Volume 14
Capítulo 17: A Decisão de Faunbeux
Falando das conclusões, Faunbeux se encarregaria de uma ponta do cerco de Bahnseim.
Sob condições que podia considerar extraordinárias: iria se tornar o centro em colocar as nações em volta para trabalhar e unificar o oeste do continente.
A razão de sua modificação era o território governado pelo Margrave de Resno... o retorno das antigas terras de Faunbeux, e uma razão ainda maior que essas...
A mulher com cabelos bagunçados estava em cima de mim enquanto eu deitava no chão do compartimento de carga do Portador. Ambas nossas roupas estavam bagunçadas, e nossas respirações estavam desreguladas.
Mesmo depois disso tudo, não era como se eu não visse como isso podia soar como uma história picante, mas o fato dela estar sobre mim foi pelo meu julgamento.
— I-isso dói...
— Como se atreve... como se atreve a atrapalhar meus planos!
Uma expressão horripilante. Além disso, vendo sua forma por baixo fazia seu rosto ainda mais assustador. Tenho certeza que isso vai voltar nos meus sonhos algum dia. Ou melhor, seu braço estendido... sua mão estava estrangulando meu pescoço.
— Ei, sai de cima do Lyle!
Aria apressadamente tentou arrancá-la, mas mesmo ela que treinava diariamente estava com dificuldades. Mônica guardou as ferramentas em suas mãos, saltou para mim, e tentou nos separar.
Mas as unhas dela estavam se afundando, então estava doendo. Havia sangue saindo.
— F-frango, você tá sangrando!
Shannon para Mônica:
— Não faça bagunça em um espaço tão apertado. Quer um pouco de remédio?
Shannon levantou o assento da parte do sofá do Portador e retirou alguns remédios. Tendo visto as ações dessa mulher medonha, o neto do Margrave de Resno, Blaeubeigh, se grudou à sua mãe, Parselena-san, com medo.
O Portador parou de repente, e Clara mostrou sua face na parte de baixo.
— Hm, vocês estão sendo barulhentos... uwah.
Clara inferiu a situação, olhou para Lianne e para mim, e se aproximou. Ela pegou a caixa de remédios da Shannon, retirou um pouco de unguento, molhou um pano nele, e o pressionou contra o meu pescoço. Enquanto meu ferimento era fechado, a descontrolada Lianne na minha frente parecia prestes a pular em mim a qualquer momento.
... Sumarizando. Quando a Lianne que havia tomado o castelo de Faunbeux foi empurrada para mim, eles prometeram sua cooperação alegremente. Enfiaram várias razões na superfície, mas estavam definitivamente se alegrando por estarem livres da maldição dela.
Lianne perdeu toda a autoridade que havia ganhado em Faunbeux para mim e para minha família.
O Quinto parecia preocupado com o encolhido Blaeubeigh-kun.
『Isso vai se tornar um trauma. Terceiro, mente pode selar memórias, ou...』
O Terceiro riu:
『Hahaha, de jeito nenhum. Minha Skill não é poderosa assim, e com algum gatilho, vai tudo voltar para ele eventualmente, então não posso recomendar. Se ele relembrar em um ponto importante em seu futuro, vai entrar em pânico. Mas é aquilo, sabe... isso é pior do que pensei.』
É verdade que a Lianne era uma mulher mais problemática do que eu havia pensado. Aceitá-la deste modo foram as palavras finais que o LYLE deixara para trás. E na realidade, Faunbeux havia prometido sua cooperação, vendo o fantasma do Sétimo, as autoridades do país e até mesmo o Rei tinham recidivado em seus próprios traumas.
Com isso, duvido que colocarão as mãos no nosso lado em pouco tempo.
Clara terminou de envolver meu pescoço, e o tocou.
— Está com dor?
— Estou bem, obrigado. Pode cuidar da Aria também?
Dizendo isso e me levantando, fui até a Lianne, com seus cabelos completamente bagunçados imobilizada pela Mônica. Aria também tinha sido vítima dessas unhas; havia sangue escorrendo de sua mão.
Quanto à Lianne, suas unhas tinham quebrado, e estavam sangrando. Mesmo assim, ela ainda tentava pular em mim, era como se ela fosse uma fera.
Nisso, Parselena-san se separou de Blaeubeigh e se levantou. Ela foi para a frente da Lianne e lhe deu um tapa.
— ... O que eu fa...
Quando me agitei, a Milleia-san da Joia, e a Parselena-san falaram comigo:
『Lyle, cala a boca e assiste.』
— Eu posso ter sido direta demais. Mas não posso continuar assistindo. Então apenas observe por enquanto. Princesa de Faunbeux, Princesa Lianne, correto? Eu sou Parselena... Parselena Resno.
A imobilizada Lianne desviou os olhos para esconder seu rosto ante à apresentação da Parselena-san.
— Que conduta é essa sua? Você se descontrola porque não pode aceitar o que foi decidido? Seu corpo deveria ser aquele de uma Princesa... aprenda de uma vez que você não pode desafiar o veredito do seu país.
