Reinos Arcanos: O Despertar da Magia Brasileira

Autor(a): Otávio Bento

Revisão: Guixxx11


Volume 1

Capítulo 6: A Nova Escola

…16 de agosto de 1426…

Yuta ficou sem saber o que falar, já que sua própria avó não o reconhecia. “Será que eu mudei tanto assim?!” Pensou nervoso.

— Sou eu Yuta, vovó! — disse Yuta, apontando para si mesmo.

Os olhos da senhora se arregalaram por trás dos óculos, sua boca se abriu, como se quisesse falar algo, mas nada foi dito. Ela então deu um forte abraço em Yuta.

— Você cresceu tanto, Yuta! — disse a senhora.

Zeldres e Yuzumi conseguem alcançá-lo e percebem que Yuta havia realmente encontrado a casa de sua avó.

A avó se lembrou de uma ligação de Bruna a alguns dias atrás: Acho que ele irá levar alguns amigos, teria problema?

— Vocês devem ser os amigos que Bruna havia comentado — disse a avó — Prazer em conhecê-los, me chamo Maria.

— Me chamo Yuzumi! — respondeu Yuzumi, gentilmente.

— E eu, Zeldres — falou Zeldres.

Maria abriu a porta de sua casa e arredou para o lado, indicando que eles entrassem.

— Vamos entrar, vou preparar algo delicioso para nós comermo!

Assim que Yuta entrou, ele escutou alguns passos pela casa. “Tem mais gente aqui?” pensou Yuta. De repente, uma criança de cabelos marrons, olhos verdes e um rosto fofo desceu as escadas rapidamente com uma expressão alegre.

— Quem chegou Vov… — disse a criança, mas ficando em silêncio assim que avistou Yuta, seus olhos brilharam ainda mais.

Ligeiramente, ele se aproximou, deixando até mesmo Yuta surpreso.

— VOCÊ É O YUTA, NÃO É? — perguntou a criança, extremamente alegre.

— Sim? — respondeu Yuta, confuso com a situação.

Assim que a criança ouviu sua resposta, deu um breve abraço nele.

— A vovó já me contou sobre você — respondeu a criança — Sempre quis te conhecer.

— Não fique fazendo tantas perguntas, Jerry — disse Maria, dando uma leve risada.

Depois que todos entraram na casa, Yuta foi para a cozinha com a sua avó, enquanto Jerry, Zeldres e Yuzumi foram para o andar de cima deixar suas coisas no quarto.

Na cozinha, Yuta contava a sua vó sobre tudo que viveu até hoje.

— Nesse meio tempo, consegui despertar meu poder! — disse Yuta, animado.

— Nossa! O tempo passou rápido — respondeu María. — Qual é o seu poder, Yuta?

— Eu controlo o Fogo! — disse Yuta.

— Que legal, Yuta! — falou María, docemente. — Uma habilidade bem semelhante à do seu pai.

Yuta fica pensativo por alguns segundos.

— Sério? 

— Sim! — respondeu María.

— Vovó, o meu pai e minha mãe eram muito habilidosos?

María ficou em silê ncio por alguns segundos, cortando alguns legumes para a janta.

— O seu pai era um homem muito gentil — disse Maria, pensativa — Ele sempre batalhou pelas suas coisas, mas acima de tudo, se preocupava com você, antes mesmo de nascer.

Um pensamento repentino vem à mente de Yuta: “Aquele livro, demonstra tudo…”

— Sua mãe também era uma pessoa muito batalhadora e te amava mais que tudo nesse mundo, porém, sempre foi muito teimosa — disse Maria. 

— Eu quero ser forte, igual eles foram! — disse Yuta, dando um pulo e cerrando seus punhos de animação.

— Vamos terminar logo, seus amigos devem estar com fome — avisou Maria.

Concordou Yuta, logo em seguida perguntando a sua avó:

— Eu não me lembro de ter esse garoto aqui em casa.

Surpresa, Maria começou a explicar, enquanto colocava os legumes para ferver.

— O Jerry foi deixado na minha porta há 5 anos atrás… — disse Maria, contando a Yuta.

Flashback

Em uma noite comum, uma grande chuva se aproximava do Reino. Maria normalmente recolhia as roupas do varal para que o vento não as levasse. Misteriosamente, sons de batidas vinham de sua porta. “Eu não me lembro de estar esperando ninguém hoje.” pensou Maria, Gritando:

— Eu já estou indo!

