Volume 11
Capítulo 13: Fortaleza Redant
Esse lugar uma vez foi um forte.
Mas agora havia se transformado em uma fortaleza de três muralhas envolvendo um exército de dezenas de milhares.
Forte Redant, agora Fortaleza Redant, havia começado a ter sua forma definida.
Eu agarrava a Joia, montando a May em forma qilin, enquanto olhava para a fortaleza de cima. Eu obtinha um entendimento do mapa tridimensional da área produzido pelas minhas Skills, e enquanto olhava para a fortaleza, conversava com meus ancestrais na Joia.
Em horas assim, fico grato por haver alguém como a May, que entendia a situação.
O Quinto conferia a fortaleza.
『Defesa antimágica pode ser mantida apenas na superfície. Não temos tempo, então monte-a com uso único como premissa. Desde que você se empenhe na muralha final, está tudo bem se as outras duas se quebrarem.』
Nós revestimos o exterior com uma fina camada de material que refletia mana. Só isso fazia uma diferença enorme, mas não era confiável o bastante contra um exército de centenas de milhares.
Originalmente, toda a construção da fortaleza deveria ter sido de materiais fortes contra mana. Mas não tínhamos esse tipo de tempo, então a ideia foi rejeitada.
Eu também conferi as armadilhas. Já que fora estimado desde o começo que as duas primeiras muralhas seriam penetradas, nós planejamos montar armadilhas entre elas.
O Terceiro olhava para a fortaleza rumo à sua completude enquanto falava:
『Óleo, pólvora, e flechas... não é o bastante, mas te deixa com um bom número de meios. O problema teria que ser o céu.』
Era dito que ao enfrentar um exército de monstros, o maior problema vinha daqueles voando pelo céu.
Eu ainda havia de experimentar uma batalha de exércitos nesta escala, mas parecia que havia uma diferença enorme entre pessoas e monstros.
O fato de que monstros não sabiam recuar.
Se pessoas soubessem que não tinham chance nenhuma de vitória, poderiam recuar se desejassem. Mas monstros não possuíam tal conceito, avançando até o final.
Por causa disso, era possível pegá-los com armadilhas óbvias. Mas suas habilidades de escapar delas era surpreendente.
E daqueles que eram capazes de passar diretamente por tudo, o maior incômodo eram os voadores. Eles passavam diretamente por cima das muralhas, e podem até atacar da retaguarda.
Se voassem alto o bastante, eram inimigos difíceis de se colocar as mãos. Mais que qualquer coisa, se um poderoso inimigo — digamos, um grifo — aterrissasse sobre as muralhas, as fileiras de soldados rasos não seriam o bastante para lidar com isso.
Olhei na direção da fortaleza, aguardando pelo assalto dos monstros.
— Nós poderíamos continuar desgastando eles. Mas duvido que isso realmente infligiria muitos danos no lado deles.
Na primeira vez, eu havia pego os olhos da Shannon emprestados para realizar reconhecimento.
E na segunda viagem, fui com a May para talhar os monstros problemáticos.
Na terceira vez... fiz chover flechas sobre eles, mas os monstros especializados em magia foram capazes de bloqueá-las.
Tenho certeza que só os monstros voadores já equivaliam a alguns milhares. O que eu havia derrotado nem mesmo chegava a cem deles.
Eu queria continuar aparando eles desse modo, mas tinha outro trabalho para fazer.
— Pessoalmente, gostaria de apenas atacar e esmagá-los. Há realmente uma necessidade de eu fazer tudo isso só para me mostrar? Vocês humanos realmente são obsessivos com esse tipo de coisa.
Enquanto May sacudia sua cabeça de modo cansado, ela estava ligada com a Conexão, então o Quinto era capaz de se comunicar com ela.
『Por favor aguente, May. É em horas assim que a moral é mais importante que qualquer coisa. Monstros não têm tal coisa, mas humanos precisam de vontade para lutar.』
Se não tivessem isso, o lado humano desmoronaria muito facilmente.
Não importando o quão certa fosse a nossa vitória, isso seria inútil se os outros também não acreditassem isso.
— Faça seu melhor, eu!
Vendo-a se motivar tanto com as palavras do Quinto, dei um sorriso amargo.
Conferi as armadilhas no caminho.
Nós havíamos preparado todas que podíamos, mas os ancestrais disseram que algo desse nível não impediria muito esses números de inimigos.
De acordo com eles, estava apenas no nível de ser melhor que nada. Buracos seriam instantaneamente preenchidos, e pisoteados. Contra cem mil monstros, se as armadilhas colocassem alguns milhares para descansar, era apenas erro de medida.
