Volume 1
Capítulo 19: Técnicos de uma Raça Familiar
Com minhas idéias originais, a contribuição de Toshizou e a organização de Eve, os planos de construção para a cidade estavam completos.
Se ela fosse construída com sucesso, a cidade abaixo do Castelo de Ashtaroth, seria capaz de acomodar milhares de pessoas.
Isto era algo muito bom e significaria impostos decentes.
O único problema real é que levaria pelo menos meio ano para ser concluída.
Com tantas pessoas novas aqui, pelo menos, não faltava trabalhadores capazes, porém havia uma coisa que nos carecia.
Eram os técnicos.
Tínhamos operários, mas não arquitetos suficientes.
Claro, tentamos contratá-los, mas foram poucos os que viriam ao Castelo do Rei Demônio.
“O que eu deveria fazer?”
“O trabalho de fundação pode ser feito agora. Além da inspeção do terreno. Você deveria chamar novos técnicos enquanto eles estão em andamento.”
Eve diz.
“Isso é verdade. Não, é a nossa única opção. No entanto, onde posso encontrar técnicos?”
“Os técnicos Demoníacos mais brilhantes provavelmente já estão trabalhando para outros Reis Demoníacos.”
“E os Humanos?”
“Os técnicos Humanos mais brilhantes já devem estar a trabalho para o seu Reino Humano.”
“E os Demi-humanos?”
“Essa é a sua única escolha.”
“Mas qual deles?”
“Os Anões são famosos por sua habilidade como arquitetos. E como técnicos.”
“Quantos anões vivem na minha cidade?”
“Acredito que há cerca de dez deles.”
“Isso não é suficiente. Precisamos tanto de qualidade quanto de quantidade.”
“Certamente.”
“Porém, levaria um tempo para contratar mais. Então talvez eu deva ir até eles diretamente e negociar.”
“Em outras palavras, atacar suas pátrias e forçá-las à escravidão.”
“Nem. Eu já lhe disse que não tornaria ninguém escravo. Os farei apenas uma visita e vou solicitar que se mudem.”
“Você tem um plano para convencê-los?”
“Anões são conhecidos por seu vício em bebidas, certo?”
“Sim.”
“Então vou prometer fazer muitas adegas na nova cidade. Isso deve ser o suficiente.”
“Um belo plano Milorde.”
Bem, eu estava brincando, mas ela parecia genuinamente surpresa. Eu tossi e continuei, mais seriamente.
“…Em todo caso, quero conhecê-los e conversar. Mas, tenho certeza de que terei que prometer alguma recompensa. E dificilmente poderei reclamar se isso me trouxer técnicos.”
“Sim, isso é bom. E acredito que você deve ir aqui.”
Eve tirou um mapa de seu bolso.
“Eve, você tinha isso preparado, sabendo muito bem qual seria minha conclusão.”
“Comecei recentemente a entender como você pensa, Milorde.”
A empregada sorriu.
“Então há Anões vivendo aqui onde você marcou?”
“Sim. Eu mesma ainda não confirmei, mas parece que ultimamente Anões têm andado por lá à deriva. Sinto que deve haver alguma razão para isso.”
“Entendo. Vai ser interessante investigar. Em qualquer caso, eu devo dar uma olhada.”
Eu digo, e Eve imediatamente começou a se preparar como se já não estivesse incrivelmente ocupada.
“…”
Eu a observo em silêncio, mas depois de alguns minutos, perguntei:
“O que você está fazendo?”
“Preparando as coisas para sua viagem. E agora estou reunindo seus pertences.”
“Posso ver isso, mas essa bolsa em sua mão direita é feminina.”
“Isso é muito perspicaz da sua parte, Milorde.”
“Vou aceitar o elogio. Mas Eve, você realmente acha que vem comigo?”
“Milorde, você sabe cozinhar? Ou lavar suas próprias roupas?”
“Não. E não.”
“Então eu acho melhor você ter alguém ao seu lado para ajudar.”
“Eu estava pensando em levar um Subordinado Goblin como substituto de uma empregada.”
“Essas coisas comem peixe cru do rio. Eles nem mesmo cozinham sua carne. E são vistos como sendo obsessivamente limpos por sua própria espécie, mas só lavam suas tangas uma vez por mês.”
“Eu ficaria feliz em ter você me acompanhando...”
“Sinto-me honrada.”
Eu não queria realmente trazê-la em uma viagem potencialmente perigosa, mas ela era um Demônio. Ela provavelmente poderia lidar com um pouco de perigo. E se algo sério acontecesse, eu teria apenas que resgatá-la.
E eu estava confiante de que poderia obliterar um mero grupo de bandidos humanos.