Apesar de sua resposta, as batidas se intensificaram junto com a chegada da chuva. No entanto, quando Maria abriu a porta, não havia ninguém, apenas uma cesta coberta por um pano velho. Temendo que a cesta se molhasse, Maria a pegou rapidamente e a levou para dentro de sua casa.

Assim que ela colocou sobre a mesa, o pano começou a se mover, revelando ser uma bela criança. Junto dela, havia uma pequena carta escrita: Olá, Maria. Observei você nos últimos dias e percebi que sua vida é calma e pacífica. Vendo isso, peço que cuide do meu filho, Jerry, pois no momento não tenho condições para isso, espero que entenda…

Fim do Flashback

Enquanto Yuta e Maria conversavam na cozinha, Zeldres, Yuzumi e Jerry descem para a sala e se sentam pacientemente no sofá.

— Vocês são amigos do Yuta? — perguntou Jerry.

— Somos — respondeu Zeldres.

— A cidade de vocês era legal? Tinha muitas coisas? Vocês viveram muitas aventuras?

Jerry fazia perguntas atrás das outras. Zeldres, um pouco estressado com a situação, olhou seriamente para Jerry.

Jerry, um pouco assustado, se sentou ao lado de Yuzumi.

Yuzumi colocou sua mão de lado perto de sua boca, sussurrando para Jerry:

— Relaxa que ele é sempre assustador assim.

— Eu tô escutando, ok! — disse Zeldres, um pouco sem graça.

Jerry riu da situação e começou a conversar com Yuzumi, já Zeldres se levantou do sofá.

— Vou ao quarto, já volto. — Tranquilamente, Zeldres subiu as escadas da casa.

De repente, ele sentiu uma presença no quarto. Correndo para ver quem era, ele abre a porta rapidamente, porém não havia ninguém além de uma janela aberta. Entrando no quarto, ele percebeu que sua mochila estava sutilmente aberta e sua espada ao chão.

“Porque alguém mexeu nas minhas coisas?” pensou Zeldres, curioso e preocupado.

Passos foram ouvidos vindo da escada.

— A janta já está pronta, Zeldres — chamou Yuta, descendo as escadas novamente.

Todos se reúnem na mesa e jantam a bela e deliciosa sopa que Maria havia preparado. Assim que terminaram, os três agradecem, tomam seus banhos e se deitam para dormir.

— Pessoal, vocês querem continuar lendo o livro comigo?

Yuzumi concorda e se senta ao lado de Yuta. Zeldres, por outro lado, estava um pouco pensativo, preferindo ficar deitado, mas escutando eles falarem.

“Para identificar os Ranks, vocês têm que sentir o Togen da criatura ou pessoa, para que consigam ter noção, mas em um caso específico, vocês conseguem saber o rank perfeitamente com um estudo mais profundo.”

Flap

Curiosos, eles passaram a página do livro, mas diferente da página antecessor, ela estava levemente queimada, porém, não interferindo na leitura.

— Estranho… — sussurrou Yuta, confuso.

— O que foi, Yuta? — perguntou Yuzumi.

— Minha tia manteve esse livro guardado por muitos anos e ele nem estava sujo ou com teias de aranhas, mas ele está queimado — respondeu Yuta, pensativo.

“Eu tinha um amigo que se afastou de nós há muito tempo. Ele conseguia ver coisas que eu não via, entender coisas que eu não entendia, tudo por causa de seus olhos…”

Zeldres escutou atentamente.

“Seu nome era Nuiter…”

Zeldres interrompeu a leitura, levantando-se rapidamente da cama.

— Como ele era? — perguntou Zeldres, com um olhar sério.

Confuso, Yuta começou a procurar na página rapidamente.

“…ele tinha olhos vermelhos e sempre lutava de forma elegante…”

Zeldres suspirou sentado em sua cama.

— Esse de quem seu pai se referiu… é o meu pai  — disse Zeldres, cansando.

Yuta e Yuzumi olharam surpresos para Zeldres. Yuta então disse:

— Se seu pai consegue ver isso, você também não… 

— Não — disse Zeldres, entrelaçando seus dedos das mãos. — Eu ainda não cheguei ao nível dele e acho que estou longe.

Yuta e Yuzumi se olharam por canto de olho.

— No fim, não importa… — disse Zeldres, deitando-se em sua cama — Eu vou alcançá-lo a qualquer custo, mas não para orgulhá-lo, e sim mostrar o quão forte eu sou. 