Além disso, no exército de monstros atual... a pior parte era que ele era bem balanceado.
Com forças aéreas, e muitos monstros hábeis em magia. Duvido que tenham qualquer tipo de coordenação, mas já podia ver a visão deles concentrando seu fogo mágico na fortaleza.
Não tendo uma fortaleza construída nessa área à toa, havia falésias em volta, limitando a passagem de inimigos. Se eu pudesse chamar isso de salvação nessa situação, chamaria.
O Sétimo abriu sua boca:
『Bem, aqueles enfurnados na fortaleza têm a vantagem. Apesar dos inimigos serem mais de dez vezes mais numerosos.』
Pensando apenas nos números de tropas, parecia que eles definitivamente penetrariam.
— Bem, nós fizemos tudo o que pudemos.
O Quarto assentiu favoravelmente.
『Isso. Você fez basicamente tudo o que podia neste curto período de tempo. Transformou um forte em uma fortaleza para confrontar Bahnseim no futuro. Coletou dinheiro para reforçar suas forças. Pegou os elfos e fez eles o divulgarem como o herói se opondo contra chances esmagadoras. Embora pudéssemos ter ficado mais felizes com uma força de batalha um pouco maior.』
Zayin e Lorphys... havíamos pegado emprestado soldados deles.
Para esses dois países, isso certamente era uma conversa problemática. Os altos escalões podiam estar comemorando suas dívidas reduzidas, mas para aqueles abaixo, era simplesmente ridículo.
Os mercenários e aventureiros haviam, a fim de defender a cidade de Beim, enrijecido suas defesas em torno do centro urbano para uma batalha defensiva.
Havíamos recrutado voluntários dos vilarejos perto da fronteira, mas eles não chegavam sequer a mil. Se continuássemos a reuni-los, quantos mais conseguiríamos obter... além do mais, eles não seriam lá muito úteis como soldados em primeiro lugar.
Apesar de terem armas, não haviam passado pelo treinamento de um soldado.
(Bem, não era como se nosso objetivo fosse fazê-los lutar, todavia.)
Em horas assim, Beim não tinha que reunir civis como soldados. Então tentar fazer isso não era muito produtivo.
O Terceiro falou:
『Agora então, Lyle. As circunstâncias são impossíveis. É um erro tentar desafiar essa situação! Qualquer um pensaria isso.』
— Tenho certeza que sim. Mas...
『... Essa é a melhor parte!』
Eu de algum modo conseguia imaginar o sorriso maquiavélico do Terceiro na minha mente.
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... Filial Leste da Guilda de Beim.
Atrás do balcão de recepção, Marianne estava soltando sua ira.
— Eu já te disse que não! Seu grupo não está sendo forçado a participar. Não há significado nenhum em jogar suas vidas fora inutilmente!
A pessoa que ela confrontava era Erhart. Diante da ira que despedaçada sua atmosfera normalmente fofa, os aventureiros em volta, e o grupo do Erhart, pareciam bastante confusos.
Seus colegas de trabalho também olhavam para ela em choque.
— M-mas Marianne-san. Nós já temos todo o nosso equipamento em ordem... e se nos juntarmos, haverá uma recompensa. Se trabalharmos fora da cidade, a quantia que receberemos vai disparar.
Mesmo o normalmente teimoso Erhart estava tropeçando em suas palavras diante da raiva de Marianne.
— Só porque vocês acabaram colocar seus equipamentos em ordem, acham que se tornaram um grupo de primeira classe? Parem aí mesmo. Escutem aqui, se continuarem pensando assim, definitivamente irão morrer! Tudo o que fizeram até agora foram biscates, e caçaram monstros lá fora ocasionalmente entre isso. O quão forte vocês acham que ficaram em um par de meses? Vocês realmente entendem isso?
Seu papel era oferecer palavras bondosas para novos recrutas, mas dessa vez ela havia esquecido de seu próprio trabalho.
Erhart falou?
— Q-qual o problema com você!? Nós conseguimos fazer isso! Foi você quem disse que a gente tinha talento, não foi?
Marianne abaixou seus olhos, e mordeu seu lábio inferior. Ela cerrou seu punho, e sentiu que estava prestes a chorar, mas aguentou, e fez o sorriso mais repulsivo que conseguia.
— Eu falaria isso pra qualquer um. Não é como se vocês fossem especiais. Há muitos aventureiros do calibre de vocês por aí. Eu apenas lidei com vocês amigavelmente porque elogios vazios eram o bastante para fazer vocês aceitarem os trabalhos que ninguém queria.
Esfregando seu cabelo, ela dirigiu um sorriso zombeteiro para o grupo de Erhart.