Aquela mulher gentil e quieta se colocava ousadamente na frente dela. Aria, Mônica, Shannon e Clara ficaram caladas.
Eu podia ver olhos violetas das brechas dos cabelos cobrindo o rosto de Lianne. Eles eram o mesmo violeta da Novem, mas não carregavam um fragmento de bondade.
— Olha como a esposa do herdeiro do Margrave fala orgulhosamente comigo...
Imobilizada, Lianne tentou estalar com sua mão direita. Era uma ação para usar sua Skill...
O Terceiro falou:
『Lyle, esses tipos de Skill não se ativam desde que você possa agitá-las um pouco. Qualquer coisa serve, apenas use suas Skills para interferir.』
... Apressadamente empreguei a Skill do Segundo... Área... e com essa interferência, a Skill da Lianne não se ativou.
Sem nada ocorrendo senão o estalar de um dedo, Lianne olhou para sua mão. E olhou para mim.
— Ficando no meu caminho de novo... Eu acreditei em você... Eu acreditei que éramos vingadores idênticos!
Eu não preciso desse tipo de confiança, pensei, enquanto sentia alívio por ter selado sua Skill. Parselena-san falou para Lianne.
— A questão com o Príncipe da Coroa chegou aos meus ouvidos. Era algo importante para a Casa Resno, afinal. Mas a você de agora está enganada.
Lianne a fitou.
— Não vou dizer para não se vingar. E não tenho o direito de dizer isso. Mas se apegando a isso tanto assim, você ainda não está apaixonada?
Ardendo de vingança pelo Príncipe da Coroa... Rufus. A Parselena-san não tinha olhos especiais como a Shannon, ou qualquer Skill especial, mas ainda assim ela podia ver que a Lianne estava carregando algo em seu coração.
Lianne calou sua boca. Ela deixou algumas lágrimas pingarem.
— Errado... eu...
Parselena-san falou:
— Você não foi abandonada. Está viva. E não foi enfeitiçada pela Celes... que tal pensar nisso deste modo? Foi precisamente por ser amada, que foi mandada embora?
Lianne não falou nada. Embora sua expressão dissesse que não podia aceitar.
Mas ouvindo as palavras da Parselena-san, relembrei as palavras do nosso fundador. Que apesar dos meus pais estarem sob o domínio da Celes, eu ainda assim estava vivo, isso ou era por eu ser ridiculamente sortudo, ou porque meus pais haviam resistido desesperadamente.
Eu não tinha como descobrir. Mas essa era a verdade que eu queria acreditar.
Parselena-san ofereceu mais palavras à silenciosa Lianne.
— Encontre felicidade. Mesmo se por vingança... ou por amor, é o que é o melhor pelo seu bem.
Para mim, parecia que essas palavras me eram dirigidas.
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Noite.
Parando o Portador e me preparando para acampar, senti a presença da May. Indo para fora, uma May repleta de pacotes apareceu. Segurando uma bolsa, ela:
— Pacote pra você!
Falou isso e riu. Vendo-a se aproximar com um sorriso, recordei os eventos do dia...
— Por favor continue assim. Sério, nunca mude...
May inclinou sua cabeça.
Vendo aquele gesto, tive a sensação de que o Quinto na Joia havia sorrido um pouco.
『Tolo, a May é uma boa garota. Boa demais para você... e pra mim.』
Ela entregou a bolsa para mim.
— Essa carta é do tipo que você deveria dar para a Shannon. E essa daqui é uma carta de Djanpear, e essa daqui é...
Olhando o interior, May começou a explicar. Confirmando cada item, informei a May de nossos planos futuros.
— Então o que você vai fazer agora?
May se espreguiçou.
— Estou cansada, então queria descansar um pouco. Comer bastante, e relaxar por alguns dias. Novem e as outras vão entrar em Bahnseim por Djanpear, e fazer caminho do sul ao oeste, talvez? Elas disseram que iriam sudoeste.
Nisso, o Sétimo soltou sua voz de dentro da Joia:
『O sudoeste de Bahnseim... o território da Casa Walt, eh? Bem, se for o grupo da Novem, eu não acho que precisa se preocupar demais...』
Os Senhores com o maior território em Bahnseim, atrás do Rei, eram a Casa Walt. Suas terras expandidas a cada geração tinham agora os colocado em primeiro em Bahnseim. Por causa disso, se mencionasse sudoeste, tinha que significar o território da Casa Walt. Eles tinham vassalado Casas nos arredores... não, o território da Casa Forxuz também estava lá.
— Desde o começo, elas planejavam ir se conseguissem tempo. Terei que esperar que elas fiquem bem, é isso.
May riu:
— Oh, é mesmo. O Rei de Djanpear, sabe. Falou que queria beber com você, Lyle. Só vocês dois.
Eu estava abrindo a carta, mas ouvindo isso, minhas mãos pararam. Lentamente levantei meu rosto, e falei:
— ... Eu não me dou bem com álcool.
— É mesmo, não é! Mas a Novem já concordou, então se esforça.