Vendo o ânimo de Zeldres, Yuta apenas riu suavemente.

— Pode superar quem for… mas não a mim! — disse Yuta, com um belo sorriso no rosto.

— E eu vou superar vocês dois! — disse Yuzumi, confiante.

Assim, os três riram juntos e deitaram-se para dormir.

***

Ao amanhecer, o dia estava nublado, mas o céu se mantinha claro. Alguns minutos se passaram e o despertador tocou.

— Não está muito cedo?! — murmurou Yuta, cobrindo os ouvidos com o travesseiro.

— Você sabe que vamos para escola daqui a pouco, né? — perguntou Yuzumi, penteando seu cabelo.

Yuta arregalou seus olhos, surpreso que Yuzumi já estava de pé.

— Não vai levantar? — perguntou Yuzumi, novamente — Já é a quarta vez que esse despertador toca.

— QUARTA?! — exclamou Yuta, indignado.

— Si…

— Sua avó está te chamando para o café, Yuta — interviu Zeldres, entrando no quarto e descendo com sua mochila para a sala.

Yuta rapidamente trocou de roupa no banheiro e desceu pra cozinha, preparou um lanche ligeiramente e deixou suas coisas na sala.

— Nem pense em arranjar confusão nessa escola nova, Yuta! — advertiu Maria, enquanto Yuta se levantou do sofá da sala.

— Ok! — respondeu Yuta.

Ao lado de Yuta, Jerry sussurrou com um sorriso:

— Se tiver algum valentão, você bate nele!

Yuta riu e abraçou Jerry, despedindo-se dele e indo em direção a escola com seus amigos.

***

No meio do caminho, eles conversam sobre como era a escola e como iriam fazer para descobrir sua sala.

— Vamos ter que procurar o diretor — disse Zeldres.

— Isso! Vamos achar o diretor e descobrir mais sobre essa nova escola! — concordou Yuta, animado.

Quando elas finalmente viraram a esquina, o grande portão cinza de ferro e madeira brilhava com a chegada do sol. Os olhos de Yuta se encantaram com a grande escola que estava em sua frente, Zeldres por outro lado não viu nada demais na escola e Yuzumi ficou encantada junto de Yuta.

— Vamos logo pessoal! — disse Yuta, animado e correndo em direção ao portão.

— Me espera, Yuta! — gritou Yuzumi.

Zeldres colocou a mão em sua boca e bocejou lentamente. “Acho que não vale a pena correr agora.” pensou.

Chegando ao grande portão, Yuta ficou extremamente impressionado com a escola; somente o pátio dessa escola aparentava ser metade da escola de Yuta. 

— Yuta! — gritou Yuzumi, enquanto Yuta corria rapidamente.

Enquanto corria, ele virou ele olhou para trás e alegremente gritou:

— Você não vai me alcançar, Yuzumi!

Porém, ao desviar sua visão da sua frente, seus ombros esbarram nos de um garoto, que junto dele, havia mais 2 garotos. Percebendo, Yuta tentou se desculpar com o garoto.

— Desc… 

Antes de terminar sua frase, uma faixa segura o pé de Yuta, fazendo-o não conseguir parar a tempo e cair no chão de pedras. Ao cair, Yuta acabou machucando sua mão e ralando um pouco de seu rosto. Enquanto estava no chão, a faixa subia pelo corpo imobilizando-o. “O que isso?! Não consigo me mover.” pensou Yuta, em desespero.

O garoto se abaixou ao lado de Yuta lentamente, sua expressão era séria e intimidadora, deixando até mesmo Yuta um pouco assustado, seus olhos eram cinzas com circunferências pretas dentro, várias faixas cobriam sua boca, e seus cabelos eram pretos.

— Quem você pensa que é? — perguntou o garoto, enquanto as faixas envolviam o corpo de Yuta — Seu resto imundo.

Yuta apenas ficou em silêncio, encarando o rapaz.

— Da próxima vez, eu vou te bater tanto que você esquecerá seu próprio nome — disse o garoto, infuriecido. — Quem você pensa que é para esbarrar em mim?

Yuta não conseguia falar; o susto do momento o impediu de ter qualquer reação.

— Da próxima vez, eu vou acabar com você e com seus amigos imundos.