— E-então era isso que você estava pensando da gente até agora!? Nós realmente estávamos gratos a você, Marianne-san, e queríamos...
— Hah? Não fiquem metidos demais. E o que é que tem? Agora que tal pegarem logo um trabalho que realmente são capazes de fazer e não atrapalhem o meu serviço, tá?
A seguir Marianne entregou a Erhart um pedido de trabalho manual para erigir as defesas da cidade. Um papel não combatente.
O grupo de Erhart deixou suas cabeças caírem. Dentre seus companheiros, havia até um deixando suas lágrimas caírem.
As palavras da existência que para eles era uma bondosa e confiável irmã mais velha haviam trazido um enorme choque.
Erhart silenciosamente assinou o documento, antes de esmagá-lo em sua mão, e batê-lo na mesa.
— ... Eu acreditei em você.
Marianne processou o formulário com um atitude descarada, e entregou um envelope. E após pegá-lo das mãos dela, o grupo do Erhart deixou o balcão.
Vendo eles assim, Marianne abaixou seus ombros em alívio.
Tanya imediatamente foi para o lado de Marianne.
— Marianne, você foi convocada.
Pensando que ela realmente havia feito besteira, Marianne fez deu um sorriso vago, e foi imediatamente até a sala de seu superior.
Tanya assumiu o balcão no lugar dela, e fez companhia aos aventureiros...
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... A sala do chefe.
Ouvindo o relatório de Marianne quanto as circunstâncias, o supervisor não pareceu muito zangado.
— Marianne, pensei que você fosse mais esperta que isso. Se eles desejarem, qual é o mal em enviar um grupo ou dois de aventureiros para as linhas de frente? Não é nada que deva fazer você se sentir responsável.
Marianne abaixou seus olhos.
Enquanto ela reportava ao seu chefe, ele sorria levemente.
— Você está... certo. Mesmo assim, quando assisto eles, meus sentimentos fervem. Aquelas crianças ainda têm futuros pela frente. Deixar eles morrerem aqui é...
Talvez seu superior entendesse seu sentimento, já que soltou um suspiro.
— É precisamente por você ser assim, que está encarregada dos novos recrutas. Mas o caso de hoje vai se espalhar em um instante. Já que você bancou a vilã para impedi-los, isso se tornará um impedimento ao seu trabalho. Então de agora em diante, deixarei você cuidando das mesas no terceiro andar. Nada mais de novatos para você... faça seu melhor no seu novo posto.
Diante das palavras de seu superior, Marianne sentiu vontade de chorar de novo. Não de alegria. Mas enquanto sentia que elas estavam prestes a sair, ela levou uma mão à boca.
— ... Muito obrigada! Irei para lá imediatamente.
Após oferecer tal resposta, ela deixou a sala...
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... Com seu trabalho chegando a um bom ponto para sair do plantão, Tanya foi até a sala de descanso, e encontrou Rühe.
— Ah, bom trabalho, Tanya-san!
Animada e cheia de energia, ela assumia uma atitude um pouco exagerada com seus superiores, mas sabia não fazer isso com aqueles que não podia se opor a todo custo.
E como tal, passa seus dias habilmente neste local de trabalho.
— Igualmente. Como as coisas estão indo do seu lado?
Quando Tanya se sentou e perguntou, Rühe ofereceu um sorriso alegre.
— Conseguimos despachar aventureiros para os pontos importantes da cidade sem problemas. A recompensa era boa, e eles falaram que se fosse eu pedindo, então...
Vendo ela falar tão alegremente, Tanya relembrou. Ainda jovem, a geração que não havia experimentado um último Labirinto descontrolado.
Essa era a geração que Rühe fazia parte.
— ... Então quando pedi a um aventureiro que conhecia realmente muito bem, ele aceitou! Falando que havia algo que queria me dizer quando voltasse!
Pela atitude da Rühe, parecia que ela se dava consideravelmente bem com esse aventureiro. E ao ouvir isso, a recepcionista veterana enviou olhares de simpatia para ela.
Tanya tinha uma estimativa geral de que tipo de homem aquele aventureiro era. Um aventureiro classificado como capaz, mas apenas no sentido em como a guilda o percebia.
Se perguntasse a ele se era realmente forte, ele apenas poderia sacudir sua cabeça.
Rühe puxou conversa sobre a Marianne.
— Mesmo assim, será que a velhota realmente chegou no limite? Aqueles tipos de aventureiros com nada além de segundas intenções em mente realmente lançam os olhares mais vis, afinal. Você tem minha simpatia.
O que Tanya, e outros aventureiros seniores, relembravam ao olhar para Rühe, era Marianne.
