Volume 1

Capítulo 4: Uma Xícara de Chá e uma Estratégia

Havia uma cadeira junto duma mesa extravagante que eu não tinha notado antes — sentei-me e esperei algum tempo até que Eve retornasse — ela empurrava um carrinho de prata.

O chá estava sendo preparado na minha frente; com um bule cheio d'água quente, folhas de chá foram adicionadas, Eve então me serviu uma xícara.

Sem rodeios, bebi — um doce sabor espalhou-se pela minha língua — a secretária não tinha se enganado em gabar-se de suas habilidades de serviço.

Meu paladar estava satisfeito — Eve era bem informada e muito leal — talvez eu realmente tenha recebido a melhor subordinada.

Terminei o copo com satisfação, mas intervir a secretária antes que pudesse encher um segundo copo. — Basta. Chegou a hora de bolar uma estratégia.

— Está bem. — Ela disse com uma reverência.

— Agora que a Deusa se foi, devo confiar em você, Eve.

— Use-me sem reservas; estou pronta para morrer caso desejar. Atenderei você à noite, caso queira também.

— Não sou tão baixo ao ponto de pedir algo assim. Portanto, tenha certeza disso, você só deve se concentrar em ser minha secretária.

— Entendo. — Ela acenou sem a menor mudança na expressão.

Hmm... de volta ao assunto. A Deusa disse que eu deveria expandir este castelo, mas precisarei de materiais para fazer isso; como está nosso estoque?

— Limitado. Não podemos contar com ele por muito tempo.

— Então devo tentar aumentar a quantidade deles primeiro.

— Eu concordo.

— Existe uma maneira?

— Você poderia construir uma nova fazenda, aumentar a população junto aos impostos. Ou, invocar um exército, fazer com que ele reúna materiais ou saqueie. Esses seriam os métodos convencionais.

— Suponho que a última opção seria a mais eficaz.

— Sim.

— Atualmente, o castelo está praticamente indefeso. Portanto, é necessário começar com um exército. Sim, eu decidi. Farei um grande exército.

— Isso é muito bom, Milorde.

— Eu normalmente me importaria com a qualidade em vez da quantidade, mas, precisamos de números agora. Entretanto, no futuro, pretendo construir um corpo de exército inabalável.

— Um corpo de exército?

— Sim. Um para lançar medo nos corações dos outros Reis Demoníacos e fazê-los pensar duas vezes antes de atacar.

— Então você deve usar bons materiais, e vai.

— Muito bem. Traga-me eles.

— Certamente.

Com isso ela partiu, foi reunir os materiais —vários minutos depois, itens foram colocado na mesa; Mandrágora, Escaravelho Claro, Freixo¹, Folhas da Árvore do Mundo, Ossos Misteriosos, Etcetera. — Eu os joguei no vaso. As combinações foram de minha inspiração; em outras palavras, aleatórias.

Entretanto, aparentemente não adiantava pensar muito quando se tratava de um ritual de invocação. Claro, os seres invocados mudariam dependendo dos materiais, porém, as receitas pdoiam ter resultados diferentes.

Não se podia recriar o mesmo monstro usando os mesmos ingredientes — você teria que testá-lo muitas vezes e basear-se em suas próprias experiências.

Primeiro, coloquei os Ossos Misteriosos e a  Mandrágora no vaso — desejei enquanto a mana fluía para fora — pensei num exército ideal.

O que eu precisava para isso era uma vontade invencível e a habilidade de inspirar pavor; soldados perseverantes, com força para seguir em frente mesmo quando seus aliados estiverem caindo, resistentes em lutar mesmo quando ferido. Acho que isao seria pedir muito para goblins e orcs. Então imaginei soldados esqueletos. 

A fumaça subiu do vaso e as letras apareceram.


Informações:

Raridade: Nível Bronze ☆

Raça: Morto-Vivo, Guerreiro Esqueleto

Ocupação: Guerreiro

Poder de Luta: 82

Talento: Regeneração


Ossos branqueados saíram do recipiente; sacudiram e se combinaram tomando forma de um corpo humano. Ele carregava uma espada e um escudo.

Um guerreiro esqueleto; seu poder de luta era inferior comparado ao de Eve, entretanto, o número deles compensava isso — eram 30 no total — ainda não tinha certeza de como calcular, mas no mais simples dos termos, 82×30 equivaliam a um total de 2460 de poder em combate. Eu sabia que me serviriam bem, mas eles não podiam falar...

— …

— …

— …

Ter 30 esqueletos obsevando você, de uma só vez, era um pouco constrangedor, e por isso decidi dar meu primeiro comando; 10 seriam colocados no castelo, 10 seriam enviados para a cidade do castelo, e os outros 10 ficariam comigo — os usaria como uma força-tarefa para coletar materiais e invasões.

Ainda assim, 10 era um número solitário — não era suficiente — eu teria que invocar mais monstros.

Então joguei o Freixo e as Folhas da Árvore do Mundo no vaso. Desta vez, não pensei em nada; não conseguia imaginar o que poderia vir de madeira e folhas.

Mas eu queria soldados, e foi o que consegui.


Informações:

Raridade: Nível Prata ☆☆

Raça: Golem de Madeira

Ocupação: Guerreiro Golem

Poder de Luta: 332

Talento: ???


Uma nuvem de fumaça especialmente grande subiu do recipiente e encheu a sala — quando desapareceu, havia 3 enormes Golens de Madeira parados — também não podiam falar, então não houve um “prazer em conhecê-los”.

— Isso é maravilhoso. Fez golens tão fortes, parabéns, Milorde — Eve elogiou recuada.

— Agora tenho meus soldados. Em seguida, devo reunir materiais. E, como um "realista", usarei métodos engenhosos para fazer isso.

— Essa é uma ideia esplêndida — a secretária curvou, seu cocar branco abaixou.

Ela estava muito bonita com aquela roupa de empregada.



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