Rapidamente, Zeldres se aproximou deles, mas antes que pudesse reagir ou falar, um dos rapazes percebeu a presença dele. Olhando de canto de olho, ele mandou uma massa flexível e macia em direção a Zeldres, mas de repente a massa cobriu totalmente seu redor, impedindo-o de avançar. “Porque não estou conseguindo sair?” pensou Zeldres, preocupado. A massa, que era tão flexível, de repente havia enrijecido. Nessa situação Zeldres tenta quebrar a massa, porém nada aconteceu. “Porque ela não está quebrando?! Ela era totalmente macia agora mesmo.” Pensou Zeldres, em uma esfera com ar limitado.

do lado de fora da esfera, Yuzumi estava em choque, sem saber o que fazer. Ela firmou seu punho e fez uma espada psíquica.

O terceiro garoto olhou para Yuzumi, apenas rindo de sua expressão. Ele tinha um cabelo maior que o comum com mechas verdes, seus olhos eram vermelhos e vestia roupas verde com marrom; seu sorriso era maligno por natureza.

Antes que a situação piorasse, outro garoto surgiu. Ele tinha cabelos roxos, olhos roxos e uma roupa laranja, porém, ele não aparentava ser igual aos outros. De repente, ele gritou:

— PAREM DE MACHUCAR ELE, POR FAVOR!

Os três garotos fixaram seus olhares nele. O garoto que estava perto de Yuta se levantou lentamente e com um sorriso se aproximou do outro garoto, desferindo um soco na boca de seu estômago. As faixas que prendiam Yuta se soltaram.

— Vamos logo, antes que o diretor venha falar abobrinha — disse o garoto, afastando-se com seu trio lentamente.

No chão, o garoto de cabelos roxos se sentou lentamente com a mão em seu estômago. Perto da árvore, dois outros garotos vinham rapidamente ajudá-lo. Um deles tinha cabelos brancos, seus olhos eram verdes claro e vestes brancas; o outro tinha seu cabelo totalmente preto com uma mecha branca, olhos pretos, utilizando uma blusa preta. Depois de se levantar, o garoto andou até onde Zeldres estava e tocou na esfera, que começou a vibrar e rachar, quebrando-a completamente.

Zeldres caiu no chão, com sua roupa suja de um pó cinza. “Isso é cimento?” pensou ele, questionando-se o que poderia ser.

Com um sorriso, o garoto disse:

— Vocês são malucos de mexer com o grupo do Nomori.

Confuso, Yuta se levantou com a ajuda de Yuzumi.

— Grupo de Nomori? — perguntou Zeldres, confuso com a situação.

— Tinham que ser novatos — disse o garoto de cabelo branco, colocando a mão em seu rosto com uma expressão de decepção. — Aqueles com quem vocês “enfrentaram” eram Nomori e seus dois amigos: Netero e Hyuma. 

— Seu amigo esbarrou logo no líder deles… — disse o garoto de cabelos roxos, apontando para Yuta — Nomori. 

— Nomori era o das faixas, Netero era o de cabelo verde e Hyuma era o que prendeu seu amigo — disse o garoto de cabelo preto, um pouco tímido.

— Afinal, quem são vocês? — perguntou Yuzumi, confusa.

— Meu nome é Caio — disse o garoto de cabelo roxo. — O de cabelo branco é o Hiroshi e o de preto é o Diego.

Hiroshi então toca no estômago de Caio, emitindo um leve brilho verde e o curando.

— Obrigado, Hiroshi, mas eu estou bem — disse Caio, andando para dentro da escola. — Vamos logo, vou mostrar a escola para vocês.

Mesmo surpresos, Yuta, Zeldres e Yuzumi seguiram Caio pela escola. Seguindo até a diretoria, os três explicaram que vieram de outra cidade e confirmaram suas matrículas, mas não falaram nada sobre Nomori ou seu grupo, com medo de causarem má impressão ao diretor.

Assim, Yuta e Yuzumi descobriram que caíram na mesma sala junto de Caio, enquanto Zeldres estava na sala de Diego e Hiroshi, mas nessa sala também havia um dos membros do trio de Nomori, Netero. Longe de seu grupo, ele aparentava ser um cara comum, mas era agressivo e impulsivo às vezes. Passando pelo corredor, Yuta percebeu que havia um cartaz sobre algum evento do Reino, mas não conseguiu chegar perto o suficiente para ler.

Depois de algumas aulas, eles se reuniram em uma das mesas mais afastadas do refeitório para lanchar e conversar.

