Volume 10
Capítulo 16: A Rainha de Cartaffs
Ao caminhar através das ruas de Cartaffs. Bahnseim, Arumsaas, Beim... eu notava a diferença entre os lugares onde estive.
Eu não havia sentido isso em Zayin ou Lorphys também. A atmosfera característica de Cartaffs.
O mesmo valia para a ordenada paisagem urbana, os edifícios pareciam ser práticos demais. Além disso, soldados em patrulha caminhavam por aí.
Seus uniformes eram padronizados, e eu não podia ver Cavaleiro nenhum.
O primeiro a notar isso foi o Sétimo.
『... Ouvi que Cartaffs reunia pessoal independentemente de classe. Entendo, então eles são completamente centrados em habilidade.』
Eles têm um sistema de nobreza, pelo o que vale, mas não é só isso. Acho uma boa coisa eles reconhecerem talento independentemente de status social.
Mas realizar algo assim geraria oposição considerável.
Então devo assumir que a pessoa liderando Cartaffs deve ter no mínimo habilidade o bastante para dominá-los. Ou talvez tenha precisado aprender a fazer isso por necessidade.
O Terceiro expressou seus pensamentos.
『Com Bahnseim ao sul... Cartaffs também é um grande país, mas seus poderes nacionais são diferentes demais. Como esse país não consegue sequer cooperar com seus arredores, é compreensível que tenham sido refinados pela ameaça de Bahnseim. Mas eles ficaram práticos a esse ponto, não é... bem, pode apenas ser sua característica.』
Caráter, ou uma razão geográfica, qualquer que seja o caso, não havia dúvidas de que era uma forte nação.
O Quinto olhava para a cidade.
『Norte de Bahnseim... seria bom se pudéssemos obter ajuda deles quando o Lyle agir.』
Eu pensava o mesmo, mas o meu eu atual não era significante o bastante para Cartaffs me levar a sério caso eu pedisse ajuda. Além do mais, como um nobre do país que eles odiavam tan...
O Quarto:
『Mas você nunca imaginaria que a Rainha de Cartaffs era a Rainha sobre a qual a Eva-chan havia cantado.』
Olhei para Eva caminhando ao meu lado.
Mesmo andando com uma elfa como ela, as reações circundantes eram normais. Uma mudança de Bahnseim, Arumsaas ou Beim, onde de vez em quando se podia encontrar algum preconceito.
Eva olhava em volta.
— É bastante frio aqui. Eu deveria ter trazido um casaco... mesmo assim, quando se vê semi-humanos caminhando por aí tão normalmente, faz-se pensar que é um bom país.
Questionei seu uso de “faz-se pensar”. Então tentei perguntar:
— Isso não significa que eles estão realmente nomeando qualquer pessoa habilidosa independentemente de status? É um bom país, não é?
Nisso, o Quarto me explicou:
『Você apenas não entende, Lyle. É bom você não olhar para nada além do lado bom de um governo centrado em habilidade. Para tudo que existe, há méritos e deméritos.』
Ouvindo isso, inclinei minha cabeça, e após Eva olhar em volta, e conferir que não havia soldados em volta, ela falou:
— Vendo de outro modo, humanos e semi-humanos incapazes são vistos friamente. A razão do recepcionista da Guilda ter tentado tanto ficar fora do seu caminho certamente foi por você ser habilidoso. Eu tentei perguntar a alguns dos meus irmãos, mas aparentemente a diferença em tratamento é enorme. Pode ser melhor que um sistema de classes, mas parece não haver espaço para respirar.
Então os talentosos eram respeitados, e o resto desprezado.
A força dessa perspectiva também deve ser característica de Cartaffs.
O Quinto demonstrou alguma admiração à Eva:
Ainda assim, ter irmãos elfos em todo lugar realmente é conveniente para coletar informações. Além do mais, apenas dizer 【Nihil】 recebe uma reação diferente. Uma relativamente favorável além disso.』
A Tribo Nihil... Era uma Tribo que tinha significado aos elfos.
Quando se tratava de coletar informação, mesmo dentro do grupo, Eva era alguém habilidosa. Ela tinha sua própria rede de informação, e podia facilmente colocar as mãos em informações que o resto de nós não seria capaz de tocar.
Novem e Miranda também eram boas nisso, mas como a Eva era facilmente capaz de coletar informações em qualquer vila por qual nós parássemos, ela certamente era uma existência rara.
Quando caminhamos juntos pelas ruas, talvez a cidade fosse relativamente larga, já que havia muitas pessoas em volta.
Havia barracas de comida em fila, com fileiras de raras comidas.
— Eles realmente têm uma variedade de carnes. Tenho a sensação de que doces e coisas assim são escassos, porém.
