. Aqueles incontáveis olhares afiados continuaram a cair sobre ele.
— D-de modo algum! Eu meramente queria atender suas expectativas antes da necessidade de tal droga surgir! Tudo de mim é teu, Celes-sama. Se ordenares, cumprirei qualquer missão por ti.
Quando ele ofereceu uma desculpa forçada, Celes mostrou-lhe um sorriso. Ela tinha visto de imediato que era uma mentira. Um rosto que entendia que Breid simplesmente não queria acabar em um estado lamentável.
Um suor frio correu pelas costas de Breid.
— Muito bem. Perdoarei. Em troca, você trabalhará até os ossos por mim.
Enquanto dizia isso, ela desceu de Remis, e retornou ao palácio interno ainda no começo da manhã. Os homens atrás dela e o Príncipe da Coroa Rufus seguiram atrás.
Após sentir alívio, Breid pensou do fundo do coração:
(É a chance que finalmente alcancei. Quero servir à Celes-sama por toda a eternidade. Não quero usar uma droga que me tornaria um monstro desmiolado daqueles. Pois bem, se é assim que vai ser, precisarei de algumas conquistas em Beim. E que momento perfeito. Há aquele homem em Beim... Lyle, você irá morrer por mim. Apresentarei sua cabeça para a Celes-sama, e entrarei no palácio interno dela. E então seja como um homem, e como um vassalo, Celes-sama finalmente olhará para mim.)
Com seu senso de valores distorcido, Breid jurou em seu coração que colocaria as mãos na cabeça de Lyle, que claramente mostra a diferença entre suas habilidades da última vez que se encontraram...
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... Vanguarda frontal de Bahnseim.
Em um local onde um país vizinho uma vez se punha, Blois Cadel olhava para os exércitos que chegavam um após o outro.
Forças em escala de milhares. Pequenas forças de dúzias.
Uma ampla gama de forças de nobres, de Cavaleiros a Duques, tinha se reunido.
Blois olhou para esse exército, soltou um suspiro.
— Eles tinham tantos homens assim de sobra quando nós estivemos tão poucas mãos aqui, entendo.
Junto ao seu Cavaleiro ajudante, eles olhavam para o agrupamento de exércitos do escritório que o rei do país uma vez usou.
— As preparações para recebê-los bagunçaram bastante nosso cronograma, todavia.
Blois riu.
— Exatamente. Estávamos preparados para receber umas dezenas de milhares, e reunir a documentação para os encontros estratégicos anti-Beim foi um inferno. Agora, se outro problema tiver de surgir, teria que ser...
O ajudante assentiu com um olhar sério em seu rosto.
— Teria que ser a guarda real e elites vindo de Centralle. É verdade que eles têm alcançado grandes resultados, mas só ouvi rumores ruins a respeito deles. Que eles massacravam por escolha, e similares. Não estão dando a mínima atenção para o governo pós-guerra.
Blois retornou à mesa, e pegou alguns documentos em mãos.
— Breid Vamper. Nascido de uma Casa de Cavaleiros sem qualquer herança. Elevando seu status com conquistas militares, tornou-se um Cavaleiro oficial, e entrou diretamente na guarda real. Olhando apenas seu histórico, ele é esplêndido. O Cavaleiro que ele derrotou era um de renome em Bahnseim e tudo mais.
Seu Cavaleiro ajudante fez uma expressão insatisfeita.
— Parece que ele participou daquela unidade de Subjugação do Grifo. Ele pode ser um conhecido do filho mais velho da Casa Walt em Beim. Devemos proceder com cautela?
Blois sacudiu sua cabeça para essas palavras. O Cavaleiro nunca tinha visto Celes de perto. Alguma parte dele deve estar fazendo pouco dela.
— Desnecessário. Ele é um homem que chegou até a posição de guarda real dela. Tenho certeza que está loucamente apaixonado pela Celes-sama. É claro, o problema é como ele nunca comandou propriamente um esquadrão antes. Ainda assim, apesar disso, recebeu trinta mil tropas, e essa guerra de larga escala é sua primeira guerra real. Seria bom se ele não se intrometesse.
Blois mais ou menos aguardava que ele lançasse o campo de batalha em desordem.
Diante das linhas negras de tropas diante deles, os dois homens previam o quão terrível a invasão iminente de Beim se tornaria.
Blois falou...
— Gostaria de manter as perdas tão baixas quanto possível. Embora eu saiba que não há jeito nenhum disso acontecer.
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Tendo ido a Faunbeux para solicitar cooperação, Nós usamos uma rota marinha através de Cartaffs e retornamos para Beim Sul.
Chegando com Vera Trēs em um completamente carregado Vera Trēs, nos encontramos com a unidade da Novem que tinha chegado antes, e com o grupo da Adele-san.
Com seus cabelos rosas em um rabo-de-cavalo, Lianne usava roupas de fácil movimentação. Com uma mala de viagem estufada com bens que havia reunido em Cartaffs, ela descia a prancha.
Sua aparência não parecia com a de uma Princesa, mas ela tinha a atmosfera.
— Então essa é Beim Sul. Tinha ouvido falar, mas é bastante desenvolvida. Tem um bom número de navios ancorados, e muitos produtos movendo pelo porto.
Ela dava risinhos. Eu estava ciente que todo o conteúdo de sua bagagem estava relacionado à guerra.
Após Bahnseim declarar guerra a Beim, Beim Sul tinha começado a se preparar em grande correria.
Quando Novem se aproximou de nós, Miranda acenou sua mão para mim. E olhou para Shannon, que tinha desembarcado conosco.
— Shannon, não causou nenhum problema pra eles, causou?