Em meio às conversas, Yuta perguntou, curioso:

— Sobre o que era o cartaz no corredor?

— Todos os anos, temos um evento no Reino, onde os alunos da escola que querem participar, vão para um Coliseu batalhar, com objetivo de ganharem um prêmio no final — explicou Hiroshi.

Yuta ficou em silêncio, ouvindo Hiroshi explicar, mas de repente, uma mão tocou nos ombros de Hiroshi e Diego, apertando-os. Os dois se arrepiaram instantaneamente, enquanto Nomori apertava mais ainda seus ombros com um leve sorriso em seu rosto.

— Onde está o dinheiro do lanche? — perguntou Nomori, entediado. 

Rapidamente, Hiroshi retirou três moedas de prata de seu bolso e entregou nas mãos de Nomori, que estava rindo de suas expressões. Yuta, sério, levantou-se da mesa e retirou as moedas da mão de Nomori.

— Você de novo, garoto? — disse Nomori, com uma expressão séria.

O clima ficava cada vez mais tenso, e as pessoas ao redor olhavam surpresas para todos da mesa, mas especificamente um grupo de garotas parecia não ligar para nenhum deles, segurando leques que cobriam suas expressões.

Yuta, com uma expressão séria, colocou o dinheiro em cima da mesa.

— Entregue o dinheiro ao Nomori — disse Hyuma, um garoto de cabelos cinza com um tapa olho em seus olhos.

— Porque vocês não vêm pegar? — disse Zeldres, levantando-se da mesa e ficando ao lado de luta.

O ar do ambiente começou a ficar levemente mais quente, enquanto todos se encaravam.

— Não tem problema Yuta, dinheiro é só dinheiro — disse Hiroshi, desesperado, abanando suas mãos.

— Você tem razão, Hiroshi — disse Yuta, calmamente, já Hiroshi, suspirou de tranquilidade. — POR ISSO VAMOS VENCE-LO NO TORNEIO!

Hiroshi recuou rapidamente, seus olhos se arregalaram e ele começou a suar. Nomori pensou por alguns segundos e disse:

— Ok, vamos te bater na frente de toda escola. Boa sorte.

O trio então se retirou do local rapidamente, e o clima começou a voltar ao normal. Yuta e Zeldres se sentaram na mesa levemente estressados.

— Vamos vencer deles no torneio! — disse Yuta, animado.

— A gente não vai participar, Yuta — disse Diego, com medo.

— Vocês têm que enfrentar seus medos! — encorajou Yuta.

— Talvez eu participe… — disse Caio, pensativo.

— Isso! Vamos ganhar juntos! — disse Yuta, animado.

Caio apenas sorriu.

Explorando um pouco da escola, os três voltaram ao anoitecer para casa. A lua brilhava intensamente. Enquanto conversavam, um grito de um homem veio repentinamente de um beco próximo.

Os três, curiosos e preocupados, foram até o beco, mas  tudo que havia era dois corpos mortos de dois homens adultos. Eles pareciam ser bandidos pelas suas roupas.

— O-Oque aconteceu aqui? — perguntou Yuzumi, trêmula.

— Fiquem atentos, não sabemos se quem fez isso ainda está por perto — disse Zeldres, retirando sua espada da bainha.

Com o brilho da lua, uma silhueta podia ser vista de cima da casa, era um garota com um vestido preto, seus olhos avermelhados se destacavam e sua expressão não podia ser vista a essa distância.

Ela então pulou de cima da casa e rapidamente avançou em Zeldres, que estava à frente dos dois.

— SE AFASTA, ZELDRES! — gritou Yuta, se afastando para trás junto de Yuzumi.

“Esse Togen… é tão familiar” pensou Zeldres, paralisado e esperando ela vir.

Assim que a garota chegou perto o suficiente de Zeldres, ela o abraçou com um sorriso.

— Eu senti tanta falta de você, maninho. — disse a garota, alegremente.

Yuzumi e Yuta olharam extremamente surpresos para Zeldres, sem saber o que dizer, os dois gritam: MANINHO?!


Nota do Autor: Olá, Leitor ou Leitora. Fico feliz que tenha chegado até aqui. Ultimamente estive fora da plataforma por um tempo, mas agora irei voltar a postar os capítulos normalmente, sempre buscando o melhor para você que está lendo. Agradeço de coração a todos.



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