Eva olhava para os carrinhos e barracas.
— Parece que doces são preciosos aqui. Parando para pensar, o navio tinha açúcar na carga também. Os marinheiros ficaram radiantes quando descobriram que havia ficado sem danos.
A enorme carga no navio ficou segura, e a Vera, aliviada. O país negociava por suas comodidades insuficientes com Beim.
E enquanto trabalhávamos em Cartaffs, exploraríamos a cidade até a hora chegar. Além de conhecermos nossos guias, havíamos agendado a definição de nossos planos para hoje.
Eu também queria aprender sobre o que tomar cuidado no terreno.
E quando isso terminasse, iríamos terminar as preparações, e partir.
— ... Já está quase na hora. Vamos para a guilda?
Dizendo isso, nós dois partimos para a guilda, mas ao ouvir algumas vozes barulhentas, me virei na direção. Eva também assistia.
As pessoas em volta caminhavam em volta de um grupo de aventureiros em conflito. Havia alguns curiosos, mas a maioria prosseguia com o que estavam fazendo.
— Poderia ser uma luta? Parece que é entre aventureiros.
Eva estava curiosa. Pensando em coisas como sementes de histórias, mostrar tal interesse nessas coisas era sua virtude, assim como sua falha.
Pelo o que eu podia ver, alguns aventureiros de meia-idade cercava um grupo de mais jovens.
Olhando para eles...
— Eles são o mesmo que nós.
O jovem grupo aventureiro com uma inclinação extrema em proporção de gêneros estava cercada por um grupo mais velho de cinco.
Mas parece que aqueles errados eram...
— Entregar o papel de guias? Tem certeza que não é um idiota!?
O aventureiro mais velho confrontava o jovem. Em contraste a aparelhagem organizada do grupo aventureiro mais velho, os equipamentos dos aventureiros mais jovens não inspirava confiança.
Mas eles tinham um certo ar.
Eles estavam estranhamente calmos, e não parecia que alguém sem noção estava tentando arrumar briga. Eva também notou isso, enquanto quietamente os observava.
Os trajes que vestiam emanavam um ar de limpeza, mas suas aparências eram espalhafatosas. Brincos e colares, eles também tinham anéis.
A espada longa nas costas do homem sozinha era esplêndida o bastante para colocá-la em desacordo com suas outras roupas. Sua idade talvez fosse um pouco acima da minha?
Cabelos cinzas e olhos verdes... ele era de alta estatura, e de corpo treinado.
— Eu ouvi. Vocês estão guiando um grupo que derrotou uma Serpente Tridente, não estão? E parece que eles têm algumas belas damas consigo. Eu gostaria de conhecê-las também. E diferente de fracotes que precisaram chamar aventureiros de Beim para derrotar algo como um Dragão Terrestre, eu vou lá e cuidar dele enquanto estou guiando.
Se ele estivessem sendo uma criança alheia, ele seria zombado, e esse seria o fim de tudo. Mas a atmosfera que ele emanava fazia parecer que ele realmente poderia fazer isso.
Da Joia, o Terceiro soltou sua voz:
『... Se acha pessoas irracionalmente fortes onde quer que se vá. Fiéis aos seus desejos, o tipo que não pensa nos problemas que estão causando aos seus arredores.』
O aventureiro mais velho retrucou ao jovem.
— E eu tô te perguntando se você é um idiota. Esse é um pedido oficial da Guilda. Se vai reclamar com alguém, reclama com a Guilda.
Eva puxou minha manga, e apontou para os arredores.
— Lyle, olha em volta. As pessoas que pararam são quase totalmente mulheres.
— Agora que mencionou.
Em nossa volta, havia mulheres encarando como se prestes a morder o jovem aventureiro. Havia também mulheres agindo diferente, mas eu não podia diferenciá-las facilmente.
(Acho que ele tem uma boa aparência?)
Quando olhei para o aventureiro, me perguntando se era uma questão de aparência, o Quarto falou:
『Alguma coisa está errada. E... Lyle, dá uma olhada nele.』
Usei Skills para tentar obter informação dele. Nisso, fui capaz de ver que o jovem aventureiro estava usando algum tipo de Skill.
(Reage a mulheres... está influenciando a mentalidade delas?)
Uma das mulheres seguindo atrás do homem olhou para mim. Parece que ela notou que eu havia feito algo.
Nossos olhos se encontraram, e a mulher puxou o braço do homem, e apontou para mim.
— Lyle, você foi visto.
Enquanto a Eva olhava entre mim, e o jovem grupo aventureiro, os transeuntes que não queriam se envolver abriram um caminho entre nós.
— Ah? Quem é você? Oh, você tem uma bonitinha consigo. Ei, ela é de alguma utilidade?