Quando ela havia acabado de se tornar uma recepcionista, ela era bela, bondosa, e popular. E com toda bajulação que recebia, havia assumido uma atitude como a da Rühe.
Tanya pensou:
(Rezo para que não se torne a segunda Marianne, Rühe.)
Enquanto a Guilda se movia ocupadamente, Tanya sentiu uma forma de mudança de gerações ocorrendo no escritório...
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Fortaleza Redant.
Enquanto me punha no topo da estrutura, bandeiras balançavam em volta. Havia uma de Beim, mas em volta dela estavam as bandeiras de Zayin, Lorphys... e a da Casa Walt também.
A bandeira onde a Joia azul era sustentada por seus ornamentos de prata era algo que eu havia inventado.
Vestindo uma armadura azul que pedi a um ferreiro que modificasse, segurei meu elmo sob meu braço direito, e me virei.
Os números reunidos eram logo acima de vinte e seis mil. Eram menores que o estimado, mas pensei que não tinha jeito.
E enquanto o sol matinal subia, vi uma sombra negra no outro lado do horizonte. Um exército de Monstros
— Cavalheiros! Tenho certeza que a maioria de vocês está pensando isso: “Por que é que devemos apostar nossas vidas por Beim?” ... “Por que devemos escutar as ordens de um fedelho como esse” ...
Elevei minha voz alto, estendendo minha mão esquerda. As forças armadas permaneceram em silêncio.
— Esta luta. É realmente apenas em favor de Beim. Beim está se movendo com a queda desta fortaleza como premissa. Recusando meu apelo para despachar aventureiros, eles concentraram suas forças na defesa da cidade, e apenas enviaram aventureiros e mercenários para pontos que consideram importantes!
Sim, que conto terrível esse daí. É claro, tenho certeza que Beim tem muita coisa que gostaria de dizer em resposta, mas não havia ninguém de Beim aqui, então isso não era problema.
Eu também não menti.
— É realmente injusto. Vós que juraram suas vidas às suas pátrias-mães devem lutar pelo bem de alguma outra nação... mas é realmente certo abandonar Beim!? Está realmente tudo bem observar Beim sofrer das margens!? Beim não é a única que será irracionalmente pisoteada por monstros! Todas as pessoas que vivem nestas terras sofrerão o mesmo fado! E não posso permitir tal!
De dentro da Joia, ouvi a voz do Quarto:
『Sim, parecendo bom. Você tem que realizar uma grande proclamação aqui sobre como você é diferente da Celes.』
Milleia-san opinou para derrubá-lo:
『Mesmo que sejam diferentes, isso ainda é bastante suspeito. Ele não está mentindo, mas também não está dando toda a verdade.』
Esse discurso... não era como se fosse dirigido apenas aos soldados. Mais que isso, ele era para os civis de Beim que havíamos reunido aqui.
Estou trabalhando duro, mas Beim abandonou vocês, é o ponto que estou tentando apelar.
Enquanto continuava o discurso, puxei uma espada adequada da minha cintura. Não era uma katana, mas uma espada de dois gumes apenas por aparência. Apontei-a aos céus, e bradei:
— Se for destino este apuro meu, a deusa certamente responderá. Aqui juro eu, irei proteger este ponto pelo bem das pessoas que serão pisoteadas.
Nesse momento, May desceu correndo do céu em sua forma qilin. Os soldados olhando para cima viram a qilin, e soltaram suas vozes.
— E-ei! É um qilin!
— Não pode ser. Será que isso realmente é destino...
— Não pode ser, não, tem que ser...
— Nós podemos vencer. Nós podemos vencer isso!
— Sim, tem um qilin do nosso lado!
(Como esperado do símbolo da boa sorte.)
Eu havia ocultado sua existência até agora, mas optei por usá-la aqui.
Opiniões favoráveis começaram a aparecer. Naturalmente, eram atores. Os ancestrais não afrouxaram suas mãos nessas preparações mais detalhadas.
Enquanto May descia ao meu lado, os soldados soltaram vivas de alegria. Eu podia ver a moral subindo diante dos meus olhos. E senti que o calor disso iria chegar até mesmo até mim aqui em cima.
— Nós temos a graça da deusa! Nossa fortaleza será o cemitério daquelas vis legiões! Apenas sigam minha liderança!
Quando elevei minha voz, as vozes dos soldados chamando meu nome se sobrepuseram algumas dezenas de milhares de vezes, criando algo extremamente magnífico.
(Merda, enganar eles deixa um gosto ruim na minha boca.)
Me desprezei por realizar esse discurso para elevar a moral.