Ansioso por uma bebida com o Rei de Djanpear, abri a carta, e a olhei. Ela detalhava seus resultados no país, e a quantidade de tropas que eram capazes de enviar.
A visão da Miranda sobre o assunto e as informações que a Eva havia coletado de seus colegas elfos também estavam detalhadas.
— ... Mesmo se não houver um problema com a qualidade dos soldados de Djanpear, há preocupações quando se trata de lutar em terreno nivelado. Eles eram fortes em montanhas e florestas desde o começo, então terei que fazer o melhor uso disso...
Após pensar um pouco, ouvi o som de um estômago roncando. Era a May.
— Tô com fome.
Dando um sorriso, retornei ao Portador, e falei para a Mônica preparar uma refeição.
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A manhã do dia seguinte.
Shannon se punha diante da Mônica, segurando a carta com uma expressão tensa em seu rosto.
— Hm~, aqui diz que o clima estava bom em Djanpear, e coisas assim, parece que diz que a fruta era gostosa, e algo assim...
Enquanto ela lia a carta e dizia algumas coisas vagas, Mônica desceu-lhe seu martelo. Era um martelo, mas seu material não era ferro, mas algo mais leve. Não era papel também, mas quando acertava, fazia um interessante som de “meep”.
— Eu quero um.
Quando falei isso, os olhos do Blaeubeigh-kun também brilhavam enquanto olhava para o martelo, com seu cabo amarelo, e cabeça vermelha que afundava com impacto, mas instantaneamente retornava à sua forma original.
Mônica se dirigiu à Shannon.
— Sim, você está errada. Certifique-se de não sair inventando alguma merda aleatória. A comparação de mensagens falhou, então sua mesada para o mês seguinte caiu pela metade. Agora se você continuar falhando, só vai piorar para você.
— Ei! Eu fiz meu melhor! E espera, fala pra elas escreverem em letras maiores e mais asseadas da próxima vez! As letras estão todas tão apertadas e juntas que eu mal consigo discernir!
Enquanto Shannon parecia à beira das lágrimas, Clara lançou um bote salva-vidas.
— Bem, livros ilustrados são escritos para serem bem fáceis de se entender. Talvez letras normais ainda sejam difíceis demais para ela.
Recebendo ajuda, Shannon sorriu para Clara. Mas a Aria falou:
— Mas se você não puder ler isso, será duro. Dê seu melhor, Shannon.
Realmente era o caso em que teríamos problemas se ela não pudesse oferecer uma leitura precisa. Vou precisar planejar o avanço da educação dela.
No compartimento de carga do Portador.
Vendo Lianne sentada em um canto, hesitei sobre que palavras usar para chamá-la. Enquanto todos se reuniam em volta da Shannon, apenas a Lianne se sentava separada dos outros.
Nisso, a Parselena-san falou para mim.
— Apenas a deixe por enquanto. Ela está comendo direito, então ficar de olho nela é o bastante. Ela é uma garota forte. Tenho certeza que pode se levantar de novo sozinha.
Vendo a Parselena-san manter o Blaeubeigh-kun ao seu lado, senti um pouquinho do que era uma mãe.
— Entendido. Farei apenas isso... em breve estaremos de volta no território do Margrave. Você ficará conosco um pouco mais, mas será libertada depois disso, por favor, seja paciente.
Ela fez uma expressão um pouco perturbada.
— ... Você realmente é bonzinho para alguém me usando como refém.
Fiz uma cara séria.
— É exatamente por vocês serem reféns de negociação que estou os tratando tão bem. Bem, tenho alguns pensamentos pessoais envolvidos, e cada um com suas coisas.
Tendo obtido a cooperação de Faunbeux, estávamos no caminho de volta ao território do Margrave Resno.
Shannon estava com lágrimas nos olhos enquanto lia a última carta. Nisso, suas mãos pararam de repente. E ela olhou para Mônica.
— ... Diga pra minha irmã que eu entendo.
Mônica passou a mensagem para as Valquírias. A resposta que retornou indicava que não havia problema, aparentemente.
— Miranda diz que não há problema. Pois bem, a avaliação de hoje é... sem sobremesa por dois dias. Sua mesada mensal está pela metade. Bom para você, se tivesse falhado em cada carta, teria perdido uma semana de sobremesa, e sua mesada teria sido cancelada totalmente.
Shannon olhava mortificada para o sorriso refrescante de Mônica. Mas estava segurando as cartas preciosamente.
— Apenas aguarde. Eu vou me vingar de você algum dia!
Mônica zombou da frase de Shannon.
— Lute o quanto quiser. Será um esplêndido espetáculo ver como você se arrasta nos poucos meses restantes.
May olhava para as duas das laterais.
— A Mônica não é honesta. E tenho certeza que a Miranda queria que a Shannon...
Após falar isso, Clara interrompeu sua declaração.
— Por favor não diga isso. Vamos apenas deixar as coisas como como sentimentos entre irmãs.
... Tenho certeza que a Miranda ofereceu à Shannon um problema fácil de se entender.
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