Diante das palavras do homem apontando para Eva, a mulher que me notou assentiu. E ela até deu-lhe um aviso.
— Larc-sama, você não deve se envolver. Esses dois... são extraordinários. Nada semelhantes aos aventureiros encontrados por essas partes.
— ... Então vamos indo.
Talvez irritado pelas palavras da mulher, o jovem aventureiro estalou sua língua para nós. Enquanto os aventureiros permaneciam alertas, eles se afastaram da multidão.
Avaliando a situação, o Sétimo falou:
『Que carinha problemático. Quando escuta que não pode vencer, ele recua tão facilmente. Erhart, não era? É como se um cara como o Erhart tivesse alguma habilidade para se apoiar.』
Enquanto os aventureiros mais velhos começavam a caminhar em nossa direção, o Terceiro falou:
『Cartaffs parece divertido, não parece? Uma Rainha, e um jovem, ambicioso aventureiro... isso não soa estimulante?』
O Quinto expressou sua opinião meticulosamente:
『É mesmo? Vamos derrotar o Dragão Terrestre, e voltar em segurança.』
O Quarto, ao jovem aventureiro:
『Me pergunto se aquele cara vai causar algum problema. Quero uma chance para termos uma audiência com a Rainha. Acha que eles se tornarão o estopim para nós?』
E como sempre, o Sétimo soltou uma declaração antiaventureira:
『Esses tipos sempre causam problemas, mas me pergunto se chegará tão longe. Que tal caçarmos os brotos de calamidade enquanto ainda temos a chance? Aquele lá é bastante perigoso, sabia?』
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... Na cidadela do palácio real da cidade de Cartaffs, uma mulher fazia a leitura de um relatório.
Sentada em um esplêndido sofá, ela trajava vestes negras que se mantinham grudadas ao seu corpo. Perto dela, uma longa e delineada espada reclinava contra seu assento.
Deitando-se, a mulher lendo os documentos acariciou seus longos e ondulados cabelos berinjela, enquanto levantava seu torso.
Recordando uma passagem que havia captado seu interesse, ela tocou levemente sua língua em seus lábios vermelhos.
— Hmm, que interessante. Eles derrotaram a Serpente Tridente, não foi…? Ouvi que o navio da Companhia Comercial Trēs havia sido atacado, mas...
Continuando pelo documento intrigante, mas ao invés disso aqueles que trouxeram os materiais até a guilda foram um grupo de aventureiros.
— Por acaso lógica sequer funciona naquele bando da guilda? Comprassem de uma vez, e poderiam terem sido os primeiros a pesquisá-lo. Eu falei a eles para coletarem espécimes raros, mas não disse o que fazer quando os espécimes fossem raros demais. Eu realmente preciso dar outra explicação detalhada?
A mulher incomodada levou sua mão à sua espada próxima. Desembainhando-a, ela olhou para sua lâmina vermelho brilhante.
— Faz um tempo desde a última vez que saí, mas... meus subordinados não permitirão.
A embainhando, ela se levantou, colocou os documentos sobre sua mesa, e olhou para o último item na lista.
Dessa vez, sua expressão se distorceu em desdém.
— Aquele tal de Larc está pedindo por mais outra audiência? Já falei para não lidarem com ele, mas... a pessoa lidando com a recepção era uma mulher, compreendo. Então não tem jeito.
Ela violentamente jogou a última página de lado, e foi para uma mesa extravagante na sala.
O nome da mulher era 【Ludmila Cartaffs】... Uma vez chamada de Princesa Cavaleira, ela agora era chamada de Rainha, como uma membra da realeza de Cartaffs.
Após sentar-se em sua cadeira, e continuar seu trabalho, uma risada saiu de seus lábios.
— Ainda assim, que interessante. Devo emitir uma convocação àquela Companhia Comercial Trēs? E os aventureiros que vieram de Beim... Nunca pensei que o sobrenome Walt apareceria. Que interessante. Ele pode não ser da Casa Walt de Bahnseim, mas que curioso.
Tendo recebido o Trono temporariamente do Rei anterior, ela não era uma Rainha oficial.
Mas também era verdade que todos a apoiavam em tornar-se uma. Como a Princesa Cavaleira, ela recebera muito suporte pelo país, e era de certo modo o símbolo de Cartaffs.
Uma mulher como ela agora estava passando por montes de papeladas.
— Pois bem, que tal eu convocá-los... mas primeiro...
Diante de montanha de documentos, Ludmila cobriu seus olhos, e afastou suas franjas com uma mão para verificar. Mas quando abriu seus olhos a mesma montanha se punha diante dela, assim como esteve antes.
— Nada vai começar a menos que isso saia do caminho.
Dizendo isso, ela voltou ao trabalho.