Shannon desviou seus olhos do sorriso de Miranda.
— É-é claro que não. De quantos apertos você acha que minha esperteza nos salvou? Foi o Lyle que nos fez passar por um inferno.
Não vou negar essa parte. A demônio sorridente de cabelos rosas ao nosso lado estrangulando meu pescoço com aquela expressão horripilante na cara foi o maior aperto pelo qual passamos.
Mas quem nos salvou não foi a Shannon, mas Parselena-san, a refém.
Vendo os olhos da Shannon procurando por algum suporte em volta, Clara desmontou, e decidiu assentir.
Mas Miranda sentiu que era só encenação.
— Então você causou problemas? Bem, não é como se eu não tivesse previsto isso.
— ... Eu fiz o meu melhor!
Enquanto ouvia a conversa das irmãs, recebi o relatório da Novem. Eu tinha ganhado a informação através da Mônica, mas ainda queria verificar.
Não, talvez eu só quisesse falar com a Novem.
— Alguma informação nova?
— Nada. Beim ainda parece acreditar que pode fazer algo a respeito por conta própria. Tal como o reforço da Fortaleza Redant, com os residentes de Beim participando, eles reuniram uma força excedendo cem mil e etc... ouvi esses tipos de histórias.
Os países circundantes estavam hesitantes em auxiliar Beim.
Beim havia me descartado. Essa única ação arrastou as terras vizinhas para o problema, encurralando Beim.
Eu olhei para Novem.
— Espero que Beim faça o seu melhor. Eu realmente preciso que eles persistam tanto quanto puderem.
Novem assentiu:
— Tudo está indo como antecipou, Lyle-sama. Depois disso, se nossos dispositivos funcionarem bem, as coisas devem correr como esperado.
Novem parecia pensar que o plano que eu... não, eu, os ancestrais na Joia e a Milleia-san tínhamos elaborado definitivamente funcionaria.
E falei para a Novem:
— Ei, Novem.
— Sim?
Vendo seu rosto enquanto aguardava por minhas, engoli o que ia dizer. “Você me ama? Digo, ignorando o Walt no meu nome.” Vendo-me prestes a dizer isso, me senti um pouco envergonhado.
Maldição, eu não estava indo a lugar nenhum.
Além do mais, não era algo para discutir em um lugar desses.
— Não, não é nada. Já que todos acabamos de retornar, vamos descansar um pouco. E essa é a Lianne-san. Embora já tenham se encontrado antes.
Lianne ofereceu seus cumprimentos para Novem.
— É um prazer, Novem-san. Como minha Sênior, espero que me atualize. Acabei fazendo a Ludmila-san de Cartaffs ficar de guarda alta, e não fomos capazes de conversar muito. Mas espero que nos demos bem.
Novem sorriu para Lianne.
— É um prazer. Vamos nos dar bem, Lianne-sama.
— Só Lianne está bom.
— Então, igualmente, também pode me chamar apenas de Novem.
A interação sorridente delas, para novatos, poderia parecer agradável. Mas por que será, me pergunto... parecia-me que elas estavam colocando restrições e freios uma na outra. Tenho certeza que só estou cansado. Sem dúvidas.
Deve ser porque tudo o que vi na Joia foram as ameaças do Quinto, e as falhas do Sexto.
Sacudindo minha cabeça, olhei entre a Novem, e no meu outro lado, com Aria, Clara, e Miranda e Shannon.
E Shannon falou:
— É incrível. A Mana delas está colidindo violentamente. A Novem está redirecionado para os lados, mas aquela Princesa Lianne está indo com uma ofensiva incrível.
Miranda olhou para Lianne.
— Uma inimiga problemática. Não penso que irei perder, mas enfrentá-la vai dar trabalho.
Olhando para Miranda enquanto dizia tal coisa, Aria pareceu incomodada.
— Não podemos todas apenas... nos dar bem um pouco? Ou melhor, por que tenho que ter tanto cuidado entre aliados?
Clara se dirigiu a ela:
— Está enganada, Aria-san. É precisamente por sermos aliados que precisamos ter tanto cuidado. É o mesmo dentro de uma família.
Enquanto tínhamos tal conversa no porto, Vera e Mônica desceram a rampa.
— Huh? Ainda está aqui? Recomendo que volte e descanse logo. Quando as coisas ficarem ocupadas, tenho certeza que você não vai conseguir nenhum descanso decente.
Experimentando a bondade de uma preocupada Vera, disse a mim mesmo que Novem e Lianne definitivamente não estavam em uma disputa política por controle.
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… Beim.
Cuidando da mesa de recepções, Tanya colocava seu cabelo atrás de sua orelha.
Cuidando de sua mesa de sempre enquanto sua outra face... sua face de Varredora sentia o quão quieta a guilda tem estado ultimamente.
Sentindo um pouco de solidão com a situação da filial leste onde ainda havia o mesmo número de arruaceiros em volta, ela soltou um leve suspiro.
Após o grupo do Lyle deixar Beim, eles estiveram consideravelmente ocupados. E a atmosfera em Beim estava se inclinando cada vez mais para a guerra a cada dia. A esse ponto, muitos aventureiros tinham sido solicitados para defesas da cidade, e estacionados por longo prazo.
Por causa disso, havia menos aventureiros retornando à guilda após bem-sucedido dia de trabalho.
Tanya sentia que era a calmaria antes da tempestade.
— Eu queria que tudo terminasse sem grandes problemas.
As ações do Lyle, e o enorme país de Bahnseim.
Enquanto todos esses tentavam engolir Beim, Tanya sentia tudo se apertando...
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